Azur Lane 5 - REUNIÃO - Chegando até você

E lá vamos nós de novo. Sempre costumo dizer que sou muito teimoso e tem horas que eu não suporto deixar as coisas pela metade. Eu sei que esse tema de postagem deve agradar a menos de 0,5% dos visitantes do blog, pois é de uma animação pouco conhecida de um jogo de celular menos conhecido ainda (pelo menos é o que eu imagino, especialmente a nível do Brasil). Mas eu tinha prometido a mim mesmo continuar com essa sátira leve da série animada do jogo Azur Lane, e vamos até o fim. Por mais que a história esteja meio louca por enquanto, talvez em algum momento ela vai se tornar mais interessante. 

Estamos começando o quinto episódio, com seus títulos meio curiosos, com uma palavra chamando a atenção e depois uma frase de efeito. Que tipo de reunião estamos falando? Tomara que não seja como as minhas intermináveis reuniões do trabalho, onde se fica falando por horas para decidir algo que deve ser feito, mas que nunca conseguimos fazer pois passamos a maior parte do tempo em reuniões... Mas chega desse desabafo profissional, e vamos de volta à história de Azur Lane, em que começamos olhando um monte de ruínas de algum lugar qualquer que não colocaram a legenda.

Quem está escondida nessas ruínas é a cruzador inglesa Sheffield, que vimos no final do último episódio saindo na porrada contra as japonesas do Sakura Empire. Mostrando que, como esperado, aquela explosão não tinha sido fatal para ninguém. Sei lá que lugar é esse, mas tem um monte de avião japonês investigando.

Isso pois tem uma esquadra ali perto. São dois encouraçados japoneses, com suas torres de comando imensas. Quem conhece um pouco de história naval já reconheceu os navios Fuso e Yamashiro.

Uma pausa para destacar mais uma vez o cuidado com o detalhe e realismo nesse desenho, algo que me surpreende a cada momento em que vemos como que os navios de verdade foram reproduzidos de forma muito fiel. Algo que não se via tanto no desenho "rival" Kantai Collection, embora este fazia melhor as referências históricas a nível de batalhas. Por sua vez, Azur Lane teve uma atenção maior aos navios em si, que aparecem na história.

E vou falar, muita atenção aos detalhes. Algo que eu percebi ao fazer esta postagem é como os dois navios irmãos foram desenhados da forma como eram mesmo. Olhe atentamente na imagem acima, em especial para os dois canhões que ficam no meio do navio, ao redor da chaminé, e você perceberá uma sutil diferença: o navio em primeiro plano (Yamashiro) tem as suas duas torres viradas para a parte de trás do navio, enquanto que o outro no fundo (Fuso) tem a torre da frente apontando para a proa e a torre de trás apontando para a popa. Não foi erro, mas sim uma representação corretíssima de como os dois navios de verdade eram, pois seus armamentos tinham essa configuração diferente. E além disso, veja as suas torres, como são ligeiramente diferentes (o primeiro tem uma mais robusta e projetada para a frente, enquanto o de trás tem uma torre mais esbelta). 

Por isso que temos que tirar o chapéu para as animações orientais. A atenção ao detalhe, especialmente ao histórico, é inquestionável.

Ok, chega de papo nerd de navios de guerra, e voltemos ao desenho, onde somos apresentados à fofurinha da Yamashiro, que está do alto da torre de seu navio e espiando o perímetro. Apesar de ter orelhas e cauda de gato, o que deixa o visual extremamente tosco, ela é uma das personagens japonesas que eu acho bem engraçadinha.

Como na hora em que ela perde o equilíbrio e cai do alto da torre. Considerando que esses navios tinham aquela torre ridiculamente alta, certamente deve ter doído.

E ali estavam várias meninas-navio do Sakura Empire, na caçada contra as empregadas inglesas fugitivas. Quer dizer que em breve teremos hora da pamonha de novo em outro episódio que promete envolver muito combate e ação. Ou seja, vai dar trabalho...

Agora temos uma visão lá do alto, tirada de um drone da reportagem, mostrando a ilha cercada por navios Sirens e japoneses. Não reconheci o lugar, mas considerando um pouco a história eu suponho que seja referência a alguma base inglesa no Oriente. Lembrando que os japoneses atacaram navios e bases britânicas no início da guerra, quando começaram a sua expansão.

Em uma das casas encontramos a outra empregada-navio, Edinburgh, juntamente com a pirralha Akashi. A baixinha estava olhando o cubo preto, pensando em como era misterioso e quanto dinheiro poderia ganhar se colocasse ele no eBay. Edinburgh acha curioso como a oriental parece não reconhecer o que parecia ser uma das armas secretas do Sakura Empire, mas Akashi responde que ela é que nem marido corno e é a última a saber de tudo, por ser uma mero navio de reparos.

Ela se dá conta que foi uma Siren lésbica quem tinha dado aquele cubo preto para Akagi. O que significava que elas estavam com problemas, era melhor pegar aquela porcaria e jogar numa privada.

Edinburgh não entende, quando nesse momento Sheffield acaba de retornar. Agora, alguém consegue me explicar como que, no meio de um combate, fugindo do inimigo que está cercando tudo, aquelas inglesas estão mais preocupadas em tomar o chá da tarde?!

Pois é, existem certos estereótipos comuns, mas às vezes eu acho que tem horas que é um exagero. Afinal de contas, era muito conveniente que as cruzadores britânicas estivessem levando um kit de chá para não passar a oportunidade. Akashi, lá no canto, segue chorando, vendo que provavelmente elas serão capturadas e sodomizadas por aquela Siren lésbica.

Sheffield explica que elas estão cercadas por todos os lados por uma dezena de navios japoneses. Diferença absurda, tipo vinte para um, o que faz que Edinburgh também caia no berreiro. Mas sua amiga tá tranquila, curtindo seu cházinho preto, enquanto fala que aquela inferioridade numérica até que equilibrava um pouco o combate.

Tudo bem, já vimos no último episódio que Sheffield parte pra porrada. Mas o bom senso chega, e ela comenta que o melhor era aguardarem a chegada de reforços. Além disso, provavelmente o Sakura Empire não iria partir para uma ofensiva violenta, pois assim poderiam quebrar aquele cubo preto, que aparentemente era importante. 

Pois é, elas não podiam fazer mais nada, além de curtir um lanchinho. Menos Akashi, que entornou a caneca de chá achando que era saquê, e com isso queimou a língua. Vai ficar um tempo sem ficar falando "nya" toda hora.

Lá fora, os navios continuavam de guarda. Sim, os navios japoneses tinham essas torres altas pra cacete, para ver se isso ajudava a enxergar mais longe. Dá a impressão que vão cair pro lado. E perceba a sutil diferença entre os dois navios, como expliquei lá em cima.

Shoukaku é a mais preocupada dali, pois além dos navios japoneses tinham também várias embarcações Sirens apoiando. Por mais que teoricamente estivessem sob o controle do Sakura Empire, ela ficava se perguntando se suas adversárias poderiam usar o cubo preto para assumir o comando e com isso causar um massacre.

Zuikaku explica que não tinha esse risco, pois segundo Akagi o mega-navio Orochi era mais forte e controlava aqueles navios. Mas a resposta não tranquiliza sua irmã, que acha tudo muito suspeito, com toda essa aliança de Akagi com as alienígenas. Zuikaku fica pensativa também...

Em outro lugar do navio, Takao está pensando em suas ações... ou está cochilando de pé. Por conta de sua incompetência, aquelas empregadinhas duma figa tinham roubado o cubo preto. E assim ela precisava recuperar sua honra, trazendo o cubo de volta ao Sakura Empire. Se falhasse de novo, ia ter que fazer um hara-kiri, que ia cagar aquela roupa branca de sangue.

Até que alguém aparece do nada e dá uma cutucada em sua bochecha. 

Somos apresentados à Atago, irmã de Takao mas que tem umas orelhas escrotas de cachorro. E que é uma ninfomaníaca sem escrúpulos, que chega ao ponto de assediar sexualmente sua própria irmã, assim sem mais nem menos. Pela expressão desesperada de Takao, parece que Atago está com a outra mão em um lugar meio impróprio...

Não tem nenhum pudor essa Atago, pois ela estava bolinando sua irmã ali de boa, com a Ayanami do lado, que faz aquela cara de WTF ao ver suas irmãs engatadas daquele jeito. Provavelmente ela está se perguntando por que tem japonês que acha tão natural essa de parentes com esse nível de intimidade. Atago pergunta se Ayanami quer um pouco também, mas a destróier diz que não, se não vai chamar o ECA.

Takao finalmente toma uma atitude, berrando para que sua irmã pare com aquela indecência, pôrra! Ou então iam cancelar o desenho por não respeitar a censura.

No outro navio encontramos mais uma nova personagem, que é Fusou, irmã de Yamashiro. Ela está conversando com Furutaka, que está ansiosa por toda aquela espera, mas a encouraçada explica que era necessário aguardar uma resposta dos aviões de reconhecimento. Não dava pra sair tacando o zaralho e destruir tudo, ou então ia aparecer um monte de sem-terra querendo ocupar propriedade alheia.

Kako, irmã de Furutaka, aparece correndo pra avisar que receberam mensagem da frota do Iron Blood, que estava perto também e investigando a ilha. E essa cara enfezada é por ela ter certeza que você pensou no sapo dos Muppets quando falei o nome dela.

Lá vamos nós para mais apresentações. Já conhecemos a Z23 que está ali à esquerda e a Prinz Eugen, no alto do prédio brincando de ser a estátua do Cristo Redentor. Juntamente com elas temos a destróier Z1 e a cruzador Koln, que comenta que detectou em seu radar a aproximação de uma esquadra da Azur Lane. 

Embora suas comandadas estejam ansiosas para atacar, Prinz Eugen diz que sua missão era apenas vigiar a ilha, e assim que aquelas raposas orelhudas do Sakura Empire cuidassem dos inimigos. Seria pragmatismo germânico ou ela estava quase que dizendo "ema, ema, ema... cada um com seu problema"?

E lá estava a esquadra da Azur Lane chegando, com um monte de navios americanos liderando.

A loirinha com o tablet é Oklahoma, que representa um dos encouraçados americanos que foi afundado em Pearl Harbor. Juntamente com Helena, elas estavam olhando imagens de um drone, mostrando como que a ilha estava deserta, provavelmente destruída depois do ataque dos Sirens.

Enquanto isso, San Diego estava usando seu tablet pra jogar Candy Crush... E ela se deu conta que tinha gastado 200 dólares sem querer  no cartão de crédito da base.

Mais introduções a caminho, no navio inglês que também está seguindo. Temos a cruzador Norfolk de vermelho, a cruzador de batalha Repulse e a cruzador Suffolk. Esta que está avistando algo que chamou sua atenção.

É... ela está impressionada com gaivotas... Daqui a pouco uma vai dar uma cagada na sua cabeça, abre o olho.

Repulse está bem desanimada... pois ela não consegue acreditar que as pessoas estavam brigando entre si, Eagle Union e Royal Navy contra Sakura Empire e Iron Blood. Todas elas eram humanas, e estavam se matando e causando dor umas nas outras (uma boa reflexão, diante do que vimos na Ucrânia recentemente). Norfolk só é capaz de choramingar em resposta... que é a única coisa que ela sabe fazer. Mesmo sendo muito cuti-cuti, tem horas que enjoa.

Cleveland e Prince of Wales estão ali também, avaliando o perímetro. Embora eu ache meio difícil que a cruzador americana consiga enxergar alguma coisa, olhando por um daqueles tubos de papelão de papel toalha. Realmente, tinha inimigos aos montes por ali, e isso indicava que aquela provavelmente era a localização de Sheffield e Edinburgh. Mas não seria fácil resgatá-las. O que fazer então? A inglesa se pergunta o que Belfast iria fazer diante de uma situação dessas.

Bom... sabemos o que ela tá fazendo. Belfast está juntamente com Enterprise no convés, no meio de uma neblina. Enterprise pergunta para sua stalker se ela não está preocupada com suas amigas, e a cruzador responde que sim, mas que confia nelas. Afinal, elas são muito competentes, não apenas no combate mas também ao servir sua rainha, passando espanador nos móveis e servindo chá, como uma boa empregada deve ser.

Enterprise faz o questionamento que muitos provavelmente devem estar fazendo já há algum tempo: elas eram representações de navios de guerra, por que diabos elas se vestiam como empregadas? Não fazia o menor sentido, era mais coerente que pelo menos estivessem com uniforme militar, e não com uma roupa que parecia ter sido comprada numa loja de artigos eróticos.

Tá, eu sei... essa aí foi só pra marmanjada babar com o über decote de Belfast. Admito.

A cruzador, que deve estar acostumada a esses olhares pervertidos, responde que aquilo as lembrava que, embora elas representassem navios de guerra do passado, eram também humanas. Não importava se elas eram navios ou pessoas, elas tinham suas vidas. Enterprise discorda, dizendo que elas são navios de guerra e seu único propósito era lutar no lugar dos humanos.

Mas Belfast explica que, mesmo com grandes poderes, elas têm grandes responsabilidades (descaradamente roubando a frase do Homem Aranha), e que essas responsabilidades vão além de lutar. Elas também devem servir de exemplos para os humanos, para que eles saibam que não importa o quanto a vida seja difícil, é possível viver uma vida feliz e nobre.

Frases de efeito... mas vamos deixar as duas por enquanto, e ir lá em outro canto do convés, onde estão as pirralhinhas Javelin e Laffey. A sonolenta destróier americana está quase caindo no mar de tanto sono, e provavelmente sua amiga inglesa nem vai perceber, pois está novamente pensando se Ayanami estará lá.

Chega! Já está ficando repetitiva essa lenga-lenga! Vamos voltar lá pra esquadra japonesa, onde Ayanami está distraída, contemplando o mar e pensando na morte da bezerra.

Eis que ela escuta uma voz chegando. Era Atago, perguntando se estava tudo bem, e se ela queria um abraço para ser confortada no meio de seus dois montes. Se Ayanami não quiser, eu posso?

Eu sei... piadinha patética.

Ayanami se lembra da cena lá de cima, onde Atago praticamente estuprou a sua própria irmã sem dó nem piedade. E aí manda um "não vem que não tem!", pra que aquela tarada ficasse longe ou ela ia ligar para o Juizado da Criança e Adolescente.

Vendo que não vai ter como dar um chamego na baixinha, Atago baixa a guarda (se ela não tivesse essas orelhas de cachorro, até seria jeitosinha). E então pergunta por que Ayanami tem tanta timidez e preocupação de lutar. Pois é, Atago não é apenas dois magumbos saltitantes, ela também percebe o que as pessoas sentem.

Ayanami fica cabisbaixa... Não é que ela não goste de lutar, mas ela o faz porque gosta de suas amigas do Sakura Empire e quer protegê-las. O problema era que, ao fazer aquela missão de espionagem, ela tinha se dado conta que a Azur Lane não era diferente, todas sendo amigas e tentando ser felizes. E isso a deixava confusa...

Atago entende, e se aproxima para abraçá-la. Mas não um abraço de urso como tinha dado em sua irmã, mas um para confortar a pequena destróier, que cai em prantos. 

Pequena pausa na piada, mas veja como que existem certas mensagens no meio do desenho, apesar dos momentos de piada e de fan-service para os tarados. É aquele momento em que se mostra que, em uma guerra, no fundo são pessoas dos dois lados, que tem os seus sentimentos, os seus amigos e suas vidas. Por mais que cada lado tente arrumar suas justificativas, no final estas valem para o outro também. 

Voltemos então para a ação, onde os caças japoneses continuam circulando a ilha, mas cada vez mais ameaçadores.

E parece que eles encontraram as empregadas inglesas. Também, isso foi moleza quando Edinburgh grita como uma doida.

Cansada dessa calmaria toda, Sheffield saca suas pistolas e parte pra pamonha, mandando chumbo nos Zeros que viram pedacinhos. Repito, ela é a única que tem colhões em todo esse desenho, e não perde tempo com frescura.

Edinburgh pede desculpas, e pergunta o que elas devem fazer agora que foram localizadas. Akashi, que está se borrando de medo, fala que elas estão cercadas e a melhor coisa é se esconder num buraco até que elas desistam. Mas Sheffield responde que aquele era o melhor momento pra fugir, já que todas as japonesas estavam ao redor. Assim ela ia destruir mais meninas-navio de olhos puxados e ganhar mais XP.

Mas antes que elas pudessem chegar até os navios do Sakura Empire, iam ter que se virar contra as meninas-navio do Iron Blood, que estavam entocadas ali perto.

Só que elas nem tinha se dado conta que estavam no alcance da esquadra da Royal Navy. Sob o comando de Prince of Wales, os navios abrem fogo contra o inimigo. Agora é que vai começar a porradaria do episódio.

Torno a repetir: os desenhistas tiveram muito capricho na hora de desenhar os navios como eles realmente eram. Fico imaginando como seria interessante se eles fizessem documentários sobre os conflitos de verdade, usando essa habilidade artística toda.

Bom... mas sabemos que nesse desenho as meninas-navio não serão diretamente atingidas. Afinal de contas, todos os jogadores têm as suas preferidas, e iria ter gente ficando chateada se a sua favorita afundasse. Para isso é que inventaram os Sirens, os navios alienígenas que servem de saco de pancada.

E no meio do fuzuê todo, a bobinha da Yamashiro continua pendurada no alto de um mastro, quase se desequilibrando e caindo mais uma vez...

Takao, que está liderando o grupo do Sakura Empire, imagina que aquilo tudo era apenas uma distração, mandando tiros ali perto para que as espiãs pudessem fugir, mostrando que não podiam confiar naquelas chucrutes do Iron Blood. Mas elas eram mais espertas e iriam atacar a esquadra inimiga com força máxima. Não sei... se era mesmo uma distração, por que elas iam morder a isca?

Zuikaku não quer saber. Ela imagina que Enterprise deve estar ali, e está louca para uma revanche. Provavelmente vai levar outra surra que vai machucar o seu ego... mas, não tem problema, você ganha da porta-aviões americana no quesito beleza, Zuikaku.

Sério... eu mesmo me surpreendo em como sou deprimente...

E era realmente uma distração promovida pela Azur Lane, para provocar um combate longe da ilha. Tudo para que uma pequena força rápida, liderada por Cleveland, pudesse se infiltrar de forma disfarçada. Sendo que o "disfarce" era colocar uma toalha de praia azul na cabeça, talvez para se misturarem no azul do oceano.

Sou só eu que acho essa ideia de camuflagem stealth de quinta categoria não passa de uma babaquice? Pôrra, ninguém tem radar não?

Aparentemente, não... Talvez seja até uma referência ao fato que a marinha japonesa demorou a desenvolver radares mais eficientes, mas eu arrisco dizer que aqui a causa deve ter sido burrice mesmo. Mas, não é menos burrice do que as meninas-navios largarem os lençóis azuis quando acabaram de entrar em território inimigo.

Viu? Deram mole, pois Takao tinha dado uma mega-voadora por ali, sem motivo nenhum, e acabou detectando a força da Azur Lane. Logo ela, que parte pra porrada com sua espada samurai.

Pra completar, Atago se junta à sua irmã, para equilibrar a peleja contra Cleveland e Belfast. Mas onde estavam Javelin e Laffey, as duas pequenas destróieres que estavam ali agora há pouco? Acredite, elas estavam, apenas você é que não percebeu por conta das toalhas de praia de disfarce. Ou por estar olhando para debaixo da saia de Cleveland.

Não estavam muito longe dali, mas tinham se separado do grupo, no meio de um puta nevoeiro. Do nada, surge o sons de passos na água (por mais sem noção que essa ideia possa parecer). Naquela típica cena de filme, quando alguém está no nevoeiro e escuta passos, é porque está chegando alguém foda pra brigar.

Aposto que você já imaginava que seria Ayanami. Sério, esses encontros e desencontros entre essas três já está se tornando muito manjado. Tudo bem que é proposital mesmo, pois elas são meio que as "personagens principais" da série, juntamente com Z23, a destróier alemã. Tudo pelo fato delas serem as primeiras meninas-navio que você escolhe quando começa o jogo.

A japonesinha com orelhas high-tech até dá aquela travada... mas não perde tempo e saca a sua espada para o combate. 

E Javelin, como esperado, fica triste. Sei lá por quê. Só por conta daqueles cinco segundos lá no início da série, e ela acha que Ayanami é amiguinha? 

Mas essa luta vai ter que esperar um pouco. Pois os navios da Azur Lane estão mandando chumbo contra os inimigos. Fico me perguntando por que as meninas-navio não ficam protegidas e deixam as embarcações, muito maiores do que elas, cuidarem de tudo?

A encouraçada americana Oklahoma estava ali comandando o bombardeio. Até que então ela vê algo no céu que a assusta. Seria o Pablo Vittar vestido de bruxa e montado numa vassoura?

Não, é uma enxurrada de aviões japoneses vindo com tudo pra cima dela. Considerando que ela representa um dos navios americanos afundado no ataque à Pearl Harbor, é melhor que ela se cuide para não repetir o destino de sua contra-parte histórica.

Mas os aviões eram apenas uma distração para que Zuikaku e Shoukaku pudessem se infiltrar ali na surdina e atacar pela retaguarda. É, essa é a vantagem de uma menina-navio, seria impossível um porta-aviões enorme passar por ali sem ser visto...

Acontece que as cruzadores inglesas Norfolk e Suffolk estavam atentas e perceberam as duas biconas japonesas querendo passar sem permissão. E veja que Norfolk deve ter roubado a arma fodona daquele filme Aliens. Só que seria mais impressionante se ela não estivesse vestida de empregada francesa...

Bom... Zuikaku e Shoukaku nem perdem tempo, e passam zunindo no meio das duas pobres cruzadores. Pois é, simplesmente ridículo...

Porém, Zuikaku percebe a chegada de aviões americanos na área. Isso significava uma coisa: Enterprise estava por perto, e assim ela desvia da rota para procurar a sua rival. Shoukaku protesta, dizendo para sua irmã que tinham outros porta-aviões americanos também, além de Enterprise, e a missão era mais importante.

A verdade é que tá rolando porradaria por todos os cantos. Em outro lugar, perto das ruínas, vemos que Prinz Eugen está descarregando seus canhões em cima de alguém.

Eram as outras empregadas inglesas, Sheffield e Edinburgh, que haviam sido finalmente descobertas e estavam encurraladas em um beco sem saída. Será que dessa vez o Crimson Axis vai levar a melhor?

Depois de levar tiros, torpedos, pedradas e cusparadas, Sheffield fica desacordada. Onde está aquele papinho lá de cima, que mesmo em inferioridade numérica a batalha seria equilibra? Edinburgh tenta protegê-la, mas logo elas são cercadas por várias alemãs.

Voltamos lá para a primeira briga... e não é que as quatro continuam se encarando, como naqueles filmes de faroeste? Cleveland diz para Belfast ir, para ajudar suas amigas, e que pode enfrentar aquelas duas japas sozinha.

Pior que ela parte pra porrada mesmo, pulando pelos cantos e atirando que nem uma alucinada, para dar uma chance para Belfast seguir com a missão. 

Por sua vez, Ayanami bota Javelin e Laffey para correr. Pombas, parece que ter superioridade numérica não parece ser tão vantajoso assim, só Prinz Eugen e suas chucrutes (parece nome de banda) soube aproveitar os números favoráveis.

Ayanami perde a paciência com a perseguição, tá na hora de resolver a parada. Aí ela aplica um baixo/baixo-frente/frente + soco forte para aplicar um Hadouken... quer dizer, para disparar uma salva de torpedos para afundar aquelas duas fujonas.

As duas conseguem se desviar na última hora, e os torpedos abriram um buraco na parede do barraco do seu Cleysson, que estava guardando suas economias para uma mão de massa corrida. Ayanami fica perplexa, se perguntando por que as duas não estavam atacando.

Javelin fica travada, sem saber o que dizer... e aí Laffey, com aquela cara de sono, dá um passo para frente e começa a olhar para Ayanami. O que ela quer fazer? Enfrentar Ayanami em uma competição de quem pisca primeiro?

Ayanami não quer brincar, e parte para o golpe final. Puta merda, será que ela vai decepar a cabeça de Laffey?

Não, ainda temos que esperar... Pois bem no clímax a cena corta para outro combate, onde Prinz Eugen inicia o fuzilamento das duas cruzadores britânicas feridas. Afinal de contas, tem tudo a ver com alemães da guerra, fuzilar os indefesos.

Mas na última hora Belfast aparece, usando os braceletes da Mulher-Maravilha para defletir todas as balas. Se a DC Comics fosse séria, ia mandar um processo por plágio, mas acho que eles precisam se preocupar mais em fazer filmes melhores.

Talvez alguém esteja se perguntando, onde estava a baixinha da Akashi, que estava com as inglesas? Bom, ela estava ali perto, escondida em um frigobar de hotel... Nya.

E a situação também não parece muito boa para a frota de navios de verdade de Azur Lane, pois o Crimson Axis conta com o apoio de naves high-tech dos Sirens, com direito a raio laser. Aí é covardia, usar navezinha estilo Guerra nas Estrelas para um combate de navio.

Prince of Wales, que está comandando a frota, segue séria e sem demonstrar nenhuma reação. Mesmo quando um laser explode metade do navio onde ela está. Tudo bem, sei que tem gente que gosta de manter essa pose de "sou foda" e nem se mexer enquanto uma explosão rola em segundo plano... mas acho que já tá na hora de abandonar o navio e bater em retirada.

Mas, lá longe, no meio daquele quase fuzilamento... Belfast fala que a vitória será da Azur Lane. Tá, só coloquei ela aqui pra dar uma moral pra simpática inglesinha. Mas, sabemos bem que ela fala sério, pois os mocinhos sempre vencem, né?

E as primeiras a se darem conta disso são Zuikaku e Shoukaku... ao perceberem que quem tinha mandado aqueles aviões era Hornet, e não Enterprise. Pois é, Zuikaku... bem que sua irmã lembrou que tinham outras meninas-porta-aviões americanas.

O truque tinha dado certo. Sabendo que Zuikaku estava mais preocupada com sua vingança pessoal, Hornet havia conseguido atrair as duas porta-aviões japonesas para longe da área de conflito. Deixando espaço para Enterprise contra-atacar a frota do Crimson Axis com plena superioridade aérea.

Prinz Eugen, ao ver que está na mira de Enterprise, solta um sonoro "Scheiße". Se não entende alemão, basta procurar no Google. Mas, pela cara dela, dá pra imaginar que não é algo muito educado. Seu plano infalível tinha ido pras cucuias.

A destróier Z23 quase fica vermelha de raiva, ao se dar conta que os alemães nunca tiveram um porta-aviões, e por conta daquelas duas amarelas imbecis elas ficaram desprotegidas. Mas não tinha problema, elas ainda tinha superioridade numérica para vencer a batalha.

Mas Prinz Eugen abaixa as armas e diz que é hora de se retirar, como o Comandante Cobra sempre fazia no final dos desenhos. Para o desespero de Z1, que fica puta da vida com a ideia de desistir. Mas não tem jeito, tem que obedecer a chefe.

Para a felicidade de Akashi, que ainda está escondida na geladeira... Provavelmente, deve estar se mijando de alívio.

Acontece que o episódio ainda não acabou. Lembra que Ayanami estava prestes a cortar a cabeça de Laffey como um saco de batatas? A essa altura provavelmente já deve estar tudo resolvido, e a família da pequena Laffey vai receber uma cartinha triste em alguns dias.

Pior que não. Pois Ayanami parou sua espada a poucos milímetros antes do pescoço da destróier americana. Aposto que você imaginava que isso ia acontecer, certo? Afinal de contas, até agora não vimos nenhuma gota de sangue, dificilmente teríamos a cena de uma menina decapitada nesse desenho.

Ayanami se enfurece, perguntando por que Laffey não lutava. Eis que ela responde que não queria brigar com Ayanami, mas sim ser a sua amiga. Pode isso, Arnaldo?

A japonesa não entende, e diz que não faz diferença. Pois as duas estão de lados opostos na guerra, e não tinha como elas serem amigas. Era assim que funcionava, nessa batalha elas estavam em lados opostos. E Laffey responde com um "foda-se que tem guerra".

Tá, não foi isso que ela disse, ainda mais com essa carinha de poodle de sono. Ela na verdade diz que não importa, que mesmo sendo de lados opostos de uma guerra, Laffey queria muito ser amiga de Ayanami.

E assim, dessa forma estranha, termina o episódio de hoje. Muito estranha mesmo, pois eu pessoalmente acho meio forçada essa ideia de insistir com uma amizade entre as baixinhas só por conta delas serem as personagens "principais" do jogo. Tudo bem, talvez em algum momento da história isso poderia começar a acontecer; mas essa aí é a historinha paralela de todos os capítulos até então. 

Enfim, mais um episódio feito... No próximo chegaremos à metade da série animada de Azur Lane, se tem alguém interessado nisso aqui. Mas até digo que a história tem seus momentos interessantes, e em boa parte do tempo apresenta uma animação bem-feita (exceto nas cenas rápidas e à distância, em que as personagens parecem garranchos). Acontece que eu simpatizei com o jogo e a série, e vou "forçar" todo mundo aqui a acompanhar até o final. Até a próxima parte!

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