Navios de Guerra - Ise e Hyuga

Eu reconheço que tem horas que parece que eu faço esse blog aqui para mim mesmo, quando vejo certas postagens que eu insisto em fazer apesar de ter a plena consciência de que não interessam a ninguém, ou quase ninguém. Mas eu sou muito teimoso mesmo, sigo fazendo isso sem cerimônia. Eu não ganho um centavo por escrever aqui, não faço para ganhar dinheiro mas sim como um hobby, como uma distração que me diverte. E até digo que eu aprendo muito com isso, pois ao escrever determinadas postagens eu preciso fazer algum tipo de pesquisa. Assim, nada demais em fazer uma postagem sobre um tema bem peculiar que me interessa, que são navios de guerra. Embora eu até veja que há um pouco mais de interesse no assunto por parte de outras pessoas, motivado principalmente por jogos como World of Warships ou os joguinhos de meninas-navio que eu já falei aqui.

Seguindo nessa linha, vamos hoje falar de mais uma dupla de navios de guerra japoneses, os encouraçados Ise e Hyuga.

Talvez você esteja se perguntando por que eu tenho dedicado até o momento mais postagens para navios japoneses. Ou talvez já esteja fechando a página, por ver que hoje será um post sobre esse assunto.

Eu acho que a grande maioria dos navios japoneses teve histórias bem interessantes, muitas delas únicas. Como um cruzador que acumulou várias colisões com outros navios, porta-aviões que foram convertidos de outras embarcações e tiveram um destino trágico e simultâneo, o maior encouraçado da história que afundou em uma missão suicida e uma classe de navios em que um explodiu do nada e outro sobreviveu à guerra para virar teste de bomba atômica. Como já comentei, eu gosto de ler essas "biografias" de grandes navios, repletas de casos curiosos e marcantes. Sem falar que muitos dos navios orientais tinham peculiaridades bem legais, como será o caso dos encouraçados Ise e Hyuga que conheceremos aqui.

Além disso, tenho que dizer que acho que os nomes de alguns navios japoneses são muito engraçados.

Bom, vamos lá. Curiosamente, eu já falei de duas classes de encouraçados japoneses, e isso ocorreu de ordem cronológica reversa: comecei falando do Yamato, maior do mundo e a última classe construída pelos orientais, e depois falei da classe Nagato, que antes do início da guerra representava o que tinha de melhor na marinha japonesa. A classe Ise que será foco deste post veio antes dos Nagatos.

Como comentei em outras postagens, o Japão tinha a consciência de que precisava fazer uma força naval poderosa que pudesse fazer frente aos Estados Unidos, caso um conflito contra eles ocorresse (explico isso melhor na postagem do Nagato indicada acima). Era o conceito da frota "oito-oito", com oito encouraçados e oito cruzadores de batalha. E a primeira metade dela foi concluída com o lançamento dos dois encouraçados da classe Ise.

Os japoneses estavam sempre fazendo algum tipo de melhoria ao lançar uma nova classe de navios, se comparada à anterior. No caso do Ise e do Hyuga, seus predecessores eram os encouraçados Fuso e Yamashiro (dos quais falarei em outra postagem e que também tiveram suas histórias interessantes), e assim a ideia era incrementá-los. Quando construídos, os dois tinham 208 metros de comprimento e deslocavam cerca de 37 mil toneladas quando totalmente carregados. Sua velocidade máxima era de 23 nós (aproximadamente 43 km/h). Em relação ao armamento principal, cada um contava com 12 canhões de 14 polegadas (356 mm) em seis torres duplas, que seguiam uma disposição que para muitos pode parecer estranha, mas era até comum antigamente: duas torres ficavam na proa, duas na popa e as outras duas ficavam no meio do navio e viradas para a popa, atrás de suas duas chaminés. Ou seja, eram canhões que só podiam atirar para os lados.

A não ser que tivesse algum marujo desastrado que puxasse o gatilho na hora errada.

O Ise foi completado em dezembro de 1917 e o Hyuga em abril de 1918, e dessa forma não fizeram nada durante a Primeira Guerra Mundial. Mas não foi um período entre-guerras sem muito movimento para os dois encouraçados, em particular para o Hyuga que sofreu uma explosão em uma de suas torres centrais em outubro de 1919, vitimando 11 tripulantes, e no mês seguinte ele colidiu com um veleiro, que afundou. Mostrando como que, por algum motivo, os navios japoneses tinham esse péssimo costume de baterem uns nos outros...

Aposto que aqueles que sofrem de "eco-ansiedade" devem estar suando frio ao ver como os navios da época largavam nuvens pretas de fumaça pelos ares. Para essa turminha, sugiro tomar um leite com pêra, abraçar uma árvore e voltar depois.

Fora esses incidentes com o Hyuga, o início da carreira dos dois navios foi relativamente tranquilo, com algumas missões de patrulha próximas da costa siberiana e no mar da China. Em 1922 o Ise serviu de acomodação para o Príncipe de Gales em sua visita ao Japão, e depois em 1923 os dois navios tiveram a sua contribuição humanitária ao transportar suprimentos após o terremoto de Kanto que devastou boa parte das terras nipônicas. 

Os dois receberam uma primeira reforma alguns anos depois, o Hyuga no período 1927-1928 e o Ise em 1928-1929. Sua ponte de comando ganhou novas estruturas adicionais ao mastro trípode original, já se aproximando do estilo das torres "pagode" típico dos navios japoneses. Receberam também algumas melhorias em seus armamentos secundários e anti-aéreos, além de catapultas para lançar aviões de reconhecimento. Também ganharam um defletor na sua chaminé frontal, para evitar que a fumaça atrapalhasse na torre de comando. 

Mais um período relativamente calmo, com missões de patrulha e treinamentos, embora o Hyuga passou por outro incidente em junho de 1932. Dessa vez, os japoneses estavam fazendo alguns exercícios colocando os encouraçados contra os submarinos, quando um deles emergiu bem na frente do Hyuga. Apesar da pancada, os dois navios sobrevieram sem maiores danos. 

Nesse momento os dois navios foram indicados para um "extreme makeover", considerando que eles já estavam ficando um pouco obsoletos. Foi de fato uma reconstrução total que mudou drasticamente os dois navios, sendo que o Hyuga começou essa reforma em outubro de 1934 e foi até setembro de 1936, enquanto o Ise (que passou uma curta temporada como navio-escola) começou um pouco depois, de agosto de 1935 até março de 1937. 

A mudança foi extrema mesmo. A começar que eles tiveram a sua popa ligeiramente alongada, passando a medir 216 metros de comprimento. Essa mudança e o reforço na blindagem elevou seu deslocamento máximo para cerca de 42 mil toneladas. Os canhões foram melhorados, com maior ângulo de elevação, os tubos de torpedos foram removidos e os armamento anti-aéreo aumentado. O sistema de propulsão foi todo substituído, e mesmo com um peso maior os navios conseguiram ter sua velocidade aumentada para cerca de 25 nós (46 km/h). Visualmente isso permitiu que a chaminé frontal fosse removida. Por fim, sua torre de comando foi refeita, agora sim seguindo o visual de "pagode" que era mais conhecido.

Depois dessa reforma, os dois navios cumpriram mais algumas missões de patrulha durante o conflito com os chineses no início da década de 40, até que então o Japão iniciou a guerra contra os Estados Unidos.

De certa forma o Ise e o Hyuga participaram do ataque japonês em Pearl Harbor, pois eles estavam em uma força de apoio aos porta-aviões, juntamente com os mais novos Nagato e Mutsu. Mas na verdade eles estavam bem recuados, só mesmo para o caso de uma emergência, e nada fizeram. Também tentaram encontrar os porta-aviões americanos que conduziram o ataque ao Japão em abril de 1942, em vão.

O mês seguinte reservou mais incidentes para os dois irmãos. No caso do Ise foi algo simples, um pequeno acidente que inundou sua casa de máquinas, mas que foi resolvido sem maiores problemas. O Hyuga foi quem levou a pior (de novo), durante um exercício de tiro houve uma explosão em uma de suas torres traseiras, levando a vida de 51 marinheiros. E foi uma explosão pesada, que obrigou o alagamento dos compartimentos de popa para controlar o incêndio, obrigando o encouraçado a voltar ao porto para reparos. A torre foi seriamente danificada, sem chance de reparos, e com isso foi necessário fazer uma gambiarra: soldaram uma chapa de armadura no espaço onde a torre era montada e colocaram canhões anti-aéreos no lugar.

Pois é, tive que recorrer às imagens de um modelo japonês do navio, que mostra essa configuração do Hyuga. Ao mesmo tempo mostra como faltam registros fotográficos dos japoneses da época da guerra, e como os japoneses de hoje têm um cuidado especial aos detalhes ao fazer um kit de plastimodelismo com esse nível de detalhe.

Alguns dias depois o Ise e o Hyuga participaram da famosa batalha de Midway... mas também de forma irrelevante e nos bastidores. Juntamente com seus "primos mais velhos" Fuso e Yamashiro, eles atuaram como força de apoio para a frota que ia atacar as ilhas Aleutas, lá na pontinha do Alaska. Uma missão que tinha apenas o objetivo tentar enganar os americanos. Os encouraçados não chegaram muito perto, só ficaram na retaguarda caso fosse necessário, e depois disso voltaram com o rabo entre as pernas para o Japão, depois da derrota homérica que sofreram.

E esse foi o momento em que a história do Ise e do Hyuga iria chegar em seu destaque, com uma ideia que diria que veio a influenciar o desenvolvimento de navios de combate no futuro.

Como você deve se lembrar da postagem sobre os porta-aviões japoneses Akagi e Kaga (embora acho que muitos não lembram ou sequer leram), a batalha de Midway foi decisiva para virar a balança da guerra do Pacífico para o lado dos americanos, pois quatro dos seis principais porta-aviões japoneses foram afundados nesse combate. Tudo isso em uma realidade em que ficava muito claro que esse tipo de embarcação era crucial nas batalhas navais daquele conflito. Contando apenas com dois porta-aviões principais e alguns outros leves, mas que não contribuíam muito, os nipônicos se viram em uma posição desesperada de compensar as perdas sofridas em Midway. Embora alguns porta-aviões estivessem sendo construídos, levaria tempo para que eles ficassem prontos. Além disso, realizar conversões de encouraçados em porta-aviões (como tinha sido feito com o Akagi e o Kaga antes da guerra) eram fora da realidade de recursos do pequeno país insular. Assim, o Japão recorreu a uma ideia bem ortodoxa e inesperada...

Essa ideia era converter os encouraçados Ise e Hyuga em encouraçados-porta-aviões.

Pode parecer bizarra, mas a ideia foi o melhor que os japoneses conseguiram, dentro do tempo que tinham e otimizando ao máximo o uso de seus escassos recursos. Assim, os canhões da popa foram removidos e os navios sofreram uma reconstrução total, recebendo um pequeno convés com 70 metros de comprimento (apenas como comparação, o convés do Akagi e do Kaga, porta-aviões de verdade, era três vezes maior). Os navios reformados levavam 22 aviões, entre bombardeiros de mergulho e hidroaviões de reconhecimento. O detalhe é que o pequeno convés só servia para a decolagem, de forma que os bombardeiros tinham que pousar em outro lugar (numa base ou porta-aviões); para os hidroaviões de reconhecimento, eles podiam pousar na água e serem içados de volta com a ajuda de guindastes.

A reconstrução do Ise começou em fevereiro de 1943, terminando em outubro daquele ano; o Hyuga, por sua vez, começou a reforma em maio, sendo concluída em novembro.

Cabe comentar que a classe Ise foi a primeira de navios de guerra de grande porte híbridos (pois já tinham alguns cruzadores japoneses mais ou menos assim). Além deles, apenas o cruzador Mogami (aquele que batia em todo o mundo) recebeu uma reforma parecida. Também é importante falar que modificações semelhantes estavam previstas para o Fuso e Yamashiro, mas o fato deles serem mais velhos e lentos fez a ideia ser largada de mão...

Porém, a grande verdade é que a conversão se mostrou a princípio meio inútil, até por conta da grande dificuldade de operar aviões em um convés tão pequeno, somada ao fato que os pilotos experientes já tinham morrido em combates anteriores, restando apenas novatos. Entre uma série de missões de treinamento, os dois irmãos não fizeram muita coisa de útil nos meses seguintes.

Pois é, chegou aquele momento em que começam a faltar fotos dos navios, e tenho que recorrer às versões dos joguinhos como Kantai Collection, como na figura acima (Ise à esquerda e Hyuga à direita). 

Os dois navios estariam presentes na campanha do Golfo de Leyte, uma série de batalhas em outubro de 1944 que viria a marcar o fim do poderio naval japonês. O Ise e o Hyuga estavam destacados para uma esquadra que serviria de distração para os americanos, juntamente com o porta-aviões Zuikaku (último dos que atacou Pearl Harbor e ainda flutuava) e três porta-aviões leves. Os japoneses tinham cerca de 100 aviões ao todo, sendo que o Ise e o Hyuga tinham a modesta contribuição de 6 e 16 aeronaves respectivamente, devido a problemas técnicos. Mas não faria muita diferença, quando os porta-aviões americanos operando na área somavam aproximadamente mil aviões. Depois de muitas buscas infundadas, finalmente os americanos encontraram a esquadra japonesa e partiram para o massacre.

A "sorte" do Ise e do Hyuga foi que os yankees focaram nos porta-aviões de verdade, mostrando que ninguém levava a sério aquelas duas monstruosidades híbridas, que não eram nem encouraçados e nem porta-aviões. O ataque principal causou danos mínimos nos dois irmãos, embora o Hyuga começou a inclinar um pouco para o lado depois de quase ser acertado por bombas. Ele também tentou rebocar o porta-aviões leve Chiyoda, que estava todo arrebentado, mas decidiram largá-lo de mão ali mesmo. O Ise e o Hyuga, juntamente com os poucos navios sobreviventes, ainda foram bombardeados por ataques seguintes e ainda se esquivaram de torpedos lançados por submarinos americanos, sem maiores problemas.

Pelo menos isso tem que ser dito: os dois navios resistiram bem e tiveram uma boa dose de sorte. Sem muito mais o que fazer, eles retornaram para o Japão.

Nessa hora a guerra já estava praticamente terminada, mas o Ise e o Hyuga ainda fariam mais algumas missões. Em novembro do mesmo ano eles levaram tropas para serem desembarcadas nas Filipinas, indo depois para uma base perto da Cingapura. E em fevereiro de 1945 eles buscaram vários recursos (como óleo, borracha, zinco e outras coisas) para levar de volta ao Japão. Nessa oportunidade eles foram perseguidos e atacados por dezenas de submarinos americanos, mas os navios japoneses conseguiram sobreviver sem nenhum arranhão. Pelo menos eles conseguiram cumprir uma importante missão que daria uma pequena sobre-vida aos japoneses.

Agora, recorro ao Azur Lane, com Hyuga à esquerda e Ise à direita. 

Voltando à realidade, no fim da guerra a marinha japonesa não tinha muito mais o que fazer. Em março, os dois navios foram ancorados e sofreram ataques de bombardeiros americanos, causando alguns danos mas nada muito grave. Em junho de 1945, o Ise e o Hyuga, juntamente com o Nagato e o Haruna, representavam os últimos encouraçados japoneses, já quase sem combustível eles foram rebocados para atuarem como defesa anti-aérea. No mês seguinte os americanos desceram a porrada com constantes bombardeios que viriam a selar o destino dos dois navios. 

Cada um recebeu dezenas de bombas ao longo de vários dias, mas com estavam em águas rasas eles acabaram afundando parcialmente, o Ise tombando um pouco para o lado e o Hyuga retinho, repousando no fundo do porto. Oficialmente, considera-se que o Hyuga afundou em 24 de julho de 1945 e o Ise em 28 de julho, mas na verdade os ataques foram tantos e tão frequentes que creio ser difícil definir uma data formal.

Talvez possam chamar de certa justiça poética, pois o destino final do Ise e do Hyuga acabou sendo muito semelhante a alguns encouraçados dos estados Unidos que afundaram em águas rasas após o ataque a Pearl Harbor. Porém, diferente de seus adversários americanos, os dois encouraçados-porta-aviões não viriam a ser recuperados, e jamais voltariam a flutuar de novo. Ambos foram desmontados e viraram sucata.

Um fim melancólico para os dois navios que pouco fizeram na guerra. Algo interessante de observar é que existem registros em vídeo, feitos pelos americanos após a rendição do Japão, que mostram os navios afundados no porto. Esse primeiro é o Ise.

E o vídeo abaixo é o Hyuga.

Acho bem interessante como esses são os poucos registros em vídeo dos navios japoneses, filmados na verdade pelos americanos após a rendição. 

Apesar da pouca contribuição efetiva em combate, devemos observar que o Ise e o Hyuga sem dúvida marcaram a história do projeto de navios de guerra, por serem os primeiros híbridos construídos. Mesmo não tendo sido uma ideia bem executada, com o passar dos anos se tornou bem comum que certas embarcações de combate fossem semelhantes, contando com um pequeno convés de popa destinado a helicópteros. Pelo menos é algo que podemos citar como um provável legado deixado pelos dois navios japoneses.

E acho válido comentar de saideira que a marinha japonesa de hoje tem novamente um Ise e um Hyuga, ambos da mesma classe. Só que agora são destróieres-porta-helicópteros, se bem que visualmente eles parecem mesmo com porta-aviões. O novo Hyuga começou a operar a partir de 2009 e o novo Ise em 2011. Coincidentemente, os dois vieram também a ter uma missão humanitária em seus currículos, como os seus "antepassados", ajudando no resgate após um tsunami que atingiu o norte do Japão em 2011. 

Sei lá, acho até um pouco "poético" quando vejo esses dois novos navios nomeados como os originais da Segunda Guerra. É como se esses novos representassem o objetivo final dos anteriores, em se transforarem em porta-aviões de fato. Tudo bem, porta-helicópteros... mas você entendeu o que eu quis dizer. 

Bem interessante mesmo. 

E como de saideira de verdade (está difícil fechar este post), faço apenas um breve comentário sobre a conversão dos dois encouraçados. Muito se fala que havia a proposta de torná-los porta-aviões por completo em vez de um híbrido, o que talvez tornaria o Ise e o Hyuga um pouco mais úteis no restante do conflito, apesar disso certamente ter exigido mais tempo e recursos. Porém, não existem provas de que isso tenha sido cogitado. 

Isso fez com que muita gente inventasse possíveis novos designs para os encouraçados, em uma série de ideias das mais mirabolantes. Por exemplo, as imagens abaixo (vindas deste site focado um "universo alternativo" de navios de guerra, mas que cortei na linha d'água para melhorar a visualização) mostra algumas dessas sugestões. A primeira imagem mostra como o Ise e o Hyuga poderiam ser se eles fossem transformados de fato em porta-aviões completos, e a segunda mostra como eles poderia ter ficado se as duas torres intermediárias também tivessem sido removidas (algo que faria mais sentido para mim). E a terceira é um visual bizarro, onde eles ganhariam um convés convencional, mas ainda mantendo suas duas torres frontais.

Sei lá se esse design seria funcional...

Algo curioso de comentar é que no jogo do Kantai Collection criaram uma versão mais ou menos como a terceira da imagem acima. Se você viu minha postagem sobre esse joguinho (provavelmente não), é possível aplicar modernizações nas meninas-navio, e assim convertê-las em versões mais fortes. no caso da Ise e Hyuga, além da configuração híbrida histórica há também uma segunda modernização, que aumenta sua capacidade de lançar aviões.

Eu sei... fico insistindo com esses jogos... Mas eu curto, e acho bem legal como além do cuidado em uma correta representação histórica também há esse toque de originalidade, tentando materializar possíveis ideias e situações "what if" do desenvolvimento desses gigantescos navio de guerra. Embora o Kantai Collection seja um pouco mais controlado nesses devaneios, enquanto que no Azur Lane há uma grande quantidade de meninas-navio que representam embarcações que foram planejadas mas não concluídas.

Por fim (prometo que é fim mesmo), observo um pequeno detalhe que as versões propostas das meninas-navio Ise e Hyuga são sutilmente diferentes: veja que Ise (à esquerda) tem duas torres triplas, enquanto que Hyuga possui uma torre dupla e outra tripla. 

Por que será?

Enfim, acho que chega por hoje. Repito, sei que é um tema que não deve agradar a quase ninguém, mas repito também que é algo que eu curto, saber mais da "biografia" de grandes navios de guerra que marcaram a história cada um de sua maneira. Vamos ver quais serão os próximos que vão aparecer por aqui.

Comentários

Anônimo disse…
Vc tinha que ter vergonha de fazer postagem sobre guerra num momento desses!