Quem Lacra, Não Lucra 2

Sempre prometo que serei breve a fazer certos posts. Mas tentarei cumprir a minha palavra dessa vez. Hoje eu venho para falar de novo de uma atitude tola e politicamente correta de uma certa rede de fast-food que está mais preocupada em promover um discurso virtuoso e lacrar para a sociedade. E que muito provavelmente vai trazer consequências ruins para seus negócios (pessoalmente, assim espero), considerando sua postura convencida e voltada para criar propagandas com o único objetivo de "passar o recado". 

Você provavelmente já sabe que estou me referindo ao Burger King e sua mais recente peça de propaganda.

Nesse vídeo, a rede de lanchonetes trouxe diversas crianças para explicar para os seus pais o significado da sigla LGBTQIA+. Logicamente, com um discurso positivo, apelando para aquele ar inocente das crianças, demonstrando uma percepção de que elas não apenas não enxergam nada de mais nisso, mas ainda mostrando que elas supostamente aplaudem a ideia. Apenas para ilustrar caso você não tenha visto o vídeo, algumas frases ditas pelos pimpolhos caracterizam que um exemplo de LGBTQIA+ é "quando o menino gosta do menino", ou quando uma garota conclui que "a criança pode viver o mundo de outro jeito".

Pois é... já dá pra imaginar que em questão de milésimos de segundo os politicamente corretos vão pedir que eu seja esquartejado e meus restos jogados para os porcos.

Eu já escrevi faz pouco tempo sobre outra atitude lacradora do Burger King. Daquela vez que fizeram um convite para um comercial, em que atores de outra propaganda de banco censurada eram bem-vindos. No caso, a propaganda foi aquela do Banco do Brasil só com gente alternativa e que saiu do ar depois de uma decisão do Bolsonaro. Achei que a rede de fast-food teria aprendido a lição lá atrás, depois que sofreu grandes críticas e muita gente deixou de ir em seus restaurantes (sendo eu uma dessas pessoas). Mas parece que a corporação está mais preocupada em demonstrar seu posicionamento ideológico do que vender hambúrguer. 

É só assistir a propaganda. Se não fosse o nome "Burger King", não teria como ter ideia o que eles vendem, já que não mostram nem uma mísera batata frita ao longo de todo o comercial. Pombas, podia ao menos colocar uma bandeja com um lanche na frente das crianças, mas nem isso. Parece mesmo que uma rede que vende sanduíches e outras guloseimas não quis distrair o público de sua mensagem lacradora, fazendo algo como mostrar o que vende.

Nem vou entrar tanto no mérito da questão de trazer a discussão de sexualidade para crianças tão jovens. Prometi fazer um post curto, e já falei várias vezes sobre o assunto aqui... Como naquela vez do azul e rosa e outra sobre a diversidade de gênero, Só digo que eu acho absurdo envolver crianças tão pequenas em um tema como esse, muito prematuro para alguém que sequer tem noção das coisas do mundo. Nessa idade, as crianças ainda estão se formando, precisam desenvolver outras habilidades e conhecimentos mais importantes do que o significado dessa sopa de letrinhas. Precisam estudar e brincar. No momento certo, quando chegarem a uma idade mais madura, é que começarão a descobrir o que é a sexualidade e podem até decidir por algo diferente, caso o faça por sua própria vontade (sem incentivo externo). Até lá, não é assunto para uma menina pequena como da foto acima.

É a minha opinião, e não duvido que muita gente pense dessa forma. Vide a manifestação contrária à propaganda.

Claro que nessas horas vão aparecer os "especialistas". Tipo quando lemos esta matéria com a resposta oficial do Burger King contra as críticas que está recebendo. Já começam com a demonstração de virtudes, que acreditam que o respeito é o princípio básico de todas as relações e que não toleram o preconceito. Mais lindo e emocionante do que isso, só se colocasse a foto de alguém com uma lágrima cinematográfica escorrendo pelo rosto para falar essa frase.

Com essa resposta, a rede na prática tenta promover uma postura virtuosa ao mesmo tempo que desqualifica quem critica a propaganda. Seria como dizer "se você não curtiu, é um preconceituoso". Afinal de contas, hoje em dia temos uma patrulha politicamente correta que determina o que é certo e errado, e se você não se enquadrar certinho no que eles dizem, será considerado a escória da humanidade.

Pergunto: se o Burger King gosta tanto de respeito... o que será que eles acham do direito dos pais educarem os seus filhos, de forma que eles sejam apresentados a certos temas e conceitos na idade que considerem mais adequada? Afinal de contas, a repercussão negativa dá a entender que tem muitas famílias que não gostariam de expor os seus filhos à sexualidade tão cedo. Ou será que a rede de fast food se considera mais responsável do que os pais? Talvez seja algo maior ainda: talvez o Burger King e seus defensores considerem que sim, que as crianças devem ser expostas a isso o amis cedo possível, e os pais não têm nenhum direito de ser contrários.

Por mais que digam que a propaganda seja voltada ao público adulto, ela faz uso de crianças. E ao fazer isso, claro que ela pode atingir também os mais jovens. Afinal de contas, criança também vai em lanchonete, né? Os pais vão assistir a propaganda e seus filhos também, e não seria surpresa imaginar que os pequenos comecem a reproduzir o que viram. Crianças são como esponjas, elas absorvem o que há ao redor, e muito provavelmente isso será mais evidente na hora de "imitar" o comportamento de outras crianças. Não precisa ser psicólogo para perceber isso... Isso já está acontecendo, quando vemos que crianças cada vez mais jovens começam a falar dessas coisas. Cacete, o pimpolho mal se desenvolveu, seus órgãos reprodutores sequer chegaram à maturidade, mas já está pensando no que é ser trans ou pansexual? Não fode... 

E sabe o que eu acho mais engraçado? As pessoas que aplaudem a iniciativa do Burger King e condenam as críticas, dizendo que a propaganda não vai influenciar as crianças, são as mesmas que falam mal de comerciais que incentivam a criança a querer um brinquedo. Tipo quando criticaram o McLanche Feliz, por conta do brinde que vem junto com o lanche.

Ou seja, para os justiceiros do politicamente correto, é errado a criança querer um brinquedo, mas é divino que ela fale sobre LGBTQIA+...

Aliás, um breve parênteses: quando será que vão sossegar com essa sigla e parar de adicionar letras, pôrra? Sou do tempo que usavam apenas GLS, agora tem que citar tudo: lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, queers, interssexuais e assexuais. Mas toda hora aparece alguém que acha injusto que não tenha uma inicial para representar o seu grupo, e aí a sigla vai aumentando.

Tantas consoantes, parece o nome de um russo...

O objetivo no fim é muito claro, principalmente quando vemos quem está nos bastidores. O dono do Burger King, Jorge Paulo Lemann, tem interesses progressistas e se diz "preocupado" com a educação e questões sociais, mas é um cara que se relaciona com deputados de esquerda e promove ONGs desarmamentistas, deixando claro quais suas intenções políticas e ideológicas. Afinal de contas, é só ver como que alguns meios de comunicação estão se portando, dizendo que "o Burger King sofre ataques bolsonaristas". Não é uma questão política, as pessoas não precisam ser bolsonaristas para não aceitar esse tipo de iniciativa. Mas fica claro que esses cretinos da esquerda adoram transformar tudo em um embate político, promovendo a narrativa de quem é contra é um bolsonarista preconceituoso. 

Realmente o mundo está se tornando um lugar difícil de suportar... Não consigo entender essa necessidade constante de querer "lacrar" diante da sociedade. Sério, o Burger King e tantas outras empresas deveriam se preocupar mais com o próprio negócio em vez de "dar o recado" sobre algum tema que nada tem a ver com o que faz. Está se criando uma narrativa de "consumo consciente" em que o posicionamento ideológico da marca é mais importante do que a qualidade do produto oferecido por ela. Uma estupidez.

Encerro dizendo outra coisa: eu acho muito bonitinho da parte do Burger King demonstrar virtude ao dizer que apoia a causa LGBTQIA+, mas não mexe um dedo por causas mais nobres e importantes, que independem da orientação sexual. Nesse aspecto, acho mais louvável o McDonald's e seu McDia Feliz, em que reverte o valor da venda de Big Macs em doação para instituições que curam o câncer infantil. 

Comentários

sammy disse…
Enquanto isso, funcionários sofrem com altas cargas horárias abusivas desta dita empresa, mas os lacradores não dão um pio.

A BK deveria se preocupar com a qualidade da comida de lá, que é ó uma bosta. 👌🏻💩
Comi lá uma vez para nunca mais.
Texugo disse…
Verdade, Sammy. Acontece que a turminha da lacração só se preocupa com causas ideológicas, deixando de lado o que é mais importante.

Afinal de contas, nas redes sociais fica mais "bonito" falar de LGBTQIA+ do que carga horária abusiva. Especialmente se a empresa é um Burger King, que apoia uma causa de interesse politicamente correto.

Eu particularmente não vou mais nesse tipo de fast-food por conta da qualidade. E com esse tipo de discurso, será cada vez mais difícil eu pisar no Burger King.