Magalu, racista "do bem"

Vi recentemente uma notícia que me deixou surpreso e muito indignado. Sei que é um tema recorrente aqui, e sei também que a minha opinião sobre o assunto é bem particular, diferente da maioria politicamente correta que enxerga o mundo de uma forma deturpada e hipócrita. Mas que se dane, vou externar aqui a minha indignação, não apenas para registrar bem o que está acontecendo em nossa sociedade, mas quem sabe até mesmo para que as pessoas pensem um pouco a respeito da falta de noção que se torna cada vez mais frequente no planeta.

Outro dia li uma notícia que a loja de departamentos Magazine Luiza abriu um processo seletivo para trainee em sua empresa. Em um primeiro momento, parece ser algo inofensivo. Talvez até uma coisa a ser comemorada, em um ano que vários países do mundo estão sofrendo com desemprego e prejuízos na economia por conta da praga do vírus que a China soltou no mundo. Afinal de contas, se tem processo seletivo contratando, é sinal que a economia está querendo retomar. 

Acontece que aí vemos em mais detalhes como é esse processo seletivo. Segue uma notícia, tirada do site da Veja, que mostra isso.

Magazine Luiza abre inscrições de trainee só para negros

"O Magazine Luiza anunciou em comunicado a abertura de inscrições para seu programa de trainee 2021, que aceitará apenas candidatos negros. “O objetivo do programa é trazer mais diversidade racial para os cargos de liderança da companhia, recrutando universitários e recém-formados de todo Brasil, no início da vida profissional”, informou a empresa, em comunicado. 

Em post no Twitter, Luiza Helena Trajano afirmou: “Um passo importante para consolidarmos a diversidade da empresa”. (...)" 

Sério, eu não sei por onde eu começo...

Pra mim não fica nenhuma dúvida que o processo seletivo da empresa realiza uma discriminação racial. Não vou me repetir aqui sobre toda a explicação da definição desse termo que está sempre na boca dos politicamente corretos, falei bastante disso em uma postagem recente. Apenas resumo: a discriminação de raça consiste em diferenciar, distinguir ou separar usando o conceito de raça. Conceito esse que tem sua definição muito baseada na cor da pele, embora eu particularmente não concorde muito com isso (somos todos da raça humana). Como disse no post mencionado, simplesmente ao aceitar o conceito de que um branco e um negro são de raças diferente já é por si só uma discriminação racial. 

Junta-se a isso o conceito de preconceito, ao assumir alguma característica, seja ela positiva ou negativa, a alguém ou alguma coisa com base em uma percepção prévia, independente de ser uma percepção associada ou não a essa característica assumida. Como no exemplo do bolo de bosta que eu dei na postagem, em que a pessoa assume que a sobremesa é saborosa apenas por sua aparência. Dito isso, preconceito racial, ou racismo em sua definição resumida, significa assumir alguma coisa de alguém apenas por conta de sua raça, geralmente algo negativo.

E é isso que o Magazine Luiza está fazendo. Discriminação e preconceito racial.

Afinal de contas, o próprio processo seletivo estabelece como critério que o candidato tenha que ser negro. A "Lu do Magalu", personagem que representa a loja, está deixando claro que só pode ser trainee da empresa se for uma pessoa negra, se você é branco, já está eliminado do processo. Ou seja, é realizada uma diferenciação por conta da cor da pele. Isso indica uma forma indiscutível e inquestionável de preconceito racial, pois a empresa está considerando que o candidato só é qualificado para a vaga por conta da cor de sua pele. O Magalu deixa evidente que enxerga que um negro é um profissional melhor qualificado para a vaga do que um branco, apenas por conta da cor de sua pele.

Ah, imagina só se uma empresa abrisse uma vaga de trainee exigindo somente candidatos brancos... Não precisa pensar muito para saber qual seria a reação da sociedade em geral.

Agora, o interessante é que as mesmas pessoas que iriam se revoltar com esse situação estão aplaudindo o Magalu... Por que eu não estou surpreso?

O que acontece é que o politicamente correto e seus amiguinhos, como a esquerda e a grande mídia, na verdade não é contrária ao racismo como dizem. Na prática, tais grupos promovem o combate ao racismo somente quando este é direcionado a uma minoria, a um grupo menos favorecido. Como negros, mulheres, homossexuais e assim por diante. Afinal de contas, é bonito defender as minorias oprimidas, fica lindo no "Feice" compartilhar palavras de apoio a uma iniciativa "inclusiva" como a do Magalu, que é voltada para ajudar os negros. Porém, quando essas iniciativas começam a ser discriminatórias e preconceituosas, ou mesmo em situações gerais em que o racismo é praticado no outro sentido, aí escutamos um silêncio ensurdecedor desses politicamente corretos.

É só lembrar como que esses imbecis, que se dizem defensores dos negros, não viam problemas em chamar o Joaquim Barbosa de macaco, que aplaudiram o Ciro Gomes por chamar um vereador negro de "capitão do mato" e que dizem que negro que vota em Bolsonaro gosta de apanhar

Mas aí não tem problema, né? Racismo, por pior que seja, é tolerado e até mesmo aplaudido quando é direcionado contra os "inimigos"... Quanto a isso nem vou discutir, pois sabemos bem como essa corja de esquerdistas e politicamente corretos é hipócrita, que definem os conceitos de "certo" e "errado" de acordo com o que é mais conveniente, dependendo se foi um aliado ou um inimigo. Nessas situações, é "liberdade de expressão"... Por mais absurdo que seja.

Por sua vez, quando a prática racista é usada para favorecer as minorias, como o Magalu está fazendo, aí é bem mais fácil. Pois para legitimar o racismo "do bem", basta dizer que é inclusão. Para os casos dos negros em especial, é ainda mais tranquilo: só precisa falar da eterna "dívida histórica", aquela que jamais será compensada, e de ações "afirmativas", que eu nunca entendi o que diabos querem afirmar. 

Tipo como disse aquele estrupício da Benedita, ao responder a uma juíza que criticou a decisão da loja. Uma verdadeira idiota essa petista. E ainda vai ter otário que vai votar nela pra prefeita aqui do Rio.

Essa é a narrativa defendida pela esquerda, pelos politicamente corretos e pela grande mídia, para justificar o racismo "do bem". Que fosse até implementar algum tipo de política de cotas, dizendo que a relação entre aprovados de pele branca e pele negra seria "fifty-fifty". Por mais que eu também considere esse tipo de iniciativa como algo preconceituoso (como acontece nas universidades), pelo menos seria menos grave do que colocar como pré-requisito ser negro. Ou seja, vemos pessoas que se dizem contrárias ao preconceito e à discriminação racial, que provavelmente se ofenderiam se alguém dissesse que o branco é mais qualificado que o negro, mas que agora "passam o pano" para o Magalu que determina que o negro é mais qualificado para a vaga do que o branco, somente por conta da cor de sua pele. Na verdade, nem mesmo chega a esse ponto, pois o candidato branco simplesmente é impedido de participar.

Repito: é racismo do mesmo jeito. E se você discorda disso, sob a argumentação que esse tipo de iniciativa é "inclusiva" e "afirmativa", você é racista. Ponto. Não tem o que discutir.

Mas logicamente que as pessoas "do bem", como a dona do Magazine Luiza, jamais vai aceitar algo assim. Gente assim acha tudo isso muito lindo, se acham perfeitos por estarem fazendo algo desse tipo, como se peidassem cheiroso e fossem superiores aos outros, se enxergam como verdadeiros puritanos em defesa dos fracos e oprimidos. Racista, só o Bolsonaro e os eleitores dele, né? Racismo é só quando vem dos "inimigos"; quando este é praticado por aqueles do lado "certo" da sociedade, aí não é racismo. 

Aliás, fico agora me perguntando como vai ser essa "checagem" da cor da pele dos candidatos. Vai ter algum comitê racial na porta com uma cartelinha de cores pra dizer quem é negro o suficiente para entrar?

E depois nazistas são os outros...

Na minha opinião, essa atitude do Magalu é vergonhosa. Pior que não apenas o estabelecimento se apequena ao optar pela lacração para ser aplaudido pelos politicamente corretos idiotas, mas também conseguiram ficar em evidência graças a essa notícia. Uma postura estúpida e aproveitadora de uma rede de lojas preconceituosa, que certamente tem uma ideologia hipócrita, ao promover um racismo "do bem". A competência de um profissional não é determinada pela cor da pele, seja ela qual for. 

E o discursinho afirmativo, de que ao oferecer vagas para os negros é uma forma de reduzir as diferenças, não passa de um monte de merda. Pois esse processo seletivo é determinado pela discriminação, pela diferença de cor da pele, em que ser branco impede que alguém participe. Não adianta vir com papinho de igualdade se você defende a diferença. 

Pessoalmente eu nunca comprei nada no Magalu... e agora é que eu certamente jamais vou gastar um centavo com esses idiotas. E se você também discorda desse tipo de atitude parcial, desse ativismo politicamente correto, dessa ideologia suja de esquerda, desse racismo disfarçado de ação inclusiva, eu sugiro fazer o mesmo e boicotar a empresa. 

Digo mais uma vez: somos todos de uma única raça. Não estou negando a existência do preconceito racial contra o negro, é algo que deve ser combatido. Mas não acredito que a solução seja "inverter a balança", promovendo ações como esse processo seletivo criminoso em que se incentiva a supremacia do negro sobre o branco. Isso não é combater o racismo, mas simplesmente invertê-lo, favorecendo uns em detrimento dos outros. Em vez de promover a igualdade, tais iniciativas aumentam as diferenças e afastam as pessoas umas das outras, colocando-as em lados antagonistas em vez de uní-los em prol do benefício comum.

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