Eu acho muito curioso como certos jogos aparecem na minha frente. Quem acompanha meu site faz algum tempo sabe que eu tenho o costume de descobrir certos jogos bem inusitados e diferentes, totalmente o oposto das grandes produções que são conhecidas por todo mundo. O que é realmente interessante, pois podemos ver como hoje qualquer empresinha pequena, ou mesmo algum punhado de programadores, consegue criar um jogo e lançá-lo para o mundo, graças a plataformas como Steam, por exemplo. Que foi onde eu conheci o bizarro e diria até absurdo jogo da postagem, chamado Sexy Airlines.
Dou um tempo para que você possa respirar e se perguntar de onde eu achei essa coisa...
De forma bem sincera, não é um jogo sensacional, sem dúvida tem muita coisa melhor por aí pra jogar, vale muito mais a pena resgatar os velhos emuladores de jogos do passado se você quer uma diversão eletrônica que valha a pena. Mas eu já vi muitos jogos piores... Diria que é até legalzinho, uma distração inocente (apesar do jogo estar longe de ser classificado como "inocente") e que diverte quando não queremos queimar muito a cabeça e os neurônios com os jogos atuais. Arrisco dizer que simpatizei um pouco, e sigo jogando por enquanto.
Sei que vão rir da minha cara, mas eu estou cada vez mais em um momento de minha vida em que jogos de videogame ou computador devem se enquadrar em uma de duas categorias: de um lado, aqueles que permitem uma diversão mais efetiva (ou seja, jogos de verdade, com movimento e ação) mas que sejam relativamente rápidos e descompromissados, sem campanhas longas e que permitam uma distração rápida; do outro, aqueles jogos que são meramente para passar o tempo, incluindo até mesmo algum tipo de estratégia, mas sem muita complexidade a ponto que se torne complicado e demorado, algo para passar o tempo naqueles momentos ociosos.
Para que você entenda, cito um exemplo de um jogo que foi lançado recentemente e que foi uma grande decepção: há alguns meses estavam anunciando um webgame baseado no clássico anime Patrulha Estelar, aquele do encouraçado espacial Yamato. Puta merda, fiquei super contente, seria uma chance de reviver minha infância com um jogo baseado em um desenho do qual sempre fui fã. Fiz cadastro, aguardei ansioso, e quando finalmente o jogo foi lançado...
Que merda! Sério, jogo malfeito da pôrra, sem muito nexo e sem nenhum tipo de ação. Um mero clique-clique em um monte de botões sem nenhum sentido. E com uma caralhada de coisas pra se fazer, o que se torna ainda mais maçante pelo fato de ter uma interface mega pesada, especialmente para um jogo de internet (a ventoinha de meu processador berrava quando jogava, além da memória chegar no limite). Ou seja, um jogo frustrante que acho que não aguentei nem dois dias jogando... embora o fato de eu ter redescoberto a série animada deve me "forçar" a dar mais uma chance a esse joguinho, apesar da primeira má impressão que me fez desistir de jogar em poucas horas.
Diferente do tal Sexy Airlines. Por mais que possa parecer bobinho, ele diverte sem ser muito difícil, até rende algumas risadas e (pelo menos até o momento) não se mostra como um jogo frustrante, em que não sabemos o que fazer ou não vemos sentido no que estamos clicando.
Bom, e como eu gosto de falar sobre coisas bem peculiares e ortodoxas que ninguém fala, decidi dedicar uma postagem ao polêmico e controverso jogo... Embora tais adjetivos fariam mais sentido se ele fosse minimamente conhecido.
E vale deixar o aviso: como o nome sugere, esse é um jogo para maiores de 18 anos, devido ao seu conteúdo mais pesado e erótico. Se você não curte esse tipo de coisa ou se fica ofendido, então fique à vontade pra procurar outra coisa pra ver na rede, e não venha me encher o saco depois.
Sexy Airlines foi lançado para navegadores de internet por uma empresa chamada Nutaku, acho que lá por 2019, e que também conta com aplicativo para Android (embora não disponível na Google Play, tem que instalar "por fora", mas não precisa fazer root no dispositivo). Trata-se de um dos típicos idle games, ou "jogos ociosos", onde as coisas acontecem mesmo quando você não está diretamente ligado nele. A história (se é que podemos chamar de história) é inacreditavelmente bizarra, digna dos filmes pornôs de pior qualidade: você personifica um piloto de uma companhia aérea, que em um determinado vôo foi tomado pela monotonia de ficar olhando pras nuvens, sem ter nada pra fazer enquanto o piloto automático controlava a aeronave. E teve a "brilhante" ideia de brincar com o manche... mas não exatamente do avião.
Sério... bizarro. O mais engraçado é que enquanto tem muito marmanjo que deve ficar excitado com essa ideia, achando que realmente seria uma boa fazer isso... eu dei uma sonora gargalhada ao ver tal cena, imaginando como que um piloto iria ser tão sem noção a ponto de se engajar em uma frenética "luta de cinco contra um" enquanto estava lá na cabine de um avião. Pra completar, o sujeito é pego no flagra por uma comissária... acontece que ela é mais sem noção do que ele, se empolgando com a cena e partindo para "tocar flauta" com vontade. Até que alguém entra na cabine, percebe a putaria rolando solta e com isso tanto o piloto como a comissária são demitidos por justa causa, enquanto que a cabine do avião passou por uma faxina profunda.
E o que acontece com os dois? São presos por atentado ao pudor? Vão parar no Big Brother ou na Fazenda? São convidados para uma entrevista no Encontro com Fátima Bernardes? Que nada, os dois abrem uma companhia aérea, onde podem trepar em qualquer compartimento das aeronaves quando bem entenderem.
Eu não sei o que é mais absurdo: se é imaginar como que um ex-piloto consegue ter grana sobrando pra simplesmente criar uma pôrra de uma empresa aérea do nada, ou ver como que isso ocorre praticamente da noite pro dia, como se começar uma companhia de aviação fosse como abrir uma barraquinha no camelódromo, e no dia seguinte já se compete contra empresas que estão aí há décadas.
Bom... mas não devemos esperar muita fidelidade à vida real em um jogo, ainda mais um que começa desse jeito.
Com isso temos o "enredo" do jogo, onde você comanda uma companhia aérea bem fora do comum, devendo expandir os seus vôos para os mais diversos lugares do mundo, faturando dinheiro. Até aí nada demais, algo muito comum em diversos jogos de gerenciamento tipo SimCity ou coisa parecida. Mas em Sexy Airlines há um toque original: afinal de contas, você personifica não apenas o CEO de uma empresa aérea... mas um CEO que está louco para pegar as aeromoças que trabalham pra você na companhia.
Alguém falou em assédio no trabalho?
Como disse, Sexy Airlines é mais um daqueles jogos eróticos, dentre as centenas que existem por aí (vale dizer que a empresa que o lançou se dedica a esse tipo de jogo). Afinal de contas, desde os tempos mais primórdios dos games que existem títulos que são baseados na sacanagem de alguma forma, mesmo o Atari há décadas atrás tinha "pérolas" como Sex Man ou Custer's Revenge. Admito que ao longo de minha experiência com videogame eu tive a curiosidade de dar uma olhada em alguns jogos assim, e até é possível encontrar alguns raros exemplos que podem ser levados um pouco mais a sério: por exemplo, há alguns visual novels japoneses que possuem histórias interessantes e até mesmo cativantes, onde as cenas mais eróticas não são exageradas e até complementam o enredo, e mesmo alguns raros títulos onde a jogabilidade é razoável, dando até a impressão que o conteúdo mais sexualizado nem é o principal foco.
Mas a grande verdade é que a esmagadora maioria desses "jogos" é apenas uma mera desculpa para fotos ou desenhos de sacanagem. Não precisa muita coisa, basta inventar uma história mal escrita ou criar um jogo sem graça (tipo, strip jogo da velha), qualquer coisa que não distraia do "elastarracha", como diria o professor Frink dos Simpsons.
De qualquer forma, por mais que o objetivo final em Sexy Airlines seja entrar nas calcinhas das aeromoças, diria que o jogo até tenta trazer um pouco de estratégia e algo prático para que o jogador faça. Embora não seja muito complexo, ao menos exige que o sujeito tenha que pensar com a cabeça "de cima" também na hora de tomar certas decisões, como em qual aeroporto operar ou que comissária contratar.
Em cada fase você deve selecionar aeroportos para fazer os vôos de sua companhia, que por algum motivo fica sediada em Frankfurt, na Alemanha. Me perguntava como que escolheram Frankfurt e não a capital Berlim, mas aí me lembrei que ela ficava no lado oriental e podemos imaginar que não deve ser o aeroporto mais moderno da terra do chucrute.
Claro que as opções são limitadas a algumas cidades do mundo, sendo que você deve sempre começar com um destino regional, depois pode operar com algumas cidades da Europa e por fim pode mandar aviões para destinos de média e longa distância. A quantidade de cidades depende da distância (você só pode ter um vôo regional e dois na Europa) e também do nível em que você se encontra, já que certas cidades só são desbloqueadas em níveis mais altos.
Ao começar a única opção regional é Berlim, também na Alemanha. Logo depois você terá acesso aos aeroportos de Paris, Roma e Praga (na República Tcheca, você entenderá porque daqui a pouco). Os primeiros vôos de média distância podem ser para Nova York, Cancún, Dubai e Nova Delhi, e alguns níveis mais adiante você poderá voar para destinos distantes como Rio de Janeiro, Cidade do Cabo, Bangkok e Tóquio. Mais na frente do jogo, outros aeroportos ficam disponíveis, como Amsterdã a nível regional, Londres para curta distância, Chipre para média distância e por fim Pequim, Seul e Los Angeles para longa distância. Vale citar que há outros aeroportos também, mas que são abertos somente para alguns eventos por tempo limitado, como em Viena ou Ibiza.
E cada aeroporto tem suas comissárias específicas. Para que o dono da companhia possa levar o globalismo para sua cama. Em geral, são duas aeromoças diferentes em cada um, algumas cidades podem ter mais e outras menos.
Vale citar uma pequena curiosidade sobre as cidades: pelo que vi em imagens, originalmente um dos destinos era a cidade de Moscou na Rússia. Por conta da guerra com a Ucrânia esse aeroporto ficou inacessível no jogo, exatamente como na vida real. Para não deixar o jogo incompleto e as comissárias russas de fora, elas foram realocadas para Dubai, que foi incluída no jogo para isso. Mostrando uma certa atenção dos desenvolvedores do jogo aos fatos atuais.
Diferente do Street Fighter, por exemplo. Acho que até hoje o Zangief participa pela bandeira da União Soviética...
Aliás, fico pensando em como que Sexy Airlines não poderia ter sido lançado em um momento global mais delicado. Pois além da guerra na Ucrânia tivemos recentemente a pandemia de Covid, que impactou fortemente a indústria de viagens. Parece que o CEO taradão deveria ter investido em outro negócio... mas pelo que parece no mundo em que esse jogo as viagens continuaram acontecendo sem problemas...
Não há muito o que fazer para gerenciar os vôos. Na verdade, apenas no início é que você precisa obrigatoriamente clicar em um botão para decolar, e aí o avião viaja para seu destino depois de um tempo (que varia de poucos segundos a alguns minutos, dependendo da distância), ganhando uma determinada quantidade de dinheiro (em euros) no final da viagem. Mas isso é por pouco tempo, pois logo você poderá usar grana para contratar uma das comissárias da cidade para que fique responsável por essa viagem. Fazendo isso os vôos entram em modo automático, com o avião indo e voltando sem parar e acumulando dinheiro com isso. É a parte "ociosa" de Sexy Airlines, onde mesmo fechando o jogo as viagens continuam, colocando verdinhas na caixa registradora.
Só que não basta deixar os aviões voando, para passar para o próximo nível você tem que cumprir dois objetivos básicos com todos eles. O primeiro é realizar uma quantidade de viagens mínima, e o segundo consiste em elevar o vôo até um determinado nível, o que pode ser conseguido usando dinheiro. Embora existam praticamente níveis infinitos, os aviões podem estar em quatro classes especiais, identificadas por cores: todos começam brancos, quando ficam laranjas já chegaram ao mínimo para subir de nível, mas ainda podem progredir para as classes dourada e preta.
Lógico que fazer o upgrade para essas classes não muda apenas a cor do aviãozinho, mas proporciona vantagens, a principal delas é que você passará a ganhar mais dinheiro por viagem. Além disso, reduz o tempo para que você encontre itens de qualidade nas bagagens perdidas.
O que nos traz para outro dos aspectos do jogo que são os itens, cuja única (mas crucial) utilidade será para desbloquear as conversas, fotos e vídeos das comissárias, algo no qual eu já vou chegar. E a principal forma de adquirir esses itens é por meio das bagagens perdidas nos vôos. De tempos em tempos aparecerá o ícone de uma mala em uma das cidades, o que corresponde a uma bagagem que algum passageiro lesado perdeu. Aparentemente em Sexy Airlines vale o lema "achado não é roubado" e você pode abrir a mala e ficar com qualquer coisa de valor que estiver ali dentro. Azar do mané que perdeu.
O tempo que leva para uma mala aparecer depende da distância: 30 minutos para vôos regionais e curtos, uma hora para vôos de média distância e duas horas para os longos, sendo que esse tempo pode ser reduzido de algumas formas, com power-ups ou mesmo quando os aviões estão nas cores dourada ou preta (por exemplo, os aviões pretos entregam bagagens na metade do tempo padrão). Na maioria das vezes, dentro da mala terá algum punhado de dinheiro, embora eu pensasse que era proibido despachar dinheiro na mala de porão. Porém, tem as vezes que você terá sorte e virá algum item que vai para seu inventário. Eles se dividem em diversos grupos, identificados pelas cores no fundo na imagem.
Os itens principais são usados para desbloquear as fotos e vídeos das comissárias. Em geral, serão itens comuns (de fundo azul), que podem servir de presentes para elas, como chocolates, flores, garrafas de vinho e até mesmo peças de lingerie. Mostrando como o CEO dessa companhia é doentio, achando que tá tranquilo dar de presente uma pilha de calcinhas usadas que achou na mala de alguma pessoa... Em algumas ocasiões, serão itens raros (com fundo amarelo), que aí já são presentes mais caros, como celulares, jóias e vestidos... e até mesmo alguns de uso "privado" entre quatro paredes, como chicotes para aquelas que curtem 50 Tons de Cinza e... como dizer isso... bem, dispositivos roliços elétricos de auto-satisfação feminina...
Pois é, esse não é um jogo da Disney... se bem que a Disney virou uma verdadeira putaria ultimamente.
Mais difíceis de encontrar são os itens de fundo rosa, que se dividem em duas modalidades. Uns são encontrados em algumas cidades em particular e são usados para confeccionar lingeries para as comissárias. Na verdade, trata-se de um dos tipos de "roupas" que cada uma delas pode usar. E outros são itens específicos de um determinado país, que são usados para liberar as fotos mais avançadas das comissárias daquele lugar. Tipo, canecas de cerveja na Alemanha, videogames no Japão, livros de Kamasutra na Índia e... por algum motivo bizarro qualquer, os desenvolvedores de Sexy Airlines acham que as lhamas ficariam bem como item típico do Brasil...
Bom, poderia ser pior... Poderiam ter colocado a cidade como Buenos Aires e dizer que é no Brasil.
Por fim, tem os itens de fundo verde, que são reservados para os eventos de tempo limitado. Pelo que vi é comum que nesses eventos existam missões que dão prêmios, como power-ups e moedas premium, e em algumas delas você deve acumular uma determinada quantidade de itens dessa categoria, que são baseados na temática do evento. Estes itens também servem para desbloquear roupas e cenas das comissárias, também disponíveis temporariamente durante a duração do evento.
Bom, acho que eu já rendi bastante para chegar no tema que interesa, que são as comissárias, as verdadeiras "estrelas" do jogo. Como disse acima, em geral são duas por destino, mas alguns lugares têm uma terceira à disposição, geralmente mais complicada de conseguir. A grande maioria delas pode ser contratada desde o início, algumas a partir de um determinado nível; mas tem outras que são mais raras, que só podem ser contratadas em eventos temporários e após conquistar uma determinada quantidade de itens. Tem outras que são específicas para eventos, só podendo ser usadas durante esse período, e algumas outras que podem fazer parte de sua equipe apenas se você tiver um pacote VIP (que é um pacote mensal que te libera várias coisas, meio que para o usuário "premium").
É evidente que a temática de Sexy Airlines visa atender a um dos típicos fetiches dos marmanjos. Como acontece com as enfermeiras e as empregadas francesas, é fato que muitos homens se derretem por comissárias de bordo. Provavelmente é aquela mescla entre os uniformes elegantes e que dão asas à imaginação (eu sei, um trocadalho do carilho esperado...) com o fato de que elas estão no vôo para servir os passageiros, deve ser isso que explica esse interesse quase que universal por comissárias de bordo. E admito que comigo não é diferente.
Enfim, não faltam comissárias. Pelo que vi em alguns fóruns e postagens a respeito do jogo (sim, tem outras pessoas jogando Sexy Airlines), são cerca de 40 garotas. Além de serem aeromoças, é perceptível como que os desenvolvedores criaram algumas para incorporar um "segundo fetiche", com traços de suas vidas pessoais e personalidade que remetem a outros interesses dos marmanjos ou mesmo estereótipos típicos que vemos em filmes. Tipo, tem aquela que é a mocinha inocente e tímida, a romântica que adora ganhar presentes, a que fazia ginástica artística na faculdade, a que trabalhava antes como moça do tempo em telejornal ou a mãe solteira que tenta balancear trabalho com família. Claro que há os certos exageros, como a coreana que fazia parte de um grupo de K-pop até um escândalo pior do que a Anitta ou a safadinha da República Tcheca que faz filmes pornô nas horas vagas...
Entendeu agora porque países como Espanha, Portugal e Suíça ficaram de fora, mas fizeram questão de colocar a República Tcheca? Sério, acho que o maior item de exportação desse país do Leste Europeu é estrela de filme pornô.
Claro que não posso deixar de comentar sobre as comissárias brasileiras, pois sempre acho bem engraçado como que é a visão que o pessoal de 1º mundo tem de nosso país. Correndo o risco de ser pouco original ao fazer uma nova referência ao Street Fighter... é só lembrar do Blanka para ver como que o pessoal de fora pensa que os brasileiros são sujeitos verdes e cabeludos que soltam choque quando estão putos.
Enfim, a visão do Brasil não poderia ser mais estereotipada do que foi feito em Sexy Airlines. Uma das comissárias veio das favelas, toda tatuada e com pinta de ser mulher do dono do morro. E a outra veio da Amazônia, vivendo entre os bichos da floresta e com uma predileção especial por cobras.
Cobras de verdade, ao menos em um primeiro momento pelo que parece, ao ver que ela tem a Anaconda como bichinho de estimação. Mas com essa cara de safada, mostra que a percepção dos desenvolvedores de Sexy Airlines é que aqui é um puteiro onde só tem favelado e índio, e todo mundo tem algum bicho exótico em casa, como uma jibóia, tamanduá ou mico.
Do ponto de vista visual, diria até que as comissárias são bem desenhadas. O jogo optou por um estilo de arte que se aproxima do real, que pessoalmente acho que fica legal. E realmente tem algumas delas que ficaram bem bonitas, como a baixinha mexicana com um par de magumbos gigantes, e que trabalha como moça do tempo quando não está voando.
Saindo um pouco da questão visual e levando para o jogo em si, como disse acima em cada fase você deve escolher comissárias para ajudar com a operação de vôos em determinadas cidades. E essa escolha precisa ser feita com certo critério, pois não tem como trocar de cidade ou mesmo de comissária em um mesmo destino: tipo, se você escolheu a pornstar tarada para voar para a República Tcheca, não dá para substituí-la pela mocinha vidrada em redes sociais que trabalha na mesma cidade, só se você passar para o nível seguinte. Acontece que essa escolha não será baseada apenas na preferência do jogador, mas também deve levar em conta as missões e os eventos vigentes, lembrando que a quantidade de vôos para certas regiões é limitada.
Por exemplo, você pode ter um evento onde certos itens importantes para completar missões são encontrados somente na França. Assim, se você por acaso direcionar seus únicos dois vôos de curta distância para Roma e Praga, danou-se. Não terá como ganhar esses itens necessários para cumprir a missão. Como vou falar mais adiante, a princípio não é obrigatório completar todas as missões; mas vale a pena, pois isso rende itens que poderão ser úteis no futuro ou até mesmo no evento. Essa é uma das principais decisões estratégicas do jogo, pode não parecer muito, mas exige um mínimo de bom senso.
Além disso, as comissárias escolhidas vão influenciar a quantidade de dinheiro que você ganha com as viagens. Sem entrar em detalhes da matemática por trás disso (que eu na verdade nem sei qual é), cada uma delas tem um determinado multiplicador que é baseado em pontos de afinidade, indicados pelas estrelas que aparecem ao lado de sua foto. Quanto maior a afinidade, mais dinheiro ela ganha com os vôos, simples assim. E tem também um "bônus de equipe", de forma que aquelas que não estão voando contribuem de certa forma para a que está trabalhando que seja do mesmo país, algo que ajuda caso você tenha se dedicado a aumentar muito a afinidade de uma enquanto se esquece de outra.
Fora o gerenciamento das viagens, outra das atividades principais (se não a principal) é a interação com as comissárias. Não apenas para ganhar pontos de afinidade, mas também para desbloquear as fotos e animações mais "calientes", que é o verdadeiro objetivo em Sexy Airlines.
Uma das formas mais comuns de interação com sua equipe de beldades aéreas é pelas mensagens de celular. A partir do momento em que você contrata uma comissária pela primeira vez, será possível enviar mensagens de texto para o celular dela. Não é algo liberado, pois há uma quantidade máxima de mensagens que podem ser enviadas por vez, que são recarregadas com o tempo (você ganha uma mensagem por hora). Ou seja, apesar de estarmos em uma era de alta comunicação digital e mesmo sendo o CEO de uma companhia aérea, o jogador parece que fica refém de um pacote com SMS limitados, como se tivesse um plano pré-pago... Imagino que Sexy Airlines se passa em uma realidade alternativa onde não inventaram o WhatsApp ou o Telegram.
As conversas (ou threads, como são referidas no jogo) vão trazendo várias mensagens trocadas com a moça, e a cada interação você escolhe uma das respostas. Isso não faz muita diferença no resultado em si, apenas muda um pouco o que ela vai responder (se é que muda). Pelo que vi, em geral é sempre uma mensagem um pouco mais "comportada" e "decente" (para os níveis do jogo), tipicamente a que fica na esquerda, e uma outra que dá a impressão que o jogador é um chimpanzé tarado no cio e doentio, que normalmente está do lado direito.
Após algumas mensagens temos então o "prêmio", que será uma foto ou animação da comissária. Mas claro que isso não é de graça: é aí que entram os itens que eu falei lá em cima. Para cada uma das duas respostas finais há um "pedágio", na forma de uma certa quantidade de um determinado item ou itens. Como esperado, quanto mais avançada for a conversa, mais picante será o seu prêmio, mas também o preço será maior, envolvendo itens mais raros ou regionais. Completando a conversa, além de ganhar mais uma foto ou vídeo para guardar na sua pasta "trabalhos", a comissária ganha um pouco mais de afinidade contigo, e uma nova conversa será desbloqueada.
Em geral cada comissária tem seis ou sete conversas padrão, com níveis de dificuldades crescentes, mas também recompensas cada vez mais "interessantes". Além dessas, elas também podem receber conversas novas, específicas de certas missões ou eventos. Ou seja, tem muitas conversas, assim como muitas fotos e vídeos para desbloquear.
Mas as aeromoças do Sexy Airlines não estão no jogo apenas para sexting. Tinha que ter algo mais a ver com aviação, não é mesmo? E parece que a melhor solução para isso veio uma outra forma com a qual dá para interagir com elas, por meio do minigame da turbulência.
Para dar um toque de ação ao jogo e arrumar algo para fazer em vez de ficar só organizando as viagens, em determinados momentos você vai escutar aquele barulhinho característico do botão de chamada de comissária. Quando isso acontece, o aviãozinho que fica de lá pra cá no painel de viagens muda para um botão de um cinto, e clicando nele você entra no joguinho de turbulência com a comissária do vôo em questão.
Trata-se de uma situação de vôo bem comum, onde a comissária está oferecendo o serviço de bordo mas aí começa uma turbulência. Nessa hora você assume o papel do piloto e deve garantir o melhor equilíbrio possível, para que ela possa distribuir os comes e bebes. Isso é feito movendo um marcador em formato de avião que fica numa escala na parte de baixo da tela. De forma aleatória esse marcador é movido automaticamente para um dos lados, e você deve usar os botões para tentar manter o marcador na zona verde da escala o maior tempo possível antes do cronômetro zerar.
O principal objetivo é ganhar dinheiro, quanto mais tempo você mantiver o marcador na zona verde, mais a barra de dinheiro no topo se enche, e seu pagamento será proporcional a essa barra. Além disso, a cada 24 horas é possível que você ganhe uma bagagem extra, até o limite diário (que começa em dez malas). Vale comentar que algumas missões são baseadas nesse jogo de turbulência, pedindo que você ou enfrente um determinado número de turbulências ou que consiga uma pontuação de 100% (enchendo a barra de euros até o máximo).
Para aumentar o desafio, perceba que nos vôos de maior duração a zona verde segura é mais estreita, dificultando o equilíbrio. Mesmo tendo mais alguns segundos não é suficiente para que você consiga uma boa pontuação, especialmente nos vôos de longa distância.
Sei lá... mas acho que ia ser mais fácil se ela não ficasse nessa pose, se equilibrando em uma perna, como se fosse o saci... E me pergunto para quem é o serviço de bordo, pois parece que o avião está vazio.
Pessoalmente, acho o jogo meio bobinho, mas funciona para colocar um pouco mais de ação descompromissada em Sexy Airlines. Embora eu tenha que admitir que em certas situações esse mini-game é frustrante, especialmente quando você precisa fazer um resultado de 100% e fica nos 99,5%... Sem falar que na verdade esse jogo é muito sem noção, pois pelo que sei o serviço de bordo é sempre interrompido quando há turbulência, para evitar acidentes.
Já perdi a conta de quantas vezes eu viajei e o serviço de bordo foi cancelado por conta do "mexe-remexe" da viagem. Teve até vezes em que as comissárias largaram o carrinho travado no corredor e correram para sentar na primeira poltrona vaga, pra você ver como tem horas em que isso é sério.
Outra forma de interagir com as comissárias é por meio das roupas. Afinal de contas, elas não iriam ficar usando apenas o uniforme da companhia aérea, por mais sexy que isso seja para alguns. A grande maioria das roupas é conseguida em eventos, usando os itens especiais conquistados. Mas existem também as peças de lingerie, que são "construídas" com itens especiais acumulados ao longo do jogo, ou as fantasias VIP que dependem de fichas que são bem raras de achar. As roupas são organizadas em "coleções" temáticas, como fantasias de Halloween, biquinis para curtir o verão, vestidos de gala para o Ano Novo, coisas assim. Além das coleções mais eróticas, como de fantasias sadomasoquistas e de pintura corporal.
Além de mudar um pouco o visual das moças (que também aparece no jogo da turbulência), para cada peça em seu guarda-roupa particular a comissária ganha um percentual em seu modificador de afinidade. E acumular várias roupas de uma determinada coleção aumenta também o dinheiro que você ganhará em geral. Ou seja, não é apenas algo visual, mas também ajuda nos ganhos.
Entendo o propósito de terem colocado isso, fica claro que Sexy Airlines é como a maioria dos jogos de hoje, com uma boa dose de "gacha", que é o termo usado para o acúmulo de itens colecionáveis, muitos deles que vão exigir que o jogador gaste dinheiro de verdade.
A última forma de interação é por meio de presentes. Mas é algo que só faz sentido para o jogador que está mais avançado nos níveis, pois tal ação só fica disponível depois que todas (ou quase todas) as conversas padrão de uma comissária foram desbloqueadas. Para presentear uma delas, basta escolher algum dos itens de seu inventário, e com isso será possível aumentar sua afinidade por algum tempo.
Creio que agora dá pra falar dos eventos e missões. Para dar uma variedade no jogo, faz sentido que existam certas situações particulares a serem lidadas pelo jogador. Os eventos são semanais e valem para toda a comunidade de jogadores, enquanto que as missões têm um funcionamento um pouco diferente: no início do jogo, cada jogador passará obrigatoriamente por dez missões, que possuem um prazo de alguns dias também, mas que são consideradas completadas no momento em que se pula para o próximo nível. E depois de passar por essas, as missões surgem de forma aleatória para cada um a cada nível. As missões podem se repetir várias vezes (inclusive as missões 2 a 10 iniciais), e também é comum que certos eventos tragam uma missão específica.
Vou começar com os eventos, que sempre trazem algum enredo em particular. Como é comum em jogos atualmente, muitas vezes eles são ambientados em alguma data comemorativa, como Natal ou Páscoa, mas também com situações peculiares, como um safari na África ou uma festa medieval. Mas no final das contas tudo é uma desculpa para oferecer algo de diferente para os jogadores, como conversas de celular especiais com algumas comissárias (para ganhar fotos e animações) ou roupas diferentes. E em geral sempre tendo um ou mais itens específicos do evento, normalmente disponíveis em determinados aeroportos somente. Por essa razão é considerada uma "boa prática" só subir de nível após um novo evento começar, pois ao passar para o nível seguinte será possível escolher os vôos.
Além das roupas e conversas, é comum que os eventos tragam uma outra forma de interação com as comissárias, que são as cenas. Em cada cena existe uma "trilha" representada por uma pista de pouso, com diversas "casinhas" que podem ser desbloqueadas ao consumir itens de evento. Após cada etapa, é possível liberar um botão da cena, que permite escolher o que a comissária estará vestindo e o que ela estará fazendo.
Tipo, vejamos essa da comissária italiana, em um recente evento ambientado em um piquenique. Inicialmente é apenas ela, toda arrumada e elegante, fazendo uma pose meio convidativa em uma toalha de piquenique no campo, em frente ao Coliseu...
... e alguns níveis depois, peças de roupa vão se "perdendo", e outras coisas mais vão acontecendo.
Claro, para o bom entendedor, já dá pra imaginar que as cenas não ficam somente em um striptease inocente, né? Temos que lembrar o tipo de jogo que se trata.
A premissa é bem simples, quanto mais longe você vai na pista, mais botões para o controle da cena serão liberados, o que te permite despir a comissária ou colocá-la em poses diferentes, sem falar em iniciar certas ações para consumar o ato. As cenas são animadas, mas francamente parecem meio forçadas demais, como se fossem mesmo um filme pornô de quinta categoria. Tem de tudo, desde situações mais íntimas onde uma determinada comissária está com um sujeito (que creio que representa o jogador), até mega surubas com uma porrada de gente trepando como se estivessem no Calígula.
O que vale comentar é que tais cenas não servem apenas para ver sacanagem, mas também para ganhar itens mais raros. É uma forma mais garantida de conseguir aqueles itens amarelos e rosas, que são complicados de conseguir, e até mesmo power-ups. Mostrando que tem alguma contribuição para o jogo na prática.
Mas a grande verdade é que os eventos são a principal forma de ganhar grana dos jogadores, que querem liberar roupas e cenas limitadas. Pois os eventos sempre trazem a possibilidade de usar moedas premium para comprar bagagens com os itens específicos do evento em si, caso você não tenha conseguido acumular o suficiente jogando normalmente. Algo que percebo é que os eventos parecem ser meio injustos com os jogadores novos, pois muitas vezes eles pedem que você voe para um destino ou trazem uma cena com uma comissária que não está disponível ainda em seu nível.
Por sua vez, as missões são mais "democráticas", e pessoalmente acho que são mais interessantes e bem boladas. A cada novo nível será apresentada uma missão que representa uma determinada situação fora do comum. Por exemplo, pode ser uma greve nos aeroportos de uma cidade, a erupção de um vulcão no meio de uma rota ou algum outro evento de destaque.
As implicações práticas de uma missão são duas. A começar com as condições especiais, que mudam alguns dos comportamentos do jogo, como duração das viagens, frequência em que você encontra bagagens ou até mesmo uma lista de comissárias que ficarão indisponíveis por algum motivo. Algumas dessas condições são prejudiciais e dificultam a sua vida, mas é comum que algumas outras tragam vantagens.
Por exemplo, consideremos a missão que fala da greve em Roma. Por um lado, os vôos para essa cidade vão levar mais tempo para chegar, afetando os ganhos; porém, a greve faz com que tenham mais bagagens perdidas, o que significa mais itens nesse trajeto. Algo bem bolado, que muda um pouco o ritmo do jogo e traz alguns desafios interessantes.
E as missões também possuem objetivos, que são tarefas que devem ser concluídas para ganhar alguma recompensa. Envolvem coisas como completar uma determinada quantidade de viagens para um determinado destino, abrir um certo número de bagagens ou completar algumas turbulências com 100% de eficiência, coisas assim. As recompensas variam entre moedas premium, itens do evento, mensagens ou alguns power-ups de uso imediato ou que são guardados em seu inventário.
Aliás, são duas coisas que eu ainda nem falei, das "moedas" e dos itens especiais. O que me faz perceber que estou escrevendo esse post em uma ordem totalmente misturada e sem nexo...
Enfim, como é costume em jogos online e de celular, Sexy Airlines possui diversos tipos de recursos. Claro que o principal é o dinheiro do jogo mesmo, em euros, que serve para aprimorar os aviões e contratar comissárias... na verdade, serve apenas para isso mesmo. Algo que eu acho curioso, diria até engraçado, é que acumula-se muita grana de forma extremamente rápida, chegando a cifras que são simplesmente incalculáveis, como você pode ver na imagem abaixo.
Para quem não está acostumado com a notação científica, o "e" serve para indicar o exponencial, sendo que ele é geralmente usado para indicar a ordem de grandeza dos números. É como se cada unidade depois do "e" representa um zero a ser colocado à direita. Assim, 1,51e20 significa colocar vinte zeros depois do 1,51, que é equivalente a 150 quintilhões de euros! Se você olhar a primeira aeromoça (do vôo mais curto), cada viagem rende 1,25 trilhões de euros... puta merda, pra acumular tudo isso em uma viagem, só se os passageiros forem todos marajás árabes.
Bizarro, não? Acho que nem se juntar toda a riqueza do mundo daria tudo isso. Pelo que vi aqui, existem no mundo cerca de 100 trilhões de dólares. O que são só alguns trocados em Sexy Airlines, e olha que estou em um nível relativamente baixo...
Além do dinheiro, existem duas moedas "premium" em Sexy Airlines. A mais acessível corresponde aos diamantes, que podem ser conseguidos em algumas missões ao longo do jogo. E também tem as moedas de ouro, denominadas "Nutaku Gold" em referência à empresa que desenvolve o jogo, e que só podem ser conseguidas gastando dinheiro de verdade no site da empresa. Ambas moedas podem ser usadas na loja do jogo, para comprar bagagens, mensagens e power-ups diversos... mas logicamente que as moedas de ouro são as principais, permitindo comprar coisas interessantes.
Assim, temos então as duas categorias principais de jogadores, típicas nos jogos de celular de hoje em dia: aqueles que não gastam um centavo e jogam de graça (os F2P, ou free-to-play) e aqueles que não se incomodam em abrir a carteira para gastar com o jogo (os P2P, ou pay-to-play). Me faz pensar como que os jogos de videogame mudaram tanto, antigamente pagava-se caro por um cartucho ou CD com um jogo mas ele vinha completo e você precisava usar de sua habilidade para desbloquear certas coisas; hoje, os jogos são gratuitos mas incentivam que se gaste dinheiro em micro-transações para atingir essas conquistas, gastando-se mais ainda do que seria um jogo completo.
Enfim... cada um é dono de seu dinheiro. Se a pessoa está se divertindo, acho que mal não faz. Claro, desde que a pessoa tenha consciência do valor de seu dinheiro de verdade, não permitindo que vire um vício a ponto de gastar muita gaita com um mero jogo, ou então vai ter que ir pro sinal pedir esmola.
Falta falar sobre os power-ups... e também sobre as habilidades. Puta merda, não esperava que esse post ficaria tão longo assim!
Os power-ups são fundamentais para que você tenha alguma chance nos eventos e nas missões. São poderes especiais que ajudam com algumas tarefas gerais. Alguns são de uso imediato: por exemplo, tem os time warps, que fazem que tudo "avance no tempo", de forma que você ganhará dinheiro, bagagens e mensagens correspondentes ao tempo avançado, de forma instantânea. Por exemplo, se você usar um de quatro horas, receberá imediatamente o equivalente a ter jogado por quatro horas seguidas. Claro, tem que ficar esperto pois tanto as bagagens perdidas como as mensagens têm limites máximos, que não serão ultrapassados.
Outros power-ups são temporizados, algo que é acionado e fica em uso durante um determinado tempo, no qual seu poder especial funciona. São os mais comuns, como os "nitros" que reduzem o tempo de vôo ou os boosts que aumentam a frequência de perda de bagagens. O interessante é que eles podem ser combinados entre si, para conseguir efeitos maiores. Por exemplo, se você usa um power-up que reduz o tempo em que a bagagem perdida aparece, e logo depois aciona-se um time warp de uma hora, você recebe as bagagens que seriam acumuladas em uma hora mas considerando que elas aparecem mais rápido.
Por fim, temos as habilidades, ou skills. A cada nível subido, um ponto de habilidade é dado, e esses pontos podem ser usados para melhorar algumas das características de sua companhia aérea. Curioso é que essas habilidades são mostradas em um "avião", onde você pode caminhar na direção de uma das asas ou fuselagem, liberando aquelas habilidades de interesse na sequência. Assim, aquela que está, por exemplo, na ponta da asa só poderá ser liberada se as anteriores forem desbloqueadas.
São diversas habilidades úteis. Tipo, tem uma que aumenta a probabilidade de que você ganhe uma bagagem perdida extra (ajuda muito em eventos), outra dá um bônus no dinheiro ganho quando você está fora do jogo, tem outra que aumenta um pouco a zona verde do jogo da turbulência, dentre outras. Cada habilidade pode ser melhorada em até dez níveis, e o custo do upgrade aumenta de acordo com o nível e tipo de habilidade. E vale comentar que existe um item que pode ser comprado que "zera" todas as habilidades, para que você possa redistribuir os pontos acumulados até o momento de uma outra forma.
Como podemos ver, Sexy Airlines pode ser um jogo de sacanagem... mas diria que tem até uma certa jogabilidade razoável, pelo menos considerando o tipo de jogo que é. Exige um mínimo de estratégia, planejamento e gerenciamento para que você possa progredir de forma regular, e a presença de eventos e missões diversas, atualizadas de forma relativamente frequente, traz também uma certa variedade.
Mas não muda o fato de que é um jogo de sacanagem, lógico. No final das contas, o principal objetivo do jogo é liberar os conteúdos, tanto os convencionais como os limitados de eventos, com as fotos, animações e cenas com as comissárias fazendo de tudo. Como falei mais acima, Sexy Airlines não é para os mais puritanos ou para aqueles que se sentem ofendidos com qualquer coisa. E não apenas por conta das cenas mais indecentes, mas até mesmo pelo enredo com um CEO de uma companhia aérea que quer trepar com todas as suas comissárias. Prato cheio para revoltar os politicamente corretos e as feministas.
Afinal de contas, não tenho dúvidas que as feministas revoltadas devem odiar um jogo como Sexy Airlines. Pra começar, vão dizer que o jogo incentiva a misoginia, que objetifica as mulheres como meros pedaços de carne. Provavelmente vão aparecer também reclamando que o jogo apresenta mulheres dentro dos "padrões de beleza" impostos pela sociedade machista e patriarcal, achando errado que não tem uma comissária obesa mórbida ou pelancuda. Certamente alguém vai jogar a cartinha do racismo, reclamando que não são muitas comissárias negras ou pardas. Arrisco dizer que vão dizer que o jogo ainda é homofóbico, pois não oferece a oportunidade do jogador "dar marcha a ré no quibe" com um comissário, e também transfóbico por só ter mulheres cis.
Só o fato de saber que é um jogo que vai emputecer essa corja politicamente correta, me dá gosto jogar...
Brincadeiras à parte, claro que mesmo se ignorarmos a diarreia verbal que vem da boca da turminha woke, vale sempre lembrar que se trata de um jogo, uma fantasia criada só para divertir. O próprio Sexy Airlines traz um disclaimer, dizendo que é uma ficção e que o comportamento retratado ali não é pra ser levado para a vida real. Claro que uma pessoa com um mínimo de noção sabe disso, ainda mais quando vemos que as situações narradas em Sexy Airlines são bem exageradas, chegando até mesmo a serem caricatas e cômicas; mas nunca é demais lembrar que não se deve incentivar um comportamento grosseiro e desrespeitoso com comissárias de bordo em um vôo, ou com qualquer mulher, diga-se de passagem. Acho que não é necessário dizer que isso dá cadeia, no mínimo.
De qualquer forma, repito o meu comentário lá em cima, reafirmando que Sexy Airlines pode não ser um jogão de destaque, mas é superior a muita merda que tem por aí. Por mais que seja evidente sua apelação para um viés mais pornográfico, ao menos tem um mínimo de jogabilidade e até uma mecânica de jogo interessante e bem executada, considerando o que promete entregar. Claro que não é um título que terá um grande público, mas para quem está atrás de um jogo bobinho pra se distrair de vez em quando, até que Sexy Airlines quebra um galho.
Antes de sair, acho que vale deixar algum comentário mais pessoal a respeito do jogo. E como é comum nas situações onde os temas "games" e "mulheres" estão juntos, acho que vale mencionar quais das comissárias que eu gosto mais. Embora eu tenha jogado relativamente pouco e ainda estou em um nível baixo, creio que não faz mal escolher algumas delas que não estão disponíveis pra mim neste momento. Por mais que eu saiba que não tem como ser mais deprimente, ao escolher personagens favoritas de um jogo como Sexy Airlines.
Mas vamos lá. Eu já havia citado a baixinha mexicana Paulina, que é toda doce e trabalha também como garota do tempo em um telejornal. Sangue latino sempre atrai, ainda mais quando é uma mocinha pequenininha e bem dotada. Também acho bonita a indiana Raveena, acho que pelo fato dela lembrar um pouco aquela atriz que fazia a irmã no Raj em Big Bang Theory, com seu visual exótico e pouca experiência em relacionamentos. Falando em exótica, a francesa Giselle tem a pinta de modelo, com muita elegância e presença... embora esse exterior sofisticado esconda uma sado-masoquista que gosta de mandar. E acredito que eu não resisti ao charme oriental, com a presença de duas comissárias daquele continente: Haruka é a japonesa que trabalhou como modelo e tem aquele espírito competitivo e de ser sempre a melhor, e a gracinha Kiki é a coreana que fazia parte de uma banda de K-Pop mas por conta de problemas no meio artístico decide tentar a carreira de comissária.
Como disse, as personagens são relativamente bem desenhadas e muitas delas são bem carismáticas. Claro que ali em cima elas estão em seu visual "a serviço", e quem joga vai poder vê-las em situações bem diferentes...
Bom, acho que depois dessa eu posso encerrar por aqui. Sei que esse é mais um jogo que dificilmente alguém joga, não duvido que os visitantes aqui nem faziam ideia da existência de Sexy Airlines, e talvez nem fizessem questão de conhecê-lo. Mas pelo menos valeu por uma postagem original, posso apostar que não deve ter quase nenhum outro site que tenha falado desse jogo. Bom... não que isso seja algo a se vangloriar. De qualquer forma, repito meu comentário ao dizer que por mais que seja um joguinho bobo e um pouco apelativo, consegue oferecer algum tipo de diversão descompromissada e diferente do que há por aí.
Comentários