Filósofos e Sociólogos Revoltadinhos

Tem horas que eu tento reduzir um pouco as postagens de política. Porque eu acho que esse é um assunto enjoado, principalmente pelo fato de que eu tenho consciência de que minha posição é mais para o lado da direita, e com isso eu terei que argumentar com as pessoas da esquerda. E sabemos bem que discutir com a esquerda é como jogar xadrez com um pombo: ele não vai seguir as regras, vai derrubar todas as peças, cagar no tabuleiro e depois sair de peito estufado, achando que ganhou. Discutir com esquerdista é bem assim, são pessoas que vivem em uma realidade deles, e que possuem um pensamento hipócrita.


Mas tem momentos que eu não resisto... Principalmente ao ver as postagens de alguns coleguinhas vermelhos que tenho, falando umas baboseiras sem tamanho. E aí me vejo obrigado a desabafar aqui.

O assunto da última semana foi uma declaração do novo ministro da educação, que estavam falando a respeito do investimento nas universidades públicas. O ministro Abraham Weintraub sugeriu uma avaliação do MEC em relação aos gastos com alguns cursos superiores, em especial filosofia e sociologia como ele citou. Objetivando reduzir a verba para esse tipo de formação, priorizando áreas que tragam retorno de fato ao contribuinte, como engenharia, medicina e veterinária. Reproduzo aqui uma nota do ministério, falando dessa intenção.
"Os recursos destinados a quaisquer áreas do conhecimento serão estudados de forma a priorizar aquelas que, no momento, melhor atendem às demandas da população. Nesse sentido, não há que se falar em perdas ou ganhos, trata-se, apenas, de readequação à realidade do país."
O presidente Jair Bolsonaro "assinou embaixo", publicando em seu Twitter o apoio ao ministro e dizendo que áreas são de interesse do povo.


Pois bem... Sabemos que para a mídia tradicional e para os esquerdistas o Bolsonaro está sempre errado, não importa o que ele diga. Tipo, se ele falar que devemos combater a dengue, os petistas vão defender o Aedes Aegypti. Soma-se a isso uma crítica direta a dois cursos de Humanas, que são tipicamente redutos da esquerda, e aí já podemos imaginar o tamanho da gritaria.

Já apareceram várias pessoas criticando os comentários do presidente e do ministro. Gente do meio acadêmico, geralmente relacionada com área de Humanas, além de muitos na mídia e da esquerda cheios de raiva e ódio por esse "desprezo" por cursos como Filosofia e Sociologia. Os mais exaltados xingando o Bolsonaro daquilo de sempre (racista, machista, homofóbico e etc), e que agora está querendo acabar com essas disciplinas por conta de orientação político-ideológica. Destacam como que filósofos e sociólogos são importantes para uma nação, fundamentais para a pesquisa acadêmica e o futuro do Brasil...


Vamos lá, pois pra variar eu tenho uma opinião bem particular sobre esse tema.

Antes mesmo dessa polêmica, eu já tinha uma percepção muito bem definida sobre algumas diferenças entre as ciências Humanas e Exatas. Como de costume, eu não menciono muitos detalhes a respeito de minha vida pessoal aqui no blog, mas posso dizer que eu me formei em um curso da área de Exatas. Isso certamente vai fazer com que muita gente me conteste, dizendo que eu sou um idiota estúpido por estar sendo parcial, por estar supostamente "puxando a brasa pra minha sardinha" e ofendendo cursos de Humanas pois não foi a minha formação. Foi o que inclusive um de meus conhecidos me disse diretamente no Facebook, afirmando que eu estou sendo hipócrita e concordando com o ministro por eu ter feito Exatas; se eu tivesse feito Humanas como esse meu colega, eu estaria ofendido.

Cabe só comentar que esse meu amiguinho me chama de hipócrita, mas defende a liberdade de expressão... apesar de ter ficado quietinho quando o STF proibiu aquela matéria sobre o Toffoli e ter comemorado o pedido de prisão do Danilo Gentili. Nem precisa dizer em quem ele votou nas últimas eleições...

Por mais que possam dizer isso, não estou sendo parcial. Eu procuro sempre me informar sobre as coisas, e também sempre levo em conta a minha experiência pessoal. E durante a minha vida eu tive a oportunidade de ver como que é a maioria desses cursos de Humanas, o suficiente pra considerar há muito tempo (antes mesmo do Bolsonaro sequer se candidatar para presidente) que estes cursos não possuem a mesma contribuição para uma nação como a maioria das graduações de Exatas.


Pronto... deixa eu dar uma pausa aqui, para que os visitantes da esquerda possam me xingar de nazista, de bolsominion, de paga-pau do Trump e outras coisas...

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Continuando...

Vamos por partes. A começar com algo básico: em nenhum momento tanto eu como o Bolsonaro e seu ministro dissemos que Filosofia e Sociologia devam ser extintas. Eu sei que para os petraolhotários é muito mais fácil justificar a sua ira e a sua luta se os seus inimigos políticos tiverem uma opinião mais radical. Mas não é o caso, podem tentar colocar palavras em nossas bocas, mas em nenhum momento foi dito que as Humanas devem acabar.

A questão aqui é o investimento público destinado a esses cursos. E para isso, precisamos entender bem uma coisa, que é a diferença entre uma organização pública e privada, em especial sobre a origem do investimento que chega em cada uma delas.


Vamos imaginar duas escolas, uma particular e outra pública, e pra simplificar vamos considerar que elas já estão de pé, e deixando de lado por um momento questões como qualidade de ensino. Vamos focar apenas na questão financeira, nos ganhos e gastos de cada uma.

Começando com a escola particular, ela tem como principal entrada de renda o pagamento das mensalidades dos alunos. Se a renda que essa escola acumula for menor do que os seus gastos, será necessário fazer algo para equilibrar as contas (aumentando o valor da mensalidade ou cortando custos, por exemplo) ou ela vai ficar no prejuízo; por outro lado, se os gastos forem menores, há lucro, que pode ser revertido para os funcionários como uma participação nos resultados ou mesmo investido novamente na escola.

Por sua vez, na escola pública não há mensalidade, a escola não gera renda por si só. Assim, a verba que a sustenta vem do Estado, vem do governo, seja ele federal, estadual ou municipal. E sabemos bem que o governo também não gera a sua própria renda, o dinheiro vem do contribuinte, do pagador de impostos, desde pessoas físicas como eu e você, até pessoas jurídicas como empresas. O dinheiro é público, do povo. E esse dinheiro é usado para, entre outras coisas, pagar os gastos da escola pública, como salários dos professores e toda a infra-estrutura.

Aí o que acontece é o seguinte: enquanto uma escola particular precisa se preocupar com o balanço das contas, uma escola pública não tem essa necessidade. Pois o dinheiro vai entrar, mesmo que não tenha nenhum aluno matriculado, mesmo que não tenha nenhum professor. Mesmo que não tenha nem a escola em si. Essa é a "mágica" do serviço público, a verba pode ser recebida mesmo que você não esteja fazendo nada.

Por exemplo, você sabia que a dona Dilma, a mulher mais honesta do país, criou uma estatal para gerenciar o trem-bala?


O fato de que não tenha nenhum centímetro de trilho não importa, não impediu que fosse criada uma estatal, com centenas de cargos e altos salários, pagos às custas do povo pagador de impostos.

Pergunto: você acha certo? Você se sente satisfeito que o seu dinheiro, que vem dos altos impostos que você paga, seja usado para manter uma estatal para gerenciar uma idéia que sequer saiu do papel? Ou você acha normal pagar por algo e não receber?

Toda essa historinha é pra falar sobre o destino do dinheiro público. É um dinheiro do povo, e esse investimento deve depois voltar para o povo de alguma forma. No caso da escola pública, essa verba deveria ser usada para formar os alunos bem, dar-lhes ensino de qualidade para que sejam bons cidadãos, para que possam depois ir para uma faculdade. Sabemos que não é o caso, pois existem muitos desvios, muita corrupção, que o "Partido da Ética" piorou em seus quatro mandatos. Tanto que as famílias preferem colocar seus filhos em escolas particulares, quando podem, pois são maiores as chances de que eles estejam melhores preparados para entrar em uma universidade.


Observe que nessa situação, a pessoa paga duas vezes: paga imposto para teoricamente manter as escolas públicas, mas precisa pagar a mensalidade de uma escola particular, pois a pública está na merda. Como acontece com a saúde, você paga um plano de saúde pois sabe que provavelmente não poderá contar com o atendimento público com um mínimo de qualidade, mesmo pagando por ele por meio de seus impostos.

No Brasil é assim... pagamos impostos altíssimos e não ganhamos nada, não existe nenhum retorno efetivo para nós, temos que gastar do nosso bolso para suprir necessidades que poderiam ser disponibilizadas pelo Estado.


Antes que venham a me acusar de algo que eu não falei, como os esquerdinhas costumam fazer, eu não estou dizendo que o governo não deva investir na educação e na saúde. Pois sei muito bem que muitas pessoas não têm condição de colocarem seus filhos em um colégio particular ou pagar um plano de saúde. Na verdade eu penso até que o dinheiro da educação deveria ser priorizado para o ensino fundamental, que é necessário para todos e é um dos principais alicerces de uma nação sólida e bem estruturada.

Meu ponto até o momento é destacar como que o contribuinte não recebe nenhum tipo de retorno dos impostos que ele paga.

Enfim, mas visto tudo isso, voltemos à questão do ensino superior. Entendo que o ensino superior tenha como objetivo formar um profissional que vai trabalhar em uma determinada área, seja de Humanas ou Exatas. É o que se espera, passados cerca de cinco anos, que uma universidade coloque pessoas capazes no mercado de trabalho e que vão poder exercer a sua profissão, seja ela qual for.


Aí é que vem a grande questão: existem profissões e profissões. Não estou aqui desmerecendo umas e vangloriando outras, mas eu entendo que seja lógico que existam atividades que tenham uma contribuição mais significativa para um país como nação. Profissões que podem ser usadas para melhorar o desenvolvimento tecnológico nacional, que podem ajudar a alavancar a economia e que podem proporcionar melhores condições de vida para a sua população, por exemplo.

E esse é o ponto por trás da fala do ministro e do presidente, algo que eu concordo: se a faculdade é pública, mantida com o dinheiro pago pelo contribuinte, faz sentido que sejam priorizados cursos que possam contribuir para o Brasil de forma mais prática e direta.

Aguardo mais um pouco, para que os esquerdopatas que continuam até aqui possam me xingar um pouco mais...

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Voltando, reforço aqui a questão do destino do investimento público. Existe um termo muito comum em inglês que é o chamado Return On Investment, tipicamente representado pela sigla ROI. Para aqueles que a essa altura do campeonato não entendem inglês ou estão com preguiça de jogar a expressão em um tradutor, ela significa "Retorno sobre Investimento". Corresponde a quantificar de alguma forma o que se recebe em troca, a partir de um determinado investimento realizado.

Como contribuinte, ainda mais em um país onde trabalhamos meses para pagar os impostos, eu gostaria que o dinheiro público fosse usado em iniciativas com elevado ROI. Prefiro que ele seja aplicado em ações que possam trazer algum tipo de retorno para mim e para os demais cidadãos do país. Você não concorda?

Por exemplo, nesses dias os ministros do STF estavam fazendo uma licitação de 1 milhão de reais para bancar as cinco refeições da Corte, incluindo lagosta, bacalhau, cordeiro e para acompanhar bebidas sofisticadas que "deverão ser perfeitamente harmonizadas com os alimentos", incluindo vinhos e destilados com pelo menos 12 anos...


Sabemos quem vai pagar os banquetes dos filhos das putas do Gilmar Mendes, do Toffoli e do Lewandowski. Pergunto: qual você acha que é o ROI desse investimento?


Pois é... Você acha certo isso?

Esse é o meu ponto quanto ao investimento público em certos cursos como Filosofia e Sociologia. Pois eu questiono qual que é o ROI dessas formações, considerando quando elas são pagas com dinheiro público. Com o dinheiro do meu e do seu imposto. Afinal, qual a contribuição que um filósofo ou um sociólogo podem dar à nação? Principalmente se comparamos com o que um engenheiro, um médico ou um administrador pode oferecer?

Sério, alguém pode me dizer o que um filósofo ou sociólogo fazem?

Sei que muita gente vai me xingar ainda mais, mas eu gostaria realmente de entender com o que um profissional dessas áreas trabalha. Excluindo logicamente as carreiras de ensino, pois eu entendo que qualquer um pode querer ensinar aquilo que aprendeu na faculdade. Me refiro a uma aplicação prática, ao tipo de atividade profissional que um filósofo ou um sociólogo exercem, que sejam relacionadas de fato com Filosofia e Sociologia.

Por exemplo... Pitágoras era filósofo. Mas eu conheço o Pitágoras muito mais pela sua contribuição para a Matemática. Quando falam no nome dele, eu não penso em Filosofia, mas sim na hipotenusa ao quadrado ser igual a soma dos quadrados dos catetos.


Estou falando besteira? Aposto que a maioria de vocês associa Pitágoras a triângulos.

Em termos práticos, existem profissões que possuem uma aplicação direta para a sociedade, as quais é muito perceptível o que eles fazem e como que podem retribuir para a população. Por exemplo, um médico vai trabalhar em prol da saúde das pessoas. Mesmo que alguém possa falar que a maioria deles vai abrir consultório particular, mesmo dessa forma eles estarão atendendo a população. Povo com saúde é povo que vive mais, que produz mais. Engenheiros, nem se fala: há uma grande diversidade de sub-áreas, e a grande maioria delas é de retorno imediato para a nação. Os engenheiros vão trabalhar nas fábricas, em grandes produtoras de petróleo e minério, em empresas privadas, seja onde for, contribuindo para o poder industrial e tecnológico no país. Veterinários também, eles não servem apenas para cuidar de animais de estimação, mas atuam nas fazendas, na criação de bois, frangos e porcos, como apoio à nossa indústria de pecuária, um dos setores produtivos importantes de nossa economia. Administradores se somam a lista, pois em todo lugar é importante um bom gerenciamento das atividades, dos gastos e das estratégias comerciais.

Profissões como essas, é fácil perceber como que elas podem contribuir para o crescimento do Brasil, suportando a indústria, cuidando da saúde, fazendo a economia girar, gerando emprego.

Agora... alguém me explica como que um filósofo pode contribuir de igual forma?


Eu sei que vão dizer que eu não sei o que eu estou falando, que estou dizendo isso só por supostamente ser um bolsominion. Repito, eu sempre tive essa percepção em relação a boa parte dos cursos das Humanas há muito tempo, por conta de colegas de colégio que mudaram radicalmente depois de ingressarem em cursos desse tipo, ao ver o tipo de gente que frequenta as faculdades de Letras e correlatos, e ao escutar sociólogos e filósofos que são convidados para falar na Globo como se fossem autoridades em determinados assuntos. Com todo o respeito, na maioria das vezes eu vejo como perda de tempo.

Acha que estou sendo grosseiro? Acha que Filosofia e Sociologia são importantes para a pesquisa e o futuro da nação? Então façamos o seguinte: vá nessa página chamada Pantheon, mantida pela UFRJ, a maior universidade federal do país. Lá você pode pesquisar por diversas dissertações de mestrado de diferentes cursos. Provavelmente não são todas, mas já dá uma idéia de onde eu quero chegar.

Tomemos por exemplo na engenharia, onde só na civil são mais de 400 dissertações. Engenharia mecânica são mais de 100. São estudos sobre pontes, sobre equipamentos, produção de petróleo e outras aplicações diversas, as quais é evidente como que elas podem contribuir para o país. São estudos que servem de referência para melhores projetos, produtos e processos, ajudando o desenvolvimento industrial e tecnológico brasileiro. Trata-se de pesquisa que traz um retorno, mesmo que em alguns casos de forma indireta, à população.

Agora, e Filosofia, por exemplo? Tem uma dissertação só, não sei se só foi essa mesmo que foi feita ou não colocaram as demais. Com o título "Catiti-Catiti, na terra dos Brasis", fala sobre a crise da arte no mundo contemporâneo...


Como que isso contribui para a população? Saber as causas da crise da arte contemporânea vai gerar emprego? Vai colocar comida na mesa? Vai curar doenças?

É diferente de outros cursos, de outras formações que podem trazer estudos e pesquisas que sejam de fato úteis para a sociedade. O dinheiro público da educação deve ser destinado a coisas que possam ser usadas em prol da população, que possam colaborar com a melhoria do país, que tragam algum tipo de retorno para os contribuintes que as financiaram. Certas faculdades, em geral essas de Humanas como Filosofia e Sociologia, podem até fazer estudos que tenham a sua importância para aspectos mais pessoais e humanos; mas acho errado que o dinheiro público, pago pelo contribuinte, seja usado para estudar coisas que depois não possam ser usadas de forma prática, que não tragam um retorno de fato. Ou seja, que não tenham ROI.

Claro que existem exceções dos dois lados, não podemos aqui ser generalistas. Por exemplo, a faculdade de Medicina da USP permitiu a realização de um trabalho de pesquisa intitulado "Fatores biológicos, psicológicos e situacionais da dor durante o intercurso anal em pessoas anoreceptivas".


Isso mesmo. O sujeito fez um trabalho de pesquisa, financiado com verba pública, para entender as causas da dor que as pessoas sentem quando dão o cu.

Eu não sei você... mas eu fico puto da vida ao imaginar que eu pago imposto pra financiar uma "pesquisa científica" que está preocupada com os motivos da dor que o sujeito sente ao dar o rabo. Vai se fuder, pôrra!

Tá cheio de exemplos assim. Tipo, pesquisa de doutorado sobre orgia gay, que não passava do sujeito narrar suas experiências sexuais com outros homens, incluindo fotos dos atos. Isso mesmo, o cara praticamente escreve uma história ilustrada gay como uma revista pornográfica e isso vira tese de doutorado! O cara tem o título de doutor, e pra isso só precisou trepar com outros caras! E contou com bolsa!


Puta que pariu! O contribuinte pagou pra esse cara dar a bunda!

Você concorda com isso? Acha legal que o dinheiro da educação seja usado para um cretino ficar fudendo com outros homens? Por acaso é melhor investir em pesquisa sobre suruba gay do que formar profissionais que possam contribuir para o crescimento do país?

Não dá, meu amigo... Nas Humanas a grande maioria dos estudos não contribui para o país. De novo, não estou aqui generalizando, como você pôde ver tem gente na área de medicina, uma disciplina nobre, que está mais preocupado com as dores que as pessoas sentem ao dar a bunda. Da mesma forma, certamente existem estudos, na área de Sociologia principalmente, que são importantes para o Brasil como nação, avaliando questões sociais que possam ser determinantes para a melhoria das condições de vida da população. Logicamente, desde que sejam estudos realizados com isenção ideológica...

O que é outra questão que certamente levou o ministro e o Bolsonaro a tal comentário... e que eu concordo com eles.


O principal problema das universidades públicas é o fato de que quem trabalha lá é servidor público. E sabemos bem que a grande maioria dos servidores públicos compartilha uma série de aspectos negativos: ganham muito, trabalham pouco e são de esquerda.

Volto ao comparativo das escolas. Um professor em uma escola particular deve dar aula para ganhar o seu salário. O quanto ele vai ganhar no final do mês depende de seu desempenho, se ele não der uma aula de qualidade, se ele simplesmente não der aula, poderá até ser demitido. Por sua vez, professor de escola pública tem o seu salário assegurado independente de dar aula ou não, não precisa sequer dar uma aula boa, isso não muda o quanto ele vai ganhar.

Falo isso por experiência própria. Estudei em faculdade pública, e foram vários exemplos de professores desleixados. Tinha professor que não aparecia pra aula, tinha outros que eram de dedicação exclusiva e raramente eram encontrados na universidade, tinha professor que se limitava a dar livro pros alunos lerem e fim de papo.


E o mais engraçado é que muitos desses eram vermelhos até a alma. Todos eles mais preocupados em doutrinar os alunos e formar novos "soldadinhos de esquerda" do que em ensinar a matéria de fato.

Aí é que voltamos ao tema da postagem. Pois se compararmos as duas tendências de cursos, entendo que nas Exatas existem menos matérias subjetivas do que há nas Humanas. Acredito que isso seja indiscutível, pela própria definição de "Exatas" e "Humanas". Assim, em um curso com viés mais técnico e exato, as matérias possuem pouca abertura para diferentes interpretações, são assuntos muito mais discretos. Por exemplo, se o professor vai dar aula de Matemática, ele vai ter que ensinar que dois mais dois é igual a quatro. Acabou. Não tem espaço para subjetividade aqui, não tem essa de "veja bem". Dois mais dois é quatro.

Ou seja, os professores acabam tendo que focar na disciplina em si, há menos espaço para ideologia. Não que isso impeça os mais fanáticos de largar a aula de mão e fazer discurso político em sala de aula, mas ao menos tende a ser menos frequente.

Por sua vez, em disciplinas de Humanas entendo que haja muito mais subjetividade. São temas que permitem diferentes interpretações, diferentes pontos de vista. Acontece que, como os professores de universidades públicas são em sua imensa maioria defensores da esquerda, isso faz com que eles direcionem tais matérias de acordo com sua orientações político-ideológica, seguindo na mesma premissa de formar "soldadinhos". É muito mais fácil aqui, basta controlar o que os alunos vão ter acesso, é só fazer com que eles só possam ter um ponto de vista. O da esquerda.


Pior de tudo é que vai aparecer gente dizendo que esses professores estão certos, pois estão incentivando o pensamento crítico, que estão formando mentes abertas e questionadoras. Quando na verdade não passa de doutrinação política. São pessoas contrárias ao "Escola Sem Partido", pois consideram que isso limitaria a discussão, isso iria vetar a liberdade de expressão.

Tá certo... Quero ver se esses esquerdalhos vão dizer o mesmo se aparecer um professor de História, por exemplo, e falar que em Cuba há uma ditadura, que em 1964 não houve golpe militar, que o impeachment da Dilma foi correto.

Diante disso, temos nas faculdades de Humanas um grande contingente de ideologia de esquerda, nos corpos docente e discente. E em uma situação atual em que temos um governo de direita, sabemos bem que essa turminha promove um combate doentio contra qualquer coisa que o Bolsonaro diga. Podem me criticar, mas eu acho que a esquerda brasileira é um lixo, pois é motivada por um ódio hipócrita e criminoso. Volto ao primeiro parágrafo de meu texto, onde digo como que é impossível ter uma conversa sadia com um petista ou outro esquerdista: eles vivem em uma realidade em separado, onde seus semelhantes estão sempre certos, errados são sempre os outros. Agem de forma extremamente hipócrita, dizem defender liberdade de expressão mas querem calar os que pensam diferente.


Tá cheio de militante assim em muitos dos cursos de Humanas, com um discurso de ódio que não colabora em nada com a discussão política, que não dá espaço para a pluralidade de idéias, só permitem os pensamentos de esquerda, e em nada contribuem para o país. Então, quando os esquerdinhas reclamam que o Bolsonaro está tomando essa decisão de cortar a grana por razões ideológicas, eu acho que tá certo sim.

Se você discorda, me explica então por que é que não tem problema que nesses cursos em geral se promova um discurso político-ideológico de esquerda? Não há problema em professor receber salário pra fazer militância política em vez de dar aula? Calar a esquerda é censura, mas calar a direita tá de boa? Pode prum lado, mas não pode pro outro? Entendi...

Eu sei que cada um pode ter a sua orientação política. Mas eu digo de novo: aqui no Brasil a esquerda adota uma postura extremamente radical e explosiva, com uma visão extremamente deturpada da realidade e movida pela hipocrisia. Falam mentiras, agridem, ofendem. Poderia haver uma discussão saudável entre direita e esquerda, para se chegar ao melhor dos mundos, uma condição de equilíbrio. Mas os esquerdopatas tendem a querer guerra, e as redes sociais são um exemplo disso. É só alguém concordar com uma iniciativa dessas do Bolsonaro que logo aparecem os vermelhos com duas pedras nas mãos, xingando de tudo que é nome, falando besteira e colocando palavras na boca dos outros.

Por exemplo, uma colega minha me "anexou" em uma postagem dela com esse texto abaixo, e fez questão de dizer que eu era um merda, um canalha que não sabe de nada.


Você vê só? Em nenhum momento está se dizendo para acabar com Filosofia e Sociologia, minha cara. O que se está questionando é o investimento público em cursos de graduação que não possuem retorno imediato à população.

Além disso, não tem problema em haver Filosofia como disciplina. Repito mais uma vez, não estou falando mal da Filosofia, ela pode (e em alguns casos, deve) estar na grade curricular de um curso, mas como uma disciplina, como parte de um curso. Agora, um curso inteiro de Filosofia, estou esperando até agora alguém me explicar o que um filósofo de formação pode fazer de tão útil para o país.

Enfim, escrevi demais e estou ficando cansado...

O que entendo é que sim, é necessário haver muito mais rigor com o uso do dinheiro público. Já começa que muito desse dinheiro é desviado por conta de corrupção, por conta de salários e aposentadorias exorbitantes do serviço público. Do pouco que resta, eu, como contribuinte pagador de impostos, gostaria de ver que fosse investido em coisas que sejam úteis para o país, para a sociedade, que retorne para a população de alguma forma.

Que seja um dinheiro para melhorar a qualidade das escolas públicas, e não para fazer banquete pro STF. Que seja um dinheiro a ser aplicado para a saúde, e não para incentivos culturais para artistas globais. Que seja um dinheiro usado para melhoras as universidades sérias com cursos comprometidos com a melhoria do país, e não para sustentar cursos tomados por ideologia de esquerda e sem propósito. Que seja um dinheiro para financiar pesquisas científicas sérias e alinhadas com os interesses da nação, e não para estudar o quanto que o cu arde depois de levar na bunda.

É só isso que eu, como contribuinte, peço: maior respeito pelo dinheiro público, que seja um dinheiro do povo usado para o povo. Não concorda?

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