Quem Lacra, Não Lucra!

Tem coisas que não dá pra ficar calado. Mesmo que possam parecer bobas, mas eu realmente me vejo na posição de comentar a respeito de mais um caso recente, que envolve o ódio mortal da esquerda pelo Bolsonaro e a ideologia politicamente correta que está destruindo a nossa sociedade. E o alvo da vez é o Burger King.


Talvez eu venha a ser hostilizado por essas pessoas, mas vamos em frente. Afinal de contas, existe o direito à liberdade de expressão, não é mesmo? Independente de sua posição política. Quem quiser defender a rede de fast-food, fique à vontade. Mas permitam também que eu faça a minha crítica.

Vamos fazer um breve histórico para explicar a situação... No início do ano o Banco do Brasil colocou no ar uma propaganda sobre seu novo sistema para abertura de contas, que pode ser feito no celular. Mas o comercial parecia se focar muito pouco nessa facilidade, priorizando na prática a exibição de estereótipos bem exóticos, buscando celebrar a diversidade. Ou seja, na propaganda tinha aquele pessoal de estilo "moderno", tipo com cabelo pintado de rosa, barba de lenhador, cobertos de tatuagens e logicamente com a presença de gays e transsexuais.


Na boa... mesmo antes da polêmica eu via esse comercial e achava escroto pra cacete. Nem parecia propaganda de banco. A justificativa era atrair o público jovem com uma apresentação mais informal e liberal, usando uma linguagem mais descontraída e mostrando individuos com os quais o público-alvo se identificaria.

Mas na verdade a peça publicitária tinha um ar muito mais de ser "lacradora".


"Lacrar", no linguajar atual, é como "dar o recado", "passar uma mensagem", geralmente quando ela é contrária aos padrões mais conservadores da sociedade. É a forma que os politicamente corretos adoram usar para expor suas opiniões, para contestar os padrões mais comuns.

Imagino que existam 673.459.124 maneiras de você apresentar um produto como abertura de conta online pelo celular. Tivemos já vários comerciais semelhantes, inclusive alguns do próprio Banco do Brasil, tipo um que a mãe vai na loja com as filhas adolescentes e elas a ensinam a pagar a compra pelo celular. Tem outro, acho que do Banco Original, onde dois adolescentes (normais, sem nada chamando a atenção, sem "celebrar a diversidade"), conversam sobre a diferença entre bancos, e o carinha do banco online diz que o seu realmente não tem certas coisas que o banco físico possui... como filas.

Ou seja, dá pra fazer uma propaganda para vender o produto sem a necessidade de "lacrar". Mas não foi a escolha tomada pelo Banco do Brasil. 


Aí teve a polêmica. Pois o Banco do Brasil é uma entidade estatal, e dessa forma muitas de suas despesas são pagas com dinheiro público, incluindo propagandas. E mesmo que a verba de tal comercial viesse de investimentos privados (o que eu duvido muito, considerando o custo de 1 milhão de reais), é de se esperar que organizações públicas sigam orientações e preceitos definidos pelos governos. Tipo, ninguém ia gostar se o Lula viesse lá com um discurso defendendo os direitos do trabalhador e a Petrobras, por exemplo, fizesse uma propaganda criticando a postura dos sindicatos. É a mesma coisa quando um Bolsonaro se elege defendendo valores mais conservadores  e um banco estatal venha a criticar esses mesmos valores. 

Em outras palavras, não é muito legal que uma entidade pública que recebe dinheiro do Estado adote uma postura contrária ao mesmo Estado. No mínimo é algo inconsistente e incoerente. Tipo, socialista defendendo igualdade para todos mas que viaja de primera classe no avião...

Diante dessa situação, ao considerar errado um órgão público usar dinheiro público para pagar um comercial lacrador incentivando valores que não representam o pensamento da maioria do povo que o elegeu, o Bolsonaro mandou cortar a propaganda.


E com isso, a mídia tradicional, a esquerda que se acha dona da razão e a minoria politicamente correta vieram ao desespero, gritando "censura".

Ninguém achou errado a Maria do Rosário exigir que o Danilo Gentilli tirasse a sua piada do ar, ninguém reclamou quando ele recebeu ordem de prisão por isso. Também ninguém achou errado quando o STF mandou tirar do ar a notícia de que o Toffoli era o "amigo do amigo do meu pai". Aí ninguém achou que era censura. Deve ser diferente, né?

Enfim, as pessoas se revoltaram com a decisão do Bolsonaro. Começou aquele coro manjado de "Bolsonaro é racista e homofóbico", de que ele é contra a diversidade. Todo mundo ficou puto da vida, reclamando pelos cantos com a "censura" ao comercial inclusivo, hostilizando aqueles que defenderam a decisão do presidente. 

Pessoalmente, eu concordo com a decisão do Bolsonaro.


Eu acho que as pessoas estão muito preocupadas com essa ideologia de politicamente correto, e o Banco do Brasil usou o comercial para promover essa idéia. Tá na cara que o objetivo principal não era mostrar a abertura de contas pelo celular, mas sim "lacrar". Se não tivesse o logotipo do BB, provavelmente muitos nem iriam se dar conta de que era comercial falando de conta bancária. O diretor de marketing do banco, que foi demitido depois desse caso, certamente estava mais interessado em agradar aos interesses de uma minoria politicamente correta que deseja impor suas idéias na população. 

O que eu acho engraçado nessas pessoas é que tentam transformar um perfil que é minoria em um padrão. Você olha a propaganda e 100% das pessoas que aparecem ali são alternativas, com estereótipos que representam uma parcela muito pequena da população. Não se trata de um comercial inclusivo para a diversidade, mas sim para passar uma imagem que essas minorias são as únicas a serem retratadas. Os "alternativos" não são apenas parte de um todo, mas são o todo no mundo idealizado pelo marketeiro do Banco do Brasil.


Em nenhum momento eu estou aqui dizendo que as minorias não devem ter vez. Mas, como o nome sugere, são minorias. É necessário aceitar que certos grupos estão sim em menor número, se comparados com outros. Na vida é assim. Não significa dizer que esses grupos sejam inferiores aos outros somente por serem minoria, ninguém aqui (nem eu e nem o Bolsonaro) está dizendo isso. O que eu considero errado é dar espaço somente para essas minorias, colocá-las em uma evidência muito maior do que elas representam, torná-las majoritárias sobre aqueles que são maioria de fato.

Por exemplo, considerando pesquisas relativamente recentes, tem-se que cerca de 7,5% da população brasileira se enquadre como LGBT+. Ou seja, pouco menos de 10% da população do Brasil não é heterossexual. Em outras palavras, são minoria, quer dizer que 92,5% do povo brasileiro é heterossexual. Mas, se você considerar a visão dos politicamente corretos e sua percepção utópica da realidade como no comercial do Banco do Brasil, é como se o país fosse composto em quase sua totalidade por pessoas que não seguem um relacionamento típico entre homem e mulher.


Não é assim que funciona... Podem não gostar, mas lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e outras denominações representam a minoria. Os números estão aí para provar que a esmagadora maioria da população é heterossexual. 

Podemos fazer diversas outras comparações. No final, chegaremos à mesma conclusão: as pessoas apresentadas no comercial do Banco do Brasil não representam um universo proporcionalmente equivalente à realidade de nosso país. A imensa maioria não se vê representada naquela propaganda. 


"Ah, seu texugo escroto! Você não sabe de nada! Se fossem poucas pessoas como você diz, não teria tanta gente reclamando!"

Acontece que tem muita gente reclamando porque foi o Bolsonaro quem disse isso. Como já cansei de falar, o problema aqui não é defender a diversidade, não é combater a homofobia. O interesse maior desses aloprados da mídia tradicional e da esquerda é criticar o presidente não importa o que ele faça. Pode ter certeza de que teve muita gente gritando diante desse caso que está pouco se fudendo pra inclusão, está cagando e andando para os direitos das minorias. Não duvido que tenha muita gente que achava o comercial escroto e sem graça, mas como foi cortado pelo Bolsonaro, passou a vê-lo como uma obra de arte melhor do que a Mona Lisa. E tenho certeza de que deve ter muita gente aí xingando o Bolsonaro de racista e homofóbico (algo que até agora ninguém conseguiu provar), mas que no dia-a-dia adotam uma postura preconceituosa.


Bolsonaro manda tirar um comercial do ar e esses imbecis o chamam de homofóbico; Lula diz que Pelotas é exportadora de viado e os mesmos imbecis batem palminha...

Em todo caso, tudo isso foi apenas para dar a introdução ao real motivo da postagem. Passadas algumas semanas depois que o comercial foi tirado do ar, e depois da patrulha politicamente correta ter gasto toda a sua saliva reclamando do presidente, o assunto voltou à tona graças a outra propaganda. Essa muito mais singela, na verdade uma postagem nas redes sociais do Burger King, convocando pessoas para um novo comercial.


Isso mesmo... Um dos "pré-requisitos" é ter participado de um comercial de banco que tenha sido vetado e censurado nas últimas semanas... Em uma clara referência ao episódio do Banco do Brasil.

Honestamente, eu fico pensando como que o autor dessa idéia deve ter se sentido. Deve ser um esquerdista que estava louco pra alfinetar o presidente, e que certamente teve orgasmos múltiplos ao colocar tal postagem no ar, certo de que "lacrou".

Alguns diriam que sim, isso foi um "lacre" excelente para calar a boca do presidente. Outros podem até se esquivar um pouco da questão política e ideológica (que na minha opinião está muito clara nessa propaganda) e tentar ir pela linha mais fria da comunicação, dizendo que foi um oportunismo perfeito e uma ótima sacada de marketing. 

Eu acho uma babaquice...

Sério, se o Burger King gosta tanto de defender a diversidade, fiquem à vontade. Nada os impediu de fazer isso. É só ver os comerciais deles para ver que há muito tempo eles usam um monte de gente alternativa, embora eu tenho a ligeira impressão que esses estereótipos das minorias tenham uma participação relativamente restrita nas propagandas, pelo menos até então.


Mas fazer essa piadinha lacradora... perderam uma ótima oportunidade de ficarem calados.

Cada vez mais eu percebo uma coisa: o pessoal da esquerda gosta de conflito, tem uma necessidade de brigar e discutir. Qualquer assunto tende a ser politizado, criando aquele cenário de "nós contra eles", buscando agredir e atingir os "inimigos" de todas as maneiras. Tanto que quando eles perdem a razão, o que sempre acontece quando confrontados com fatos, eles partem para a agressão. Quem nunca discutiu com alguém da esquerda que, quando ficou sem argumentos, começou a xingar? 

E essa busca pelo enfrentamento, juntamente com o desejo de "lacrar", levou ao Burger King seguir por essa linha. Qual era a necessidade de colocar como requisito que a pessoa tivesse participado de um comercial censurado? Por que tem que ser essas pessoas? Um bom ator ou atriz não pode, só vão aceitar aquela negra careca ou a maquiada da propaganda do Banco do Brasil? Se esse é o critério, qual será o objetivo desse suposto comercial que a rede de fast-food pretende lançar?

O Burger King não ganha em nada com essa atitude. Apenas se prestaram ao papel de idiotas.

A começar quando vemos a reação do próprio Bolsonaro. Provavelmente muita gente (incluindo as pessoas do Burger King por trás da postagem) estava esperando uma reação explosiva do presidente, criticando a proposta. Mas quebraram a cara.


Isso mesmo. O Burger King é uma empresa privada. O dinheiro é dela, e usa como quiser. É diferente de uma empresa ou entidade pública, cujo dinheiro vem do contribuinte, da população. 

Se o Burger King quiser colocar todo o elenco da propaganda do Banco do Brasil em um comercial, não tem nada demais. Se a partir de agora todos os atores e atrizes que apareçam em suas publicidades sejam alternativos, sem problemas. Mais uma vez repito, o dinheiro é deles, e usem como quiserem, mesmo que seja para "lacrar" e fazer discurso ideológico politicamente correto.

Agora... saibam arcar com as consequências disso...


Pois é. Depois dessa tentativa lacradora, não demorou para que muitas pessoas começassem a promover um boicote ao Burger King. Tudo isso ao perceber que a rede de fast-food adotou uma postura errada ao promover um ataque gratuito ao presidente, acusando-o indiretamente de ser racista por ter removido a propaganda do Banco do Brasil do ar. 

Parte de mim até enxerga esse tipo de boicote como um pouco de exagero. Mesmo achando a postura do Burger King muito escrota, penso que não precisa chegar tanto nesse ponto. Até porque fica difícil termos certeza se esse tipo de posição político-ideológica é predominante em toda a corporação. Pode ter sido apenas uma meia dúzia de babacas do marketing que inventou essa postagem e colocou no ar, não refletindo a opinião real da empresa. Um boicote desse tipo pode ter consequências ruins para centenas de trabalhadores que não tem nada a ver com isso, muitos deles que provavelmente acharam que tal post foi muito sem noção.


Por outro lado, parte de mim concorda com esse tipo de reação. Pois mesmo que tenha sido uma opinião isolada de poucas pessoas, ainda assim é a marca Burger King que está por trás disso. De novo, eles criaram uma polêmica sem a menor necessidade, não acrescentou em nada. Se a direção se sensibilizou com o caso do Banco do Brasil e quiseram de alguma forma dar uma chance para aqueles atores e atrizes do comercial, não tem problema. Que os colocassem todos em uma nova propaganda, aposto que ninguém iria ficar chateado, provavelmente quase ninguém ia perceber que eram os mesmos atores que participaram do comercial do banco.

Porém, ao fazer essa tentativa de indireta, ao citar o caso... bom, fica evidente que o objetivo da postagem não tem nada a ver com vender hamburger, nem pra falar de inclusão e diversidade. O objetivo era político e ideológico. Queriam mesmo ironizar e provocar o presidente e seus eleitores.

Aí o boicote é muito bem-feito. O Burger King não é partido político, e deveria se colocar distante dessas questões. O negócio deles é vender sanduíche, e deveriam ter se focado nisso, se colocando em uma posição neutra diante dessas situações. Se eles querem se apresentar como opositores do governo, se eles acham necessário adotar uma postura corporativa que seja favorável a apenas um dos lados da política, então precisam aprender que o outro lado não vai ficar satisfeito. E que lidem com as consequências, como o boicote.


Das duas, uma: ou eles consideram que podem sobreviver vendendo apenas para aqueles que odeiam o Bolsonaro, ou então vão começar a ter prejuízo. Só que, diferente de uma empresa pública, se eles ficarem com prejuízo, será de responsabilidade deles. 

A realidade é bem como o título de minha postagem diz: quem quer lacrar, aqueles que preferem priorizar ideologia e discurso politicamente correto, vai acabar não lucrando. Digo de novo, o Burger King perdeu uma grande oportunidade de ter ficado quieto, teria sido muito melhor não gerar essa polêmica, pois quem vai perder muito com isso são eles mesmo. Fazer esse tipo de agressão gratuita contra o pensamento da maioria da população é na minha opinião uma grande burrice, uma postura inconsequente. São vários exemplos aí de empresas e programas de televisão que tentaram "lacrar", querendo enfiar os conceitos politicamente corretos na garganta da população à força, e que depois sofreram as suas consequências. E se a rede de fast-food não agir rápido pra corrigir a cagada que fizeram, eles serão os próximos...

O que seria uma pena. Pessoalmente eu até gosto dos lanches deles. Mesmo não sendo muito chegado a fast-food, eu prefiro de longe comer alguma coisa no Burger King do que no McDonald's ou no Bob's. Mas, até que eles deixem de lado essa postura ideológica e essa necessidade lacradora, não peço nem um pacote de ketchup deles.

Comentários

sammy disse…
Burguer King? Não foi nesse lugar que o funcionário pisava na salada e colocava nos hambúrgueres?
Tá explicado...
BK não. BK nunca mais.
eu disse…
A rede bk na época das eleições ja tinha enfiado o dedo em politica,quando um cliente tentava colocar 'Bolsonaro'no tolken e era impedido,o mesmo não acontecia quando se tentava colocar o nome do outro candidato poster ou até mesmo daquele quase candidato presidiario.