Black Belt

Quando se fala de jogo de videogame de luta, geralmente se pensa nos clássicos mais famosos como Street Fighter, Mortal Kombat, King of Fighters e similares, geralmente as pelejas "mano a mano" com golpes especiais, bolas de fogo e fatalities. Ou então se lembra dos beat'em-ups, as manjadas porradarias em fases cheias de bandidos com um chefão no final, como Streets of Rage, Double Dragon e Final Fight. Mas antes desses jogos mais famosos, a gente tinha que se virar com outros títulos menos badalados, mas que divertiam com socos e pontapés. E muitos de nós começaram a dar pancada virtualmente com esse que foi um dos clássicos maiores da época de ouro do Master System: Black Belt.

Lá se vão anos... Black Belt foi lançado em 1986 para o console de 8-bits da Sega, e na verdade era uma conversão do jogo Hokuto no Ken japonês, com gráficos e história alteradas, talvez por conta da licença com a animação japonesa. Mas mesmo assim a versão ocidental era muito legal, onde você descia a porrada nos mais diversos inimigos, enfrentando chefões dos mais bizarros.

Vamos começar com a história, e para isso vou recorrer um pouco ao velho manual traduzido do Master System, onde conseguiram criar uma introdução tão tosca e engraçada que já quase acabava com a reputação do jogo antes mesmo de começar. O protagonista é Riki, o "mocinho de quimono branco", mestre de karatê e que tem uma namorada japonesa chamada Kyoko, que foi raptada por uma gangue de bandidos, liderada por Wang (aquele que, segundo o manual, é o "mestre tão bom quanto você").

Sim, pois essa é a história mais manjada de todos os tempos. Sempre tem um bando de capangas que não tem nada mais o que fazer, além de raptar mocinhas indefesas que têm namorados que são sempre lutadores fodas que descem a porrada em todo mundo.

Black Belt segue o estilo de beat'em-up, em que você enfrenta vários inimigos. Diferente de outros jogos mais clássicos, em que o mapa é de certa forma tridimensional, aqui temos um cenário linear e bidimensional. É como você misturar o estilo de Street Fighter, onde você pode usar o botão direcional para andar, pular e agachar, com um jogo nos moldes do Double Dragon. Isso permite que você tenha os dois botões para atacar, com socos e chutes, em pé ou abaixado.

E além disso, dava pra soltar aquela voadora esperta na cara dos inimigos. Com um detalhe interessante de duas alturas de pulo: apertar o direcional para cima (ou uma de suas diagonais) resultava em um salto simples, mas se Riki estivesse agachado, o pulo era lá no alto da casa do chapéu. Pra não dizer outra coisa.

As fases tinham diferentes tamanhos, algumas mais curtas do que outras, mas sempre seguindo um mesmo estilo. Durante a maior parte do tempo você enfrentava os inimigos mais simples e ordinários, chamados pelo manual tupiniquim como "homenzinhos", que eram destruídos com um único golpe. E quando digo destruídos, eu me refiro a isso de forma literal, pois os coitados explodiam em vários pedaços, com direito a um barulho de um biscoito cream-cracker sendo pisado. Só isso já era um dos pontos marcantes de Black Belt, dava aquela sensação de estar lutando com um karateka fodão que despedaça inimigos.

Esses inimigos pequenos eram os mais boçais de todos, e geralmente só contavam com um tipo de ataque, como socos ou chutes. Alguns também conseguiam pular, os mesmos saltos exagerados até o topo da tela, mas nada demais. Eram carecas descamisados, malucos de máscara, lutadores de kimono vermelho, ninjas, águias e mulheres de vestido branco, todos eles fraquinhos mas em quantidade infinita.

Depois de andar alguns metros e quebrar dezenas de "homenzinhos", vinha um inimigo médio, como um sub-chefe. Estes já tinham um pouco mais de habilidade, contando com ataques mais fortes e rápidos, podendo derrubar a barra de energia de Riki. E além disso, eram mais resistentes, precisando de quatro porradas para se transformarem em um monte de farelos de pixels. Cada fase tinha uma quantidade específica de sub-chefes, em algumas delas era na verdade uma dupla de capangas.

Na primeira fase, são quatro lutadores de kung-fu que Riki enfrenta como sub-chefes. O primeiro arremessa machadinhas, o segundo tem um bastão, o terceiro é um maluco com garras que pula alto e o quatro é o gordão de preto que não faz nada. Na segunda fase já são apenas dois, o primeiro que é um careca fortão com chicote que sai pulando também lá no alto e o segundo é um punk cabeludo que joga tracinhos brancos.

A terceira fase é curiosa pois tem apenas um sub-chefe, que é outro maluco com garra e vestido de preto. O engraçado é que ele pula alto e gira suas mãos que nem um ventilador. Na quarta fase, com os ninjas, primeiro é um de vermelho que desliza pelo chão e mete porrada com seu chicote, e depois são dois ninjas gordos armados com espadas imensas e que atiram shurikens. Por fim, na quinta fase são três duplas de mulheres loiras com lança-chamas, que também pulam alto. 

Só nessa parte inicial das fases já era uma porradaria geral, e embora Riki fosse forte pra burro, a quantidade de inimigos chegava a níveis absurdos em alguns momentos e alguns sub-chefes davam trabalho, podendo tirar um pouco da energia do herói. Para ajudar um pouco, era possível pegar alguns itens que passavam no alto da tela, usando o mega pulo. A maioria deles era comida para recuperar um pouco da barra de vida, embora alguns pareciam pneus ou sacos de feijão toscos. Por sua vez, a letra japonesa vermelha te dava invencibilidade, enquanto a musiquinha diferente tocava Riki não perde energia.

Depois da maratona ao longo da fase, era momento de enfrentar o chefão, que o manual chamava de "brutamontes". Nessa hora a imagem dos personagens ficava maior e, felizmente, sua barra de energia era recuperada ao máximo, mas isso não quer dizer que seria moleza, pois estes eram os lutadores mais habilidosos da gangue. Black Belt trazia seis chefes ao todo, como podemos ver na imagem do manual abaixo.

Eu sei. Mais bizarros, não tem como.

O primeiro deles é Ryu, um lutador de kung-fu que é uma vergonha para a luta popularizada por Bruce Lee. Com uma roupinha rosa choque, rabinho de cavalo e bigodinho, seu estilo de luta é ridículo, dando pulinhos como uma gazela saltitante e tentando ataques com tapas e chutes para o alto como uma dançarina de can-can. Não era tão complicado assim de vencer, bastava seguir com uma sequência de uma voadora na cara seguida de um soco, e em seguida pular pra trás para evitar o revide dele. 

E pensar que você achava que o primeiro Ryu em jogos de luta era o principal do Street Figther...

Cabe comentar que algo legal era que sempre tinha uma pequena animação da vitória após zerar a energia do chefão. No caso do primeiro chefe, Riki desferia uma sequência alucinante de socos como uma metralhadora na cara de Ryu, jogando ele longe como um saco de batata.

Na segunda fase encontramos Hawk, um punk de moicano loiro e óculos escuros, que arremessa um bumerangue. Para o combate a curta distância ele tentava se virar com alguns socos desajeitados com sua mão desproporcional. De longe era o chefe mais fácil de vencer, bastava usar das voadoras e chutes para derrubá-lo, só mesmo um jogador muito pereba pra perder para Hawk. Na cena da vitória, o punk ficava todo grogue, até cair no chão e explodir como um dos homenzinhos da fase inicial.

Em seguida o adversário era Gonta, um lutador de sumô que talvez seja parente do E.Honda do Street Fighter. Mas não subestime o volume adiposo do balofo de tanguinha, o gordão é bem ágil e rápido. Enquanto mantém a distância, ele tentava atacar com um deslizamento forte pra burro, e de perto partia inicialmente com socos. Esse era o momento de socar Gonta, sempre na hora em que seu braço "em segundo plano" estivesse aparecendo, que era seu ponto vulnerável. Mas não dava pra atacar por muito tempo, uma hora ele começava a pular e você tinha que se afastar. Na animação da vitória, novamente uma porrada de socos, que fazem Gonta voar pra fora da tela.

Na quarta fase via um dos chefes mais enigmáticos, o ninja Oni com sua máscara de demônio (que lembrava o vilão Dokusai do Jiraiya). E esse aqui não tinha jeito, era fodão pra cacete e impossível de vencer na porradaria normal. Tinha que recorrer a uma manha manjada, que eu me lembro de ter visto numa daquelas revistas de videogame da época. A sacada era deixar Riki paradinho no canto esquerdo e esperar Oni chegar. Assim que ele acertasse um soco, você devolvia um (e somente um) chute. E assim seguia, sempre trocando golpes até Oni desaparecer, deixando só sua máscara.

Era curioso, pois nessa luta a gente se dava conta que Riki não morria na hora em que sua barra de energia expirava, mas sim no golpe seguinte. E tinha ainda uma pegadinha com Oni, pois sempre o seu segundo soco era em falso, e você não devia reagir. Mas o interessante era que se o seu timing fosse correto, dava pra acertar ele nesse ataque específico. Era difícil pra burro, e o risco era grande de que ele pegasse sua guarda aberta e acertasse um soco em seu saco. Aí, já era, pois sua barra de energia estaria abaixo da dele, e mesmo fazendo o truque não teria como derrotá-lo.

A quinta chefe era a loira Rita, embora ela parecesse mais um bombado musculoso de peruca de carnaval, e que lutava em um salão com um quadro do Seu Madruga nos tempos dourados. A punk parece meio boba, se movendo devagarinho, mas do nada ela dava um pulo pro alto e depois mergulhava numa voadora. Era o momento pra acertá-la com uma voadora também, e depois tentar acertar mais golpes antes dela cair no chão. E tinha que tomar cuidado ao chegar muito perto, ou Rita começava a soltar socos e chutes que nem uma alucinada. Após derrotá-la, Riki a enchia de porrada com uma sequência de socos, sem deixar ela cair no chão.

E, enfim, chegava o chefão final, o "mestre tão bom quanto você". E realmente Wang era um chefão como manda o figurino, dando porradas de todo o jeito que tomavam um naco considerável de sua barra de energia. Na época eu achava que era quase impossível vencê-lo de forma normal, mas no tempo dos emuladores e depois de já ter acumulado alguma experiência de jogos de luta mais modernos, aprendi que Wang tem como ser vencido. A sacada é deixar uma certa distância, e quando ele pulasse, dava pra acertar um soco bem dado nas suas pernas. Levava tempo e demandava paciência, sem falar que era importante ficar atento para certos pulos mais curtos que ele dava, com o objetivo de acertar uma voadora se Riki fosse desavisado.

Mas na época, o que valia na hora de enfrentar Wang era outra manha clássica. Essa dependia de um pequeno acessório do Master System, a caixinha abaixo que se chamava Rapid Fire.

Como o nome sugere, o Rapid Fire era um periférico usado para conectar o controle, e que simulava um aperto de altíssima velocidade para um dos botões. Com ele, vencer Wang ficava molezinha, só tinha que abaixar no canto esquerdo da tela e deixar o botão 1 apertado para ativar uma sequência frenética de socos. O chefão iria pular logo atrás de você e ficar preso na porradaria rápida, consumindo toda sua energia. Aí só bastaria liberá-lo e dar um soco bem dado pra vencer o jogo.

Eu sei... perdia toda a graça. Mas na época era como a garotada, ainda muito novinha em termos de experiência com videogame, conseguia vencer o jogo. Derrotando o chefão, a tela que piscava em cores brilhantes, prato cheio para causar um ataque epiléptico nos mais fracos. 

O mais bizarro de tudo era o que acontecia com Wang depois de ser derrotado. Primeiro ele começava a andar todo torto e trêbado, como se estivesse zonzo (algo esperado, se tivesse levado uma surra de socos de Rapid Fire). Por fim, ele chegava no meio da tela e erguia o braço, como se tivesse feito um gol. Puta merda! Como assim? Ele ainda ficava com as roupas meio azuladas, nunca entendi o porquê disso. 

Pouco se preocupando com o chefão vencido, Riki encontrava Kyoko na outra sala, esperando por ele cheia de amor pra dar...

... e nosso herói a leva em seus braços, caminhando em direção ao pôr-do-sol. Quer dizer, como é no Japão, acho que faz mais sentido dizer que eles caminham em direção ao sol nascente, não acha?

Eu sei, foi uma piada horrível... 

E depois do típico texto que aparece no final dos jogos de Master System, dizendo que Riki se tornou o lutador mais melhor de bom de todo o mundo e que vai passar os seus dias comendo sushi e tomando saquê com sua amada, aparecia aquela tela vermelha com uma letra japonesa que eu nunca soube o que significava. 

Deve significar "the end" ou coisa parecida. Ou então é apenas uma letra qualquer que ficou bonita na imagem, e que significa algo aleatório como "pepino" ou "carroça".

Como era comum nos jogos da época, Black Belt tinha algumas dicas secretas. Uma delas era para ativar vidas infinitas, que envolvia apertar a tecla Reset em uma tela preta que aparecia durante um segundo após a tela com o contador de vidas e o início da fase. Se funcionasse, a tela ficaria preta e você veria Riki caindo, juntamente com a queda da barra de energia, e um homenzinho careca sem camisa lá embaixo.

Ao fazer isso, a tela de contagem de vidas apareceria de novo, só que sem número. Assim, dava pra jogar com vidas infinitas... pelo menos até chegar na pontuação onde você ganhava uma vida extra. Aí o contador ia pra uma vida, e perdê-la significava fim de jogo. 

Pessoalmente, achava uma dica escrota. Sem falar que isso deixava o início do jogo com uma tela bizarra: em cima do muro do cenário da primeira fase ficavam vários caracteres aleatórios, ou então aparecia uma pequena imagem negativa da cabeça do Riki, acompanhando seus movimentos. Se me lembro bem, isso tornava a primeira "pernada" até o primeiro sub-chefe mais longa, pois você tinha que andar até remover a imagem bugada da tela.

A outra dica já era mais legal, que ativava um capítulo extra para reenfrentar os chefões. Depois de resgatar Kyoko, o jogador tinha que apertar o direcional para cima um porrilhão de vezes. Se fosse o suficiente, começava o nível 7, passando por todos os chefes. Com um detalhe: Riki não recuperava a barra de energia entre combates. Significava que era preciso ter pelo menos duas vidas de reserva, já que na luta com Oni tinha que usar aquela estratégia de trocar golpes. Um grande desafio, mas bem legal.

Black Belt sem dúvida era (e ainda é) um jogaço. O que eu acho interessante é que ele segue um estilo de beat'em-up bem diferente, com a fase linear. Se por um lado isso limita um pouco o movimento e a estratégia de combate, faz com que a ação seja mais frenética e você esteja sempre dando porrada nos inimigos. E realmente é uma sensação muito legal descer a porrada nos lutadores fraquinhos e transformá-los em poeira. Além disso, a forma como o jogo funciona faz com que tenhamos lutas contra chefes que lembram os jogos clássicos como Street Fighter e companhia. 

Claro que vale a pena dedicar mais alguns parágrafos para falar da versão "original" de Black Belt. Como disse acima, o jogo nasceu como Hokuto no Ken no Japão, baseado em um anime muito famoso por lá. Por conta dos direitos autorais no ocidente, o jogo foi alterado. Mas hoje em dia podemos disfrutá-lo, graças aos emuladores e ROMs.

E os fãs de Hokuto no Ken que me desculpem: por mais que seja considerado famoso, eu nunca vi e nem faço ideia do que se trata. Só soube da existência dele por conta justamente do Black Belt.

O jogo em si não é muito diferente em termos de jogabilidade, mas podemos ver várias diferenças gráficas. O ambiente do jogo não representa um estilo misto entre Japão feudal e mundo moderno, mas sim uma terra devastada como ocorre na história do Hokuto no Ken original. Você personifica o protagonista Kenshiro, seguindo pelas fases e descendo a porrada para resgatar sua namorada Yuria.

Podemos perceber que as diferenças não são apenas no visual, mas também com algumas sutilezas interessantes do jogo em si, que vão desde uma mudança no estilo da voadora do protagonista (pessoalmente, acho mais legal a versão do Black Belt)...

... até fases que possuem pisos elevados, como em alguns jogos de aventura como Altered Beast. Uma sacada interessante, que muda um pouco a mesmice das fases de Black Belt.

Logicamente que os gráficos dos personagens são diferentes. Veja como eram os sub-chefes em Hokuto no Ken, muitos são semelhantes, apenas com cores trocadas. O destaque fica para os bandidos da segunda fase, com um visual militar (e o com chicote parece o M.Bison do Street Fighter), e também na quarta fase, onde pareciam lutadores romanos ou árabes. Ressalta-se também que o jogo era "machista", já que a quinta fase não era composta apenas por inimigas mulheres como em Black Belt.

Apesar do visual diferente, a grande maioria dos sub-chefes se comporta igualzinho. O único que eu vi diferença é o gordão na primeira fase, que parece ser vulnerável somente a socos abaixado. Em outras palavras, tem que enchê-lo de porradas no saco pra derrubá-lo.

Os chefes também eram bem diferentes, entendo que baseados na história do anime. Como o jogo só foi lançado no oriente, tive que recorrer ao scan de um manual japonês, onde escrevi a tradução do nome dos chefões.

Ia colocar telas grandes do jogo, mas pra economizar um pouco vou partir para a mesma jogada que fiz com os sub-chefes. O loiro Shin é o equivalente a Ryu, Colonel é o militar que se transformou no punk Hawk, Toki é o barbudo que virou Oni, Souther é o sujeito bombado que fez mudança de sexo e se tornou Rita, e Raoh é o chefão final do jogo. Apesar das diferenças de visual, todos eles lutam igualzinho ao que vemos em Black Belt, e são derrotados seguindo as mesmas técnicas.

Sim, eu pulei o Gonta original pois este era o único chefão que mudou drasticamente. No Hokuto no Ken ele era o Devil's Rebirth, um monstrão gigantesco que cospe fogo e dá mega porradas. Tanto que fizeram uma sacada genial para evidenciar seu grande tamanho: perceba que o bonequinho do Kenshiro é pequeno como na fase inicial, e não em sua versão maior como é comum nos chefões. Mas, apesar de ser um grandalhão, não é difícil derrotá-lo, com o uso de voadoras. Só tem que ficar esperto pra não ser pisado por ele, pois aqui a energia inteira é perdida.

A namorada do protagonista também é diferente na versão original: em vez da Kyoko com visual de gueixa, temos a heroína Yuria, que também é levada nos braços do herói. 

Cabe ressaltar uma pequena curiosidade: em Hokuto no Ken, o protagonista Kenshiro imagina que Yuria havia sido raptada por Shin, o primeiro chefão. Depois de descer a porrada nele, o herói anda para a tela seguinte, onde encontra uma boneca em tamanho real de Yuria, e lamenta que ainda tenha que encontrar a verdadeira.

Caceta! Fico imaginando o que o Shin devia estar fazendo com essa boneca em tamanho natural da heroína...

Em linhas gerais, os dois jogos são bem parecidos, como deveria ser mesmo. Mas percebo que Hokuto no Ken parece um pouco mais difícil, as fases parecem um pouco mais longas e os "homenzinhos" são mais agressivos. Mesmo que seja ambientado em uma série animada, o original oriental é muito legal também, e sem dúvida os fãs de Black Belt vão curtir a repaginada no visual de Hokuto no Ken; mas eu pessoalmente ainda prefiro mais a versão clássica com a qual me acostumei na infância.

Cabe citar também que uma espécie de "continuação" foi lançada alguns anos mais tarde para o Mega Drive. Entre aspas pois a sequência só faz sentido lá no Japão, onde outro jogo da série Hokuto no Ken apareceu, com um estilo muito semelhante ao jogo do Master System. Para nós aqui no ocidente, da mesma forma que aconteceu com Black Belt, tivemos uma adaptação por conta de direitos autorais, e assim conhecemos Last Battle. Mas que não era tão legal assim, pelo menos na minha opinião...

Sem dúvida Black Belt marcou uma geração. Antes de jogos de luta mais badalados que chegariam alguns anos depois, muita gente adorou descer a porrada em videogame nesse clássico. As duas versões ainda rendem um bom desafio e um simpático passatempo para quem quer um pouco da velha e boa porradaria de um contra todos.

Comentários

Ciro disse…
Sempre gosto quando você trás jogos antigos, também aprecio essas velharias. Eu tive a opotunidade de conhecer as duas versões alugando fitas ao fim de semana. E vendo essa sua análise lembrei de outros dois jogos nesse mesmo estilo, Karateka e Spartan X, eles têm a mesma história, salvar a mocinha que foi raptada. Hokuto no Ken é um anime até bastante conhecido por aqui, inclusive o nome no Brasil é Punho da Estrela do Norte. Texugo, você curte algum RPG também?
Texugo disse…
Obrigado pela visita, Ciro.

Pois é, depois de ter feito a postagem, eu vi como Hokuto no Ken é relativamente bem conhecido no Brasil, mas eu pessoalmente nunca percebi muito...

Jogos de RPG, eu gosto de alguns. Aliás, em breve deve sair uma postagem de um de meus favoritos.