Não É Pela Educação...

Tem horas que eu me emputeço. Eu fico vendo certas pessoas, incluindo muitos conhecidos do trabalho, da faculdade, do colégio e mesmo da família, que se prestam ao papel de serem "idiotas úteis". Para quem não conhece, esse termo se refere àquelas pessoas que se permitem serem manipuladas pelos representantes da esquerda, geralmente aderindo à manifestações que supostamente tratam de assuntos de importância, mas que na prática só tem interesse político-ideológico. Honestamente, chega a ser triste ver pessoas que eu conheço, que são inteligentes e que acreditava terem valores corretos, que se prestam a esse papel ridículo.


Hoje é dia de manifestação em "defesa da educação". Tudo isso porque o governo do Bolsonaro, o racista que tem um grande amigo negro, o machista que durante a posse falou depois da esposa, supostamente vai acabar com a educação, que vai fechar universidades e tirar a bolsa de pesquisa científica de vários estudantes fazendo estudos importantes para o país.

Assim, toda uma massa de alunos, professores, servidores, pais e a sociedade em geral protestou neste 15 de maio, indo às ruas em defesa da educação...

Sério... eu me divirto com essa turminha...


Eu não poderia deixar de comentar sobre esse assunto. Mas o meu foco é olhar por uma ótica diferente. Meu objetivo aqui não é discursar em detalhes sobre a educação, o meu foco será outro. Mas, para mostrar que sim, eu me preocupo com a educação (certamente muito mais que o pessoal que foi nessa manifestação), faço primeiro um breve comentário a respeito do tema.

Fato: o país está no vermelho. Sem dúvida ainda é herança do governo "maravilhoso" da estrelinha vermelha, mas deixemos as causas de lado por um momento. O que é indiscutível é que não tem dinheiro, o Brasil está quebrado. E, da mesma forma que uma pessoa consciente faria se estivesse nessa situação em sua vida particular, o governo precisa conter gastos e gerar renda. Várias iniciativas estão sendo feitas para isso, entre elas a proposta da reforma da Previdência, tentando reduzir os gastos faraônicos com a aposentadoria do setor público, que recebe muito, contribui pouco e tipicamente trabalha menos ainda. 

Mesmo assim, diversos setores precisam contribuir com esse contingenciamento. E a educação não ficou de fora.


Lembrando aos petralhotários acéfalos que não sabem um mínimo de Português, existe uma grande diferença entre "corte" e "contingenciamento". Cortar é algo mais definitivo, é de fato reduzir as despesas de forma mais direta; contingenciar é temporário, seria mais como segurar os gastos de forma provisória, algo que pode deixar de ocorrer em uma situação mais favorável que venha a se apresentar no futuro.

Eu acho que uma forma fácil de ver isso é trazer essas questões para a nossa vida pessoal. Por exemplo, suponha que você perceba que todo mês está ficando no vermelho, com mais dívidas do que o seu salário permite. Em uma situação dessas, geralmente você vai fazer cortes, não é? Tipo, vai cortar a TV a cabo, para economizar. Por sua vez, o contingenciamento seria semelhante a segurar uma despesa por um tempo, e depois avaliar se ela seria de fato cortada ou não. Imaginemos um exemplo, você quer sair com sua namorada, mas a grana tá curta no momento. Assim, talvez você não saia nesse fim de semana, mas depois de duas semanas, quando o salário cair e for possível ter um dinheirinho para um programa, aí você sai com ela. Ou aquela viagem ao exterior, que você dá uma segurada quando surgem despesas inesperadas em sua casa, para citar outro exemplo.


É a mesma coisa... acontece que para pessoas movidas por interesses político-ideológicos que odeiam o Bolsonaro (incluindo aqui boa parte da mídia tradicional), é mais interessante considerar que esse contingenciamento é na verdade um corte. E ainda vão além: por exemplo, chegam a dizer que o ministro da educação vai fechar universidades, quando isso nunca foi dito. 

Acontece que a esquerda sempre trabalhou assim, usando a força da propaganda. Como dizem, uma mentira repetida inúmeras vezes acaba se tornando "verdade"...

É só você ver o que se noticia: dizem que será um corte de 30% da verba da educação. Mas não é bem assim. Uso como referência uma fonte "isenta", que é esse site aqui do G1. "Isenta" pois sabemos bem a postura que a rede do Plim-Plim tem com o Bolsonaro, mesmo sendo chamada de golpista pelos esquerdinhas. Faço questão até de tirar um print, pois nunca se sabe... Nesses tempos em que a mídia tradicional em geral promove um desserviço à informação, é interessante registrar o que eles disseram.



Vejamos bem... Em nenhum momento tem-se nada de 30%. O que está sendo proposto é o contingenciamento de aproximadamente 25% das chamadas verbas "discricionárias", que não são obrigatórias. Excluem despesas com pessoal e com alunos. Essas verbas representam cerca de 3% do orçamento das universidades, e novamente reforço: trata-se de um contingenciamento, e não de um corte. Em termos absolutos, é algo em torno de 1,7 bilhões de reais. 

O que acontece é que para aqueles com interesses político-ideológicos, é sempre interessante apresentar a notícia de uma forma que seja mais útil para esses interesses. O mesmo G1 da Globo há poucos dias atrás falava que seriam 30% cortados da universidade. Logicamente, para atacar o governo, é muito mais interessante "enxergar" os 30% dessa forma, como um corte, do que como realmente é, cerca de 3% de contingenciamento. 

Nesse momento, alguém pode vir aqui e me perguntar: "Mas, Texugo... afinal de contas, você é contra ou a favor desse contingenciamento? De uma maneira ou de outra, é menos dinheiro para a educação...".


Por mais que possa parecer falta de educação, respondo com outra pergunta: os recursos públicos que as universidades recebem do governo, eles são suficientes para que elas desempenhem suas funções de maneira adequada? É menos do que elas precisam? É mais? 

Para responder a primeira pergunta, temos que responder essa antes de tudo.

Antes de nego botar camisa do Che e ir pras ruas acusando o Bolsonaro de acabar com a educação, eu acho que nós, como sociedade, temos que olhar de forma crítica para o estado em que a educação superior no Brasil está, o que ela está produzindo e a qualidade do que está saindo dali, sejam os profissionais formados, seja a pesquisa científica realizada. Principalmente pelo fato de que as universidades públicas são bancadas com o nosso dinheiro. Não podemos pensar somente no recurso, dizer se é muito ou pouco simplesmente não dá, precisa entender como que esses recursos estão sendo usados.

Suponha que uma faculdade receba 100 milhões. E ela use todo esse recurso. Se essa faculdade tem um bom rendimento, se vemos que os alunos formados são reconhecidos no mercado, se vemos que suas instalações estão inteiras, se ela produz artigos científicos que são de grande utilidade... podemos entender que o recurso é suficiente. Não precisa cortar. Também não precisa a princípio investir mais. a não ser que se deseje aumentar o volume do bom desempenho que ela já apresenta.

Agora, imagine que outra faculdade receba 100 milhões. Mas que não são suficientes, vemos que os alunos não têm aula, não é feita pesquisa de importância, salas e laboratórios estão caindo aos pedaços. Significa que precisa investir mais nelas?


Não necessariamente... essa decisão depende de uma avaliação de como aqueles 100 milhões estão sendo usados. 

Se eles estão sendo usados de forma adequada, se é constatado que não existe desperdício, que professores e alunos se esforçam para "tirar leite de pedra", é indicativo que sim, falta recurso. Quer dizer que, por algum motivo, essa universidade está recebendo menos do que precisa, e dessa forma o investimento deve ser reajustado para que ela receba o necessário.

Agora, se vamos na universidade e vemos que a sala de aula tá toda fudida, mas tem uma sala para os servidores novinha, com ar condicionado, televisão de tela grande e mesinha de sinuca... se vemos professores de dedicação exclusiva, que deveriam ficar direto na universidade, mas que só dão a sua aula e depois se mandam... se falta recurso em laboratório mas todo mês tem uma choppada do diretório acadêmico... se vamos no banheiro e não tem papel higiênico pro aluno limpar a bunda mas gastou-se uma fortuna com a realização de eventos do MST às vésperas da eleições...


Aí não tem que dar mais dinheiro. Tem que revisar os gastos, cortar os desperdícios e corrigir o mau gerenciamento. E, se necessário, reduzir a verba sim. Pois, imagine que a universidade precise na verdade de 80 milhões em vez de 100, e o excedente está sendo usado para bancar mordomias de servidores, promover pesquisas sem nenhum propósito científico e incentivar discurso político-ideológico nas dependências da universidade... Ou seja, coisas que nada tem a ver com a educação. Nesse caso, tem que cortar. Dinheiro da educação deve ser usado para a educação.

E convenhamos: aqueles que estudaram em universidades públicas e que não se permitiram serem manipulados pelo discurso de esquerda, sabem que o que eu estou falando é verdade. Muitos desses exemplos eu vi com meus próprios olhos. 

Mas... estou começando a fugir um pouco do objetivo da postagem. Comentei já bastante sobre essa questão nesse post recente, e devo ter feito outras postagens sobre o assunto (estou com preguiça de procurar aqui no blog). Eu vim aqui hoje para falar mais a respeito da manifestação em si. 


Pois eu questiono se essas manifestações em todo o Brasil realmente estão lutando pela educação.

Afinal de contas, por que nos protestos tá cheio de faixa dizendo "não à reforma da previdência"? O que isso tem a ver com a educação? Até onde eu sei são coisas independentes, embora seja tudo dinheiro público cada uma representa uma fatia própria do orçamento do Estado. Me expliquem então por que mencionar a previdência nesse caso?

Fica melhor ainda: pois até faixa de "Lula livre" teve nos protestos...


Na boa, com todo o respeito... Mas pessoas usarem o nome de um criminoso analfabeto que mal se formou no primário durante uma manifestação supostamente em defesa da educação é tão sem noção como ir numa churrascaria pra só comer salada.

Na minha concepção, o conceito de educação é algo apartidário. Trata-se de uma questão fundamental da sociedade e da nação, que todos devem estar atentos. Assim, na minha opinião eu acho errado que uma manifestação qualquer que se apresente como em defesa da educação tenha a presença de bandeira de partidos. Sejam eles quais forem. A discussão sobre a educação deve ser livre de traços político-ideológicos.


Mas não é assim que acontece aqui... Pois os partidos de esquerda, como PT, PDT, PSOL, PC do B e da puta que pariu, se apresentam como se apenas eles defendessem a educação. Da mesma forma que outras questões importantes, como o racismo por exemplo. As pessoas que seguem a ideologia socialista se enxergam como os únicos que defendem essas coisas, chegando ao ponto de praticamente exigir que aqueles que façam parte de um determinado grupo sigam também a mesma orientação política.

Quem aqui cursou universidade pública e não se deixou levar pela esquerda sabe o que eu estou dizendo. Eu mesmo fui muitas vezes hostilizado na minha faculdade, apenas pelo fato de falar que eu não concordava com o PT. 

Aí, vendo esses protestos, em que a maior parte das palavras de ordem é para pedir a libertação do Lula ou o impeachment do Bolsonaro, pra mim deixa claras as motivações políticas de tais manifestações.

Não acredita? Então vamos voltar um pouquinho no tempo...

Durante o primeiro reinado de Inácio I, em que ele estufou o peito para dizer que a verba do pré-sal seria revertida para a educação, mais de 20 bilhões deixaram de ser aplicados para a mesma. O grande prejudicado foi o ensino básico, que já passava por maus bocados e estava na miséria. Decisão de um governo liderado por uma criatura que se orgulhava de não gostar de ler. O pior é ver como muita gente acreditava na historinha de que ele colaborou com a educação...  


Em 2011, ainda com o pai dos pobres como presidente, o MEC sofreu um corte de cerca de 3 bilhões de reais (mais do que os 1,7 bilhões de hoje, sem considerar correção monetária). Inclusive, adivinha quem era o ministro da educação naquela época? O poste Haddad, que certamente estava hoje protestando em defesa da educação...


Em 2015, depois de ter sido reeleita, a mulher mais honesta do Brasil e estocadora de vento Dilma Roussef cortou mais de 10 bilhões da educação. Isso com o slogan de "Pátria Educadora", promovido por uma retardada que mal sabe conjugar o verbo "ser". 


Enfim, só nessa rápida pesquisa de fatos que ocorreram durante esses últimos anos, podemos ver que o governo do PT, que sempre pensou no povo, chegou a cortar (cortar mesmo, não contingenciar) mais de 30 bilhões de reais da educação. Quase 20 vezes mais do que o MEC está propondo segurar agora. 

Você se lembra de ver essas pessoas, que hoje foram às ruas pedir a cabeça do Bolsonaro, protestarem na época?


Nem eu.

Me expliquem, por quê?

...

Ninguém explica. O silêncio da esquerda é ensurdecedor nestes momentos... Ou então partem para a agressão, como é típico quando eles não têm argumentos.

Tipo, outro dia estava discutindo com um colega de trabalho sobre isso (o cara é petista, vermelho até a alma). E a resposta foi esbravejar, me xingar de tudo o que tinha direito. Dizia que não tinha nada a ver, que isso não justificava os cortes que o "Bozo" estava fazendo na educação.

Não estou perguntando isso pra justificar pôrra nenhuma. Eu estou querendo é saber por que antes ninguém achou ruim quando o PT cortou mais de 30 bilhões da educação, e só agora que o governo do Bolsonaro propõe contingenciar pouco menos de 2 bilhões essas mesmas pessoas marcharam para as ruas em defesa da educação.

E depois tem a cara de pau de dizer que não tem nada a ver com política? Olha aqui uma garrafinha de óleo de peroba pra vocês esfregarem nos cornos.


Tem outra ainda que eu não posso deixar passar, essa em especial para as pessoas que estão tão preocupadas com a pesquisa científica. Pois é, do nada a sociedade começou a se interessar por ciência, cheio de gente nas ruas defendendo as pesquisas que são realizadas nas universidades, dizendo que elas são importantes para o futuro. 


Muito legal esse engajamento da comunidade científica nacional. Eu concordo, a pesquisa é de grande importância para o país, podendo não só ajudar a sociedade em geral como também a economia, melhorar processos e produtos. Países que são grandes potências mundiais conseguiram chegar nesse ponto graças ao investimento em ciência.

Claro, quando eu digo isso me refiro à pesquisa de verdade. Estudos como esse aí de baixo, pra mim são totalmente desnecessários, não passam de perda de tempo e desperdício de dinheiro público.


Para aqueles que estiverem com preguiça de clicar, eu reproduzo aqui o título: "A folia dos cus prolapsados: pornografia bizarra e prazeres sexuais entre mulheres". 


Sim... isso mesmo... a mulher fez uma dissertação de mestrado sobre pessoas que fazem "relações sexuais" ao colocar seus intestinos para fora. Provavelmente recebendo bolsa.

Eu não tive nem curiosidade nem coragem de procurar por isso na internet, e recomendo que você faça o mesmo.

Pesquisa científica, né? E eu achando ruim vagabundo fazendo trabalho "científico" sobre relações homoeróticas em banheiro de rodoviária ou sobre os vídeos do Felipe Neto no Youtube. Sempre tem como piorar...

Mas, enfim. Vamos ignorar por um momento que tenha gente realizando "pesquisas científicas" sobre pessoas com os rabos ao avesso. Por um breve momento vamos acreditar que sejam realizados muitos trabalhos em universidades e centros de pesquisa, que seriam ameaçados pelos supostos cortes da educação, e isso justifica os protestos.

Bom, meus caros defensores da ciência... Onde vocês estavam em 2015, quando o MST invadiu um centro de pesquisas em bioengenharia e destruiu o equivalente a 15 anos de pesquisa em mudas de árvores destinadas a estudos para produção de celulose?


Por que será que nenhuma das pessoas que hoje foram às ruas protestaram contra esse ato covarde de uma organização terrorista? Por que ninguém se preocupou com a pesquisa naquele momento? Por que não houve revolta da comunidade científica diante desse caso?

São coisas assim que mostram que no final das contas o que importa é a questão político-ideológica. Ninguém nunca esteve preocupado com a educação, pois se estivessem esses babacas que foram hoje protestar teriam ido para as ruas também protestar contra decisões piores de outros governos. Mas não o fizeram porque na época quem mandava no país era o PT, o partido deles. Canso de dizer isso aqui, a esquerda é muito canalha e escrota, defendendo um conceito de certo e errado que é determinado não pelo ato em si, mas por quem o pratica.

Se é o PT quem corta da educação, não tem problema; se é o Bolsonaro contingenciando temporariamente a verba, sobem pelas paredes reclamando.


Eu acho que é importante que a sociedade discuta sobre a educação. Tem muita coisa que precisa ser melhorada, que precisa ser corrigida. Em nenhum momento estou dizendo que esse governo é perfeito, mas temos que entender a necessidade do Estado em controlar custos, como sempre foi feito. Isso envolve segurar temporariamente parte da verba como está sendo proposto, envolve também uma melhor gestão do dinheiro público, evitando gastos desnecessários com regalias para professores e servidores, com corrupção e com incentivo à pesquisas sem nenhuma contribuição de fato para a sociedade. E pode envolver cortes também, por que não? Se após uma avaliação criteriosa for identificado que existem faculdades recebendo mais do que precisam, a verba delas deve ser cortada sim, e direcionada para outras universidades que precisem mais, para o ensino fundamental ou até mesmo para outra área do Estado que esteja precisando mais no momento.

Porém, enquanto continuar essa babaquice promovida pela esquerda, bradando a bandeira da educação somente quando convém ao seu discurso político, juntamente com um monte de bestas que acreditam na conversa fiada deles e se rebaixam à "massa de manobra" quando vão nessas manifestações... Aí não tem discussão sobre educação, mas sim embate político. E que não vai contribuir em pôrra nenhuma com a educação...

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