Resumão Olímpico

Não poderia deixar de fazer um registro das Olimpíadas de 2020... que ocorreram nesse ano por conta do vírus chinês. Sem dúvida uma das competições esportivas mais empolgantes, trazendo esportes dos mais diversos, sempre com histórias marcantes. Eu mesmo admito que estou ficando um pouco enjoado de futebol (mas ainda farei minhas postagens, pelo menos com as apostas), e dessa forma os Jogos Olímpicos representam a competição que hoje me agrada mais. Apesar do horário ingrato por conta do fuso, o trabalho em home-office em tempos de eterna pandemia pelo menos colaborou para que eu pudesse acompanhar mais de perto a competição que eu curto.  

Embora curiosamente eu não tenha vindo aqui escrever muito a respeito. Comparei com minhas postagens da última competição, que ocorreu no Rio, e acho que eu poderia ter dedicado um pouco mais de tempo para isso. Aliás, muito curioso ver esses posts antigos, onde citei que os jogos de Tóquio seriam épicos depois que o primeiro ministro apareceu vestido de Super Mario... e onde falei do legado olímpico, que cinco anos depois continua na merda em sua maioria, com instalações entregues Às moscas, regiões da cidade em que a revitalização prometida se deu ao contrário e aquela ciclovia que continua caída... e também comentei como que o brasileiro esquece fácil, o que é facilmente provado ao ver que os cariocas reelegeram o Dudu Paes...

Vamos deixar a política de lado e falar das Olimpíadas. Por estar tudo concentrado aqui, certamente será um post longo. Mas quem costuma vir aqui sabe que eu exagero...

A começar com a participação brasileira, que foi a melhor até o momento. Algo que diria ser esperado, é comum que um país sede apresente uma grande evolução em diversos esportes, como vimos em 2016, e muito dela permanece na edição seguinte. Vamos ver a lista de medalhistas de nosso país.

Ouro:

Ítalo Ferreira - surf

Rebeca Andrade - ginástica (salto sobre cavalo)

Martine Grael e Kahena Kunze - vela classe 49er FX

Ana Marcela Cunha - maratona aquática

Hebert Conceição - boxe (peso médio)

Isaquias Queiroz - canoagem 1000 metros

Futebol masculino


Prata:

Rebeca Andrade - ginástica (individual geral)

Kelvin Hoefler - skate (street)

Rayssa Leal - skate (street)

Pedro Barros - skate (park)

Beatriz Ferreira - box (peso leve)

Vôlei feminino


Bronze:

Mayra Aguiar - judô (78 kg)

Daniel Cargnin - judô (66 kg)

Bruno Fratus - natação (50 metros livre)

Fernando Scheffer - natação (200 metros livre)

Alison dos Santos - atletismo (400 metros com barreiras)

Thiago Braz - atletismo (salto com vara)

Abner Teixeira - boxe (peso pesado)

Luisa Stefani e Laura Pigossi - tênis


Temos que aplaudir todos eles. O Brasil ficou na 12ª posição, algo respeitável quando consideramos que muitos destes esportes não têm uma grande repercussão por aqui. Ao todo foram 21 medalhas, algumas que já eram esperadas e outras que foram gratas surpresas.

Vale dar espaço para alguns destaques, e não podemos começar com outra que não seja a ginasta Rebeca Andrade, que finalmente conquistou medalhas na ginástica, além do feito de ser a primeira atleta mulher a conquistar duas medalhas em uma mesma Olimpíada. Já falei dela nesta postagem, mas vale aplaudir o esforço da menina que conseguiu finalmente brilhar nessa competição, onde o Brasil bateu muitas vezes na trave com Jade Barbosa, Daiane dos Santos, os irmãos Hypólito e outros. Sem falar que ela deu uma aula de patriotismo, deixando claro que os atletas estão lá para representar o país. 

O Brasil mandou muito bem nas competições radicais que estrearam nos jogos. Esperava-se mais do surf, mas o nosso país foi muito bem representado pela medalha de ouro de Ítalo Ferreira, quando todo mundo esperava que o Gabriel Medina iria desencantar (e que não chegou nas medalhas). E o skate conseguiu três medalhas de prata em uma competição que eu confesso que achei interessante, não apenas pelas manobras de outro mundo, mas também pelos tombos e pela camaradagem entre todos os competidores, algo raro de se ver em outras competições. E também não podemos deixar de citar a marca alcançada pela pequena Rayssa Leal, a atleta mais jovem a ganhar uma medalha, com apenas 13 anos.

Aliás, todo esse surf e skate me fizeram lembrar do Jogos de Verão do Master System (o qual definitivamente será tema de uma postagem em breve), pensando em como metade dos esportes dele estão presentes nas Olimpíadas hoje. Qual será o próximo?

Na água, o Brasil deu show. Pelo menos em "mar aberto", começando com a dupla Martine Grael e Kahena Kunze, que se sagraram bicampeãs olímpicas, um feito para pouca gente. Também devemos tirar o chapéu para Ana Marcela Cunha, conquistar a medalha de ouro em uma maratona aquática, com dez quilômetros de braçadas, também é uma proeza homérica a ser aplaudida de pé. Outro que temos que aplaudir é Isaquias Queiroz, que já tinha destruído nas Olimpíadas do Rio com três medalhas, e conquistou o ouro de forma sensacional. Estava atrás do chinês e no final da prova ele disparou. Pombas, ligou em 330 volts e foi como um foguete. E pra completar, ainda fez um Hadouken no pódio.

Alguns dirão que foi na verdade um Kamehameha... Mas eu nunca curti Dragon Ball, sou mais Street Fighter. Então, aqui será Hadouken mesmo.

Algo positivo é ver como o Brasil conseguir manter sua tradição ao trazer medalhas em alguns esportes em que sempre se destacou, onde foram premiados há várias Olimpíadas. Judô, natação e atletismo trouxeram duas medalhas de bronze cada, e não devemos desmerecer o terceiro lugar no pódio, pois foram todas conquistas bem suadas. E a modalidade que despontou foi o boxe, com quatro medalhas ao todo, incluindo NNN medalha de ouro. Com direito a nocaute do medalhista de ouro Hebert Conceição, que amassou a cara do ucraniano que está até agora tentando se lembrar da placa do caminhão que o atropelou.

E a grande surpresa ficou no tênis, onde o Brasil conquistou a sua primeira medalha com Luisa e Laura, em um jogo intenso no qual elas reverteram vários match points. Acho legal ver situações desse tipo, em que conquistas em esportes menos conhecidos acabam servindo de incentivo para que outras pessoas se interessem. Tudo bem que o tênis é até relativamente popular, mas já faz tempo que tivemos algum jogador em nosso país se destacando. 

Por fim, termino falando dos esportes coletivos, onde nosso país só conquistou medalhas em dois deles. O futebol masculino acabou ganhando o ouro de novo, embora eu confesse que não dou muita atenção para esse esporte que já é exageradamente enaltecido por aqui. Aliás, futebol que confirmou essa posição auto-intitulada de supremacia, com uma certa polêmica na hora de receber as medalhas: diferente dos demais atletas que iam para a premiação vestindo o agasalho da Confederação Olímpica Brasileira, os jogadores da seleção permaneceram com suas camisas de futebol, que ostentam o patrocínio da Nike.

Pode parecer bobagem que isso tenha gerado um mal-estar entre COB e CBF, com reações negativas até de outros medalhistas (como o nadador Bruno Fratus). Mas isso apenas mostra como a seleção de futebol masculino se enxerga como deuses, superiores aos demais atletas, como se fossem um grupo à parte. Para mim, isso é falta de humildade, reforça essa diferença de tratamento entre diferentes modalidades esportivas, e que acaba dificultando o crescimento de outros esportes.

Seguindo, o vôlei feminino o Brasil acabou ganhando a prata. Não foi o resultado mais desejado, ainda mais considerando que o rendimento da equipe estava muito bom ao longo da competição. Mas eu acho que houve um certo clima de "já ganhou", ao enxergar os Estados Unidos como fregueses, derrotados em outras duas finais, e acabaram amargando uma derrota por três sets a zero. Até podem dizer que isso foi de certa forma influenciado pelo fato de mesmo tendo uma jogadora ter sido cortada na reta final por suspeita de doping. Mas, em todo o caso é um bom resultado, comprovando a força do vôlei feminino, que sempre esteve nas posições mais altas do pódio.

Ah, o vôlei feminino... um esporte muito admirado pela marmanjada, por motivos óbvios.

Depois dessa piadinha lamentável, acho que neste momento podemos falar das principais decepções de nossos atletas. Pois, com exceção do vôlei feminino, o Brasil ficou de fora no masculino, que amargou um 4º lugar para os argentinos, e na praia nem conseguiu disputar medalha. Na competição masculina, as duas duplas perderam para a Letônia... sério, cara! Letônia?! Tudo bem que os jogadores estão se tornando cada vez mais profissionais (e acho que o treinador dessa dupla é até um brasileiro), mas perder para um time de um país que acho que nem deve ter uma praia decente, é triste.

O futebol feminino foi mais uma vez uma tristeza só. Aparentemente vão ter que aguentar a mesma urucubaca que o time masculino encarou, que levou uma eternidade para subir no degrau mais alto do pódio. Nessa vez, elas caíram nos pênaltis para o Canadé, em uma clara demonstração de falta de preparo psicológico (quando vi a expressão no rosto da última cobradora, estava na cara que ela ia perder). Mas o que mais manchou essa pífia participação nas Olimpíadas foi todo o mimimi liderado por Marta, juntamente com feminazis de internet, dizendo que as mulheres deveriam ganhar a mesma coisa que os homens no futebol.

Sério, farei um breve parênteses para dar minha opinião a respeito. Por um lado eu digo que sim, o futebol masculino no país é exageradamente enaltecido, como disse acima (aliás, com as mesmas palavras), e faria muito bem ao nosso esporte nacional que outras categorias recebessem maior investimento. Mas, por outro lado, acho que não é por aí de simplesmente equiparar os salários das mulheres com os homens no futebol. Isso aí é uma bostejeda feministóide, pois é um absurdo que jogadoras que têm uma capacidade técnica muito inferior venham a receber o mesmo que jogadores que jogam mais. Se enxerga, Marta! 

Na minha opinião, deveria haver mais investimento para fazer o futebol feminino crescer, para motivar meninas a competir no esporte, incentivar campeonatos e etc. Assim você constrói uma base forte, é criada uma estrutura mais profissional para o esporte. Não só para o futebol feminino, mas várias outras modalidades esportivas. Agora, o que acontece é que as pessoas querem moleza, querem o bônus antes do ônus. Ganhar o mesmo salário dos homens não vai tornar o futebol feminino melhor. É apenas choro de alguém que está pensando de forma egoísta em seus interesses. 

Por exemplo, se a Marta está mesmo preocupada com o crescimento do futebol feminino no Brasil, ela deveria assumir o papel de pioneira e agente de inovação aqui no país. Tipo, ela poderia jogar aqui no Brasil, certamente partidas com a presença de uma jogadora conhecida, várias vezes eleita a melhor do mundo, iria atrair mais público, e consequentemente, mais renda e repercussão. Tudo isso ajudaria a divulgar o futebol feminino por aqui, mais jogadoras de qualidade iam aparecer e essa modalidade se tornaria mais popular. Mas, pelo que vi a Marta praticamente só jogou no exterior, com exceção do seu início de carreira (quando não era tão famosa) e em contratos de alguns meses com o Santos (assinados no período de "férias" da temporada americana onde jogava). Aí fica difícil...

Bom, o Brasil encarou outras derrotas, mas eu não classifico como decepções. Foram apenas casos de atletas dos quais se esperava um rendimento melhor, ou mesmo uma medalha, mas que ficaram pelo caminho ou por azar, ou por alguma nota sacana de um jurado ou mesmo por terem encarado gente melhor do que eles. 

Vamos agora falar de mais alguns outros "causos" olímpicos. E tivemos vários.

Começo com a situação que tomou conta das redes sociais e fez aparecer um monte de "especialistas" no tema de estado psicológico dos atletas. Tudo isso por conta da ginasta americana Simone Biles, que ganhou várias medalhas aqui no Rio e acabou se recusando a participar do restante da competição de Tóquio, após errar em uma prova e dizer que precisava priorizar a sua saúde psicológica.

Talvez eu venha a debater sobre esse tema com maior profundidade em outra oportunidade. Mas eu digo que acho que ela criou uma tempestade num copo d'água (pronto, serei acusado de machista e racista). Pombas, pressão psicológica é algo que todo e qualquer atleta está sujeito, ainda mais nas Olimpíadas. Aliás, não é algo exclusivo de esportistas: imagina o desgaste mental que milhões de outras pessoas passam no mundo pelas mais diversas razões. Pessoas que não desistem, que muitas vezes não podem se dar ao luxo de desistir. Não condeno o fato de que a pessoa deva priorizar o seu bem-estar, se algo estiver causando algum mal físico e ou psicológico, é necessário lidar com isso. Mas os holofotes que colocaram no caso dela, até mesmo aplaudindo o que ela fez como se fosse um grande feito... sério, achei exagero e um oportunismo barato.

Pessoalmente, acho que ela não suportou o fato de que errou na sua primeira prova, e aí não teve mais coragem de seguir com medo de errar de novo. Repito, tem gente que quer usufruir das coisas boas, do momento fantástico que ela teve há cinco anos atrás, mas que não tem a maturidade e o preparo para aguentar essa responsabilidade. Demonstra ou a falta de preparo psicológico que eu citei acima, algo que deveria fazer parte de sua formação como atleta; ou até mesmo um pinguinho de arrogância, quando a pessoa se considera muito superior aos outros, e aí não tem a humildade de aceitar o fato de que todos são humanos e podem errar.

Tipo o Djokovic. Número um no ranking do tênis, já conquistou vários torneios, e mais uma vez ele acabou tendo um desempenho pífio e sequer ganhou um bronze. E demonstrou sua infantilidade ao descontar sua ira nas raquetes (uma foi quebrada e outra foi arremessada na arquibancada, ainda bem que estava vazia). E ainda fez charminho e se recusou a disputar o bronze na competição de duplas mistas, resultando em uma derrota por WO e que sacaneou a sua companheira que não tinha nada a ver com seu ataque de viadagem.

Repito: preparo psicológico faz parte da vida. Temos que entender que existem cobranças, temos que reconhecer que vai ter gente criticando qualquer peidinho fora de hora, temos que ter a consciência que não somos perfeitos e podemos errar. Claro que não devemos deixar tais angústias e preocupações domarem nossas vidas, sem dúvida é necessário priorizar nossa saúde e não permitir que isso nos destrua; mas, pombas... estamos falando de uma competição esportiva, há ganhadores e perdedores. Mesmo atletas de grande destaque como Simone Biles e Novak Djokovic não deixariam de ser grandes atletas se tivessem perdido nas Olimpíadas... mas a forma infantil como reagiram, aí sim deixa uma marca negativa em suas carreiras...

Diferente de outros atletas. Por exemplo, a velocista holandesa Sifan Hassan, que tropeçou em outra corredora, mas se levantou e foi atrás do ouro nos 1500 metros rasos; o próprio Ítalo no surf, sua prancha quebrou e em vez de ficar chorando ele pegou a reserva e venceu; o vencedor do triatlo masculino, o norueguês Kristian Blummenfelt deu o sangue para chegar no lugar mais alto, a ponto de cruzar a linha de chegada e ter que ser levado embora de cadeira de rodas. Apenas alguns exemplos de superação, de pessoas que não sucumbiram à pressão e foram recompensados por não desistir.

Enfim, outro caso que chamou muito a atenção nessas Olimpíadas foi o tema geopolítico. E o grande responsável pelos maiores problemas foi aquela que também foi a principal culpada por soltar uma praga no mundo no ano passado e deixar essa competição sem público: a velha China. 

Um dos exemplos foi quando o atleta de Hong Kong ganhou a medalha de ouro. Apesar de ter sido devolvida à China pelo Reino Unido, a província ainda tem uma certa autonomia devido ao seu histórico, autonomia essa que está sendo cada vez mais sufocada pelo PPCh, como vimos na repressão violenta contra manifestações. E nesse episódio em particular, o vencedor de Hong Kong na esgrima teve que escutar o hino chinês. Muita gente lá vaiou, e certamente teremos punições "democráticas" que serão promovidas pelo governo chinês a quem fez isso.

Outro exemplo é o caso de Taiwan. Como a China não aceita a existência desse país, que considera como uma província rebelde, e o COI e várias outras entidades mundiais são bundões a ponto de se curvarem ao que Beijing determina, Taiwan não é autorizada a competir com o seu nome. Assim, ela é referenciada como "Taipei Chinesa" e uma bandeira genérica é usada para o país. Curioso observar que em 1964, nas outras Olimpíadas de Tóquio, o país competiu com seu verdadeiro nome... Mostra como que é o domínio que a China exerce no mundo.

Agora, como a China não apita nada aqui no meu site, chamarei de Taiwan sim. E posso até fazer como muita gente no 9gag, e chamar a China de "Taiwan Ocidental".

Sem falar da Rússia... Por conta dos casos de doping promovidos pelo governo do Putin, foi outro país proibido de competir com sua bandeira e nome. Mas aí em vez disso tiveram a "brilhante" ideia de denomina-los como Comitê Olímpico Russo (ROC, na sigla em inglês). Ou seja, exatamente a mesma coisa. Vou te contar, se a ideia era ser algum tipo de punição, foi uma boa furada...

Vamos agora para mais uma sequência de polêmicas, e essa próxima "fornada" é graças ao politicamente correto, que tem a proeza de estragar tudo que toca. Sinceramente, essa é uma das piores mazelas da sociedade, como temos hoje uma minoria que quer ditar sua ideologia sobre os outros, supostamente promovendo um discurso de igualdade, fraternidade e inclusão, mas que na verdade só fica enchendo o saco.

Não vou falar do "elu", quando a comentarista do SporTV quis dar uma "aula" de pronome neutro ao falar de uma jogadora, como eu já comentei nessa postagem. Vou repetir o que eu disse lá, eu acho curioso como a criatura não se enxerga como homem nem como mulher, ou sei lá, se enxerga como as duas coisas (ainda não consigo entender bem as inúmeras definições), mas opta por competir na seleção feminina. Pior que o Canadá ganhou o ouro, e não demorou para que a turminha politicamente correta viesse ao delírio, enaltecendo a primeira não-binária a ganhar uma medalha de ouro nas Olimpíadas.

Mas algo que já estava mais nos holofotes era "a halterofilista" da Nova Zelândia. Assim, entre aspas, pois... bem... Laurel Hubbard nasceu como homem, mas fez uma transição de sexo com hormônios e agora é considerada como uma mulher, e competiu no levantamento de peso feminino. Ou seja, se tratava da primeira atleta trans a competir nos Jogos Olímpicos. Acabou que Laurel foi um desastre, não conseguiu levantar nenhum peso e foi desqualificada. Mas o "estrago" já está feito, pois agora o caminho está aberto a ex-homens competirem contra mulheres e destroçar a concorrência.

Sério, daqui a pouco vai ser como no Top Secret, aquele clássico da Sessão da Tarde. Lembra do time olímpico da Alemanha Oriental?

O post está ficando meio grande para uma discussão mais extensa, mas que eu provavelmente farei em algum momento por aqui. Mas eu adianto que discordo completamente desse tipo de iniciativa, acho uma grande injustiça contra as mulheres. Se você fizer um exame anti-doping em uma atleta mulher, existem limites rígidos que devem ser respeitados e podem fazer com que ela seja impedida de competir e perca medalhas. Aconteceu recentemente com duas atletas da Namíbia, que foram impedidas de competir por conta do nível de testosterona que possuem, elevado naturalmente por alguma condição genética. Se quisessem competir, precisariam reduzir. Agora, o rigor é aparentemente menor para os atletas transgêneros, sem falar que creio que nem todo o "histórico físico" de um homem que decidiu ser mulher é perdido. Ou seja, ainda é um corpo que amadureceu e cresceu como de um homem, e é evidente que isso possa servir como vantagem. Basta procurar algum vídeo ou texto da Ana Paula Henkel, ex-jogadora de vôlei da seleção brasileira, que estuda muito sobre essa questão.

Vamos seguindo com as hilariantes verborragias dos politicamente corretos. Tipo a Folha de São Paulo, onde um colunista sugeriu que é um absurdo dar medalha por bater em alguém. Sugerindo que é algo violento, e que chegará um dia em que serão extintas dos jogos olímpicos, comparando até mesmo com touradas e rinhas de galo. Lógico que isso gerou revolta de muita gente, inclusive boxeadores brasileiros. 

A mesma Folha que comemorou as medalhas conquistadas pelos brasileiros... mas acho que ninguém se surpreende mais com a hipocrisia desse "exemplo" de jornalismo que é a Folha. A verdade é que um palerma desses, que ninguém sabia quem era, teve que escrever um tema polêmico para aparecer, para ganhar as manchetes. E certamente vai sucumbir nas sombras da irrelevância de onde veio em alguns dias...

Outra coisa que os politicamente corretos gostam de criticar são as provas de hipismo. Sempre aparecem aqueles que criticam a modalidade, argumentando que os cavalos são mal-tratados e que é errado que eles sejam usados dessa forma, como parte de um esporte. E a comoção acabou sendo maior ainda por conta de um cavalo que foi sacrificado após sofrer uma lesão irreversível. Muita gente aproveitou a oportunidade para falar a respeito, criticando o hipismo e se colocando em defesa dos direitos dos animais. Tipo o Dado Dolabella, criticando a Hortência que tem filho que compete no hipismo (e depois levou uma boa resposta).

Interessante ver como o sujeito que é tão preocupado com os direitos dos animais é o mesmo que bate em mulheres... 

Sério... eu sou contra o maltrato aos animais. Mas será mesmo que o hipismo é algo ruim para eles? Eu acompanho Olimpíadas há tempos, e não me lembro de ter tido um caso grave onde o cavalo precisou ser sacrificado. Penso até o seguinte: se os animais fossem maltratados, certamente eles não teriam um bom desempenho nas provas. Sem falar que cavalo corre mesmo, e salta também, faz parte de sua natureza, e soma-se a isso o fato que os obstáculos são feitos de forma a não machucarem os animais. Não nego que podem haver treinadores e equipes que abusam, mas entendo que seja uma minoria; a maioria certamente cuida e muito bem dos cavalos, dando uma boa alimentação, cuidados médicos e tudo mais, para que possam estar aptos a competir.

Se bem que tem alguns cavalos que são filhos das puta...

É, esse aí provavelmente deve ir para a fábrica de cola, que parou diante de um obstáculo e derrubou a líder do pentatlo moderno para a última posição, com direito a essa risada amarela depois de ter arrebentado com a corrida dela. Mas ele conseguiu ser eternizado como o meme mais engraçado das Olimpíadas.

Bom, a postagem já está ficando grande, e certamente foram jogos memoráveis. Pena que o vírus chinês prejudicou muito, afastando a torcida da competição. Mas mesmo assim tivemos momentos marcantes, muitas histórias de superação e que ficarão para sempre gravadas em mais um capítulo da história das Olimpíadas. A única crítica que eu tenho contra os jogos de Tóquio é que faltou algo como isso abaixo.

Pombas, na terra dos desenhos japoneses, poderiam ter feito trazido alguns personagens para a alegria da galera. Seria épico.

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