Não é contra o racismo

Eu tento... Juro que tento colocar postagens um pouco mais divertidas e legais. Mas infelizmente a nossa sociedade não deixa, ainda mais nesse ano desgraçado de 2020. Ainda mais ao ver que começam a acontecer coisas em nosso país que já vimos acontecer antes, indicando que existe uma grande possibilidade de que venham a repetir coisas ainda piores. Não dá para deixar passar, tentarei ser breve, até porque muito desse assunto eu já comentei em outras oportunidades com maiores detalhes.

Tudo por conta de um crime bárbaro que aconteceu neste dia 19 de novembro. Depois de uma discussão em um Carrefour na cidade de Porto Alegre entre um homem e uma caixa, dois seguranças levaram o sujeito para fora, onde o espancaram violentamente até a morte. Um crime covarde, imperdoável e injustificável, um assassinato a sangue frio.

Acontece que o homem era negro... e o crime aconteceu na véspera do dia da Consciência Negra. Aí, já dá pra imaginar o que aconteceu...

Toda a imprensa e a grande mídia despertou no dia 20 divulgando o suposto crime de racismo. Todas as notícias se referiram à vítima João Alberto Freitas como "homem negro" e os agressores como "homens brancos". Manchetes em letras garrafais estamparam dos jornais, dedicando longos parágrafos nas páginas e muitos minutos nos telejornais para falar do crime de ódio. 

Curiosamente, muito mais do que dedicaram à Simone Barreto, brasileira que foi vítima de um "ataque a faca", como a mesma imprensa divulgou ao se referir ao ataque terrorista contra aquela igreja em Nice (que, na minha opinião, também foi um crime de ódio). E que era negra também, diga-se de passagem. Mas, lá o "vidas negras importam" não interessava tanto como neste caso do Carrefour.

E, embora certamente os grandes meios de comunicação da grande imprensa jamais venham a admitir, o crime no Carrefour veio no melhor momento possível. Pois nada melhor do que uma morte brutal que possa ser apresentada como crime de racismo para falar no dia da Consciência Negra, para promover ainda mais a narrativa do "racismo estrutural", e incitar ainda mais a diferença, a raiva e a discórdia.

Tanto que, como era esperado, tivemos ontem diversas "manifestações" contrárias ao racismo. Assim, entre aspas, pois eu não considero manifestação quando um bando de vândalos criminosos invade lojas para quebrar tudo, tacar fogo e saquear. Isso pra mim é vandalismo.

Mas, para a extrema imprensa "imparcial"... foi "manifestação contra racismo".  

Bom, como de costume, eu sei que serei uma minoria no meio de um mar de pessoas que está acreditando nessa história de que o crime foi provocado por racismo, algo até atestado pela delegada que investiga o caso. Afinal de contas, o crime aconteceu há poucos dias, e é necessário investigar todas as provas, coletar depoimentos e tudo mais antes de afirmar algo dessa forma. Mas, claro que a grande imprensa, que está sempre preocupada com a "verdade", já estabeleceu que o crime foi motivado por racismo. E já atestaram também que João foi morto por asfixia, e suas últimas palavras foram "eu não consigo respirar".

Qualquer semelhança com o caso do George Floyd que ocorreu nos Estados Unidos não é mera coincidência. E não estou me referindo necessariamente ao fato das duas vítimas terem a mesma cor da pele...

Tentarei ser breve aqui, até porque já fiz uma postagem bem extensa sobre o tema do racismo, questionando essa definição segregadora de "raça" baseada na cor da pele, assim como da "discriminação" e "preconceito", palavras que por si só não são negativas ou criminosas, e que representam atitudes que todos nós temos em nossas vidas diante das mais diversas situações, como quando discriminamos as roupas de trabalho das de passeio em nossos armários ou quando formamos um conceito prévio sobre uma sobremesa ser gostosa só por conta da aparência, conceito esse que pode estar certo ou errado. E onde também falo dos reais objetivos por trás dessas "manifestações anti-racistas".

Pois não elas não são contra o racismo. Não mesmo.

O grande objetivo dessas "manifestações" é gerar instabilidade, criar um clima de guerra no Brasil. Nas palavras da esquerda canalha, é construída uma narrativa de que existe o tal racismo estrutural, essa ideia de que o país é racista como um todo, como se fosse algo definido institucionalmente, provavelmente arrumando alguma forma de responsabilizar o Bolsonaro por isso. É só ver como já apareceram vários "especialistas" em questões raciais na extrema imprensa desde a ocorrência do crime, defendendo hipóteses absurdas que tentam convencer as pessoas que o brasileiro é racista por definição.  

Claro, com exceção da esquerda, que é "do bem". E assim sugestionam que apenas com lideranças politicamente corretas de esquerda o negro será protegido, será feito algo para pagar a "dívida histórica".

Exatamente como aconteceu nos Estados Unidos, neste ano de eleições. Além de terem arrumado um vírus chinês para fuder com a economia, oportunistas usaram o episódio do George Floyd como forma de inflamar o movimento negro por lá. O Black Lives Matter já existia, mas ganhou muita força ao ser defendido pelo Joe "Bidê" e pela tríade doutrinadora que já citei recentemente (a grande mídia, as personalidades famosas e as big techs). Todos eles legitimando um movimento terrorista, que promoveu violência e saques por várias cidades dos Estados Unidos. 

Acha que estou falando bobagem? É só lembrar como que a CNN se referiu ao vandalismo como atos pacíficos... mesmo o repórter estando em frente de uma construção incendiada por "manifestantes anti-racismo"...

Sério... Me lembrei daquele ministro da informação iraquiano...

Todos esses protestos violentos foram duramente criticados por Trump, e com razão. Afinal de contas, um presidente não deve apoiar criminosos que perturbam a ordem pública, que saqueiam lojas e vandalizam a cidade. Mas, como se criou a narrativa de que esses protestos eram contra o racismo, a mídia em geral divulgou como se Trump fosse defensor do racismo, por mais que essa ideia possa parecer absurda. Acontece que a extrema imprensa trabalha em prol de seus interesses, nunca pela verdade... e fica fácil forjar essas narrativas quando se controla a informação como eles o fazem. Tudo para sujar a imagem do presidente norte-americano e influenciar na eleição...

Mesma coisa será aqui, tudo está se repetindo. A comoção da mídia, as personalidades se pronunciando, os "especialistas" divulgando a teoria do racismo "estrutural", a imprensa criticando a reação da polícia ao vandalismo... tudo seguindo o mesmo roteiro, para tornar ainda mais forte essa narrativa de que temos um país racista. Até pintar o "vidas pretas importam", como fizeram nos EUA, tivemos aqui.

Pois é... é a mesma estratégia, se aproveitando de uma agenda inquestionável como o combate ao racismo, mas que no fundo é apenas uma fachada para esconder os seus interesses políticos e ideológicos criminosos. 

E uma estratégia hipócrita. Digo isso pois esses babacas, incluindo o monte de paspalhos que vejo nas minhas redes sociais colocando a hashtag acima em suas fotos de perfil, na verdade estão pouco se fudendo com os negros. Da mesma forma que lá nos Estados Unidos os "manifestantes" do BLM ficam quietos quando um policial negro é morto por um branco (pois é mais importante pra eles o "fuck the police" do que "black lives matter) ou mesmo eles próprios sujaram suas mãos de sangue ao assassinar uma menina negra ou um segurança também negro que tentava impedir um saque "anti-racista", vemos também muita hipocrisia por aqui. Ninguém que hoje berra a plenos pulmões que "vidas negras importam" achou errado quando petistas chamaram Joaquim Barbosa de macaco ou quando Ciro Gomes chamou um vereador negro de capitão do mato. Melhor ainda, nenhum deles derrama lágrimas por muitos negros que são vítimas do tráfico de drogas nas favelas. 

Na hora de vandalizar, é fácil fazer isso em um mercado... quero ver ser macho pra tacar fogo na casa de um traficante de drogas ou outro criminoso que tenha matado um negro. 

Aliás, interessante ver como boa parte do ódio desses "manifestantes" foi direcionado ao Carrefour. Mas honestamente isso já era esperado... Pois certas pessoas, principalmente aquelas que se deixam doutrinar pela ideologia esquerdopata, sentem a necessidade de arrumar um "inimigo" nessas horas, alguém que possa ser responsabilizado pelo suposto crime de racismo e sirva assim como alvo de seus protestos. Nos Estados Unidos era fácil, pois George Floyd foi morto pela polícia, e assim ela se tornou a inimiga a ser enfrentada, colaborando inclusive com os interesses ideológicos da esquerda, que quer uma polícia fraca que não possa proteger o povo.

Quanto ao João, não foi a polícia mas sim dois seguranças (embora um deles seja PM), e empresa de segurança ninguém conhece. Aí foi necessário direcionar a culpa ao Carrefour, uma rede de supermercados grande e famosa. Fica inclusive conveniente criminalizá-los, considerando que o mesmo Carrefour passou por várias polêmicas, como o funcionário que morreu na loja e foi coberto por guarda-sóis ou aquela vez em que um segurança matou um cachorro. Já tem gente promovendo boicote às lojas, não deve demorar para que comecem a campanha de cancelamento, em que "justiceiros politicamente corretos" vão começar a sugerir que certas grandes marcas deixem de vender seus produtos no Carrefour...

Sem falar das manifestações. Claro, sempre com aquele discursinho estúpido de que são manifestações pacíficas, mas que é conversa pra boi dormir. Pois esses comunistas revoltados não sabem o que é um protesto pacífico, para eles só vale protestar quando há vandalismo, fogo e vidraça quebrada. Para esses primitivos que são desprovidos de argumentos coerentes e sensatos, apenas há a violência, incentivada por aqueles cretinos que querem se aproveitar do episódio para atender aos seus interesses ideológicos.

Interessante, né? A candidata a prefeita de Porto Alegre, cidade onde aconteceu o crime, motivando as pessoas a irem se manifestar no Carrefour. Realmente é uma atitude muito responsável de uma pessoa que pretende governar uma cidade, incitando seus seguidores a fazer parte de um protesto que muito provavelmente terminará em vandalismo e violência mais uma vez. Não sei o que é pior, que tenha gente que vote nessa estrupícia ou perceber que ela estava respondendo ao bosta do Felipe Neto. 

Termino por aqui reforçando mais uma vez que precisamos olhar para os fatos da forma como eles realmente são, nos livrando de uma ótica segregadora que tenta discriminar pessoas, querendo tornar mais vil um crime quando este é cometido contra alguns. Precisamos ser mais humanos e deixar de criar diferenças nessas horas em que elas não são importantes. Não deveria fazer diferença se foi um negro ou um branco quem foi vítima de um crime bárbaro, foi uma pessoa que perdeu a sua vida, é uma família que vai chorar a perda de um ente querido. Isso é o que é mais importante, não a cor da pele da vítima. 

Se discordam de mim, então me respondam o seguinte: será que esse crime teria sido menos hediondo se fosse um homem negro morto por dois seguranças negros? Ou se fosse um homem branco que tivesse sido assassinado por dois homens negros?

Para aqueles que percebem algum tipo de diferença nessas situações... lamento informar, mas vocês são os verdadeiros racistas.

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