Capitão Planeta contra Hitler

Eu não resisti. Eu sei que os Super Amigos rendem excelentes sátiras por serem os desenhos mais toscos que já apareceram na televisão. Mas eu não poderia deixar de fora outro clássico da época de ouro das animações, ainda mais por conta de seu viés politicamente correto, que tem tudo a ver com as tosqueiras de hoje. Por isso, hoje eu trago um episódio do campeão do Greenpeace e defensor do meio ambiente, o Capitão Planeta.


E sim... ele vai enfrentar o Hitler!

Confesso que eu não me lembro de ter visto esse episódio bizarro na televisão. Só tomei conhecimento dele pois estava revendo os diversos capítulos da saga do defensor da natureza e me deparei com essa tosqueira. O nome verdadeiro do episódio é "A Good Bomb is Hard to Find", que traduzindo seria "uma boa bomba é difícil de achar". Sexto episódio da sexta temporada, que eu acho que não passou por aqui, e que tinha uma abertura extremamente tosca, como eu falei naquela postagem sobre o desenho.

Começamos a história no meio do mato, onde vemos uma nave rosa ridícula, que parece ser da coleção da Barbie ou da Penélope Charmosa.


Claro que pela cor já dava pra imaginar que quem estava ali era uma mulher... se bem que nos dias de hoje poderia ser um gay. Mas é mesmo a vilã do desenho, a Dra. Blight, que estava ali puta ao consertar a pia entupida, tudo culpa dos gatos dela que ficavam soltando pêlo no ralo. No fundo, estava seu comparsa MAL, um computador com inteligência artificial tarado, admirando a bunda empinada da sua chefe.


Depois de limpar o sifão, a doutora topetuda ia estrear a sua mais nova invenção, com os cumprimentos da ACME. Podemos esperar que ela vai voar pelos ares, como o Coiote.


Mas na verdade aquela porta era uma máquina do tempo, construída a partir dos planos do capacitor de fluxo que ela havia roubado do Doutor Brown. E só de ligar a máquina, quem chegava do futuro era a versão mais velha da Dra. Blight, juntamente com a sua nova lacaia, uma cabeça voadora chamada GAL.


Curiosamente, a versão coroa da bandida decidiu inverter as cores de seu uniforme. Provavelmente ela veio de um futuro em que os politicamente corretos dominaram e forçaram que meninas só podem usar azul e são proibidas de vestir rosa.

Pouco se fudendo para essa questão colorida, o MAL fica todo excitado ao ver GAL, uma criatura tecnológica como ele, e já fica todo assanhado pra encaixar seu pen drive na porta USB dela. E parece ignorar o fato de que sua mestra provavelmente o desativou no futuro, trocando-o por uma cabeça voadora.


Sempre quando eu vejo uma cabeça sem corpo, me lembro imediatamente desse desenho do Pica-Pau.


"Você viu um corpo procurando uma cabeça? Eu sou uma cabeça."

A Dra. Blight fica extasiada por seu plano ter funcionado. Bastou criar a máquina do tempo e guardar essa lembrança, para que ela mesma no futuro voltasse no tempo, mostrando que aquele papo de paradoxo é balela. Ela fica tão contente que vai lá dar uma alisada pseudo-erótica na máquina, mostrando que ela deve ser uma tarada por tecnologia.


Aliás, os hormônios parecem estar em alta no episódio de hoje, pois MAL tenta dar uma cantada em GAL, mas leva um fora. Por algum motivo, ele parece o Steve Jobs, acho que vou chamá-lo de Steve a partir de agora.


Pra mostrar o seu desprezo pelo iPad monocromático, a pequena GAL pega um pimentão que estava largado em um canto...


... e o joga na puta que pariu.


Mas como? Era um pimentão explosivo essa pôrra?


Ela explica que eles estão no Vietnã, e ali tinha uma porrada de minas terrestres que haviam sido deixadas depois da guerra. Considerando que o desenho se passa nos anos 90, algumas décadas depois do conflito entre yankees e vietcongues, me admiro que o Steve não tivesse idéia de que eles estavam no Vietnã. Não tem GPS nessa pôrra de nave?


A velha Dra. Blight então conta a sua história, dizendo que 20 anos depois, na época dela, o mundo havia se tornado um lugar terrível... que não tinha guerras, armas e bombas, e todo mundo era bonzinho e fraterno, cantando Imagine nas ruas e se alimentando de carne de soja.


A Dra. Blight se desespera. Não por conta do futuro pacífico... mas ao se dar conta de como ela apodreceu tanto em apenas vinte anos.


A velha doutora diz que pelo menos ela conhecia ainda alguns ex-traficantes cariocas que tinham bombas escondidas, e assim ela planejava voltar para o futuro para explodir com tudo. Enquanto isso, MAL planejava enfiar uma chave de fenda na entrada de força do Steve.


Mas a Dra. Blight interrompe a si mesma... afinal de contas, não é de se esperar que ela respeite os mais velhos, mesmo que seja sua própria versão enrugada. Acontece que ela tinha um plano mais melhor de bom para o episódio de hoje, uma artimanha infalível que ninguém iria estragar, nem mesmo aqueles adolescentes ecológicos e seu super-herói natureba.


E velhota concorda, dizendo que era mesmo um plano duca. Comento algo que eu não falei ainda, por algum motivo ela tem uma voz arrastada, como se estivesse usando um aparelho pra aumentar o som de suas cordas vocais. Mostra que ela teve ter arrebentado o esôfago, seja por fumar muito cigarro ou por engolir muita salsicha.


Perái! Como que a velha Dra. Blight sabia do plano? Aposto que você deve estar se perguntando isso também. Ou você está achando esse topetão escroto pra burro.


Admito que foi uma sacada muito esperta do desenho, que nem se deram conta no De Volta Para o Futuro. Afinal de contas, pensem comigo: se a vilã mais nova pensou em uma idéia, a mais velha provavelmente ia se lembrar de ter tido essa idéia, pois foi ela mesma quem pensou isso. Rá! Pegadinha do Mallandro!


Enfim... as doutoras decidem que é hora de colocar o plano em prática, e a primeira etapa consiste em arrumar os ingredientes para fabricar uma bomba nuclear.


Estamos agora no Bostaquistão, onde vemos um caminhão viajando pelas estradas arrebentadas de mais uma ex-república soviética que vive ainda na década de 60, levando um perigoso carregamento de plutônio para ser jogado no rio.


Somos apresentados aos dois soldadinhos bostaquistenses, que chamarei de Ivan e Dimitri. Afinal de contas, nos desenhos da época era normal ter esses personagens russos estereotipados com sotaque engraçado, nada mais justo do que dar nomes genéricos de russos pra eles. De repente, Dimitri escuta um barulho, que parece um coco caindo no teto, mas Ivan fala que não tinha nem coco nem fruta nenhuma naquele país esquecido por Deus.


Mas era a Dra. Blight, que estava pendurada na porta. Toda lânguida e cheia de amor pra dar, ela joga todo o seu charme, perguntando para os rapazes se eles tinham armas de destruição em massa para violar todos os seus orifícios.


Os dois respondem que sim... e que eles também queriam trepar com ela. Mostrando que os russos não entendem muito bem de metáforas.


Só que aí a Dra. Blight velha aparece do outro lado, com um trabuco futurista que parece ter sido roubado do filme Alien. Os dois soldados se mijam de medo, além de brocharem imediatamente após ver aquela coroa acabada que parecia o Yeltsin depois da pinga.


Agora nós vamos para a Ilha da Esperança, que é o esconderijo de Gaia e dos Protetores. E veja que a base deles é vizinha à Fortaleza da Solidão do Super-Homem.


Nossos amigos ecológicos estão assistindo o jornal da noite, e logo se preocupam com a notícia de que um carregamento de plutônio havia sido roubado no Bostaquistão. Não haviam testemunhas, apenas dois soldados que tiveram suas bolas dinamitadas.


Para que não fiquem dúvidas de que aquilo era ruim, Gaia explica que o plutônio em mãos erradas poderia não apenas causar guerras, mas também gerar contaminação radioativa, resultando em mortes, problemas de saúde e no surgimento de um Hulk.


Gi, que nessa temporada deu uma repaginada em seu visual e ficou até bonitinha, pergunta se era o mesmo que tinha acontecido na Guerra do Golfo. Meio que uma indireta para o Saddam, lembra que na época ele ainda não tinha ido pra forca.


Aliás, todos os Protetores estão meio que diferentes em relação ao que a gente conhece, o que me faz concluir que essa última temporada não apareceu aqui no Brasil. Mas o importante era que eles precisavam encontrar o plutônio, antes que alguma coisa ruim acontecesse.


As vilãs estão voltando do Bostaquistão, soltando piadinhas toscas como "roubar o plutônio foi mais fácil do que tirar doce de uma criança". O problema é que elas se esqueceram de olhar a previsão do tempo, e deram de frente com um toró daqueles.


Steve está todo preocupado, pois as latas de plutônio pesavam muito, e isso estava afetando a estabilidade da nave. Era necessário liberar peso, ou eles iam despencar que nem os peitos de uma velha sexagenária.


Mas a velhota não quer se livrar do plutônio, ela não tinha voltado no tempo pra ficar só de vadiagem. Além do mais, depois de usar o plutônio pra fazer uma bomba, daria pra transformar aquele latão em uma churrasqueira pra colocar na sua varanda.


Acontece que a Dra. Blight de nosso tempo também não queria se livrar do plutônio, pois era o combustível pra fazer bombas e pra operar a sua máquina do tempo. Lembra, ela roubou os planos do Dr. Brown e copiou tudo, só faltou usar um DeLorean.


Aí temos a cena tosca, em que a Dra. Blight briga com ela mesma. Já imaginou se a coroa quebra a perna de sua versão mais jovem, e aí ela mesma começa a gritar de dor por conta da perna quebrada? Que doido!


A velha decide que se fodam os outros, vestindo um pára-quedas e se preparando pra pular com uma lata de plutônio. Considerando que essa porcaria deve pesar alguns muitos quilos, pular de pára-quedas com isso vai ser tão eficiente como colocar um capacete ao se jogar de moto de um precipício, minha senhora.


E a Dra. Blight nova lembra que se a nave cair e ela morrer, a velha vai deixar de existir. Que nem o Marty McFly no palco, no final do primeiro filme do De Volta Para o Futuro. E não reclamem dessas referências com o clássico dos cinemas, em um episódio com viagem no tempo era de se esperar esse tipo de piada.


Até que elas decidem usar a máquina do tempo pra levar o plutônio dali. Não apenas iam se livrar do acidente, mas poderiam colocar o seu plano em prática.


Fudeu para o Steve. Como ele está conectado na nave, não tem como ele fugir também, e assim ele vai dar uma de almirante japonês e afundar com o navio. Ou cair com o avião.


Longe dali, os Protetores estão voando em sua nave movida a energia solar, tentando encontrar alguma pista que os levasse ao plutônio roubado. Pela cara do Wheeler, parece que a Linka soltou um vento, e não me refiro ao seu poder.


Porém, eles acabam tendo que enfrentar os elementos, dando de cara com a mesma tempestade elétrica que havia derrubado a nave das doutoras Blight.


Não demora para que um raio os atinja em cheio, acabando com toda a força da nave. Se eles tivessem uma velha e boa turbina movida a querosene aeronáutico, não teria problema. Mas como eles só confiam em energia limpa, agora eles vão todos abrir uma cratera bem ecológica e bio-degradável lá embaixo no chão.


Como sempre, quando dá merda, é hora de combinar os poderes...


... e chamar o Capitão Planeta. Vai, Planeta!


Rapidamente ele voa pra segurar a nave, dizendo que toda aquela eletricidade estava sendo causada por uma descontinuidade no tempo e no espaço, resultado de alguma anomalia estranha.


Pois é... Capitão Planeta, o físico...

Para controlar os relâmpagos, o herói azulado usa seu poder de pára-raios e eletricidade para dissipar a energia elétrica do ar. E nos damos conta de que podiam ter inventado um poder de eletricidade para o Ma-Ti, em vez daquela baboseira de coração.


Depois de pousarem, os Protetores nem tem tempo pra se coçarem...


... pois chegou uma tropa do Bostaquistão, confundindo eles com os supostos terroristas que roubaram o plutônio que o exército deles ia vender pros líbios. Interessante como todo mundo ali com poderes especiais da Mãe Natureza, e se vêem inúteis diante de alguns soldadinhos de araque.


O careca de dedo nervoso diz que provavelmente eles eram amigos daquelas duas mulheres de roupas coladas e topetes, que roubaram o plutônio e castraram seus amigos de caserna. E agora eles iam ser mandados pra Sibéria pra secar gelo. Logicamente, vamos deixar de lado o fato de que todo mundo no desenho fala inglês, até mesmo um soldadinho raso de uma república soviética.


Os Protetores sabem que só tem uma vilã que usa roupa colada e topete, devia ter sido a Dra. Blight. Mas como assim eram duas doutoras iguais? Será que os soldados tinham entornado um goró e tavam vendo dobrado? Por sua vez, o Capitão Planeta está tentando soltando um peido, e pela expressão do Ma-Ti ele deve ter borrado as calças.


Fico me perguntando... se ele é tão ecológico assim, como que devem ser os peidos dele? Não deve ser algo peçonhento e fedido como os peidos de gente normal. E me pergunto o porquê de eu estar dissertando sobre tamanha tosqueira.

Mostrando todo o seu desprezo pela vida humana, o Capitão Planeta dispara relâmpagos de suas mãos...


... fritando os pobres soldados. Algumas famílias vão receber umas cartinhas tristes depois dessa, mostrando que a Mãe Natureza não perdoa. Especialmente soldados do Pacto de Varsóvia.


Os Protetores correm para sua nave, fugindo dali e largando o Capitão Planeta entregue a sua própria sorte. Bando de maus agradecidos!


Mas logo ele os alcança. Gi se pergunta como que poderiam haver duas Dras. Blight, e o Capitão faz mais uma de suas piadinhas, dizendo que aquilo era um pensamento duplamente nojento. Pois ele não curte mulheres de spandex.


Deixa eu te contar, escutar as piadinhas do Capitão Planeta só não é pior do que aturar o Gregório Duvivier...

Do nada, Gaia faz uma aparição bem na frente deles, o que quase faz com que Kwame surte e jogue a nave para o lado, resultando na morte certa de todos os seus ocupantes. Ela explica que realmente haviam duas vilãs, e que elas haviam voltado ao passado para vender bombas e assim provocar guerras que iriam acabar com o presente. Como ela descobriu os planos de Blight, deixemos em aberto. Talvez ela leu o roteiro do episódio.


O Capitão Planeta de despede, voltando aos anéis dos Protetores. E deixando-os sem saber como que diabos eles vão voltar no tempo. Pombas, Gaia e o Capitão Planeta acham que é só colocar no Google Maps e voltar ao passado?


Vamos ver o que está acontecendo alguns anos atrás. A cena corta para o castelo da Cinderela, que ficava na Alemanha nazista e onde as vilãs do desenho se esconderam.


As doutoras estão fazendo uma competição explosiva, pra ver quem consegue montar sua bomba mais rapidamente. Apesar de toda a tecnologia bélica, as duas usam um cronômetro de cozinha pra marcar o tempo. E eu sei que você tá de olho nas bundas delas, mesmo a Dra. Blight coroa tá com a poupança bem conservada pra idade dela.


A experiência fala mais alto, e a versão idosa da Dra. Blight ganha a corrida. Mas a mais jovem reclama pois não tinha sido justo, pois ela teve a ajuda da GAL, enquanto ela teve que fazer tudo sozinha. Bem feito, sua estúpida! Ninguém mandou deixar o Steve cair com sua nave.


Mas não tem problema... pois a bomba dela é maior, mais comprida e de maior bitola, como ela gosta. Já deu pra perceber que a Dra. Blight é uma ninfomaníaca, ficando de calcinhas encharcadas ao alisar o gigantesco e fálico artefato bélico em riste.


Engraçado como mesmo sendo um desenho para crianças, tinha algum engraçadinho tarado na produção que não podia deixar passar essa mensagem subliminar, com a vilã alisando a bomba que mais parece um consolo tamanho família. Imagina só a situação, o garotinho assistindo inocentemente o Capitão Planeta e a mãe entra na sala pra trazer um lanchinho de Mirabel com Toddyinho e dá de cara com a Dra. Blight e sua expressão orgásmica ao pegar no míssil...


Depois de acalmar seus hormônios, a Dra. Blight pega a última edição do Globo para ver as notícias. Pois a Segunda Guerra tá comendo solta, e elas tinham duas bombas do cacete (com trocadilho, por favor) e que poderiam vender para os líderes. E como elas são do mal, provavelmente a idéia era vender pros nazistas, pra mudar os rumos da história.


Voltando ao presente, os Protetores ainda estão quebrando a cabeça para ver como que eles podiam voltar no tempo. O Wheeler tinha sugerido acelerar até 88 milhas por hora, mas o máximo que conseguiram foi fazer o Ma-Ti passar mal e vomitar.


A japinha Gi decide procurar por traços de plutônio, pois isso indicaria onde estava a nave da Dra. Blight e com isso poderiam buscar pistas ali. Mostrando que ela é a única inteligente do grupo, ao pensar em algum plano que fazia sentido. E o GPS indicava que o sinal estava vindo do Sudeste Asiático, mais precisamente do Vietnã.


Depois de uma longa viagem, finalmente eles estavam chegando à fonte do sinal. Tentando colaborar com alguma coisa, Kwame aponta pra frente, dizendo que está vendo a nave da Dra. Blight. O único que não presta atenção é Wheeler, pois lhe interessava mais o outdoor anunciando massagem tailandesa por cinco dólares.


Como a nave estava no meio do mato, os Protetores pousam em uma vila próxima, que convenientemente tinha uma pista de pouso usada pelos traficantes de ópio da região.


Eu fico imaginando como que aqueles vietnamitas, vivendo no meio do nada e sem nenhum tipo de tecnologia, deviam estar se borrando ao ver uma nave futurista se aproximando de seu inocente vilarejo. Provavelmente os mais velhos estavam tendo flashbacks de bombas de Napalm de alguns anos atrás...


Usando um aplicativo de medição de radiação que ela havia instalado em seu Samsung, Gi indica o caminho para seus amigos. Curiosamente, existe uma placa com os dizeres "Fique longe" escrita em perfeito inglês no meio do Vietnã. E mesmo assim a assanhada sequer a percebe.


Do nada, alguém grita "pamonha!" e pula sobre a japinha de surpresa. E convenhamos, Gi até que é bem encorpada para uma oriental, não acham?


Pois é, sou um texugo deprimente, babando por uma personagem de desenho de quase trinta anos atrás...

Enfim, depois de levar aquele coice, seu telefone sai voando pelos ares, pra cair no meio do mato...


... e com a "sorte" de explodir numa bola de fogo. Tudo bem, sabemos que ultimamente a Samsung tem feito alguns aparelhos que cismam de explodir, mas aí já é exagero.


Pra completar, ele tinha caído bem em cima de um monte de bosta de cavalo, cagando os Protetores da cabeça aos pés. Caso tenha a oportunidade, veja essa cena no desenho, é como se eles estivessem na frente de um gordão com uma diarréia explosiva.


Ainda desorientada depois do carrinho que levou, Gi se pergunta o que diabos foi aquilo. Aí vemos que quem a atacou não foi o Junior Baiano, mas uma vietcongue que parece sua irmã gêmea, e que diz que aquilo era uma mina terrestre.


Pior é que a menina não tem uma das pernas. Me explica agora como que ela dessa forma conseguiu dar um salto que parecia um goleiro tentando defender um pênalti?


Temos o momento "oh" do desenho. Ela se apresenta como Tai Lee e explica que aquela era uma das muitas minas que haviam sobrado depois que os yankees vieram. Além disso, outros malfeitores haviam plantado essas minas na região. E ela teve sorte de ter apenas perdido a perna, pois sua amiga tinha morrido na explosão.


Pausa na piada. O desenho do Capitão Planeta realmente não tinha meias palavras para falar de coisas trágicas, como de vítimas de guerras. Era de se esperar que em uma animação para crianças não seria mostrado algo tão triste assim, mas os produtores não "escondiam o sol com a peneira". E deixavam claro que por conta de guerras, haviam vítimas como Tai Lee e sua amiga.


Os Protetores explicam o que estavam fazendo ali, e precisavam encontrar o plutônio para impedir que a Dra. Blight começasse uma guerra. Tai Lee se oferece para guiá-los pelo campo minado, desde que eles tomassem cuidado.


Se dois parágrafos acima eu parei com a zoação, agora eu sei que vou pro Inferno de via expressa. Pois por algum motivo me lembrei desse joguinho em flash, baseado no velho Campo Minado do Windows, mas em que o cara ia perdendo os membros ao pisar nas minas.


Sádico, não?

Voltamos para os anos 40, bem na hora que os americanos estão fazendo um bombardeio pesado sobre a região do castelo, pois eles tinham informações de que era uma base inimiga.


Acontece que em vez de tacarem suas bombas na fortificação, o que faria mais sentido, os pilotos estavam acabando com os pobres soldados, desprotegidos em canhões anti-aéreos de araque. Mais uma vez, o desenho não tenta ser bonzinho e vemos as bombas explodindo e jogando os soldados pra longe... mas como são nazistas, tudo bem.


As doutoras estão recebendo vários compradores em potencial. Embora eu sinceramente acho que somente militares do Eixo estariam ali, pois difícil que americanos ou mesmo russos iam topar de entrar num castelo que era base dos nazistas. Um cientista, que por motivos obviamente históricos chamarei de Von Braun, estava examinando aquela bomba estranha, que mais parecia um órgão genital de um gigante.


Não tem como eu não me lembrar do How I Met Your Mother, ao imaginar o que o cientista deveria estar pensando.


Aí então temos a aparição do verdadeiro vilão convidado do episódio de hoje. Ninguém menos que o Führer, o Adolf Hitler em pessoa. Que fala que a Alemanha é foda e que ele vai ganhar essa guerra com ou sem aquela bomba que parece um frankfurter würstchen de quinta categoria.


Agora, apesar de estar bem claro que o sujeito era o Hitler, em nenhum momento há uma referência direta ao seu nome, apenas algumas horas que o chamam de Führer. Como esperado, não tem nenhum emblema de suástica pra não atiçar os neo-nazistas. E pra completar deram um bigodão de turco pra ele, em vez do clássico bigodinho quadrado. Ou seja, todo um cuidado politicamente correto para não deixar evidente que aquele era o ditador nazista... mas deixando bem claro que era ele.

Ao escutar a fala do Hitler, as Dras. Blight acham graça, ao se darem conta que ele nem faz idéia do que vai acontecer com ele no final da guerra.


Outra pausa: se as vilãs quisessem mudar o futuro e provocar guerras, por que não usavam essas bombas pirocudas pra explodir com os Estados Unidos? Ou talvez avisar pro Hitler que se ele não defendesse melhor a Normandia em 6 de junho de 1944, ele ia se dar mal? Haviam tantas formas delas mudarem o futuro ao favor delas que dariam menos trabalho...

O Von Braun diz que aquilo era uma palhaçada. Pois aquela bomba usava elementos que não existiam. Que diabos era aquela droga de plutônio? Bomba de verdade era a base de pólvora.


E nos damos conta também que a palavra secreta de hoje é BAM. Então, mande um cheque de 100 reais aos cuidados do Texugo Maluco com essa palavra para ganhar o seu boneco do Capitão Planeta versão "Make America Great Again" especial do Trump.


Acho que não preciso falar que é piada, certo? Até porque ninguém ia pagar 100 pratas num boneco de merda desses. Voltando ao desenho...

A Dra. Blight diz ao Von Braun que essa tecnologia veio do futuro, de onde elas vieram. E pra provar ia dar com um fascículo da Enciclopédia Barsa na testa daquele cientista de araque.


Mas a Dra. Blight velha acha que a melhor forma de provar é chamar a sua comparsa GAL para dar um susto nos militares. Afinal de contas, uma cabeça azul voadora parece mais como algo futurista do que uma enciclopédia empoeirada.


Os nazistas ainda ficam meio na dúvida se aquela fräulein está falando a verdade. Pois eles já tinham um porrilhão de bombas e haviam jogado mais da metade delas na Inglaterra e nada. Vendo que os caras estão meio teimosos, a anciã decide fazer uma breve demonstração para eles.


Não, eu sei que a Dra. Blight é uma tarada, mas aparentemente alguns anos no futuro ela veio a se dar conta que nem tudo se conquista com uma rebolada de bunda. A prova que ela tinha em mente era explodir uma das bombas como teste, pro Hitler ver o seu poder destrutivo.


Vamos ignorar que elas explodiram uma artefato nuclear a poucos quilômetros do castelo e a essa altura todos teriam que estar pretinhos como uma torrada que passou do ponto...

O Von Braun fica todo cagado de medo... não só pelo fato de que aquelas bombas radioativas poderiam riscar um país inteiro do mapa, mas também por temer ficar sem emprego, já que ele era o fabricante oficial de bombas dos nazistas. Se não fosse isso, ia sobrar pra ele ficar fazendo foguetinho pra tentar pousar na Lua.


Mas o Hitler quer que se foda. Ele queria ganhar a guerra a todo custo, nem que tivesse que usar cheat code pra ter acesso a uma bomba nuclear. E assim ele decide pagar um lance de $75 milhões pra levar aquele leilão. Só se esqueceu de dizer se era em dólares, marcos alemães ou cruzados.


Voltamos mais uma vez ao presente, onde nossos amigos ecológicos continuam seguindo pelo campo minado. Interessante ver como que, mesmo tendo só uma perna, Tai Lee consegue andar mais rápido que os outros. Ou os Protetores deixaram ela ir na frente, caso tenha alguma mina pelo caminho ainda.


Logo eles encontram um terrível obstáculo: um barbante no meio do caminho, que era o gatilho para estourar uma mina. Pensei que elas estouravam quando você pisava em cima...


Wheeler toma a dianteira e usa o seu poder de fogo pra estourar as minas. Afinal de contas, ele é o único que tem um anel que é útil pra alguma coisa. Tipo, o que o Ma-Ti faria com seu poder de coração numa hora dessas? Iria pedir pras minas contarem seus sentimentos?


Logo depois da curva, eles finalmente encontram a nave da Dra. Blight. Ou era um dos carros do F-Zero que se perdeu pelo caminho.


Porém a nave está deserta. E também com tudo bagunçado, provavelmente alguns pivetes já tinham passado por ali e fizeram a limpa, levando embora tudo que havia de valor pra vender no camelô.


Eu disse tudo de valor... por o MAL... quer, dizer, o Steve ainda estava largado ali, tendo um sonho molhado com a GAL, até ser acordado pelo Wheeler, que está o desenho todo com o cadarço desamarrado.


Gi fica enfezada e fala praquele monte de capacitores e transistores abrir o bico e dizer onde estava a Dra. Blight e o plutônio. E não sei por que, mas ela assim com raivinha me parece tão lindinha. Linka é o escambau, a mais gata do desenho é a Gi. Mas o Steve se vira e manda ela beijar a sua bunda de metal e não encher o saco.


Mas aí ela ameaça o computador... pois bem no seu traseiro fica o botão de Reset. Então, se ele não quisesse perder todas suas senhas de banco e os gigabytes de arquivos salvos na basta "Trabalhos", era melhor que ele começasse a falar.


Temendo pelos arquivos de "trabalho" colecionados ao longo dos anos e que lhe faziam companhia nas noites solitárias, Steve arrega e explica tudo que aconteceu, incluindo a máquina do tempo que trouxe a versão mais velha da Dra. Blight do futuro e o plano delas de vender bombas para os nazistas no passado.


Querendo aparecer pra Linka, Wheeler dá uma de durão e ameaça dar um murro na cara de Steve, mandando ele ativar aquela máquina do tempo, pois eles precisavam impedir aquilo tudo. Pois ele era americano e não queria viver em um mundo em que se falasse alemão e sem McDonald's.


E pra que o Steve cumprisse sua palavra, Gi prepara uma coisinha pra ele: um aparelho magnético com um timer que ela cola nas suas costas. Assim, se ele não os trouxesse de volta a tempo, um mega imã ia apagar toda a sua memória.


Inteligente, jeitosa e com essa audácia sádica. Como não se apaixonar pela Gi?

Com o projeto de iPad todo abafado, os Protetores juntamente com Tai Lee atravessam a Porta dos Desesperados da máquina do tempo, tendo poucos minutos para frustrar os planos das Dras. Blights.


Voltando ao passado, vemos que existem sim militares de outros países. Pelo sotaque sofrível e estereotipado, dá pra imaginar que aquele ali no meio de braço erguido, dizendo que vai pagar um bilhão pela bomba, deve ser o Stalin.


Hitler fica puto com o lance do russo, e manda ele enfiar o galho dentro e pular fora do leilão, ou ele vai invadir a União Soviética. Sabemos muito bem o desfecho disso, mas deixemos o Führer acreditar que ele pode conquistar o país soviético, ainda mais no inverno. Assim, o Stalin genérico decide ficar de fora da disputa pela bomba.


Bem na hora que a Dra. Blight vai bater o martelo, o portal do tempo de abre e os Protetores chegam correndo pra tentar impedir.


E a idéia deles é simplesmente chegar na cara do Hitler e xingar ele de feio e mau. Sem dúvida, esse plano vai funcionar, veja só a cara de medo dele.


Pro ditador não tem baboseira, e logo ele saca seu trezoitão e chama seus soldados. Pois ele é o Hitler, e atirar em adolescentes é algo tão natural como escovar os dentes. Engraçado que nessa hora o Wheeler vira um frangote: é fácil cantar de machão com seu poder de fogo na hora de estourar uma mina, mas ele fica com medinho de queimar o Hitler ali mesmo. E percebam que tiraram o Kwame dessa cena, pois iria pegar muito mal um nazista apontando uma arma para um negro.


Aliás, fico pensando: e se os Protetores já tivessem chegado atirando, matando o Führer? Tudo bem que seria meio macabro para um desenho desses, mas eles iriam acabar com a Segunda Guerra Mundial e apareceriam nos livros de história.

De quebra, Hitler decide prender as Dras. Blight também. Afinal de contas, pra quê pagar uma fortuna para aquelas duas vadias se ele podia simplesmente usar da força pra tomar a bomba sem gastar nenhum tostão? Mostrando que ele é um bandido de verdade, e não esses bobocas que sempre perdem para adolescentes enxeridos.


As duas começam a reclamar uma com a outra. Pois tinha sido um plano de merda, ao confiar no ditador nazista. O pior de tudo é como que a velha Dra. Blight não se lembrou dessa mancada. Conseguiu adivinhar o plano de sua versão mais jovem sem problemas, mas parece não ter percebido que iam entrar pelo cano e serem enganadas pelo Adolfo.


De repente, a velhota tem um ataque de reumatismo e tropeça na sua própria perna, convenientemente ativando o botão de ligar da bomba. Fudeu, 100 segundos até o artefato mandar tudo pelos ares.


Pra piorar, chegaram os soldados do Hitler. Mas que parecem na verdade o Gordo e o Magro fantasiados, e que são facilmente derrotados pelo Kwame e pelo Wheeler. Não se fazem mais soldados nazistas como antigamente...


Mesmo assim, tá complicado, pois eles não vão conseguir desarmar essa bomba sozinhos, mesmo que só precisasse apertar o botão "off". E chegou então a hora de combinar os poderes. Terra...


... fogo...


... vento...


... água...


... e, peraí, o Ma-Ti tava saindo na porrada com o Hitler? Finalmente o brasileiro criou um par de bolas!


E, por fim, coração.


Lá vamos nó de novo. Vai, Planeta! E vê se faz alguma coisa de útil agora, seu merda!


Sem perder tempo, o paladino do Green Peace chega arrebentando tudo, pondo abaixo a parede de um castelo histórico de mais de cem anos. Pôrra, Planeta! Não precisa sair quebrando tudo, seu hippie alucinado. Era só entrar pela janela que tava aberta.


E a primeira coisa que esse boboca de mullet faz é pegar na bomba. Bem que eu suspeitava que esse Capitão Planeta gosta de dar marcha ré no quibe.


Temos então a cena mais imbecil desse episódio, algo extremamente ridículo. Começando com o Hitler simplesmente parado, olhando praquele sujeito que mais parecia um chucrute em conserva.


Só isso faz o Capitão Planeta urrar de dor e se contorcer como se estivesse expelindo uma pedra dos rins. Mas como assim? Que frouxo!


Ele explica que não estava preparado para o Mal irradiando do Adolfo, cheio de racismo e ódio, o que era tão tóxico como o pior tipo de poluição. Lembre-se que o Capitão Planeta tem como ponto fraco a poluição, e aparentemente o Hitler era tão mau que isso o afetava. Que bicha!


Apesar de uma mera encarada do Führer tê-lo deixado todo fracote, ele consegue pegar na bomba pra sair voando com ela. Me pergunto por que o ditador nazista ficou ali com cara de paisagem, em vez de dar um tiro no sujeito que estava levando sua bomba.


Em vez disso, o Adolfo decide se mandar dali, pra se esconder no seu bunker com a Eva Braun. O problema é que o Stalin não passa de um bicão, correndo atrás do ditador alemão pra salvar a sua pele também.


Já com todas as suas forças, o Capitão Planeta se manda pela estratosfera, pra despachar aquela bomba nuclear pra bem longe dali. Não leve muito em consideração que já passaram uns trezentos segundos e já era pra essa bomba ter estourado.


Curioso como ele simplesmente manda a bomba lá pro raio que o parta, mas provavelmente tendo consequências desastrosas para o espaço sideral. Mas o Capitão Planeta não tá nem aí, ele é o defensor da Terra, o que estiver da atmosfera pra fora não é problema dele.


Lá embaixo, vemos que a coisa tá ficando ruim para os nazistas, pois o exército americano está chegando com tudo, com tanques imensos pra atropelar aqueles cretinos comedores de salsicha. 'Murica!


Dá tempo até pro Capitão soltar mais uma piadinha, dizendo que "a cavalaria chegou... ou será a infantaria?"


Sério, Capitão Planeta... você tem o senso de humor de um rodapé...

Estamos chegando ao final, onde vemos que os Comandos em Ação já tomaram conta de todo o castelo, só que nem sinal do Hitler, que deve ter fugido por uma passagem secreta. Mas eles tinham conseguido prender alguns de seus oficiais e o Von Braun, que agora seria propriedade da NASA.


Enquanto isso, o Capitão Planeta está dando um esporro nas duas Dras. Blight, dizendo que o que elas fizeram era muito feio, e que elas iam ficar de castigo no canto depois de levar umas palmadas. E parece que a depravada da doutora mais nova curte umas palmadinhas, olha só a cara dela de safada.


Aparece então um portal de luz azul do nada. Aparentemente o Steve havia cumprido sua promessa, ativando a máquina do tempo para que todos eles pudessem ir... de volta para o futuro.


Você achou mesmo que não ia rolar essa frase manjada baseada no De Volta Para o Futuro? Sei que é pouco original, mas essa era de se esperar... tanto que usaram no desenho.

Só que antes de voltar, a Tai Lee estava quietinha lá no canto, escrevendo uma carta. Mostrando que apesar de morar numa vila esquecida pela sociedade, a jovem vietnamita sabia escrever direito. Mais do que muita gente que eu conheço, tipo um certo ex-presidente que está no xilindró.


Depois de encontrar um soldado de origem asiática, pois certamente um outro iria confundí-la com uma japonesa e assim seria espancada, ela entrega a carta pra ele, cochichando alguma coisa no seu ouvido.


Hora de voltar pra casa, para que o Capitão Planeta possa levar as duas vilãs para as autoridades, pra assim tirar umas boas e merecidas férias em Cancún.


Só que a Dra. Blight ainda tenta faturar um cascalho, se livrando do Capitão e tentando vender o livro com as fórmulas para fabricar bombas atômicas para os soldados americanos. Nem que fossem alguns trocados, já iria sair no lucro.


Acontece que o nosso herói estava atento, puxando a cretina pelo colarinho e de volta ao nosso tempo...


... mas, ele não percebe que aquele livro cheio de planos nocivos para construir armas de destruição em massa havia ficado para trás.


Pois é... e não é que esse pequeno deslize do Capitão Planeta permitiu que os americanos ficassem com esse livro, e assim pudessem construir as bombas atômicas? No final das contas, as Dras. Blight haviam conseguido o que queriam, tudo por conta do nosso herói ecológico ter dado essa mancada.


De volta ao presente, o Capitão Planeta decide que as Dras. Blight vão ter que limpar todas as minas do Vietnã, para aprenderem a lição de que o crime não compensa. E as duas começam a brigar entre si, em especial a mais nova xingando sua versão velha. Afinal de contas, como que ela vindo do futuro não avisou que o plano delas iria falhar?


E o pior de tudo é que elas nem podem contar com seus ajudantes, pois GAL repentinamente ficou apaixonada pelo Steve, mesmo sabendo que ele era extremamente ultrapassado e um baita dum cagão que estragou os planos de sua chefe.


Kwame fica enojado com a suruba cibernética, e avisa aos seus amigos que está na hora de ir pra casa. E eles tinham que se apressar, pois não queria pagar uns trocados para os trombadinhas guardarem a sua nave por mais tempo.


E pra surpresa de todos, Tai Lee agora tem a sua perna de volta! Como assim?


Ela explica que aquela carta que ela tinha deixado com o soldado era um alerta para os avós dela, dizendo para insistir que ela não fosse brincar na rua pra assim não pisar numa mina e perder a perna. E se ela não escutasse, era para seus avós prenderem Tai Lee numa jaula.


E aparentemente agora ela se deu conta que podia ter colocado os resultados de algumas competições esportivas naquela carta, pra assim sua família ganhar uma grana com apostas.

Gi fica toda feliz com a notícia e dá um abraço em Tai Lee, deixando a frase de efeito do final: se você prestar atenção no passado, a História não precisa se repetir de novo.


É... mas digam isso para o pessoal de Hiroshima e Nagasaki, que viraram churrasquinho graças ao Capitão Planeta ser um merda e ter deixado o livro de Dra. Blight no passado...

Chegamos então ao final do episódio. Ou melhor, quase. Pois ainda tem tempo para o Alerta dos Protetores, pra dar a lição de moral de hoje. Pois você achava que ia assistir uma sátira do desenho e não iam rolar as mensagens de encerramento com os ensinamentos dos Protetores?


Começamos com dois moleques jogando basquete. Só que um deles puxou o calção do outro bem na hora do lance livre, e agora vão partir pra porradaria. Tudo isso na frente de dois pimpolhos que estavam pulando amarelinha.


Aparecem então os nossos amigos, curiosamente trajando as roupas clássicas, o que deve ser um indicativo de que essa mensagem foi gravada lá nas outras temporadas e só agora estão usando. E eles explicam que as pessoas podem ser influenciadas por outras pessoas, como pais e professores, tanto para o bem como para o mal. E assim, devemos ser amiguinhos e deixar as diferenças de lado, pra viver em harmonia e não incentivar pensamentos ruins.


E percebemos que o Wheeler é realmente um desleixado, não apenas andando com cadarço desamarrado mas com a camisa fora da calça. Embora seja menos ridículo que o restante de seus amigos, que colocam a camisa pra dentro das bermudas...

Pois bem, só por conta desse discurso tuti-fruti de paz e amor, os dois garotos decidem apertar as mãos vigorosamente e fazer as pazes, deixando as criancinhas felizes.


Oh, que lindo... só não mostraram que depois os dois caíram na porrada por conta de uma falta exagerada em uma jogada mais violenta. E ainda sobrou uma bola de basquete na cabeça da menina, atingida sem mais nem menos.

Tá certo... eu não presto...

E por conta disso, teremos que aturar outra mensagem dos Protetores...


Agora eles estão no subúrbio, ajudando a turma da região a pintar os muros com os retratos de grandes personalidades, como Martin Luther King e o Professor Girafales.


E aproveitam a deixa pra falar que muitas pessoas morrem por contas das armas, não apenas nas grandes cidades mas também nas regiões mais pobres. Mostrando que os Protetores não sabem como que é o perrengue aqui no Brasil...


Dessa vez o Capitão Planeta também aparece, pra fazer o seu discurso anti-armamentista, juntamente com um mano genérico, que provavelmente é o chefe da boca de fumo daquele beco. Que provavelmente deve estar com um revólver folheado a ouro na sua bermuda.


E nossos heróis se despedem, juntamente com vários cidadãos do bairro. Embora a maioria ali tenha a mesma pinta daqueles punks tipo do Streets of Rage, e a gente sabe que punks são sempre um bando de filhos das putas. Pode apostar que é só os nossos amigos ecológicos se mandarem dali, eles vão tacar o terror nas redondezas.


Sério, olha a pinta da rapaziada lá no fundo. Tem até aquele loiro que brigava com o Daniel Sam no Karate Kid.

Desenho bem tosco esse. Sem falar com a presença do Hitler, que quase não fez nada. Vamos ver qual será a próxima aventura dos nossos amiguinhos ecológicos e seu herói verde.

Comentários

Luisa disse…
Não consegui editar/apagar o primeiro comentário.Saiu duplicado!
Não repare Texugo!