Moe! Ninja Girls

Ok, eu entendo se você começar a questionar a minha sanidade (e talvez até minha masculinidade) por conta dessa postagem. Os visitantes de mais tempo que conhecem meu blog sabem que de vez em quando eu faço um texto sobre algum jogo de videogame. Nada demais nisso. Mas provavelmente muitos podem estar se perguntando por que diabos eu vim aqui para falar de uma dupla de joguinhos de celular que devem ter saído da imaginação de um japonês pervertido e com tara por ninjas e meninas colegiais. Ainda mais quando há tantos jogos, desde os clássicos de Atari, passando à geração de 8 e 16 bits, e chegando aos mais modernos, que poderiam protagonizar um post por aqui. 

Bom... admito sim que eu acho esses jogos simpáticos. E com a vida corrida de ultimamente, que me deixa pouco tempo para diversões eletrônicas, e considerando que meu computador é meio capenga e com pouco espaço disponível que não aguenta nem mesmo jogos de PC de alguns anos atrás, acaba que eu estou numa fase de jogar mais em meu celular. Juntou isso com o fato de eu sempre ter curtido histórias com múltiplas escolhas, desde aqueles livrinhos de Escolha a sua Aventura e passando por alguns jogos de celular parecidos como Cause of Death e Choices, além de eu ter uma certa simpatia por desenhos e séries orientais, não é surpresa que eu viria a me interessar e curtir esses dois joguinhos.

Pode me zoar. Já estou naquela idade que pouco ligo para o que pensam e dizem de mim. 

Moe! Ninja Girls foi lançado no final de 2016, para as plataformas móveis iOS e Android, e logo ganhou versões online pelo Facebook, como muitos jogos hoje em dia, e até mesmo no PC, pela plataforma Steam. Desenvolvido por uma empresa japonesa chamada Solmare, que certamente é uma mera desconhecida no meio de um mar de outras produtoras de jogos mais conhecidos. Começou com alguns títulos mais desconhecidos ainda, e veio a atingir relativa "fama" ao lançar esse jogo de estilo visual novel, misturando ninjas e vida de escola. O segundo jogo, Moe! Ninja Girls RPG, neste ano de 2020, mas falo sobre ele depois do jogo original.

Nele você joga como o protagonista Kazuki Araya, um garoto que vai começar sua vida de escola na cidade de Misaki, mas que na verdade é um ninja lendário. Embora me pareça ridículo como que um mané de 17-18 anos já possa ser uma lenda. Cansado da vida como um ninja, ele decide fugir de sua vila e ingressar na escola, onde espera ter uma vida normal. E, claro, encontrar garotas, como todo rapaz disfrutando de sua adolescência deseja. Mas, ao longo das muitas temporadas (vinte e nove, no momento dessa postagem, e continuando), vemos que não tem nada de normal na vida dele.

Se por um lado o protagonista é um ninja poderoso, na vida real ele é um sujeito atrapalhado e meio bobão, sempre desajeitado com as mulheres, que curte jogar videogame e assistir animes. Boa sacada dos produtores, pois descreve provavelmente 90% da audiência do jogo em si, para que o jogador se sinta mesmo como o personagem principal. Tanto que, como é de praxe nesse tipo de jogo, há a opção para que você mude o nome do personagem, podendo assim colocar seu próprio e aumentar ainda mais a imersão na história. 

Ou então você pode fazer como muitos e colocar um nome de zoação. Tipo, Pinto Durão ou Tomas Turbando...

Moe! Ninja Girls é um visual novel, onde você vai lendo a história que é apresentada de forma mais visual, usando imagens e as sprites dos personagens, com as diferentes expressões de alegria, raiva, tristeza e assim por diante. Como já disse nos outros jogos do gênero, sei que é uma ideia meio bobinha, mas pra mim funciona bem. Afinal, o uso dessas imagens com as expressões dos personagens ajuda a perceber mais facilmente as reações, a forma como eles estão dizendo as palavras lidas.

Cada temporada possui cerca de dez capítulos, e cada capítulo possui algo também entre dez e doze partes. Não dá pra trocar em todo o momento de temporada ou capítulo, você começa sempre do início, perdendo todo o progresso acumulado no anterior. A maioria das partes é bem linear, onde você apenas lê a história; mas em algumas delas você se depara com alguma pergunta de múltipla escolha, sempre com três opções. Além de influenciar um pouco a história de forma imediata (tipo, a cena logo depois da escolha é função da opção), o caminho escolhido afeta a pontuação da temporada.

E como Moe! Ninja Girls já sugere, o objetivo ao longo das temporadas é ajudar Kazuki a ter um final feliz com uma das muitas garotas do jogo. Depois entro em mais detalhes sobre elas, mas adianto que a grande maioria é de sua escola, e também são ninjas como o protagonista. Em cada temporada, você terá duas meninas principais (referidas pelo jogo como "heroínas"), e tipicamente as escolhas vão aproximá-lo mais de uma do que de outra: diante de uma pergunta, é comum que uma opção aumente sua pontuação com a garota A, outra com a garota B e a terceira que não ajuda de nada. Ou seja, a pontuação funciona como uma afinidade. O legal é que ao final do capítulo você pode ver como sua opção afetou a pontuação, e o quão próximo você está de uma delas.

Ao final da temporada, você pode escolher três finais diferentes. Tem os finais específicos de cada garota, sendo que o final daquela que você conquistou uma pontuação mínima pode ser visto "de grátis", e o final normal também é gratuito. Ou seja, pelo menos o final normal você já tem garantido, enquanto que os finais especiais com as garotas dependem de você responder as perguntas da maneira certa, aumentando sua afinidade com uma delas.  

Antes que alguém possa estar se perguntando, Moe! Ninja Girls não é um jogo hentai. Ou seja, não é putaria japonesa. Diria que o estilo vai mais na linha de uma comédia romântica, em que o personagem principal passa por algumas situações inusitadas (tipo, tropeça e cai com a cara nos peitos da garota), mas tudo de forma relativamente inocente. Embora certamente tenham seus momentos em que a imaginação corre solta, geralmente nas escolhas premium do jogo.

Mas mesmo nesses momentos não tem nada de muito explícito. Pois Kazuki é um verdadeiro protagonista desse tipo de história, em que sempre alguma coisa acontece no exato momento em que ele (e o jogador) espera ver algo mais. Tipo, as luzes se apagam, uma de suas amigas ninja dá uma porrada na sua cabeça e ele fica desacordado, ou em último caso seu nariz explode com sangue e ele desmaia. Afinal, por algum motivo os japoneses entendem que diante de uma cena erótica seu nariz vai sangrar em bicas. Ou seja, no máximo alguns diálogos que podem dar algumas ideias, porém sem ser nada obsceno. Trata-se na verdade de um joguinho relativamente inocente, com um protagonista extremamente tapado que não percebe que todo o harem de garotas está apaixonado por ele... Seja lá porque...

Voltando à jogabilidade, como é muito comum hoje em dia, Moe! Ninja Girls tem diferentes "moedas" que são usadas para fazer diversas coisas no jogo. Começo com as principais, que são os tickets de histórias, consumidos para ler cada uma das partes. Você pode acumular até cinco tickets gratuitos azuis, que são recuperados a cada 4 horas se não me engano, além dos tickets rosas, que não têm limite mas representam a versão "premium". Dá pra comprar usando dinheiro de verdade, ou então conseguí-los em eventos e missões.

Aliás, algo que eu acho bem engraçado é como alguns dos personagens "quebram" a 4ª parede, falando com o jogador, como se tivessem noção que estão em um jogo, como a sapeca da Yamabuki acima. 

Voltando, essa é uma tendência comum hoje em dia nos jogos de celular, afinal de contas é onde as empresas ganham dinheiro... Mas digo que MNG (vou começar a usar a abreviatura do jogo) é relativamente bem generoso nesse aspecto. Pra começar, possui um limite razoável de tickets gratuitos, pelo menos considerando alguém que joga uma ou duas vezes ao dia. Por fim, os tickets "premium" podem ser conseguidos de forma gratuita facilmente em diversas oportunidades e eventos. Já vi jogos mais mercenários: o próprio Choices que eu citei acima, demora uma eternidade para você acumular, e as opções premium são caríssimas...

Existem ainda outras moedas no jogo, sendo que o dinheiro (denominado como "Niney" por algum motivo) tem uso bem restrito, sendo útil apenas em algumas escolhas durante as histórias, geralmente as mais básicas, e os diamantes podem ser usados para comprar vários itens avançados. Da mesma forma, há como pagar grana de verdade pra comprar diamantes, mas o jogo disponibiliza várias oportunidades para ganhar alguns. 

Cabe ressaltar que "Niney" e diamantes são fundamentais para certos momentos da história, que são checkpoints. Em que somos agraciados com uma das personagens sorridente e saltitante, se é que você me entende...

Pois é, não resisti ao trazer a animação do checkpoint.

Seguindo, nesses checkpoints você tem duas opções para a história que dão também direito a itens (falo deles daqui a pouco), sendo que uma mais básica que pode ser comprada por Niney ou diamantes e outra que é a "premium", disponível apenas por diamantes, em uma quantidade maior que a opção padrão. E cada uma também disponibiliza imagens da história que depois podem ser vistas numa galeria, onde logicamente que a opção premium dá acesso a imagens mais legais (e "interessantes", se é que você me entende). 


Por fim, existem os corações, que representam energia e servem para uma modalidade de mini-game disponível, chamada Ninja Fight. Corresponde ao ambiente multiplayer, onde você pode enfrentar outros jogadores em uma luta ninja, e que está associado aos muitos itens que podem ser conquistados, sejam nas opções no meio da história, ao completar um capítulo, por meio dos sorteios diários ou em diversas outras oportunidades ao longo do jogo.

Embora o jogador personifique Kazuki ao longo das histórias, cada um pode construir um personagem para esses combates do Ninja Fight, usando diferentes itens como armas de mão, armas de ataque, bombas, comida e outras coisas, além do item principal que é o próprio personagem (que o jogo se refere como "roupa"). Como o exemplo abaixo.

Os itens se dividem em três grupos principais, representando elementos associados aos poderes (fogo, gelo e relâmpago), com uma determinada pontuação. Assim, a jogada é montar um personagem que tenha muitos pontos nas três habilidades acima, para ter alguma chance de vencer nos combates. Além delas, existe também o ninjustu, em roxo, que dá maiores chances para ataques críticos. Existem itens dos mais diversos, mas certamente o grande chamativo são as roupas, para todas as principais heroínas do jogo e também de alguns outros personagens secundários. 

Na hora da luta, você se depara com um adversário montado por outro jogador, mas suas habilidades começam escondidas. Você pode decidir enfrentá-lo ou tentar arrumar um outro oponente, dentro da quantidade de tentativas disponíveis. Uma vez confirmado, vinte corações são consumidos e o combate começa, que nada mais é do que uma comparação direta entre as três habilidades dos lutadores: aquele que superar a pontuação em duas ou três delas ganha a peleja (o jogador tem a vantagem, caso ocorra empate em uma categoria), faturando dinheiro e XP.

Ou seja, quase como um Super Trunfo... Simples, mas funciona, considerando que não se trata do foco do jogo.

Como disse acima, o ninjutsu colabora para a execução de golpes críticos, que nada mais é do que dobrar a pontuação de uma das habilidades, escolhida de forma aleatória. Embora a chance desse ataque crítico ocorrer seja proporcional à pontuação nessa habilidade, ela é mais aleatória ainda de ocorrer. Além disso, se você tiver conseguido vencer seu adversário nas três categorias (que caracteriza um "Perfect" como no Street Fighter), há a chance de que você consiga um "Burst", onde as roupas do oponente são rasgadas.

Pra alegria dos meladores de cueca de plantão. Embora os rasgos são estrategicamente posicionados, a ponto de não mostrar nada de mais explícito. 

Existem outras modalidades menores de jogo na forma de eventos periódicos, que permitem acumular itens e competir em rankings com outros jogadores. Por exemplo, o Fight Master é como as lutas acima, mas contra adversários que não te atacam, onde o objetivo é acabar com sua energia (quanto maior o nível, mais energia possuem e mais ataques são necessários), sendo que cada um possui uma fraqueza contra um dos três elementos. Vencendo lutas, você acumula shurikens, que servem como pontuação para essa modalidade. Quanto mais shurikens, melhor será a sua colocação e melhores os prêmios. E o Cookie Collection funciona como algo complementar aos outros modos, onde você ganha cookies que podem ser trocados por itens, e que também servem para a classificação global, que dá prêmios mais valiosos após passado o período do evento.

Ou seja, não falta diversidade nesse jogo em termos do que fazer. Mas quase tudo remetendo ao conceito que muitos jogos chamam como "gacha", que significa colecionar. Assim, praticamente tudo é feito de forma que o jogador possa ganhar vários itens na forma de prêmios. Ou seja, gerando aquele "senso de conquista" como a gente tinha antigamente ao completar o álbum da Copa do Mundo. E que pode ser um risco de gasto descontrolado de dinheiro, se o sujeito é um "completacionista" que ficará ansioso para conseguir tudo que o jogo oferece.

Os prêmios em MNG envolvem de tudo. Além de itens para você equipar seu personagem e as moedas do jogo, como diamantes, corações e Niney, existem poções que podem ajudar nas lutas, aumentando temporariamente um dos seus poderes e caixas para aumentar o limite máximo de seu inventário. Também é possível ganhar fotos relativas aos eventos e histórias de bônus, que podem ser lidas gratuitamente. Essas histórias curtas são muitas vezes associadas ao aniversário de uma das heroínas ou então sobre algum tema diverso. Vai desde algo mais mundano, como uma viagem de férias ou celebração de Ano-Novo, até histórias bizarras, como contos de fadas adaptados ao tema ninja ou o ataque de um Cthulhu tarado.

Afinal de contas, quando vemos tentáculos em um desenho japonês, já podemos imaginar que vai rolar alguma coisa imprópria para menores.

Pois é, e chegamos àquele momento que todos esperavam, que é falar dos personagens do jogo. Quem acompanha meu blog sabe que ao fazer essas resenhas de jogos eu acabo sempre dedicando um bom tempo para falar dos personagens, gerando listas ou coisa parecida. E aqui em MNG não seria diferente, até mesmo considerando que teremos uma sequência de várias meninas simpáticas, cada uma com sua personalidade e "atributos". 

São nove heroínas principais, embora três delas vieram a aparecer já com a história em andamento. Com exceção de uma, todas as meninas estudam na mesma escola de Kazuki, e como ele, são também ninjas. Algumas mais experientes e outras iniciantes, toda a trama começa com o sujeito querendo levar uma vida escolar normal, até ser convencido por uma delas a formar o tal Ninja Seeking Club (ou Clube que Procura Ninjas). O que acaba sendo irônico, ao ver que não precisavam procurar tanto por ninjas assim. Cada uma delas tem uma personalidade bem construída, além de serem dotadas de poderes ninjas (ou ninjustu) dos mais diversos. 

Nesse ponto, os criadores acertaram na mosca, pelo menos na minha opinião não tem nenhuma personagem que seja sem graça. É natural que algumas tenham alguns detalhes típicos das histórias japonesas que já eram esperados (tipo, a sedutora, a brincalhona, a tímida, a CDF e assim por diante), mas mesmo assim eu digo que MNG tem personagens muito carismáticas, mesmo que você tenha as suas preferidas é bem provável que vai nutrir pelo menos um pouco de simpatia por todas elas. O fato de que a cada temporada sejam apenas duas heroínas que ganham mais destaque ajuda para que todas elas sejam mais trabalhadas no ponto de vista da história, e isso é legal pra trazer maior variedade no jogo.

Ah, e não custa avisar: pode ser que eu acabe falando algo de algumas delas que estrague a surpresa para quem estiver jogando, especialmente quem ainda está nas primeiras temporadas. Assim, se não quiser spoiler, é hora de parar a leitura. 

Depois não digam que não avisei...

Começamos com a cuti-cuti e sorridente Akari, a loirinha que é a primeira quem você encontra, descendo uma ladeira numa bicicleta sem freios. É dela a ideia de formar o clube, pois por algum motivo Akari curte ninjas como se fossem a coisa mais sensacional do mundo... imagina só a surpresa ao descobrir que ela é descendente de ninjas. Sempre alegre e sorridente, muito inteligente e atlética, faz o estilo avoadinha e meiga, mais "girl next door" impossível. Embora iniciante, logo ela aprende algumas técnicas como criar clones de si mesma e usar magias de fogo.

E pra completar, ela canta ruim pra burro, de doer os ouvidos de todos, uma das piadas recorrentes do jogo. Embora ela não se dê conta disso, muito pelo contrário, a loirinha se acha a popstar. E em alguns momentos essa piada da sua voz exageradamente aguda é usada como "arma" para atordoar os inimigos.

Sua melhor amiga é Enju, que também está na mesma turma de Kazuki. Diferente de Akari, Enju é mais recatada e calma, muito estudiosa e seguidora das regras. Tanto que ela faz parte do conselho estudantil (pense em um diretório acadêmico de faculdade, mas sem as choppadas e badernas). Desde o início ela fica meio desconfiada de que Kazuki não passa de um tarado, chamando-o de "hentai" nesses momentos. Uma ninja poderosa, que domina poderes de eletricidade, que muitas vezes são usados para eletrocutar o Kazuki, quando este faz alguma gracinha.

Vale comentar que Enju representa um estilo de personagem clássico de desenhos japoneses, que é chamado de "tsundere". Pra quem não sabe (como eu, antes de jogar esse jogo), trata-se daquela mulher que cria um exterior agressivo e truculento, mas que esconde um interior amável e doce. Tanto que Enju é zoada por seus colegas por ser exatamente assim, uma definição viva de "tsundere".

Seguindo, temos Ricka. Também da turma de Kazuki e nascida na mesma vila ninja que ele, inicialmente ela aparece como uma assassina enviada para matá-lo, por ter fugido de casa. Mas logo ela acaba desistindo da missão, preferindo viver a vida de estudante também. Mas é outra ninja forte, com poderes de gelo que vão se tornando cada vez poderosos ao passar das temporadas. Ela é bem calada e reservada, muitas vezes no mundo da Lua, e uma péssima aluna que tira notas baixas. Isso porque ela prefere passar o tempo jogando videogames sem parar, o que ela adora. 

Não mais do que os tais fried noodle hotdogs. Principal razão que fez ela desistir de sua missão (pior que é sério), Ricka simplesmente adora esse lanche estranho a ponto de comer que nem uma alucinada. Por mais que seja uma piadinha que está ficando velha, sempre dou uma risada quando ela diz que quer comer fried noodle hotdogs, muitas vezes nos momentos mais impróprios. 

Claro, não poderia deixar de atender a minha curiosidade, mas é uma comida que existe mesmo. Trata-se de um sanduíche com um pão de cachorro-quente, mas que em vez de salsicha se coloca yakisoba, o típico macarrão frito japonês. Ou seja, um pesadelo para a galera fit ao ver essa combinação de carboidratos ao extremo...

Bom, da próxima vez que eu pedir um China in Box, vou pegar um punhado de yakisoba e colocar num pão careca, pra vez se esse troço fica bom...

A próxima personagem é Myu, uma doce menina que está na turma anterior a Kazuki, e que acredito que seja maior de idade, ou então todo mundo que joga MNG ia receber uma visitinha do FBI. Tímida e com seu jeitinho frágil, representa o papel de "irmã mais nova" do protagonista, mas que logicamente acaba se apaixonando por ele também. Como ninja, ainda é inexperiente, sendo treinada por Ricka pra ganhar mais habilidades. Sempre fiel e amiga de todos, é uma excelente cozinheira e por incrível que pareça, adora filmes de terror. Mas terror brabo mesmo, com bastante sangue e violência, algo insperado quando você vê essa menininha de maria-chiquinha e vestida de rosa.

Sobre a pequena Myu, há duas coisas a se mencionar ainda, e não me refiro ao par de magumbos que mostram que ela se desenvolveu desde cedo. Pra começar, ela tem um bicho de estimação mágico (que geralmente se chama de "familiar" nos jogos de RPG), um coelhinho cor-de-rosa. Mas antes que você pense que ele é no estilo dos Ursinhos Carinhosos, na verdade Fuu é um verdadeiro filho da puta desbocado e grosso, principalmente com Kazuki, chamando-o de tarado e incompetente, resultando naqueles momentos ridículos em que o protagonista discute com um coelho.

Por algum motivo, me lembrei do MIB...

Mas Fuu não é apenas um bicho escroto, mas também consegue usar poderes mágicos pra transformar Myu. Inicialmente, esses poderes se manifestam de uma forma ruim, transformando-a em Dark Myu, uma das vilãs no meio da série, mas depois ela consegue controlar esse poder. Agora, quando precisa de mais força, Myu se junta a Fuu e se transforma em uma versão mais adulta e poderosa dela mesma.

E com uma comissão de frente maior ainda... Pombas, o que será que te na água dessa cidade, pra que todas as garotas sejam tão bem dotadas assim?

Falando nisso, vamos para a heroína seguinte, que é Tengge. Essa já está em uma turma mais a frente de Kazuki, e também faz parte do conselho estudantil, além de ser do clube de natação. Ela é uma das garotas mais populares da escola (fácil perceber porque), tanto que tem um fã-clube com um bando de babacas que ficam a seguindo. Uma ninja formidável, capaz de usar magias de teletransporte e de controle de vento, graças a um leque mágico... e que usa uma das roupas mais absurdamente sensacionais que se pode imaginar para uma ninja.

Não é a toa, pois um de seus pontos fortes é a arte da sedução, com a qual consegue qualquer coisa. Como brincar constantemente com Kazuki, mandando aquelas indiretas provocativas que deixam o pateta todo bobo. Mas, apesar de brincar com o protagonista dessa forma, ela admira muito seus amigos e assume o papel de "irmã mais velha", cuidando de todos no clube.

Tem um segredo sobre Tengge, mas esse spoiler eu não vou dar aqui. Comento apenas que ela ficou de fora a partir da 6ª temporada, mas acabou voltando definitivamente na 15ª.

A sexta protagonista, e última do harem original, é a engraçadíssima Yamabuki. Também é colega de classe de Kazuki, além de fazer parte do clube de quadrinhos da escola e ser uma artista de manga relativamente conhecida, Bookie é a quem mais apronta. Sempre querendo vestir seus amigos de cosplay (só como desculpa para pegar nos peitos de suas amigas), ela adora zoar com Kazuki, sempre colocando-o em enrascadas. Também é uma ninja, dotada de um poder bem ortodoxo que permite dar vida a qualquer um de seus desenhos, sejam animais, armas e até mesmo pessoas. Tipo quando gerou uma cópia de Kazuki, o Grand Hentai, que fugiu pela cidade para passar a mão nas mulheres.

Admito que Yamabuki é uma das minhas preferidas, não só por ela ser muito engraçada, mas também por quebrar a 4ª parede de forma sensacional. É como se ela soubesse que faz parte de um jogo de videogame desse tipo, e não faltam piadinhas e referências a filmes e séries. Mas, apesar de todo seu estilo doidinha, no fundo ela é uma menina meiga e carinhosa, como demonstra em raros momentos.

Tem também uma outra surpresa quanto a ela, mas você terá que ler a história...

Estas são as seis heroínas que começam no jogo. Mas, com o passar do tempo novas personagens principais começaram a aparecer na trama, até chegarmos ao ponto de nove garotas principais que podem ser o interesse romântico do Kazuki nas histórias. 

A primeira a se juntar ao grupo foi Lily. Também é um ano mais velha, e praticamente uma mentora de Enju, que começa a trama cheia de ódio por Kazuki por algum motivo qualquer (outro spoiler que não vou dar de bandeja). Mas com o passar do tempo ela percebe seu erro, se matriculando na escola de Mizaki e no clubinho de ninjas. Uma pessoa séria e bem madura, tem dificuldades de se enturmar com as pessoas, gerando certos momentos cômicos. Como esperado, é uma ninja muito foda, armada com uma lança e com magias de controle das sombras. Tem uma irmã, Elly, antagonista de um dos arcos da trama, tão poderosa como ela.

Apesar de ser uma ninja muito boa, Lily está sempre tendo dificuldades com a vida em sociedade, e especialmente com relacionamentos. Aí temos aquela dualidade curiosa, onde ela é ao mesmo tempo uma garota mais velha, mas também muito inexperiente. Entrou na 6ª temporada, inicialmente se imaginou que ia substituir Tengge (sua grande amiga, aliás).

Na 9ª temporada chegou mais uma nova heroína ao jogo, a simpática Nanao. Chegando como aluna transferida (mais um dos típicos estereótipos desse tipo de desenho), todos os garotos se apaixonam por ela. Mas Nanao é bem reservada, e um pouco avoadinha em seus momentos, faz parte também do clube de arco e flecha da escola. Muito inteligente e estudiosa, mas no fundo é uma nerd que adora assistir animes e ler mangás, algo que ela tenga esconder de todos por medo de ser sacaneada. Mas no final ela acaba sendo zoada mesmo assim, muitas vezes por não prestar atenção nas coisas e falar fora de hora.

Ela acaba descobrindo depois que é também descendente de ninjas. Além de usar o arco e flecha como ninguém, sempre acertando na mosca, depois ela começa a desenvolver um poder de curar os ferimentos das pessoas, que pode ser usado como forma de ataque para drenar a energia vital dos inimigos. Ou seja, faz o papel de healer do grupo.

Por fim, chegamos a Hotaru. Aqui temos uma personagem que foge de todos os padrões das outras, que ingressou na 13ª temporada. A começar, ela vai em outra escola, o colégio de Ochatomizu só de meninas ricas. Assim, ela tem esse lado de patricinha, sempre bem vestida e que curte shopping e viagens, mas que se trata apenas de uma aparência mais superficial. Pois ela é no fundo uma menina esforçada, que trabalha em um templo para ajudar as pessoas, mesmo que signifique também vender muitos brindes. Começa a interagir com o clube dos ninjas por contas de atividades em paralelo com as escolas, se tornando amiga deles.

A grande outra diferença é que Hotaru não é uma ninja, embora acabe descobrindo a identidade dos seus amigos, guardando o segredo a sete chaves. Assim, ela acaba fazendo o papel da "donzela em perigo" nas missões, fugindo dos inimigos. Até que descobrimos que ela possui alguns poderes místicos, como falar com espíritos e outras coisas de vudu, se tornando uma grande aliada nas histórias mais recentes.  

Bom, podemos ver que não faltam opções para Kazuki arrumar uma namorada. O problema é que ele é um tapado, e não percebe que todas as nove garotas gostam dele... Quisera eu ter essa sorte!

Existem logicamente vários outros personagens secundários que complementam a história. Começo com outro estereótipo muito comum nesse tipo de visual novel, que é o amigo atrapalhado do protagonista. John é um estudante de intercâmbio vindo dos Estados Unidos para a mesma turma de Kazuki, e logo eles se tornam amigos. Fã de ninjas e de qualquer coisa relativa à cultura oriental, preenche o espaço de comic-relief, sempre passando pelos momentos mais absurdos e também gerando diálogos extremamente constrangedores.

Quem em sã consciência convidaria seu amigo pra dar uma mijada juntos?!

Vale citar o diretor da escola, o Mr. Kuzuryu. Um velho ninja aposentado que decidiu ganhar a vida com ensino na escola de Mizaki, que na verdade abriga muitos ninjas. Tem poderes de controle da terra, mas ele passa todo o tempo cuidando da escola e das aulas. Mas que esconde também um lado meio pervertido: afinal de contas, você acha que o coroa não fica animado ao estar rodeado por meninas em roupinha de colegial?

Uma personagem que não se qualificou como heroína (até porque certamente tornaria o jogo um alvo do FBI) é a pequenina Cy. Da mesma turma de Myu, mas com um jeito mais de criança, ela na verdade é uma andróide dotada de super-força e outras habilidades, como radares e canhões, quase como um cinto de utilidades do Batman. Gosta muito de Kazuki, por vê-lo como um irmão mais velho que vai protegê-la sempre. 

Digo apenas uma coisa que me incomoda nela: ela fala com jeitinho de criança, e assim no jogo escrevem as falas dela de forma impossível de entender!

Outras duas que aparecem com certa frequência são Mari e Kikuko. A primeira é a mãe de Akari, tão avoada e doce como sua filha, e que tenta sempre dar uma mãozinha pra que ela conquiste Kazuki. E a segunda é na verdade a mestre do protagonista. Aqui o pessoal exagerou, pois além de ter um tapa-olho, Kikuko na verdade é uma velha de centenas de anos de idade, que por conta de um feitiço ficou presa no corpo de uma menina. Apesar da idade, ela adora jogar videogame, especialmente jogos de namoro para meninas. E por incrível que pareça, é a presidente do conselho estudantil, embora não leve isso muito a sério.

Curioso comentar que geraram um capítulo extra, em que elas são as heroínas. Perfeito para quem curte MILFs... E não, não vou explicar o que significa essa sigla. 

Outras que aparecem bastante são as três meninas abaixo, que estudam na mesma escola de Hotaru. Embora possam parecer estudantes normais em um primeiro momento, elas são também a banda YTG8 (não entendi se quer dizer alguma coisa), embora precisem esconder suas identidades pois alunas da escola de Ochatomizu não podem trabalhar. Sena é a de cabelos pretos, Futaba a de cabelos vermelhos e Kirara a de cabelo azul, e que em certo ponto são muito parecidas em termos de personalidade com Enju, Akari e Myu respectivamente.

Ou seja, Sena é agressiva a ponto de odiar Kazuki, Futaba a mais boazinha e avoada, enquanto que Kirara é tímida e chorona. 

Vale comentar algo curioso, sobre a forma como Kazuki as conhece. Pois, como disse acima, a tal escola de Ochatomizu só permite meninas, tipo algumas escolas religiosas faziam aqui no Brasil no passado. Assim, como a maior parte das interações com o trio acaba acontecendo na escola, Kazuki precisou se vestir de menina!

Puta merda... ridículo isso. Pior que é uma piada recorrente, e muitas de suas amigas parecem se divertir com a ideia dele de peruca e saia. Para explicar a semelhança, ele é apresentado apenas como Araya, prima de Kazuki que veio de outra escola, gerando várias situações constrangedoras e absurdas. Pra piorar, em alguns momentos vemos que Sena parece ter uma certa paixonite por Araya, sem imaginar que na verdade era o Kazuki que ela odeia tanto. 

Bom, acho que tá na hora de simplificar um pouco aqui, pois tem personagens pra cacete no jogo. Até porque os outros personagens são bem menos importantes na história, e só aparecem em sprites. Ou então eu não termino essa postagem hoje... Tem horas que eu me pergunto por que gosto de listar tanto as coisas...

Começamos com mais algumas alunas da escola de meninas de Ochatomizu. Setsuna só está lá por conta de uma bolsa, pois sua família é pobre. Apesar disso, é uma excelente espadachim. Mashiro aparece também no meio da história, e a princípio parece uma menina perdida, mas na verdade ela é meio-menina-meio-lobo, e passa a ser cuidada no templo por Hotaru. E Venus é a chefe do conselho estudantil da escola, filha de uma das famílias mais ricas da cidade, que adora esbanjar luxos e riqueza.

Hora de falar um pouco da família de alguns dos protagonistas. Além de Mari, no jogo também conhecemos Tayu, mãe de Myu e que também quer fazer de tudo para que ela se case com Kazuki. No meio está o pai dele, que não é chamado pelo nome, apenas como Mr. Araya. Um grande ninja e chefe da vila, mas que lamenta que seu filho seja um zero à esquerda. Pra completar, é um tarado de carteirinha, é só ver a cara de safado dele. Por fim, Kurenai é meio que a irmã mais velha adotiva de Ricka, que curte um saquê e lidera sua vila de ninjas motoqueiros... pois é, ninjas motoqueiros, vê se pode...

Seguindo no círculo familiar, Sakurako é a irmã gêmea de Kikuko, e da mesma forma descobriu o segredo da juventude eterna. Mais calada e comportada que sua irmã, é uma ferreira de habilidade que confecciona as melhores espadas do Japão. No meio está Kotaro, tio de Lily e ex-chefe da vila, já que ele é um boçal e acaba sendo substituído por Elly. Esta é a irmã de Lily, que começa como vilã mas depois acaba se juntando aos mocinhos. Agora, seu único plano maquiavélico é dar um jeito de Kazuki e Lily ficarem juntos.

Mais algumas aliadas, que participam da história com certa frequência. Ikiru é uma ninja e outra que começa como vilã, sendo derrotada pelo clubinho de ninjas, mas que acaba reaparecendo mais recentemente como parte de uma organização secreta que defende o país (e cabe ressaltar, que globos!). A sorridente Beretta é uma agente secreta da mesma organização, que é fã dos ninjas e um pouco louca, sempre com planos bem absurdos. E a moça de vermelho com asas na cabeça é Zina, inicialmente também uma vilã, mas que também se torna amiga de todos, especialmente por ser a guardiã de Cy e uma grande amiga da mãe de Akari.

Pra fechar, algumas outras que só fazem uma ponta. Ju é uma cantora, amiga de Yamabuki e que por algum motivo no início do jogo todo mundo diz que ela é um menino (espero que não seja papinho de ideologia de gênero). Homura é a avó de Hotaru, conhecedora de temas esotéricos e afins, e Hayuki apareceu recentemente como uma punk de rua que trabalha em uma pousada, e que se "apaixona" por Myu! Mas tem toda uma explicação, que não vou dar spoiler...

Chega? Ainda não... pois ainda tem os vilões. Mas prometo que aqui tem menos gente.

Primeiro com alguns vilões que tiveram as suas histórias, mas que foram vencidos e não devem voltar. A começar pelo baixinho de terno roxo, que é o dono da escola e com interesses obscuros (apesar da história interessante, que também não vou contar). Detalhe que o cabelo na verdade é uma peruca. No meio, Kashiro é um vilão que também encontrou o segredo da longevidade, mas ficou louco querendo soltar um monstro pra dominar o planeta. E o velho do lado é o Tycoon, líder de uma organização ninja de alta tecnologia e também com interesses malignos, e que ainda é o avô de Enju.

Seguimos então com um grupo de vilões que se tornaram os arqui-inimigos do clube de ninjas, chamado Yatagarasu. Antagonistas há várias temporadas e responsáveis por diversas tramas, representam um clã que deseja soltar o Mal no mundo, como é de costume. Embora já estejam na história há bastante tempo, só recentemente começaram a aparecer os inimigos mais fortes abaixo. Kokua é o fortão, que apesar de ser mau como pica-pau, tem um jeito sereno e busca liberar a alma de suas vítimas. No meio está o alucinado do Hakua, que faz o estilo de vilão andrógino e louco, tipo o Vega do Street Fighter (o lutador espanhol, eu sempre segui a nomenclatura ocidental). Hakua mata por prazer com suas adagas, e tem a capacidade de se tornar invisível. Por fim, Sheea é sádica e extremamente vil, dotada de magias de controle da mente, se divertindo ao ver seus inimigos sofrerem. E ela ainda se disfarçou como professora da turma da Kazuki, para espioná-los. 

Outro vilão da organização é Sendo, o sujeito à esquerda. Também é um ferreiro e aprendiz de Sakurako, e o primeiro vilão do Yatagarasu a aparecer, com uma espada maléfica chamada Maguy. O sujeito é doido e fanático, chegando a ser arrogante e imprudente. A menina do lado é Iroha, trazida à organização por Sheea e que já teve um histórico de rivalidade com Nanao. Possui também poderes de cura, mas parece não ser tão má assim. E no meio está Guten, o chefão, o manda-chuva, o cachorrão. Sempre com sua pose tranquila, tipo aquele vilão que sabe que é foda e ninguém vai vencê-lo.

Mas que sabemos que será derrotado por um bando de adolescentes. Como todos os vilões do Scooby-Doo.

Pra finalmente fechar, vale falar de dois monstros que aparecem na história. A Nine-Tailed Fox é uma raposa de nove caudas como o nome sugere, e seguindo com a estranha ideia que os japoneses têm de raposas com múltiplas caudas, desde a época do Tails do Sonic. Trata-se do primeiro inimigo enfrentado, mas que depois acaba sendo domados pelos jovens ninjas. E à direita é o dragão Ryujin (quem viu o post de nomes de navios lembra que "ryu" quer dizer "dragão"), o monstro conjurado por Kashin.

Ufa! Chega de personagens, né? Mas é algo esperado quando o jogo tem já alguns anos de estrada, lançando temporadas com uma certa frequência pelos produtores (excluindo esse momento de vírus chinês).

Cabe ressaltar que existem outros personagens de menor importância ainda, e o jogo faz uma abordagem que eu particularmente acho meio estúpida: eles são mostrados como uma silhueta toda em preto. 

Sério, para um jogo tão bem-feito, em que criam centenas de roupas para as ninjas a cada evento, acho que não custava muito fazer pelo menos uma sprite desses personagens, mesmo com uma expressão neutra única. Aí temos cenas como a mostrada acima, do lado alguém desenhado e do outro uma mera sombra... 

Outro ponto a se comentar sobre os personagens é que no início o protagonista não aparecia. Ou seja, MNG seguia mais ou menos um estilo de 1ª pessoa, que é geralmente usado nesse tipo de jogo até para aumentar a imersão. Ou seja, cria uma experiência de que você é realmente o protagonista, e que estamos vendo a história pelos seus olhos. Ele só aparecia em alguns CGs da história, como algumas imagens aqui mostram. Ou quando aparecia o Grand Hentai, sua cópia criada por Yamabuki. Entretanto, em temporadas mais recentes, começaram a colocar a imagem dele também, com todas as diversas expressões.

Algumas pessoas não gostaram. Mas eu achei até legal, pois assim podemos ver as reações do protagonista, especialmente diante de situações extremamente absurdas como essa, em que Kikuko duvida que Kazuki tenha cabelo no saco...

Por algum motivo, me lembrei daquela musiquinha dos Mamonas Assassinas.

Puta merda, pior de tudo que esse é um produto real... Continuemos.

MNG é um jogo bem feito e simpático. As histórias são bem escritas, apesar de alguns momentos de pouca imaginação em que vemos aquelas tramas manjadas que já vimos em outros desenhos, filmes e jogos. Como disse, os personagens são bem elaborados, especialmente as heroínas. E o toque de humor é na medida certa, admito que me divirto com algumas tiradas, especialmente quando envolve a louquinha da Yamabuki ou o sem-noção do Johnny.

Sei que não é um dos jogos mais famosos e mais sensacionais que existem para celulares e computadores, existem outros títulos que certamente recebem mais destaque por aí, com um público maior de fãs. Mas eu sou assim mesmo, tenho minhas preferências particulares e quando acho algo legal, não me incomodo em admitir. Como disse, é um joguinho bem descontraído, que diverte e relaxa, diferente de muitos outros que existem hoje. Convenhamos, a maioria dos jogos de celular hoje ou é muito bobo e sem graça, ou então frustrantes e estressantes, com aquelas fases demasiadamente difíceis em que só alguém que joga 20 horas por dia consegue passar. Sem falar dos jogos mercenários, que você só pode aproveitar se gastar muita grana.

Termino dizendo que Moe! Ninja Girls é um joguinho agradável e divertido. Espero que tenhamos ainda muitas histórias pela frente, envolvendo o protagonista atrapalhado e seu harem de amigas ninjas.

E sim, eu ia falar do RPG, o segundo jogo da série lançado esse ano. Mas a postagem está grande demais, e acho que ficará melhor que eu fale em outra oportunidade. Prometo que será em breve.

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