A história das outras meninas-navio continua, chegando hoje ao seu terceiro capítulo nesta série de "quase-sátiras" que eu estou fazendo da animação de Azur Lane. Imagino que não deve ter muita gente se animando com isso aqui, mas eu continuo. Sou teimoso, disse que ia fazer e vou até o fim. Mas espero que ao menos você esteja se divertindo com essa história que mistura ação, uma pitada de comédia estilo desenho japonês e loucuras que só poderiam vir de um jogo diferente como esse.
O último episódio terminou com um suspense, em um violento combate entre as porta-aviões Zuikaku e Enterprise, e milésimos de segundo antes desta última ser derrotada, uma empregada apareceu do nada para defender o golpe. Por isso, nada surpreendente em ver que começamos o capítulo de hoje dessa forma... com uma calma imagem do oceano, visto por uma janela, com uma voz dizendo que ele era bonito.
Sim, nada a ver com o final do episódio anterior.
Fica evidente que aquilo era um flashback, onde escutamos alguém conversando com Enterprise, que não entende onde tem beleza em um monte de água, cheia de peixes escorregadios e algas grudentas, sem falar de toda a poluição. E especialmente pelo fato do oceano ser um lugar de guerra.
A voz discorda, e somos apresentados à Yorktown, irmã mais velha de Enterprise, que está doente na cama. Lembrando que elas aparentemente não são humanas de verdade (ou será que são), mas sim navios na forma de humanas, e dessa forma os mares faziam parte da vida delas, com muitas pessoas que confiavam nelas. Especialmente em Enterprise.
Provavelmente essa sacada de Yorktown estar doente pode ser algum tipo de referência ao que aconteceu com o porta-aviões de verdade, depois da batalha do Mar de Coral. O navio foi severamente avariado mas foi reparado às pressas, a tempo de enfrentar os japoneses em Midway, onde foi afundado. Podem achar babaquice, mas eu acho legal que o pessoal que criou o desenho tenha tido atenção a certos detalhes como esse.
Voltamos então ao presente, mas ainda não na batalha do final do capítulo anterior. Mais precisamente, em um quarto escuro onde uma menina-navio está dormindo profundamente, a ponto de babar o travesseiro. Certamente os mais tarados esperam dar uma espiada na saia curta que ela usa de pijama... como provavelmente a sombra que abre a porta deve estar pensando em fazer.
Quem estava dormindo ali na cama era Enterprise... e provavelmente eu falei alto demais, pois ela acaba acordando, puta da vida por ter tido seu sono interrompido.
Mas na verdade a revolta dela era por conta de uma garota, vestida como uma empregada francesa (ou era uma fantasia de empregada safada comprada num sex-shop), que estava ali dando bom dia e abrindo as cortinas, quando Enterprise queria mais era dormir até a chaleira fazer bico.
Se você se lembra do último capítulo ou se joga Azur Lane, provavelmente já estava imaginando que aquela era Belfast, a representação antropomorfizada de um cruzador leve britânico que ainda existe até hoje, ancorado no rio Tâmisa como citei nesta postagem de navios-museu. Embora eu imagine que muito marmanjo deve ter ignorado tudo que eu disse, diante dessa gracinha que personifica um dos mais desejados fetiches da galera. Não é à toa que Belfast é uma das personagens mais queridas do jogo.
Mas agora é hora de outro flashback, depois da abertura do desenho, só para confundir o público. Voltamos para o exato momento em que terminamos no último episódio, quando Enterprise e Zuikaku estavam saindo na porrada, e Belfast apareceu na última hora para bloquear o ataque que acabaria com a porta-aviões americana.
Shoukaku finalmente chega, preocupada com sua irmã que está mais esfolada que pé de moleque que jogou futebol na rua. E Zuikaku fica puta da vida, dizendo que não valia, que era uma luta mano-a-mano (ou navio-a-navio) e aquela empregada duma figa tinha se metido no meio, puta duma sacanagem.
Falando em puta, lá de longe, quem aparece flutuando que nem uma nuvem é a cruzador alemã Prinz Eugen, dizendo que não era sacanagem não, e dando toda a ficha de Belfast: ela era a segunda menina-navio da classe Edimburgh, uma guerreira poderosa da Royal Navy e usuária de sutiã tamanho mega-grande.
Sério, cara... esses peitos são de outro mundo. Ainda mais com aquele vestido, dá a impressão que se ela der uma inspirada mais forte os dois magumbos vão pular pra fora.
Prinz Eugen diz que aquela parecia ser uma boa oportunidade para uma peleja entre o Iron Blood e a Royal Navy. Ou seja, entre Alemanha e Reino Unido. Mas daquela vez elas contavam com equipamentos mais high-tech, como os canhões com bocas de tubarão toscos, que mais parecem figurantes do Sharknado.
Belfast... bom, nem sei que ela respondeu. Apenas foi uma desculpa para apreciarmos ainda mais a jeitosa inglesinha e seu über decote. Com detalhe que ela tem uma espécie de colar com uma corrente quebrada... Putz, aposto que agora vai ter muita gente imaginando alguma sacanagem sado-masoquista envolvendo Belfast.
Mas a tranquilidade dela tinha um motivo: reforços estavam chegando, com vários navios da Royal Navy se aproximando para a festa.
Tá, não vou ficar mostrando todas as meninas-navio inglesas que estão chegando, mas digo que é uma força enorme, comandada pela encouraçada Queen Elizabeth, que é a líder soberana da Royal Navy. Embora pareça mais uma boboca mimada só porque tem uma coroa e um cabo de vassoura estilizado.
Bom... deixemos Prinz Eugen pensar se ela vai ter colchões pra enfrentar a frota inglesa sozinha. Perto dali, voltamos para outro grupo que estava brigando, que eram as destróieres. Mas você deve se lembrar que Laffey disse que não dava mais para elas brigarem, por estar com sono. E aí Z23, a destróier alemã, continua pagando um puta esporro, dizendo que aquela era a ideia mais absurda que ja tinha visto. Para um combate por estar com sono? Nein!
Mas não adianta... Laffey está quase caindo no chão... quer dizer, na água, nem se aguentando em pé. Z23 fica vermelha de raiva e manda todas elas para o raio que o parta, e fala que ia achar alguém que quisesse lutar de verdade.
Ayanami, a destróier japonesa, decide ir embora também. Até porque ela não é burra e sabe que está em inferioridade. Mas, do nada, alguém a chama.
Era Laffey, dando tchauzinho pra ela, com essa carinha de cachorro sem dono.
Desenhos japoneses sempre têm alguns estereótipos de personagens, como você deve imaginar. E Laffey faz o estilo da menina doce e ingênua, que sempre tenta ser do bem, como vemos quando ela manda um singelo "bye bye" com sua vozinha meiga para uma inimiga.
Bom, mas chega de pancadaria por hoje. Prinz Eugen se dá conta que esqueceu de vestir uma calça e manda um auf wiedersehen, que é a deixa para que todas as meninas-navio do Red Axis se mandem.
Após as inimigas se mandarem, Enterprise finalmente desaba, depois de lutar além de seus limites, sendo amparada por Belfast. Apesar de terem sobrevivido, as meninas do Azur Lane ficaram bem estropiadas, e sem dúvida será uma grande pancada moral ao ver a melhor delas desabando como um saco de batata.
Voltamos então ao presente. Enterprise se lembra de tudo que aconteceu, e agradece a Belfast por ter salvo a sua vida. Mas a guerra ainda estava rolando solta, e ela não podia ficar escondida num quarto escuro e sem decoração, com um monte de latas de sardinha vencidas.
Belfast sugere que Enterprise ainda precisa descansar, mas a porta-aviões fala que foram apenas danos leves, só arranhões que curavam com um pouco de Merthiolate e esparadrapo. Afinal de contas, dormir era para os fracos, e tinha uma guerra rolando solta.
Mas a cruzador-empregada não desiste, e começa a dar um sermão em Enterprise, dizendo que era muito importante cuidar da saúde, dormir pelo menos oito horas por dia e ir em num médico para fazer seus exames de rotina, que pelo menos ela fosse tomar um café da manhã reforçado para começar bem o dia... E esqueci mais o que eu ia falar, ao ficar olhando para os globos desafiadores da gravidade dela.
Sei, essa foi ruim pra cacete. Continuemos.
Enterprise responde que não precisa ir no restaurante da base para tomar café da manhã, pois ela tem duas de suas barrinhas de cereal para forrar o estômago. Como se barrinha de cereal fosse refeição.
Falando em café da manhã, encontramos Laffey e Javelin filando uma bóia no restaurante da base. Laffey realmente chutou o balde, pois tá comendo um Bib Bob com batata frita em pleno café da manhã... enquanto Javelin está mordiscando uma torrada e pensando na morte da bezerra.
Javelin estava na verdade pensando no dia anterior, se perguntando por que Ayanami tinha ficado do lado dos inimigos, embora tivesse visto sua reação de surpresa quando Laffey se despediu dela. Era como se, lá no fundo, Ayanami fosse uma pessoa legal.
Quem também está pensando muito é Enterprise, que tinha ido lá pro porto, para saborear suas barrinhas de cereal. Mas vemos que era só a embalagem, na verdade ela tava devorando um Snickers. Malandragem, era só pra pensarem que ela estava comendo algo fit mas na real Enterprise era uma chocólatra.
Perto dali, vemos o calhambeque da Quadrilha de Morte, depois de ter sido vendido pelo Clyde para uma loja de usados onde foi pintado de branco. Quem dirige é London, uma das cruzadores da Royal Navy, que até agora foi apenas figurante sem nenhuma fala. E será que sou só eu que ficou com a impressão que esse carro tem uma cara de pilantra?
Dentro do carango estão Prince of Wales e Illustrious. Puta merda, o que será que tem na água que as meninas-navio inglesas tomam, que faz com que elas fiquem tão bem dotadas assim? Illustrious deve não estar se aguentando, toda curvada para a frente por conta do peso avantajado no vestido. Elas conversam sobre Enterprise, como em poucas horas ela defendeu a base e resgatou uma esquadra em perigo, mas tudo isso quase custou a sua vida.
Elas se encontram com Queen Elizabeth, que está tomando seu café de manhã, com chá e bolinhos ingleses. Ela se sente um pouco incomodada por estar ali no meio do mato daquela base da Eagle Union, em vez de um lugar sofisticado como um palácio, onde uma rainha como ela deveria estar, longe daquelas americanas plebéias e metidas.
Pois é, aquele não era o lugar mais limpo para um desjejum. Ainda mais com a pequena Unicorn jogando farelo de biscoito para as formigas...
Mas Illustrious diz que está gostando muito dali, e que elas devem unir forças para combater o Red Axis. Da mesma forma que ela estava ali juntando seus balões... fala sério, já está claro que as inglesas vão sempre apelar para essas piadinhas de duplo sentido com seus peitos...
Prince of Wales, que parece ser a única ali que pensa, sugere à Queen Elizabeth que elas mantenha a aliança com a Eagle Union. Especialmente por perceber que Enterprise era muito poderosa... embora ela precisasse de algum tipo de orientação e cuidados, para que não acabasse se destruindo.
A monarca decide então que iria manter a aliança. Pois aquela era uma ideia brilhante que ela teve sozinha, sem precisar de ajuda de Prince of Wales ou de sua irmã Warspite ali do lado. Sim, uma baita duma arrogante essa Queen Elizabeth. E já tinha decidido que a orientação de Enterprise ficaria sob a responsabilidade de Belfast... pois ela era uma empregada, que tinha que fazer tudo que sua rainha mandasse.
Hora de mudar um pouco de ares, e vamos para outro lugar. Lembra de Vestal, aquela outra vestida como empregada francesa que estava acompanhando Enterprise? Finalmente ela chega no porto, para ser recebida pela saltitante Hornet e a destróier Hammann.
Hammann pergunta para Vestal como Yorktown está, e tudo seguia na mesma, para a preocupação da destróier orelhuda. Outra referência histórica, pois o destróier Hammann de verdade era que estava acompanhando o porta-aviões Yorktown no final da batalha de Midway, depois de ter sofrido dois pesados ataques japoneses. No fim, ambos os navios foram afundados, incluindo o destroier que estava resgatando os sobreviventes. Por isso que a personagem Hammann sempre está preocupada com Yorktown.
Apesar do momento delicado, Hornet chega ali atrás de Hammann e, sem mais nem menos, levanta a sua saia. Pode isso, Arnaldo?
Mas Hornet não tinha feito por mal. Ela sabia que sua irmã mais velha era muito forte, e que logo ela estaria bem. Não adiantava nada todo mundo ficar ali lamentando e pensando o pior, logo ela estaria de volta à ativa. Vestal concorda, e aproveita para perguntar sobre Enterprise.
Pois é. Ela acaba descobrindo que Enterprise tinha quebrado seu arco e arrebentado todo o navio. Nessa hora eu percebo que ela não tem roupa de enfermeira, mas sim de freira, como o crucifixo indica. Mas apesar da suposta referência religiosa, Vestal manda Enterprise para a puta que pariu, que ela tinha que ter mais cuidado ou ia se arrebentar de vez. Sem falar que Vestal era quem ia ter que consertar aquela bagunça toda.
Enterprise manda ela tomar uma Maracugina e parar de encher o saco. Afinal de contas, elas eram navios de guerra, e mais cedo ou mais tarde elas ficariam danificadas. Para isso não acontecer, que elas fossem trabalhar nas barcas Rio-Niterói, mas aí iam ter que encarar a sujeirada na Baía de Guanabara.
Depois de deixar a navio de reparos estressada e reclamando sozinha, Enterprise vai dar uma volta para dar uma espairecida. E logo encontra Belfast, que está com a pequena Unicorn assustada ali atrás. Será que ela tinha visto uma barata?
Deixemos elas lá conversarem em paz e vamos ver o que está acontecendo em outro canto da base. Algo que normalmente se veria em um porto de navios de guerra...
Isso mesmo. As meninas-navio ignorando completamente o fato de que estão em guerra e curtindo uma partida de vôlei de praia. Tudo não passa de uma desculpa para mostrar as garotas em trajes de banho, como se espera dos desenhos japoneses. Quem não está curtindo muito é Javelin, pois ela ficou encarregada de levar as tralhas de todas elas. E certamente ela está pensando de novo em Ayanami.
Laffey, em um de seus raros momentos em que não está cochilando, diz para sua amiga não ficar emburrada, pois brincar na areia era a melhor pedida para se esquecer dos problemas, como fazer o dever de casa.
E é o que a maioria está fazendo. Hornet está lá, de boa na lagoa... quer dizer, de boa na praia, dizendo que não dava pra ficar pensando só em guerra. Afinal de contas, elas estavam em uma praia tropical e nada melhor do que pegar um bronzeado. Hammann, que sempre está puta com alguma coisa, diz que a praia é uma merda, pois a areia é muito arenosa e a água muito molhada. Percebemos também que tem uma pirralha, que não sei quem é, que fica tirando fotos de todo mundo.
Provavelmente vai vender no Onlyfans, para um monte de japoneses tarados que melam as cuecas com garotas de anime de biquini.
Lá na água está San Diego. Sim, aquela pentelha que já tinha aparecido de relance nos últimos episódios. No primeiro cantando desafinada e no segundo chorando depois de ter seu navio destruído. Algo me diz que ela vai passar por mais uma situação embaraçosa.
Puta merda! Lá vem uma barbatana de tubarão!
Já disse e repito. Por algum motivo, a comunidade que joga o Azur Lane de verdade tem algum tipo de ódio psicótico pela pobre San Diego, ela é de longe a personagem mais detestada pelos jogadores. Talvez por isso o pessoal que criou o desenho decidiu sempre colocar essas tiradas cômicas em que ela se dá mal. Como ser abocanhada por um tubarão assassino.
Tanto que as demais meninas-navio estão pouco se preocupando que San Diego foi engolida por um tubarão. Parece ser mais divertido enterrar a enfezada Hammann em uma montanha de areia com cara de um gato gordo.
Quem chega ali perto são Enterprise, Belfast e Unicorn. A porta-aviões americana fica sem entender nada. Afinal de contas, elas tinham acabado de sofrer um ataque violento, como que elas podiam estar ali brincando na areia como se estivessem de férias? Finalmente apareceu alguém com bom senso. Mas Belfast responde, dizendo que a diversão é tão importante como a responsabilidade de combater os inimigos.
Unicorn logo sai correndo para encontrar suas amiguinhas. Afinal de contas, ela estava super animada com as típicas brincadeiras de praia, como fazer castelinho de areia e cutucar água-viva.
Mas ela não quer brincar sozinha, e começa a acenar para que Enterprise a acompanhe.
Enterprise fica sem saber o que fazer. Já fica evidente que estão construindo uma típica relação dela com a pequena Unicorn, que está muito agradecida por ter sido salva dos bandidos no episódio de estréia. E também está mais claro que água que Belfast se tornou como a mentora de Enterprise, tentando incentivá-la a ser mais humana, e perceber que tem muito mais coisas na vida do que simplesmente ir para a guerra.
Embora eu sei que a maioria dos marmanjos que esteja por aqui deve estar lamentando que não veremos Belfast desfilar de biquini...
Enfim... Enterprise acaba cedendo e aceita o convite de Unicorn. Embora ela se limite a ficar sentada na areia, tomando conta do unicórnio de pelúcia da pequena porta-aviões inglesa, enquanto ela vai brincar na água. Para alguém que representa um navio, não esperava toda essa surpresa em ver água.
Neste momento, Unicorn agradece à Enterprise, por ter salvo a sua vida. Ela seria eternamente grata por isso. E diz ainda que o oceano é muito bonito.
Enterprise sorri, dizendo que fazia parte do trabalho delas como meninas-navio. E que sim, muitas pessoas tinham esse costume de dizer que o oceano era muito bonito. Como Yorktown, sua irmã, disse lá em cima. Mas ela mesma não conseguia enxergar essa beleza toda...
Do nada, o momento de ternura e reflexão é interrompido pelas meninas que estão lá na água, e que chamam Unicorn para jogar bobinho com elas, usando um pinto rechonchudo que elas tiraram da granja de engorda.
A pequena Unicorn fica meio apreensiva, mas Enterprise diz que não tem problema, e que ela pode ir brincar com suas amigas. E assim a porta-aviões americana e protagonista da animação tem o seu momento de solidão, enquanto olha o pôr-do-sol e sente a brisa oriental típica, como aquela que sempre vinha depois do Ryu ganhar a luta em Street Fighter.
Com o fim do dia, veio também a chuva. Era de se esperar, em uma ilha tropical é normal que do nada desabe uma tormenta dessas sem mais nem menos.
As meninas conseguiram sair da praia a tempo, mas não deu para ficar sem se molhar. E elas precisavam se secar o mais rapidamente possível, para não pegar um resfriado (considerando que aqui eu imagino que meninas-navio devem pegar resfriado). Laffey nem pensou duas vezes e sacudiu seus cabelos como se fosse um cachorro, molhando as suas amiguinhas Unicorn e Javelin. Mas ela deve estar fazendo isso de sacanagem, pois de nada adianta se sacudir debaixo da chuva...
Mas parece que elas se esqueceram de chamar Enterprise, que está parada na mesma posição enquanto toma chuva. Pombas, aí eu já acho babaquice, ela está só fazendo charme para aparecer no desenho, como se fosse uma guerreira destemida que fica impassível debaixo da chuva. Vai arrumar uma pneumonia, isso sim.
Tudo isso para dar trabalho para Belfast, que chega com um guarda-chuva. Sério, a cruzador/empregada deve estar fula da vida, tendo que ser babá de uma menina-navio crescida que não se alimenta direito e não cuida da saúde.
Enterprise começa a ficar um pouco incomodada, perguntando para Belfast porque ela não larga de seu pé. Tudo bem que aquela base só tinha garotas, mas ela não estava afim de um relacionamento lésbico, mesmo com uma bem dotada vestida de empregada francesa. Mas Belfast explica que tinham sido ordens da rainha, para acompanhá-la de longe... o que não estava fazendo muito bem, diga-se de passagem.
E tudo isso pois Belfast estava preocupada com a conduta de Enterprise, pensando somente em lutar e no combate, mas ao mesmo tempo sendo inconsequente com a sua própria segurança. Tal atitude seria prejudicial não apenas para Enterprise, mas também para todas as meninas-navio que a admiravam e acreditavam nela. Ela precisava controlar essa forma perigosa de viver e tentar perceber o que motivava elas a lutarem, e não apenas lutar por si só.
Belfast tacando um esporro. Apesar do jeito meigo, ela sabe soltar o verbo quando necessário.
Na base, Prince of Wales estava olhando a chuva, quando Cleveland chega correndo para avisar que tinham problemas. Estava na hora, o episódio já chega quase no fim, e ainda não tivemos a cena de ação do dia.
Era um pedido de ajuda de alguma menina-navio que estava passando por apuros e precisava de ajuda. Assim, Cleveland e Hammann se dirigem para o local do sinal. A destróier está puta da vida, pois tinha acabado de se secar e agora estava toda molhada de novo por conta daquela tempestade.
Enterprise imagina que as meninas-navio provavelmente estavam perdidas na tempestade, e Cleveland concorda, pois debaixo de chuva era muito fácil para alguém se perder. Mas, peraí! Cleveland pergunta o que diabos Enterprise estava fazendo ali, já que ela ainda estava precisando de reparos.
Belfast, que parece uma stalker que sempre está atrás de Enterprise, paga um mega esporro na porta-aviões, que aquilo era burrice. O correto era esperar até os reparos concluírem para assim voltar ao combate, mas Enterprise lembra que aquilo ali não era Kantai Collection, e a energia era recuperada depois de cada missão.
Que é uma das diferenças entre Kantai Collection e Azur Lane, como comentei quando comparei os dois jogos.
Depois de navegar um pouco, elas percebem que haviam alguns navios Sirens no local do chamado. Só que eles pareciam desativados, como se tivessem sido atacados ou a pilha tivesse gasta.
Hammann começa a ficar desesperada, imaginando que talvez os Sirens estivessem armando uma cilada, e que ela não queria ser afundada no meio de uma tempestade com as roupas todas encharcadas. Mas elas tinham a obrigação de ao menos verificar o que se passava.
Como já dava para imaginar, Enterprise assume a responsabilidade de protagonista e manda um "xá comigo", correndo em direção aos navios. Ou melhor, navegando.
Cleveland começa a xingar todos os palavrões que ela conhece. Puta merda, assim não dava! Se Enterprise ficasse toda hora querendo se mostrar, não ia ter espaço para nenhuma outra menina-navio aparecer mais no desenho. Sacanagem!
Belfast fica só olhando, refletindo sobre a atitude inconsequente de Enterprise e como poderia convencê-la a ser mais responsável. Ou está se perguntando porque ela não compra roupas que sejam mais adequadas para o seu tamanho titânico de busto.
Lá na frente, Enterprise dribla os destroços com a facilidade que um atacante avança contra a defesa do Íbis. Aparentemente não tinha nenhum navio funcionando, eram apenas restos de uma batalha em que os Sirens levaram a pior.
Mas finalmente ela percebe um navio de guerra diferente, que também parecia danificado mas ainda flutuava. Provavelmente era da menina-navio que enviou o pedido de SOS.
Subindo a bordo, Enterprise percebe que não parece ser um navio nem do Eagle Union ou da Royal Navy. E estava mais deserto do que passeata da esquerda.
Depois de alguns passos, ela finalmente encontra quem fez o pedido de ajuda. Eram duas jovens meninas-navio de uma pequena facção chamada Dragon Empery, que seria equivalente à China. Ning Hai é a que está desacordada por conta dos ferimentos, e Ping Hai é a sua irmã que está cuidando dela.
Bom, sabemos que a China não tinha marinha de grande destaque na Segunda Guerra, ainda mais considerando que boa parte dela tinha sido invadida pelo Japão. Ambas representam cruzadores leves que foram afundados em águas rasas antes do início da guerra, sendo incorporados à esquadra japonesa depois. E só estão em Azur Lane pois o jogo é de origem chinesa.
Ping Hai explica que elas haviam sido atacadas de surpresa pelos navios Siren, e tinham conseguido destruir todos eles. Mas sua irmã Ning Hai tinha sido muito machucada e mal conseguia navegar, tudo isso para protegê-la. Enterprise a tranquila, dizendo que suas amigas já estavam chegando para ajudá-las.
Nessa hora, Ning Hai começa a despertar, perguntando se Ping Hai está bem. E também questionando por que a deixaram ali na chuva, em vez de levá-la para debaixo de uma marquise.
Mas provavelmente não seria tão fácil. Pois um baita dum estrondo chama a atenção delas. E não era nem um trovão nem um peido dum gordo.
Era um dos navios Siren, que estava quietinho e apagado lá do lado, e que estava armando uma armadilha para aquelas idiotas, virando o seu canhão para atirar nelas.
Ning Hai diz que ela já está toda arrebentada, e pede para que sua irmã se mande dali. Mas Ping Hai fala que não, que era a vez dela de protegê-la. Mesmo que fosse necessário se sacrificar por isso. Atitude kamikaze da clone da Chun Li, algo que se esperaria se ela fosse japonesa.
Ao ver essa demonstração fraterna entre irmãs, Enterprise se surpreende...
... e se lembra de sua irmã Yorktown, que está de cama na base, e de suas palavras. Especialmente sobre a humanidade: pois, se Ping Hai fosse apenas um navio de guerra, ela não iria ficar ali para defender a sua irmã.
Com isso, ela decide fazer alguma coisa. Pulando na água, ela começa a xingar o navio Siren, dizendo que ele gosta de Pablo Vittar e de defumar linguiça com peido.
Por mais que possa ser absurdo provocar um navio, parece que os xingamentos de Enterprise funcionaram, pois ele começa a virar o seu canhão para atirar nela. Afinal, acusá-lo de gostar de Pablo Vittar era muita sacanagem.
Enterprise decide lançar seus aviões... mas, danou-se. Pois ela se esqueceu que seus armamentos ainda estavam quebrados, soltando um monte de faíscas que provavelmente fariam ela levar um mega choque. Mas acho que ela já apanhou bastante no outro episódio, então ela escapa dessas só com seu orgulho ferido.
Mas não por muito tempo... pois o navio Siren já largou o aço. Mas tem alguém pulando lá atrás que deve salvar o dia (de novo).
Já dava para imaginar que era Belfast, disparando dois foguetes flamejantes para destruir o projétil disparado pelo navio Siren. Já é a segunda vez que ela salva a vida de Enterprise, mais uma e ela vai ter como pedir música no Fantástico.
Acontece que Belfast não quer saber de nada que venha da Globo. E decide terminar a peleja, disparando uma salva de torpedos para afundar aquele navio Siren de uma vez por todas.
Fim de papo. Isso que deu confiar que aquelas meninas-navio chineses eram fortes o suficiente para enfrentar os Sirens. Afinal de contas, sabemos como que tudo que é xing-ling não é muito confiável que funcione.
A tempestade finalmente passou, convenientemente na hora em que o inimigo foi destruído... Assim, a esquadra pode voltar para a casa de boa. E digo novamente como que o pessoal da arte desse desenho teve uma atenção para desenhar os navios da forma correta.
Ning Hai segue machucada, mas vai sobreviver, nada que um pouco de descanso não resolva. Cleveland sugere que Hammann e ela se mandem dali, pois elas não sabem nem colocar band-aid. Além disso, já está na hora do almoço, e era terça do taco.
Lá perto, Belfast se desculpa a Enterprise, pois ela havia se precipitado em seu julgamento. Mas agora ela havia percebido que a porta-aviões, embora muito forte e determinada, tinha um coração doce, por essa razão ela havia se arriscado para proteger as meninas-navio chinesas.
Acontece que o exterior mais forte não deixava esse lado mais humano aparecer. Assim, Belfast presta uma reverência e diz que pode ensinar Enterprise a se comportar como uma verdadeira dama. Pois aquele jeitão todo bruto, ainda mais com aquele chapelão, parecia coisa de homem.
E aí ela dá aquela olhadinha meiga, para convencer a americana de aceitar sua ajuda. Provavelmente dando aquela espremida nos melões, mas que ficou fora do foco da câmera, para a tristeza da galera que está babando por Belfast.
Diante do comentário da cruzador/empregada, Enterprise responde com um WTF.
Assim terminamos o episódio de hoje. E já adianto que essa relação entre Enterprise e Belfast será uma constante ao longo da série. Na minha opinião, de forma exagerada e repetitiva, sempre mostrando a porta-aviões americana como alguém inconsequente e que só pensa em lutar, e a cruzador inglesa insistindo em aflorar a humanidade na sua protegida. Vamos ver o que acontece no próximo capítulo, se terá um pouco mais de ação.
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