Kancolle 4 - Agora é a Nossa Vez! Siga-me!

Seguimos aqui com mais um capítulo da saga de Kantai Collection. Depois do episódio anterior, acredito que todos derramaram suas lágrimas por conta da morte (ou melhor, afundamento) da pobre Kisaragi, e talvez estejam nutrindo uma enorme preocupação com o destino das demais meninas-navio. Mas, vamos em frente, pois a vida segue e temos ainda muitas histórias para ver.


Aliás, deixa eu comentar uma coisa rápida aqui. Essas imagens que eu estou usando para abrir cada postagem não estão aí sem nada a ver. Como não tem aqui no desenho uma imagem ou tela de título (e mesmo que tivesse, seria tudo em japonês e ninguém ia entender), eu estou usando sempre uma ilustração que é usada no meio do episódio, antes do intervalo comercial. Em geral, esses desenhos sempre ilustram uma das garotas que vai aparecer com maior destaque naquela meia hora.

Começamos entrando de fininho no quarto das destróieres. Parece que é o dia seguinte à captura da ilha W, e vemos que Fubuki acabou de acordar. A primeira coisa que ela faz é checar como está o seu bafo matinal, pra ver se daria pra ficar sem escovar os dentes de manhã.


Yuudachi também acorda, e as duas percebem que Mutsuki não estava ali dormindo. Como que elas percebem isso sem abrir a cortina, é uma boa pergunta que deixaremos em aberto.


Uma rápida pausa para apreciarmos o tamanho do triliche que as garotas usam. Tudo bem que elas são pequeninas, mas essas camas são enormes, vão até lá em cima. Fico imaginando a tragédia que seria se Yuudachi rolasse no sono e despencasse do alto. Ia fazer um mega Poi ao cair no chão.


Mutsuki estava lá no cais, aguardando o retorno de Kisaragi. Não é possível que ela ainda não se deu conta de que algo aconteceu com sua irmã, ainda mais se considerarmos que as outras integrantes do esquadrão dela provavelmente devem estar de volta ao distrito. Ia até fazer piada, mas ia ser sacanagem com a baixinha...


Voltamos à sala de comando, onde encontramos novamente Nagato e Mutsu, que estão estudando alguns mapas, e fazendo uma avaliação do início da operação FS (que pode significar qualquer coisa que eu não faço idéia), em que a captura da ilha W havia sido um sucesso.


Mutsu, que é linda demais, comenta que apesar da vitória tática, havia sido muito triste perder um navio. Mesmo sabendo que destróieres têm aos montes, um a mais ou a menos não faria tanta diferença. E ela ainda diz que Nagato podia estar bancando a durona, mas no fundo ela devia estar ressentida com isso também.


O dia prossegue... e eu não tenho nada a dizer pra essa imagem, apenas me dei conta que ainda não mostrei como que é a base/escola do distrito.


Finalmente a aula do dia tinha acabado, para o alívio de Yuudachi, que estava de saco cheio de estudar o Teorema de Pitágoras. Poi. Akatsuki dá uma bronca nela, pois uma dama de verdade não fica se espreguiçando como uma desleixada, era preciso ter postura e sentar direito na carteira. Mas sua irmãzinha Hibiki concorda com Yuudachi, que é muito melhor largar a cabeça no tampo da mesa pra descansar. Harasho.


Ah, deixa eu explicar. Hibiki é outra que tem seu bordão. Enquanto Yuudachi possui o seu patenteado "Poi", a garota de cabelos azuis costuma toda hora falar a palavra "Harasho". Essa, entretanto, tem um significado, quer dizer "Bom" em russo. E existe sim uma certa razão pra uma palavra russa, pois na vida real o destróier Hibiki foi transferido para a União Soviética no final da guerra com o nome Verniy. Essa transferência é refletida no jogo do Kantai Collection, em que Hibiki pode ser convertida em russa, e daí veio o tal do "Harasho".


Pois muito bem. Embora todo mundo ali está sem vontade de fazer nada após uma aula chata (possivelmente de química orgânica ou outra disciplina enjoada que as meninas-navio precisam estudar), Mutsuki diz toda sorridente que elas podiam ir lá no café da Mamiya pra comer banana split com confeitos cor-de-rosa. Iupiii!


Todas as meninas olham pra ela com uma cara de "what the fuck?". Como que ela estava tão alegre e feliz em um momento como esse?


Afinal de contas, será que ela ainda não tinha percebido que Kisaragi não ia voltar? Será que ela não se dava conta da carteira vazia ali do lado, que o zelador Willie tinha dito que ia jogar numa fogueira pra fazer churrasco? Mas... parecia que Mutsuki estava ainda na fase da negação...


Fubuki fica extremamente triste. Ela não sabia como conversar isso com sua amiga, que ainda ignorava o fato de sua irmã ter afundado. Era uma situação difícil, pois ela não queria magoá-la... acontece que uma hora ela ia ter que se dar conta.


Do lado de fora da sala, a professora-cruzador Ashigara está com a sua irmã Nachi, comentando sobre como as meninas da classe estavam distraídas e dispersas. Ela até tinha pensando em uma prova-surpresa, mas provavelmente só iria deixá-las mais deprimidas. Nachi, que acho que só vai fazer essa ponta no desenho, diz que aquilo era uma dessas coisas que só o tempo resolve.


Quem também está ali é Haguro, irmã das duas (com seus uniformes combinando). Ela está preocupada também com as destróieres, mas infelizmente tempo era algo que elas não tinham. Pelo menos duas delas, pois Haguro trazia um bilhete de Nagato, com um pedido de dispensa da aula para Fubuki e Shimakaze, que deviam se apresentar à sala do diretor... quer dizer, do comandante, imediatamente. E convenhamos que Haguro, apesar de um nome aparentemente masculino, é uma gracinha.


Pra variar, Fubuki está toda abafada ao ser levada à sala do comandante, suando que nem um porco no forno. Ela deve estar pensando que tinha feito alguma merda, e ia levar um esporro.


Mutsu se aproxima da novata, com seu jeitinho meigo e um sorriso cativante, a ponto de deixar esse texugo ainda mais derretido por ela. A encouraçada diz que Fubuki pode ficar tranquila, pois ela não estava em apuros (ainda), e aquela era uma missão fácil. Ela precisa mesmo relaxar... só não precisa relaxar tanto como Shimakaze, que está ali saltitando pelos cantos, toda serelepe a ponto de mostrar o seu cofrinho.


Nagato está com a sua mesma expressão séria, mas agora ela parece estar é com uma dor de cabeça, possivelmente imaginando a merdarama que está por vir nessa missão, ou por conta de Shimakaze, que continuava ali inquieta, como se tivesse bicho carpinteiro na bunda. Mutsu explica que só faltavam chegar as demais integrantes do grupo, para que assim pudessem explicar a missão, e pergunta se Fubuki já havia conhecido Kongou.


Fubuki então se lembra da última missão, em que Kongou e suas irmãs apareceram pra salvar o dia, com seus mega canhões da hora.


Pronto... Fubuki entra no modo "fã de carteirinha", pois ela acha Kongou maravilhosa, uma mulher elegante e encantadora. Se esqueceu rápido da Akagi, não é, sua fedelha? Shimakaze olha torto pra outra destróier, imaginando se ela era como uma daquelas lésbicas de sovaco peludo que gostam de ficar com mulheres.


De repente, escutamos passos apressados pelo corredor, acompanhados de uma gritaria intensa, tremendo todos os móveis do recinto. Colabora aí comigo, e imagina que a imagem abaixo está balançando, como se fosse no ponto de vista de alguém correndo.


Então, a porta abre num esporro, e Kongou aparece, gritando "BURNING LOVE!!!" que nem uma desesperada lunática. Se prepara, que essa aí é a mais doida de todas as meninas-navio.


A maluca se joga como uma alucinada sobre Ooyodo, que estava ali na dela, jogando D&D. Cabe explicar, pois Kongou é apaixonada pelo comandante, tipo aquela paixão doentia estilo Felícia dos Tiny Toons, e havia se jogado ali para agarrá-lo, beijá-lo, enforcá-lo e ter vários filhinhos com ele. Ou seriam naviozinhos?


Apesar de seu estilo doido, vou te dizer que Kongou é bem divertida. Logo ela percebe que tem algo de errado, pois o comandante não tinha peitos... Diferente dos jogadores de Kantai Collection, que devem ficar esparramados em suas cadeiras a noite toda, comendo Cheetos e tomando Coca-Cola, adquirindo assim uma pança sedentária de respeito.


Nagato pede para que Kongou se acalme e pare de bolinar a pobre da Ooyodo, pois o comandante não estava ali. Provavelmente, ele havia preferido ficar de fora dessa para não ser atacado pela encouraçada apaixonada. Único varão nas redondezas e o cara ainda tem medo de ser abraçado por uma garota, acho que esse almirante é bainha...  


Mas tudo bem, Kongou diz que all right, que ela é a moça mais linda e encantadora do distrito, e vai conquistar o coração do comandante, nem que tenha que amarrá-lo na sua cabeceira ou destruir a concorrência. BURNING LOVE!!! Já deu pra perceber que esse é o bordão de Kongou, na mesma hora que o alarme de incêndio dispara.


Logo ela percebe que não está sozinha no recinto e reconhece Fubuki, a nova destróier especial que todos estão falando. Ela fica super feliz, e diz que elas serão super-ultra amigas inseparáveis. Toda essa empolgação logicamente deixa Fubuki cheia de apreensão. E preciso repetir que Mutsu é uma gracinha! 


É o momento das apresentações, e Kongou faz o seu show de abertura, como a irmã mais velha da classe, nascida na Inglaterra e crescida no Japão. Aliás, uma referência direta ao encouraçado Kongo (que sempre vi escrito assim, sem o "U"), que foi fabricado pelos ingleses e depois entregue aos japoneses, que a partir de seu modelo fizeram outros três navios iguais.


Começando com Hiei, a segunda da classe, com seu jeito sapeca e que adora a sua irmã mais velha...


... seguindo com a doçura e encantadora Haruna, toda cuti-cuti e angelical, a terceira irmã da família...


... e terminando com a caçula Kirishima, que é a intelectual do grupo. Pois sabemos que em desenhos japoneses portar óculos é sinônimo de inteligência.


Estão aí as quatro inseparáveis irmãs Kongou. Coloque agora o som de fogos de artifício, pois certamente essas aí fizeram uma introdução ruidosa, de dar inveja ao Réveillon de Copacabana.


Fubuki fica boquiaberta, pois nunca tinha visto tamanha algazarra, ainda mais de moças que pareciam ser mais velhas e teoricamente deveriam ser mais recatadas, apagando aquela imagem de lady que ela tinha de Kongou. Nagato está sentindo sua cabeça doendo, com esses shows de luzes exagerados e tanto barulho. E Mutsu é uma linda, rindo toda gracinha ali no canto.


Haruna pede desculpas, pois Kongou estava muito animada em participar de uma missão. E Kirishima complementa, dizendo que sua irmã mais velha sempre ficava um pouco mais empolgada do que de costume nas oportunidades em que poderia encontrar o comandante.


Nagato pergunta "como assim, um pouco?", pois a maluca da Kongou havia chutado portas e derrubado tudo pelo caminho. E, finalmente ela se deu conta que as suas irmãs haviam entrado ali sem ninguém perceber. De onde elas apareceram?


Hiei explica que as três eram muito rápidas, e todas elas haviam passado no teste de subterfúgio, conseguindo assim entrar abaixadinhas pela porta, esperando o momento certo pra se apresentarem.


Nagato decide colocar ordem na casa, pedindo pra todas elas calarem a boca e prestarem atenção na missão. Shimakaze está lá pouco se preocupando, brincando com um de seus canhõezinhos de estimação.


O objetivo ali era localizar e recuperar alguns suprimentos, como combustível e munição, que por algum motivo inexplicável estavam ali boiando no meio do Oceano Pacífico. Provavelmente os Abissais estariam indo lá para fazer o mesmo, e dessa forma as irmãs Kongou, com o apoio de Fubuki e Shimakaze, deveriam ser mais rápidas e levar os suprimentos para a base. E pra complicar, uma tempestade estava ali perto, e por isso elas não contariam com o apoio de aviões. Alguma pergunta?


Kongou fica ali processando tudo, já dava pra imaginar que o tico e teco dela estava meio desligado. E Hiei a copia. Afinal de contas, Hiei admira muito a sua irmã, a ponto de querer ser igual a ela.


Kirishima, que tem como mania sempre segurar os seus óculos para parecer mais inteligente, explica então em termos mais leigos para que as suas irmãs entendam: elas precisavam chegar rápido aos suprimentos. E Haruna complementa que poderiam usar suas armas para atirar nos bandidos, e tudo ficaria legal. 


Páreo duro... Haruna ou Mustu, qual delas é a mais encantadora?


Embora eu não seja muito fã da poligamia, não parece ser uma má idéia.

Kongou então parte para seu momento fraterno e abraça Haruna e Kirishima, pois elas são suas irmãs super-inteligentes que sabem de tudo, e ela as ama muito.


Hiei começa então a fazer beicinho e espernear, pois ela queria ganhar um abraço de Kongou. Por sua vez, Fubuki se dá conta que ela vai acabar sendo a mais madura do grupo, e com isso eram grandes chances da missão ser um fracasso.


Mas Kongou vem toda saltitante e dá um abraço em "Bukki" e "Zekamashi", como ela chama as destróieres, dizendo que a missão vai ser super divertida, e depois de tudo elas poderão tomar um bom chá da tarde com biscoitos amanteigados e fazer uma festa de pijama.


Enfim... Nagato as dispensa, pois é hora de tomar uma aspirina depois dessa gritaria toda. E Mutsu é um docinho, rindo lá no fundo de maneira tímida. É Haruna, você vai ter que remar muito pra alcançar a Mutsu, mas acho que você consegue.


De volta ao quarto, Fubuki tem mais um de seus momentos de desânimo. Primeiro, ela havia tido uma impressão tão boa de Kongou na batalha, como uma verdadeira heroína, mas que na verdade tinha a inteligência mental de uma menina de doze anos. E pra completar, essa seria uma missão difícil, debaixo de chuva. Yudachi, que está imitando a expressão de um biscoito Trakinas que está comendo, fala que ela estava se preocupando à toa, era só colocar uma capa que tudo ficaria bem e ela não iria se molhar. Poi.


Antes que Fubuki possa contar os detalhes do encontro com as irmãs Kongou, Mutsuki entra no quarto, depois de ter ficado o dia inteiro sentada no cais, esperando por Kisaragi. Um dia inteiro debaixo do sol e nem uma bronzeadinha, me explica isso. Pior que ela fica ali na boa, na naturalidade, como se nada tivesse acontecido, e diz que no dia seguinte ia ficar esperando de novo por sua irmã.


Fubuki tenta mais uma vez falar a verdade para a sua amiga, mas as palavras ficam travadas. Só de olhar praquela carinha inocente, aqueles olhos grandões e escutar aquela vozinha de coelhinho era o suficiente pra fazer qualquer um ficar sem saber o que dizer... Mais um dia, e ninguém teve coragem de contar a verdade para Mutsuki.


Na manhã seguinte, as garotas estão se preparando para sair para a missão. Mas Kongou está puta da vida, pois aquela vadia da Zekamashi não estava ali, e assim a missão ia ser atrasada, e ela não poderia voltar logo para pular no colo do comandante.


Kirishima, que tinha ido para o centro de controle para falar com alguém sobre o sumiço de Shimakaze, volta correndo com novidades. Segundo Ooyodo, a destróier era meio doidinha mesmo e tinha o péssimo costume de simplesmente se esquecer das missões...


... como em uma oportunidade, onde que ela tinha uma importante missão, mas desabou no sono no colo da porta-aviões Houshou. Aliás, essa representa o primeiro porta-aviões japonês construído, e que por isso tem todo esse jeitão de mãe. E que não vai aparecer mais no desenho.


Kongou diz que não tem problema, pois ela tem um plano very good infalível pra encontrar a Zekamashi o mais rapidamente possível. E assim que a encontrasse, ia dar umas palmadas nela pra deixar de ser abusada.


As suas irmãs ficam ali todas bobinhas, aplaudindo o plano que elas sequer escutaram. Fubuki já pode imaginar que deve ser uma idéia totalmente nada a ver, tipo coisa que só se vê em anime japonês.


Sinceramente... nem sei por onde começar... pois na sequência vemos as quatro irmãs dançando em um palco improvisado e cantando em japonês. Pior foi ainda terem arrastado Fubuki pra essa situação extremamente vergonhosa, e colocado ela pra ficar batendo em um pandeiro.


A destróier finalmente decide perguntar como que diabos ficar cantando ia ajudar a encontrar Shimakaze. Kongou então pede desculpas, pois ela não havia explicado o seu brilhante plano. Era molezinha, piece of cake.


Por exemplo, imagina se alguém se tranca no quarto e não quer ver ninguém, como nessa cena hipotética, onde Fubuki se esconde depois de ficar extremamente envergonhada em estar participando de uma musiquinha.


Então, suas amigas iriam ficar do lado de fora do quarto tocando música sem parar...


... até que em um momento a pessoa ia ficar curiosa e abrir a porta pra ver o que estava acontecendo...


... e por fim suas amigas iriam arrancar a porta fora pra que sua amiguinha não ficasse mais se escondendo e saísse pra brincar. E se a imagem está meio bizarra, isso aí é uma porta sendo despedaçada.


Ou seja, um plano estúpido. Mas as irmãs de Kongou não concordam, elogiando sua inteligência. Afinal de contas, fazia todo o sentido, atrair Shimakaze em vez de sair correndo atrás dela, usando pra isso uma música que parece ser a trilha sonora da Sailor Moon.


Entretanto, antes de que a cantoria recomeçasse, uma voz estridente e melosa berrava lá do outro lado do pátio, chamando a atenção das meninas. Seria o Pablo Vittar?


Não... Era Naka, dizendo que aquele distrito naval era pequeno demais para que houvessem duas estrelas cantoras. E ela era a mais gracinha e bonitinha de todas, que todo mundo curtia, pelo menos era o que ela acreditava. Era melhor que as irmãs calassem a boca, ou então ela partiria pra porrada.


Chegou a hora do desafio. Mas, em vez de dar com uma luva na cara do oponente, quando o duelo é musical a sacada é jogar um microfone na direção do adversário. Entenderia se as meninas estivessem duelando num baile funk, mas acho que tal estilo deplorável não é tão conhecido no Japão.


Kongou não curte arregar para um duelo, ainda mais musical. Acontece que Kirishima é mais rápida, dando um Shoryuken e pegando o microfone no ar. 


A quatro-olhos rapidamente começa a falar no microfone as frases manjadas, como "som" e "testando, um, dois, três". Isso porque ela sempre curtia brincar no karaokê desde pequena... ou talvez ela tenha uma tara estranha por microfones.


Naka se assusta um pouco, mas ela não tem medo. Assim, ela saca o seu microfone (que mais parece uma conchinha de sorvete) e diz que é hora da disputa no Kancolle Idol. Pra completar, diz que Fubuki é uma feiosa, por estar traindo a sua companheira da esquadrão.


Kongou responde que vai esfregar o chão com aquela carinha de mico dengoso depois do duelo, e pra isso ela ia cantar uma música da Anitta. Suas irmãs mais uma vez dão uma demonstração de completo puxa-saquismo, dizendo que ela é a melhor de todas. Fubuki fica ali, sem entender nada... a essa altura, os Abissais já devem estar recolhendo os suprimentos que elas tinham que recuperar.


Finalmente elas se dão conta disso, que têm uma missão para ser cumprida. Assim, Kongou pede que Haruna, Kirishima e Fubuki continuem buscando por Zekamashi, enquanto ela iria ensinar um truque ou dois para Naka. E Hiei, sempre fanática e apaixonada por sua irmã mais velha, ia ficar ali no apoio moral.


Longe dali, Haruna sabe que sua irmã Kirishima é muito inteligente, e pergunta se ela tem um plano. Ela responde que claro que sim, ela tinha uma idéia perfeita para encontrar Shimakaze rapidamente. E recomendo que ela dê uma passadinha nas Óticas do Povo pra arrumar esse óculos que precisa ser ajeitado a cada cinco minutos.


Pausa para mais um de meus momentos toscos. Haruna é uma gracinha! Sei lá, Mutsu é encantadora, tem um jeito bem sensual e carinhoso (além de um par de razões bem agradáveis de se ver), mas a Haruna é extremamente meiga e delicada, faz o estilo girl next door toda simpática e doce, aquela que você adoraria apresentar aos seus pais.

A cena corta para um jardim florido, onde encontramos o casal lésbico mais escancarado do desenho, Ooi e Kitakami. Ooichi diz que o jardim é bonito, mas não se compara com a beleza de Kitakami. Fala sério, essa cantada é muito manjada, tanto aqui como no Japão, pombas!


Escutamos então a voz de Kirishima, que parece estar ali dando uma de voyeur com uma câmera, e explica que segundo suas pesquisas e o Instituto Datafolha, existia uma probabilidade de 92% de que uma garota fique encantada com coisas bonitinhas, exatamente como Kitakami fica ao ver uma borboleta pousar em sua mão.


Ooichi apenas olha a borboleta de forma sádica, que teve a audácia de tocar em sua queridinha, e jura que vai assassiná-la lentamente, começando por queimar suas asas com uma lupa. Caralho, nem uma pôrra duma borboleta pode tocar Kitakami!


Como não entende japonês, a borboleta ignora as ameaças de Ooi e pousa em seus cabelos. Kirishima continua explicando, que algo ainda mais bonitinho é romance, e não havia dúvidas que a destróier não iria resistir ao ver algo como o namoro de Ooichi e Kitakami.


Acontece que a cruzador enfezada perde a paciência, pois Kirishima não estava escondida lá longe, a sem noção estava sentada ali an frente do banco, observando as duas se pegando, de camarote. Ooi só não parte pra agressão pois ela é covarde e só bate em quem é menor que ela.


As duas decidem sair dali pra ter um pouco de privacidade, apesar dos pedidos de Kirishima para que elas continuem se pegando. Afinal de contas, talvez Shimakaze fosse curtir se o namoro ali chegasse a um nível X-Rated.


Haruna lamenta que o plano de Kirishima não tenha funcionado. Enfim, só restava a ela pensar em alguma coisa pra localizar Shimakaze. Fubuki começa a se perguntar a furada em que se meteu, teria sido melhor pedir pro comandante arrumar uma substituta.


Por mais que seja lindinha, Haruna parece ser um pouco infantil. Pois o seu plano parece ter sido baseado em um desenho do Pernalonga, onde ela faz uma armadilha com um cesto de palha e um graveto. A isca? Algo que a tradução diz ser um álbum de fotos sedutoras de Kongou. Mas como? Ela posou pra Playboy ou coisa parecida?


Fubuki tenta segurar o riso... Afinal de contas, na opinião dela aquele era o pior plano possível. Apesar do laço, Shimakaze não era um coelho pra cair nesse truque Looney Tunes. Mas tudo bem, Haruna. Na verdade, essa sua inocência só faz que este texugo fique ainda mais encantado por você.


Mas... não é que o plano aparentemente funcionou? Só que elas haviam pego Hiei, que certamente não resistiu à tentação de ver fotos de sua irmã ao natural.


Fubuki não quer nem imaginar. Já não bastava Ooi e Kitakami serem irmãs e aparentemente namorarem, ainda tinha Hiei querendo ver fotos de sua irmã pelada? Onde estava a decência? No meio desse desespero todo, subitamente alguém lhe oferece uma xícara de chá.


Era Kongou, claro. Pois eram três da tarde, hora do chá, seguindo o costume que toda inglesa deve ter. Com direito a mesinha posta e um monte de guloseimas.


Sim, essa era uma piadinha esperada... Mas, diferente de outras personagens unidimensionais (como Sendai, que toda hora fala da noite), Kongou até que é simpática e carismática. Temos que admitir que ela conseguiu deixar esse episódio bem divertido, não acha?


O melhor de tudo é que essa havia sido a melhor idéia do dia. Pois o cheiro de chá e bolinhos ingleses é o suficiente para atrair Shimakaze. Tá vendo? Antes de tentar com música, romance lésbico e revistas pornográficas, deviam ter tentado atrair a baixinha pelo estômago.


Kongou diz que não tem nada que uma festinha de chá não consiga. E agora, todo mundo com a barriguinha cheia, tava na hora de ir pro mar e começar a missão. Mesmo sabendo que médicos recomendam que você não deve pular na água depois das refeições.


Um pouco depois, as meninas-navio já estão equipadas e a caminho, quando começam a enfrentar a chuva. Bom que a previsão do tempo oriental é das boas, acertando em cheio. Diferente daqui, onde é normal dizer que o céu estará de aberto a encoberto com possibilidade de chuva, e temperatura variando de 20 a 40 graus...


Shimakaze começa a ficar entendiada, pois tá todo mundo andando devagar, e ela quer acelerar o passo. Esse "need for speed" da loirinha tem uma razão: o destróier Shimakaze de verdade era um modelo experimental (daí ela não ter irmãs), que tinha uma propulsão de última geração que lhe rendeu o título de destróier mais rápido da Segunda Guerra Mundial.


Agora fudeu... Detrás de uma nuvem preta, aparecem os Abissais do episódio de hoje. E essas pelo menos se parecem um pouco mais com as meninas-navio que estamos acostumados.


Começa então o combate. As cenas de ação são difíceis de colocar aqui, pois geralmente as garotas ficam cobertas de fumaça depois de disparar. Dessa vez, temos encouraçadas na parada, então é só balaço atrás de balaço.


Kongou chama as suas irmãs para juntarem forças e atacarem as duas encouraçadas inimigas. Será necessário todo o poder de fogo pra acabar com aquelas vagabundas pálidas. Embora sejam irmãs, Kongou tem seus canhões montados de uma forma diferente. Pra quem conhece o jogo, isso é por conta dela já ter recebido um upgrade, enquanto suas irmãs ainda estão com o armamento original.


Claro, não podemos deixar de observar que elas lembram o X-Wing do Star Wars...


Por sua vez, Bukki e Zekamashi... quer dizer, Fubuki e Shimakaze deveriam ir atrás dos destróieres feiosos. E Shimakaze continua puta por Kongou ter colocado aquele apelido sem graça nela.


Uma coisa precisa ser dita: essas Abissais, pelo menos essas maiores que se parecem com garotas, são totalmente apáticas e inertes. Ficam ali paradas, com essas caras de bunda, só atirando, sem nem ao menos esboçar algum tipo de manobra evasiva ou estratégia de ataque. Sem graça pra burro. Pior de tudo é que as meninas-navio conseguem errar esses alvos parados.


Ali do lado, Shimakaze lança os seus robozinhos felizes, que começam a atirar nos destróieres Abissais. Diferente de Fubuki, que carrega um canhão na mão, ela tem esses aí pra ajudar com os disparos, o que me faz perguntar com que diabos ela contribui para a batalha.


Ah, tá explicado... Pra que ela possa fazer essa pose insinuante na hora de disparar os seus torpedos...


Realmente, fizeram a Shimakaze pra agradar os descascadores de banana, mais apelativo do que a Mai Shiranui do KOF. Pode apostar que deve ter um gente aí pegando no graveto depois de ver essa pose da loirinha.


Enfim... Fubuki é que começa a ganhar um pouco mais de confiança depois de alguns combates. E assim ela parte pra cima dos navios inimigos, pra mostrar que ela não é um peso morto para a esquadra.


Acontece que quando você é um frágil destróier... se aproximar demais de uma esquadra com couraçados e seus canhões de grosso calibre é quase como uma sentença de morte. E assim ela começa a ser alvejada de maneira impiedosa pelos Abissais.


A encouraçada Abissal, ao perceber que Fubuki está ali próxima, demonstra uma grande satisfação ao ver um alvo fácil. Veja só, a expressão dela transborda em êxtase.


Por algum motivo, me lembrei do cigano Igor... que também tinha a mesma expressividade de um rodapé.


Depois de ser atingida, a pobrezinha desaba de joelhos no chão... quer dizer, na água. Com suas armas destruídas e sem propulsão, ela é um alvo fácil, e logo começa a passar uma série de flashbacks na mente dela. Mas, sabendo que tem mais um monte de episódios pela frente e ela é a principal, dificilmente a veremos afundando.


Só que então... alguém se joga na frente de Fubuki, desferindo um golpe de karatê (?!) que deflete o projétil que tinha endereço certo na testa da destróier.


Era Kongou... Apesar de ser aquela doidinha que vimos ali em cima, ela também era osso duro de roer. E ela jamais deixaria a sua amiguinha Bukki se machucar.


Suas irmãs se prontificam, dizendo que elas vão cuidar dos inimigos, enquanto Kongou toma conta de Fubuki, para que ela não se machuque mais. Outra vez, Fubuki só arrumando problemas, sempre pisando na bola e precisando que as outras venham limpar a cagada que ela faz.


Tá... eu fui muito grosso, Fubuki. Desculpa, não precisa chorar. Mas não deixa de ser verdade, a pobrezinha desaba em lágrimas, extremamente arrependida por dar tanto trabalho para os outros, se sentindo pior que a mosca do cocô do cavalo do bandido.


Mais uma vez temos uma demonstração de como Kongou é uma personagem muito forte. Mesmo tendo um lado quase que infantil e alucinado, ela era tão carinhosa e protetora como Akagi, o que podemos ver nessa cena em que ela abraça Fubuki, consolando a menina e dizendo que não há problema em ter medo e chorar.


Coincidentemente... a chuva começa a parar e o Sol aparece. Coincidência nada, vocês sabem como os desenhos japoneses tentam passar essas mensagens subliminares. O clima estava mesmo muito pesado após o afundamento de Kisaragi, e após esse momento tenro entre Kongou e Fubuki, com mais uma lição de vida, o céu se abre e tudo fica mais claro.


E Kongou ainda tem disposição para dar a salva de misericórdia pra afundar as duas encouraçadas Abissais. Finish them!


Fim de papo. Mais uma missão concluída, com a explosão pelos ares de mais outras Abissais. Não sei, mas acho que elas estão jogando no Easy, tá muito fácil isso daqui.


Com direito ao V de vitória de Kongou, que diz que elas sempre venciam, e assim Fubuki podia parar de ficar admirando porta-aviões sem graças e torcer por ela e suas irmãs, que eram as mais poderosas e as mais bonitas do distrito. Nessa, tenho que concordar, em especial por conta de Haruna.


Lá na base... vemos Mutsuki mais uma vez sentada ali no cais, esperando... Não desiste essa menina. Só espero que não tenham gaivotas cagando na cabeça dela.


Já estava ficando tarde, e assim ela decide que era hora de voltar pro quarto para dormir. Mas de repente, ela escuta um ruído atrás dela, se virando ao imaginar ser Kisaragi. Mas não, era apenas a Fubuki, que tinha acabado de chegar da missão.


Mutsuki fica preocupada ao ver sua amiga toda machucada e de roupas rasgadas, mas Fubuki a tranquiliza, não era nada demais. Nada que um tempinho lá no ofurô não resolva.


Temos então mais uma das cenas emocionalmente fortes de Kantai Collection. Sem dizer nada, Fubuki abraça sua amiga fortemente, que fica assustada com a inesperada demonstração de afeto. De afeto mesmo, por amizade. Sei que o desenho tá cheio de relações homo-eróticas, mas não é o caso aqui.


Fubuki não a larga... e nessa hora Mutsuki desaba em prantos. Não por sua amiga estar espremendo suas tripas, mas por ela finalmente se dar conta de que Kisaragi não vai voltar nunca mais.


Repito: por mais que eu tente dar uma zoada de vez em quando, Kantai Collection tem o seu lado sério. Digo de novo que esse anime não foi feito originalmente para crianças (assim eu penso), mas sim para as pessoas que jogam o jogo. Teoricamente, em um jogo desses é esperada uma frieza quando você "perde" um navio, afinal de contas é apenas um navio. Mas aqui existe toda uma personificação das meninas, representando essas embarcações de combate, e esse episódio mostra que elas têm sentimentos, o que provavelmente fez que muitos jogadores pensassem duas vezes antes de sacrificar uma delas. Além disso, meio que passa uma mensagem sobre como devemos aceitar coisas ruins que acontecem na vida, e valorizar os bons momentos.


Confesso que nesse episódio Kantai Collection ganhou a minha simpatia. E essa "sátira", que eu sei que não está tão engraçada como as que eu faço dos Super Amigos, veio pra ser assim mesmo, mais branda, como uma certa forma de mostrar aqui pra vocês esse desenho que eu achei simpático. Se a idéia é rir até perder o fôlego, melhor ver lá os heróis da DC na Sala de Justiça.


E sim... É o Aquaman pagando de idiota mais uma vez. Vamos em frente, que o episódio já tá acabando.

Amanhece o outro dia... Fubuki acorda, depois de recuperar as energias gastas na batalha da véspera, pronta para ir pra escola mais uma vez. E imaginando que Mutsuki deveria estar de novo lá no cais...


Só que não... Mutsuki havia acabado de acordar também, e parecia estar mais aliviada. Certamente ele ainda estava triste pela perda de sua irmã, mas ao menos já havia aceitado o destino que ela havia encontrado. E Kisaragi seria lembrada, pois ela continuaria cuidando dos outros como ela fazia.


Fim do capítulo. Realmente foi um episódio tenso, e me surpreende como os criadores do desenho decidiram dar uma carga emocional tão pesada logo no começo. Certamente isso conseguiu segurar muita gente pra acompanhar a série, digo isso de experiência própria. E tenho a certeza de que isso fez com os jogadores de Kantai Collection viessem a ver as meninas-navio com outros olhos.

Vamos em frente, na esperança de que a próxima parte seja um pouquinho mais light, ou vou deixar muita gente deprimida aqui.

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