Rede Globo Manipuladora

Eu preciso fazer esse desabafo... Acho que eu estou ficando mais revoltado do que de costume, mas eu acho que não estou exagerando não. Eu até devo fazer essa postagem aqui no estilo de "conversa", como se eu estivesse aqui dialogando com alguém. No caso, com uma das maiores emissoras de televisão do Brasil, que faz uso de seu vasto poder e difusão para promover ideologias deturpadas da onda politicamente correta.


Tudo isso por conta do tema do momento: as exposições "artísticas" que estão rolando por aí, com quadros mostrando cabras sendo vítimas de zoofilia, crianças viadas, erotização de símbolos católicos e homens nus sendo tocados por crianças.

Vamos lá então...

Eu começo dizendo aqui minha visão sobre essas coisas: todo mundo tem um certo direito a gostar do que quiser. Ainda mais quando falamos de artes e outras coisas relacionadas à cultura. Uns vão gostar, outros nem tanto. É algo natural, gosto não se discute, pois cada pessoa tem os seus valores, as suas preferências e afinidade com determinadas coisas. Sempre defendi aqui essa liberdade, inclusive repudiando a forçação de barra que a sociedade em geral faz para que gostemos de certas coisas, vide as postagens dos Beatles e MPB. Opinião é nem o orifício retofuricular, cada um tem a sua.

Mas, mesmo assim eu acredito que existem certos limites. Existem alguns conceitos que devemos observar. 

Não vou entrar ainda neste momento nas questões legais, que representam barreiras que na minha visão podem e devem limitar certos tipos de demonstrações ditas culturais. Vou começar com uma questão associada aos diferentes níveis de opinião, dependendo de sua origem. Pode parecer confuso, mas vou explicar.


Penso que uma coisa é a opinião pessoal de um indivíduo. Até aí, tudo bem, é um direito que cada pessoa possui. Eu tenho aqui a minha opinião, é algo que eu formei baseado em minha observação, nos meus conceitos de certo e errado, nas minhas experiências de vida e no meu aprendizado. Da mesma forma, você tem a sua opinião, que pode ser exatamente igual à minha, ou pode ser totalmente contrária. Ou pode concordar e discordar em parte, pois entendo que a opinião sobre um determinado assunto nunca será tão binária, tão oito ou oitenta, como muitas pessoas radicais hoje em dia defendem (a velha bobagem do "nós" contra "eles", mote dos politicamente corretos e da esquerda em geral).

Agora, se chegamos aqui para um meio de comunicação, uma emissora de televisão... Aí essa história de opinião é um pouco diferente...


O que diabos eles estão vendo? Por que todo esse interesse em assistir uma tela verde? Eu hein!

Uma rede de televisão pode até ter uma certa postura, pode ter um determinado alinhamento ideológico. Mas eu acredito que uma rede de TV que se preze não pode adotar uma postura demasiadamente parcial, desprezando outras opiniões. Ela deve ser neutra, apresentar as notícias de forma isenta e direta, sem o objetivo de influenciar o telespectador a seguir uma determinada opinião. Principalmente se é uma emissora aberta, que as pessoas têm acesso de graça (ou praticamente de graça). É diferente de uma revista ou jornal, que o sujeito compra se quiser, embora mesmo nesses meios de comunicação é conveniente que exista uma certa imparcialidade, especialmente se o objetivo é atender à toda a população.

Até entendo que podem haver certos momentos em que a opinião pessoal de um jornalista ou apresentador tenha seu espaço, desde que seja deixado claro que aquela é a sua opinião individual, como a que mencionei acima. E até mesmo podem haver momentos em que o grupo de televisão expresse sim a sua opinião, uma vez mais deixando isso claro, como ocorre em um editorial ou em uma coluna com nome tipo "nossa opinião".

E é isso que me leva a falar da Rede Globo, dizendo que ela é manipuladora.

Convenhamos... Mesmo com a TV a cabo e o Netflix, o povão ainda assiste os canais abertos, e em sua grande maioria assistem à emissora do Plim-Plim. Ela faz parte da vida dos brasileiros, principalmente pelo fato de ser uma gigante, de poder ser assistida em qualquer lugar. O mais incrível é que lares que possuem acesso a outros canais dos mais diversos, por conta da NET ou SKY por exemplo, ainda dão audiência para a Rede Globo, assistindo seus programas.

Eu particularmente não vejo quase nada da Globo. Raramente assisto algum dos telejornais, em geral só aqueles aqui do Rio pela manhã, mais para saber da previsão do tempo e das condições do trânsito. Uma vez ou outra, arrisco assistir um Globo Esporte, mas só para ver os gols da noite anterior. Nem jogo de futebol eu assisto mais por ali, não dá pra aguentar mais o Galvão Bueno.


Mas a maioria da população assiste. O povão fica vidrado nas novelas. O povão escuta somente as notícias do Jornal Nacional. O povão se diverte vendo o Faustão, torcendo na Dança dos Famosos. O povão se emociona com os quadros apelativos do Luciano Huck ou se interessa com a intimidade dos globais no programa da Angélica. O povão acompanha com atenção as receitas da Ana Maria Braga e curte as entrevistas da Fátima Bernardes. O povão busca conhecimento ao assistir o Globo Repórter com suas reportagens incessantes sobre algum ecossistema e aprecia o "show da vida" apresentado no Fantástico com suas matérias diversas.

A Globo tem o carinho do povão. A população brasileira confia na Globo. O mínimo que ela poderia fazer seria fornecer conteúdo de qualidade... embora, qualidade é algo relativo: todos os programas acima pra mim são uma merda, verdadeiros baldes cheios de vômito encaroçado com catarro podre, não os assisto nem que me paguem, mas tem gente que adora.

Enfim, sem entrar no mérito da qualidade, a Globo deveria ao menos ser isenta e imparcial nas suas opiniões, adotando uma posição de neutralidade em seus programas. Como ela mesmo diz fazer.

Só que não é isso que acontece...


Eu não sei se é uma ideologia defendida pela emissora em todos os seus níveis, algo como seu lema, que vem lá de cima da cadeira do presidente. Ou trata-se da massificação da opinião pessoal de toda uma tropa de artistas e jornalistas, todos com um alinhamento de discurso muito forte. A questão é que cada vez mais a Globo se mostra como uma grande defensora e incentivadora do pensamento politicamente correto.

Aí, você já pode imaginar o que costuma vir deles...

Isso se mostrou muito forte recentemente, por conta das exposições de "arte". Mais uma vez, coloco entre aspas pois não considero como arte uma cabra sendo comida (no sentido bíblico da coisa) por dois tarados ou um sujeito peladão que todo mundo vai lá pra ficar tocando. Mas, tudo bem... vamos deixar a opinião pessoal de lado. Tem gente que deve gostar... acontece que tem gente que também não gosta. E tem gente que acha abusivo que esse tipo de demonstração seja apresentada de maneira tão livre para as crianças.

Mas aí então, vem você, Rede Globo. Emissora de grande penetração nos lares brasileiros, sempre no topo da audiência. Que se vangloria da imparcialidade, de se limitar a dar a notícia e de defender a liberdade de opinião e de expressão. Diante de um cenário como esse, em que a sociedade está dividida, parte a favor dessa "arte" e parte contra, o que você fez?


Vestiu a camisa do politicamente correto, e tentou de todas as formas se mostrar favorável a essas exposições. Em uma descarada demonstração de parcialidade, ao defender o peladão do MAM e a exposição da criança viada. Deu força a um discurso tolo, acusando aqueles que pensam diferente de você de serem defensores da censura.

Percebi isso em três programas, um atrás do outro. Não os assisti, mas vi a repercussão que teve na Internet. A curiosidade foi tanta que eu fui lá naquele tal de Globo Play pra assistir esses programas, para ver na íntegra os momentos destacados. Primeiro foi no Encontro da Fátima Bernardes, embora ela esteja de férias e aí era outra qualquer uma que estava apresentando, na sexta dia 6; depois, no sábado dia 7, teve novamente essa discussão no Altas Horas, daquele pústula do Serginho Groisman, que há décadas se acha o jovenzinho; e culminou com a apresentação no Fantástico no domingo dia 8 de outubro.

Essa inclusive, quase me fez vomitar...


Eu sinceramente penso muito em como é o discurso promovido pela esquerda politicamente correta diante dessa questão. Acusam a sociedade de estar querendo censura. Não é por aí. Em nenhum momento está sendo dito isso. Querem fazer uma exposição desse tipo, vão lá e façam. Certamente deve ter público que vai querer ver isso, vai ter gente que aprecia obras incentivando zoofilia ou que acham lindo um sujeito pelado no meio de uma sala.

Mas tem o seguinte: não sejam hipócritas! E, por favor, não envolvam as crianças.

Todas essas exposições possuem um apelo muito forte, são muito pesadas para uma criança pequena. Falar de diversidade de gênero, de transexualismo, homossexualidade e outras questões do tipo é algo impróprio para uma criancinha de menos de dez anos, que ainda nem tem noção das coisas, que não sabe ainda direito o que é a vida. Eu acho muito prematuro expor a criançada a tudo isso em uma idade tão jovem assim. Deixem elas crescerem um pouco mais, para que assim possam ser naturalmente apresentadas às questões de sexo, buscando assim a sua afinidade, se identificando com o comportamento que achem melhor para elas. Mas, repito: no seu momento certo. não querem respeitar a opinião de quem pensa diferente, tudo bem. Mas respeitem a inocência da infância, pelo menos isso.


Mas, não é o que aconteceu. A mostra Queer Museu tinha o claro objetivo de apresentar a questão de liberdade de gênero para as crianças. Escolas públicas recebiam folhetos para serem dados aos alunos, explicando ali as obras e falando daquelas atitudes que fogem do convencional. A demonstração no MAM, pela madrugada! Como que deixam uma criança de quatro ou cinco anos entrar ali, numa boa? Será que aquela menina que tocou o peladão, será que ela tem já uma consciência das coisas? Sinceramente...

Gostaria muito de comentar um pouco sobre os três programas da Globo, mostrando como que ela tem descaradamente uma agenda politicamente correta, com a intenção de doutrinar e manipular o povo. Começo com o programa da Fátima Bernardes. A apresentadora (que não sei quem é, mas que é sempre a suplente em praticamente todos os programas da Globo), recebe ali vários convidados. Entre eles, um casal de atores totalmente desconhecidos e até mesmo o Ed Motta, que parecia ali uma berinjela. O assunto era sobre nudez nas artes, incentivado pelo debate sobre a exposição do peladão do MAM. Eles já começam com um certo tom de deboche, quando o repórter vai entrevistar as pessoas nas ruas, e diz que "ali todo mundo pode falar, não tem censura".


Assim é que começa a construção para demonizar a opinião contrária: é pra já dizer que o programa é contrário a censura que está sendo "promovida" pelas outras pessoas. Mesmo sabendo que ninguém aqui está dizendo pra censurar. Mas ok... Apenas guardem isso, que o politicamente correto é supostamente contra a censura. Não vai demorar pra vermos que não é bem assim...

Aí então começa o "debate"... Acontece que esse "debate" possui apenas pessoas que defendem a exposição. Começam então os monólogos dos artistas, querendo dizer frases bonitas e de efeito para ganhar likes no "Feice", condenando o conservadorismo das pessoas que acham errado um homem nu sendo tocado por uma criança. Todos, sem exceção, expressam a mesma opinião politicamente correta. A atriz ali falando exaltada em defesa da exposição, o atorzinho dizendo que acha natural a nudez e que toma banho com a esposa e o filho pequeno, e o Ed Motta preocupado com a onda de conservadorismo. Todos, unânimes, dizendo que censura não pode. Chegando ao cúmulo da apresentadora dizer que a televisão está aí promover o debate, para que todas as opiniões sejam ouvidas, que a discussão é saudável...


Me desculpe... Vão chupar um prego! Promover debate, convidando apenas pessoas que pensam de acordo com um determinado ponto de vista? Onde está o debate nisso? Muito pelo contrário, ao colocar todo um grupo com a mesma opinião, passa uma imagem de que é consenso da sociedade, que todos pensam assim, que é o certo. Quem está ali assistindo e não tem uma opinião formada, vai acabar sendo induzido a pensar daquela forma.

Acontece que esse programa é gravado com um público... e os globais não estavam preparados para escutar a Dona Regina...


Ah, Dona Regina... você está de parabéns! A senhora foi entrevistada e deu um coice, destacando que o problema aqui não é a nudez na arte. A grande questão aqui é a exposição de uma criança a uma situação daquelas. Será que aquela menina estava preparada para isso? A Dona Regina expressou ali o que a maioria da sociedade pensa, que foi uma situação infeliz em que uma menina foi colocada aos olhos de todos, tocando um adulto completamente pelado.

Uma salva de palmas para a Dona Regina!


O que eu acho curioso é como a sociedade politicamente correta condena a exposição das crianças para determinadas coisas. Por exemplo, dizem que é errado fazer uma propaganda de televisão que use imagens de crianças, como aquela dos bichinhos da Parmalat; acham impróprio que toquem Anitta em festinha infantil, pois promove a sexualidade em suas músicas; acham errado que o MacDonald's coloque brinquedos no Mac Lanche Feliz, pois seria uma forma de manipulá-las; tentam proibir livros do Monteiro Lobato por acharem que incentiva o racismo...

Mas... tocar em um homem adulto nu, isso pode... Isso é apropriado para uma criança de quatro anos de idade.

Acontece que para as pessoas que têm valores, como a Dona Regina, não é por aí. Mesmo estando acompanhada da mãe, mesmo tendo uma placa avisando da nudez, trata-se de uma irresponsabilidade expor uma criança tão pequena, ainda sem muita noção do mundo, a algo dessa forma. Os artistinhas da Globo ficaram revoltados, olha só a expressão de ódio nos olhos da cidadã, que depois veio dizendo, em tom debochado, que todos têm direito a ter opinião... Mas certamente amaldiçoando a senhora que pensa diferente dela.


Agora, o mais revoltante é a hipocrisia desse povinho politicamente correto. Logo depois, colocaram a opinião de outras personalidades, incluindo Caetano Veloso, defendendo a "arte" e condenando a censura.

Sério, Caetano? Logo você, que cantava "É Proibido Proibir", vem dizer que censura é errado? Você, há alguns anos atrás, junto com a sua ex-esposa Paula Lavigne, lutou lá no STF para proibir a divulgação de bibliografias não-autorizadas, para impedir que um livro contando sua história fosse publicado?

Mas e aí? Censura naquela época podia? Ou será que tem a censura "de bem"? Me explica isso...


Aliás, vale a pena ressaltar mais uma hipocrisia do Caetano Veloso. Essa tal de Paula Lavigne, que foi casada com o cantor, tem uma diferença de idade imensa para ele. E lá atrás, ele com seus 40 anos teve relações sexuais com ela, que ainda era uma criança de 13 anos! Isso aí no meu dicionário se chama pedofilia...

Só que você não vê nenhuma ONG defensora dos Direitos Humanos ou do ECA criticando o Caetano por sua atitude. Por que será? Sei lá, talvez os politicamente corretos perdoem, pois era época de Tropicália e essas babaquices... parece que nesse contexto, não tem nada de pedofilia em um adulto de quarenta anos trepando com uma criança de treze...

Vamos então para o próximo programa... No dia seguinte, de noite tem aquele tal de Altas Horas, que é apresentado pelo Serginho "fala garoto" Groisman. De forma semelhante, nesse programa tem ali vários convidados que participam de discussões sobre diferentes assuntos, com a escalação de globais como Claudia Raia, Ney Latorraca, Viviane Araújo (cuja "destacável" contribuição para a sociedade é sambar e ser ex do Belo) e Marcelo Serrado, além da cantora Anitta (a mesma que os politicamente corretos dizem ser imprópria para menores). É mais um daqueles programas para tapar buraco, passa lá pelo final da noite ou início da madrugada, com o Serginho Groisman insistindo em querer parecer jovem, diante do público adolescente


Logo no início, veio um quadro com uma tal de Laura Muller, uma sexóloga que aparentemente é convidada constante no programa, que é aquela toda de rosa que parece um remédio pra indigestão. Aí vão aqueles papinhos dos mais toscos. muitas perguntas vindas da platéia, geralmente que começam com o manjado "um amigo(a) gosta de fazer isso". Tive a curiosidade de ver algumas das perguntas da molecada, teve uma menina perguntando se ter relações sexuais com frequência ajuda a melhorar crises de rinite...

Pombas! Puta merda! Pinga um Rinosoro e usa um lencinho de papel, sua tarada! Tava querendo arrumar desculpa pra montar numa mangueira?

Sério, eu me diverti bastante vendo o tipo de perguntas da molecada. Mas o melhor da noite certamente foi o sujeitinho abaixo, criticando o preconceito contra quem faz fio-terra e perguntando se o homem pode sentir prazer anal...


É, devia também estar perguntando pra um "amigo" também...

Mas enfim. Em um certo momento, a discussão começou logicamente a enveredar para a questão da arte, motivada pela pergunta de um dos músicos que estava ali no fundo do palco, sobre o ensino da sexualidade desde muito cedo, fato esse defendido pela sexóloga. Aí, os globais não perderam tempo, aproveitaram a deixa para promover a agenda politicamente correta, liderados pela Claudia Raia, criticando a revolta das pessoas contra o supostamente natural ato de uma menina menor de idade tocar um homem nu. Logicamente, deixando claro que eles ali são "contra" a censura.


Inclusive, um de seus argumentos foi dizer que a mãe da menina é responsável pela sua educação. Guarde bem isso.

Mais uma vez parecia ali que tudo estava tranquilo. Globais expondo ali a defesa ao MAM e ao peladão, e novamente o "debate" se mostrou de forma parcial, uma vez que todos ali embaixo, sem exceção, se mostravam solidários à causa. Todos achando lindo que uma menina de quatro anos fosse incentivada a tocar em um homem nu, que aquilo era arte, que as pessoas estavam sendo muito conservadoras ao censurar tal demonstração inocente.

Só que eles não combinaram com o Luiz Carlos, vocalista do grupo Raça Negra, que estava ali no fundo e decidiu se meter na conversa...


Ele seguiu o pensamento da Dona Regina, falando a sua opinião que coincide com a da maioria da população, em que achou errado uma criança ser exposta a tal coisa. Não era necessário forçar o contato físico, se quisesse ensinar sobre anatomia, que fizesse isso com palavras. Mas não tocando um estranho ali, diante de várias pessoas. Inclusive, ele jogou a pergunta no ar: e vai que ela fosse lá, de forma inocente, e pegasse nas partes íntimas dele? Já imaginaram?

Olha, eu não curto samba, pagode ou seja qual for o estilo musical do Raça Negra. Mas por conta da coragem de desmascarar essa bobagem politicamente correta na frente dos globais, ele merece uma salva de palmas também.


Logicamente que a turminha do Plim-Plim ficou tensa. Claudia Raia então partiu para o ataque, falando de forma forte e quase agressiva (afinal de contas, politicamente corretos respeitam bem a opinião dos outros), reforçando que ninguém pode interferir na educação que os pais dão para os seus filhos, que não dá pra chegar para uma mãe e dizer que o que ela está fazendo é errado.

Chegou ao ponto de partir para o deboche também, dizendo ser uma palhaçada que alguém se diga contrário ao que estava acontecendo, por ser um absurdo todo mundo se metendo na vida dos outros. Guarde bem isso também.


Pra completar, Ney Latorraca e Marcelo Serrado fizeram coro às palavras de Claudia Raia, destacando que é muito preocupante porque estão usando censura para calar a liberdade de expressão, e que o Estado não pode dizer o que o povo pode ou não pode ver ou fazer. Reforçam que ano que vem tem eleições, e que temem que ocorra um retrocesso promovido por grupos conservadores da sociedade que querem acabar com o que eles conquistaram.

Traduzindo o que os globais disseram: o Bolsonaro é feio!


Pois muito bem... Eu acho legal como que essa turma pensa sobre esses temas... Então, comecemos com o argumento da Claudia Raia, dizendo que ninguém deve dar palpite em como os pais devem educar seus filhos.

Me diga então, Claudia Raia... O que você tem a dizer sobre o "comunicado urgente" que o pessoal do sabão em pó Omo fez recentemente, perto do Dia das Crianças? Em que sugerem que os pais façam um "recall" de brincadeiras que reforcem "clichês" de gênero, incentivando que meninas brinquem com carrinhos e meninos troquem fraldas de bonecas.


Gostaria muito que você me explicasse aqui tudo isso, minha cara Claudia Raia. Por que devemos respeitar a opinião e não interferir na educação dos pais quando estes levam seus filhos para tocarem em um adulto inteiramente nu diante dos olhos de várias pessoas, mas não tem problema chamar de "clichê de gênero" quando estes dão um carrinho para seu filho ou uma boneca para sua filha? Eu sinceramente não consigo entender como em certos momentos a educação da criança é da conta única e exclusivamente de seus pais, mas em outros uma emissora, uma marca de sabão em pó e a sociedade em geral se acham no direito de criticar a forma como essas crianças estão sendo educadas pelos pais, acreditando que têm a liberdade de se meter na vida dos outros.

Não precisa responder, Claudia Raia. Eu já sei qual é a resposta...


Eu fico aqui me perguntando como que essas pessoas conseguem ser tão estúpidas assim. Torno a repetir, estamos falando de uma criança muito pequena, aquela menina ali do MAM tem quatro anos. Ela é ainda muito jovem, não tem noções das coisas da vida, e ser exposta assim a uma situação demasiadamente adulta, fará com que ela acho aquilo perfeitamente normal e natural. Mais uma vez digo, querem fazer uma exposição assim, com um sujeito pelado ali pra todo mundo ficar tocando, podem fazer à vontade. Mas é algo que deve ser restrito, crianças não podem ser expostas a isso, é muito exagero, é muito precoce. Só mesmo os politicamente corretos, com seus idéias de tuti-fruti, que acham isso lindo.

Você defende que a educação das crianças é de responsabilidade dos pais, Claudia Raia. Me explica então por que o museu lá de Porto Alegre se achou no direito de educar as crianças que visitam a exposição Queer Museu em excursão escolar sobre diversidade de gênero? Perguntaram para os pais se eles estavam de acordo que seus filhos fossem ver uma mostra com pinturas de cabras sendo estupradas, difamação de símbolos católicos e forte conotação não-heterossexual? Aí a palavra dos pais deixa de valer? Aí a responsabilidade pela educação da criança passa a ser da escola ou do Estado?


Deixa bem clara a hipocrisia dos politicamente corretos: os pais têm todo o direito de educar seus filhos... desde que eles os eduquem de acordo com a ideologia liberal politicamente correta. Pais que queiram educar seus filhos de uma forma mais conservadora, que queiram criar seus filhos como meninos e suas filhas como meninas... esses aí estão errados, estão sendo induzidos por clichês de gênero, e alguém precisa fazer alguma coisa para "salvar" essas crianças.

Comento mais o seguinte, minha cara Claudia Raia. Vamos fazer aqui um rápido exercício então. Vamos então assumir que seja algo perfeitamente natural e lindo que uma menina de quatro anos fique ali interagindo fisicamente com um homem adulto nu. Vamos então considerar que essa seja a forma que a mãe dela ache certo, que seja algo aceitável. Imagine que seja que nem aquele atorzinho lá do programa da Fátima Bernardes, que a mãe dessa menina incentive até que ela tome banho com ela e o marido.


Estamos falando de uma criança de quatro anos. Ela ainda não tem muita noção da vida, não tem ainda o discernimento sobre o que é certo e errado. Tudo para ela é ainda muito simples. Ela ainda não tem conceitos muito bem formados sobre a maldade. Não sou psicólogo, mas penso que o recado que acaba sendo dado para ela é que não tem nada demais em estar ali com um homem nu. "Ah, mas a mãe vai reforçar que ela deve estar acompanhada de algum familiar", dirão os politicamente corretos. Ótimo.

Agora, imagina a seguinte situação: um belo dia, essa menina vai visitar os tios. Tudo legal, tudo lindo, até que a tia precisa se ausentar para ir no mercado. Acontece que esse tio aí é um tarado, um fanático sexual e que se delicia vendo fotos de crianças na Internet... E ele fica sozinho com essa menina. Ele vem então e a convida para uma brincadeira, dizendo que vai fazer que nem o sujeito lá da exposição que ela foi com a mãe, se despindo totalmente na frente dela. Até que então ele a convida para tocá-lo...


Vou parando por aqui, pra não descer o nível... Mas você entendeu onde quero chegar.

Podem dizer que eu estou exagerando... Mas as estatísticas, aquelas mesmas que os politicamente corretos usam nas discussões em defesa do feminismo, atestam que a grande maioria dos crimes de violência sexual é realizada por pessoas próximas das vítimas. Amigos, vizinhos e familiares. Assim, não seria tão absurdo que um belo dia venhamos a ter uma notícia desse tipo, em que uma menina de uma família extremamente liberal, que hoje esteja aplaudindo a exposição onde crianças podem tocar um homem nu, seja abusada por um familiar próximo.

Aí sugiro irem lá conversar com a Claudia Raia quando isso acontecer...

Por fim, logo no dia seguinte a Globo viria então a dar continuidade ao tema. Mas, dessa vez eles iriam "lacrar". Afinal de contas, os dois programas acima têm dois complicadores. Primeiro, são programas gravados com uma platéia, em que poderia haver algum engraçadinho que pensasse de forma conservadora. E segundo, são programas transmitidos em horários de menor audiência. Afinal de contas, o Encontro passa durante a semana de manhã, quando muita gente está trabalhando ou arrumando a casa, e o Altas Horas passa praticamente na madrugada de sábado para domingo, quando muita gente está dormindo ou curtindo a noite.

A Globo precisava de um programa onde poderia apresentar a opinião de acordo com agenda politicamente correta de interesse, em um momento que pudesse atingir uma maior audiência e sem correr o risco de ter uma Dona Regina defendendo um ponto de vista diferente da emissora. E o Fantástico era a opção ideal: horário nobre de domingo, quando as famílias se reúnem em suas casas para se preparar para o início da semana, buscando diversão de "qualidade" ao assistir o "show da vida" apresentado de maneira unilateral no programa de variedades da rede do Plim-Plim.

O programa do domingo seguinte do Fantástico trouxe diferentes temas polêmicos, e o que comento aqui foi um iniciado com a chamada de intolerância. Veja se aguentar, pois eu pessoalmente tive ânsia de vômito.

A "reportagem" começa falando que o brasileiro em geral é preconceituoso, exibindo alguns resultados de uma pesquisa do Ibope. Embora não dissessem, ficava claro um recado de que esses preconceituosos correspondem à parcela conservadora da sociedade, enquanto quem é politicamente correto não se enquadra nisso. Falou-se do machismo, do racismo, da homofobia e até mesmo da gordofobia. Citam inclusive as "frases preconceituosas mais ouvidas", onde coincidentemente ou não, as três primeiras conseguem focar nos três grupos mais apreciados pelos politicamente corretos: a primeira frase seria "ela tem o cabelo ruim", que atende ao clamor contra o preconceito racial, "ela está vestida igual a uma vadia" para criticar o machismo e "pode ser gay, mas não precisa beijar em público" para mostrar que tem muito homofóbico.


Aí o casal de apresentadores propõe uma "reflexão" sobre o tema de intolerância, baseado em casos recentes. Coloco entre aspas, por que já sabemos que essa reflexão será tendenciosa a um dos lados.

O primeiro assunto retratado foi aquele onde traficantes de alguma favela mandaram os praticantes de umbanda a destruírem seus pertences religiosos, que é retratado como exemplo de perseguição religiosa. Depois, foi sobre a Queer Museu, a exposição da cabra e das crianças viadas, em que a apresentadora enfatiza que ela foi vetada pela prefeitura do Rio, por conter referências impróprias à símbolos religiosos (no caso, católicos), além da já conhecida apologia à pedofilia e à zoofilia. E depois fala de forma severa que as obras foram censuradas pelo Marcelo Crivella sem consultar a opinião pública.

Uma pequena pausa aqui. Primeiro, pra aplaudir o trocadalho do carilho do prefeito, em que disse que aquela exposição não seria exposta no MAR (Museu de Arte do Rio), só se fosse no fundo do mar. Não gosto dele, mas nessa ele mandou bem.


Segundo... Eu fico aqui um pouco curioso sobre esse comentário do Fantástico, só faltava ter colocado a palavra "censura" em letras garrafais e vermelhas ao citar na reportagem. Dizem como se o prefeito tivesse agido de forma ditatorial, proibindo uma exposição sem consultar o povo...

Fantástico... tenta fazer uma enquete aí, perguntando se o povo do Rio quer uma mostra com quadros com pessoas trepando com cabras, negros sendo enrabados, crianças viadas e ofensas à religião católica, e depois me diz se a população carioca queria mesmo essa exposição.

Só sejam um pouquinho decentes e não façam essa enquete dentro do Projac, por favor. Escutem o povo mesmo, vai lá na Central e conte pra gente a verdadeira opinião pública.

Vai ser que nem quando fizeram a pesquisa na Globonews se a população aprovava o porte de armas, logo depois do atentado de Las Vegas, em que a rede do Plim-Plim achou que ia convencer o povo de sua posição politicamente correta de ser contrária às armas (apesar de suas instalações e famosos contarem com segurança armada 24 horas por dia), mas levaram uma surra homérica.


Aí chamam então os entrevistados para comentar sobre as manifestações contra a Queer Museu, sendo acusada de promover blasfêmia. Começa com um professor de Direito Constitucional, que comenta sobre o direito à liberdade de expressão, algo que deve ser garantido a toda e qualquer pessoa, que pode ter a sua opinião própria, expressando-a como achar melhor. O sujeito até fala alguns pontos coerentes, mas logicamente dá algumas deixas favoráveis ao que a Globo defende.


Interessante que ele destaca que o limite é quando essa liberdade começa a infringir a lei. Como, por exemplo, infringir sofrimento deliberado a um animal...


... e também é vedado em uma exposição onde uma criança seja exposta à abuso sexual na frente dos outros.


Interessante, né? Mas vão dizer que a cabra não estava sofrendo, e que uma menina ser incentivada a tocar em um adulto nu não é abuso...

A Globo se prontifica em defender, dizendo que a menina estava acompanhada da mãe, que é cenógrafa, e que havia um aviso dizendo que tinha nudez. Ou seja, que aquilo não estava errado, que era aceitável... e que as pessoas que eram contra estavam promovendo o ódio de forma insensata e agressiva. O engraçado é que esses comentários são ditos em um tom severo, como quando você leva esporro da professora ou do chefe quando faz algo errado. Sinceramente, quem nesse momento da reportagem estivesse sem opinião formada, já iria começar a ser influenciado a pensar como os globais. 

Aí dão a palavra a um membro da Comissão de Direitos Humanos da OAB...


Junta os Direitos Humanos com a OAB, nem precisa dizer que ele só falou bobagem... como defendendo que a criança tem o direito de acessar a cultura (como se houvesse algo de cultural em um cara com a biromba de fora), e que o fato da menina estar acompanhada pela sua mãe, que faz parte do meio artístico, comprova que não houve nenhum tipo de atentado aos direitos da criança naquela exposição.

Apenas comento o seguinte: esse advogado concorreu a deputado aqui no Rio. Adivinha o partido?


Pois é... mostra como a Globo é extremamente imparcial na escolha de seus entrevistados. E o mais engraçado é que mesmo com o PT chamando-a de golpista, a emissora sempre dá espaço pra esses vermelhos... Aliás, veja ali embaixo a quadrilha que ele apoiava: Dilma, Lindberg e Sérgio Cabral... Gente finíssima!

Voltam para o professor, que diz que todos os lados devem ser respeitados, tanto a família que não queira ver esse tipo de exposição, como também a família que queira, desde que não haja nada de cunho sexual. Dizendo que "não se deve impor aquilo que a gente acha que é certo"...

Diante desse comentário, os apresentadores do Fantástico continuam com o seu interesse de impor a ideologia que eles acham que é certa. E fazem isso expondo obras de arte clássicas em que existem pessoas nuas. Citam diversos nomes de quadros e esculturas que foram concebidas por grandes nomes da arte, que expõem a nudez.


Tudo bem... mas vamos combinar uma coisa: é muita prepotência comparar Wagner Schwatrz, o peladão do MAM, com Michelangelo... E repito: o problema aqui não é a questão do nu artístico. A questão que a sociedade de bem contesta é a exposição exagerada de uma criança pequena a algo daquele tipo, onde foi incentivada a tocar em um adulto nu. Volto àquela historinha que falei, passa uma mensagem para uma criança tão jovem de que a interação física com um adulto totalmente nu seja perfeitamente normal, correndo o risco de que ela interprete com a mesma naturalidade uma situação onde seja vítima de pedofilia.

Todo esse discurso aí é com a clara intenção de dizer o seguinte: se você é contra a performance do MAM, você é contra toda e qualquer obra de arte em que apareça algum corpo nu. Acusam os "inimigos" da liberdade de expressão de serem hipócritas. É muita cara de pau, que a Globo merece uma garrafinha de óleo de peroba por isso.


O Fantástico volta para a questão religiosa, destacando uma grande importância da arte sacra, pois ajuda os fiéis a formarem uma imagem visual daquilo que eles acreditam. Chamam ali um artista pra falar, pra defender que as demonstrações culturais e artísticas associadas à religião estão aí há muito tempo, e que nunca ninguém as criticou.

Muito bem, concordo... Agora, me diz o que tem de arte sacra nisso aqui.


O mais engraçadinho foi a apresentadora narrar as palavras do pintor desse quadro: "aquilo não é Jesus, é uma pintura. É minha cabeça. Ponto. Me sinto à vontade para pintar o que quiser". Eles afirmam então que esse quadro aí, onde deturpam a imagem de Jesus, não fere a crença religiosa, e que banir algo só por ser polêmico fere a liberdade de expressão.

Pois muito bem... Não me lembro de terem dito isso quando fizeram uma caricatura do Maomé no jornal francês Charlie Hebdo. Só me lembro de muita gente, que hoje defende uma pintura como essa aí de cima, dizendo que o fato deles terem sido mortos por terroristas foi o preço por terem desrespeitado os muçulmanos. Será que as pessoas podem pintar mesmo o que quiserem? Será que se eu fizer uma exposição em que coloque um quadro com um cruzamento do Maomé com um camelo, o Fantástico virá pra me defender também?

Esse papinho de luta contra intolerância religiosa é muito hilário. Ficam esses babacas aí dizendo que todas as religiões devem ser respeitadas, mas eu não vejo nenhuma comoção quando a intolerância é direcionada a algumas delas, em especial quando as vítimas são os seguidores das religiões cristã e judaica... Por que será? Por que pode-se fazer arte polêmica com cristãos e judeus, mas nunca com muçulmanos, umbandistas e outras religiões?

Mas vamos continuar um pouquinho mais com a matéria. Aí convocam uma psicóloga para falar do preconceito, para dar o "golpe de misericórdia" na parcela conservadora da população. Ela sai então bostejando um monte de coisas, dizendo que preconceito é uma forma primitiva de lidar com a diferença, que essas pessoas têm medo que seus valores desapareçam. Chamam também um outro barbudinho, dizendo que a intolerância religiosa só provoca sofrimento, condenando quando uma pessoa é limitada a exercer o direito de sua fé.


Engraçado... Fala-se tanto da perseguição religiosa... Mas só destacam quando as vítimas são de certas religiões. Ninguém deu muita atenção quando um clube israelita aqui do Rio foi pichado com símbolos nazistas. Nenhuma feminista politicamente correta ou religioso defensor da tolerância religiosa se pronunciou quando uma idosa cristã foi espancada, teve suas roupas arrancadas e foi arrastada nua pelas ruas de um vilarejo no Egito, por homens muçulmanos. Por que a sociedade só se comove quando ocorre intolerância contra algumas religiões, enquanto que contra outras, ninguém se pronuncia?

Quer condenar a intolerância religiosa... Perfeito. Mas condene todos os tipos, e não apenas aquelas que mais lhe interessam.

Voltando à questão das artes, tal matéria do Fantástico passou um recado bem veemente e direto: aqueles que criticam a exposição Queer Museu ou o nu do MAM são preconceituosos e intolerantes que não tem razão, conservadores que querem promover a censura das artes.

Aí chamam quem? Caetano! Pra falar mais uma vez que é contra a "censura" que está ocorrendo contra as artes.


Fala sério...

Vamos falar de censura então? Me diz aí, Caetano, vamos relembrar alguns casos...

Há alguns anos, movimentos favoráveis aos negros se revoltaram contra uma peça de teatro, acusando-a de ser racista, mesmo ela estando em cartaz por vários anos. Levaram para a justiça e conseguiram que a peça fosse cancelada...


Nesse mês mesmo, foi lançado um filme em uma mostra em Brasília, que fala sobre a escravidão. E sua diretora foi alvo de duras críticas de movimentos negros e da própria comunidade artística, que disse que seu filme não tinha direito de vir a público, pois a diretora, como branca, não podia fazer um filme falando da escravidão...

Em maio desse ano, um outro diretor fez um documentário sobre Olavo de Carvalho, um intelectual brasileiro que viveu nos Estados Unidos e que tinha uma visão conservadora. Sua obra viria a ser lançada em um festival em Pernambuco, e aí alguns diretores boicotaram a exposição por não concordarem com o tema do filme, por não quererem dividir espaço com uma obra que eles consideram inaceitável.

Diz aí Caetano... Por que em nenhum desses momentos você falou de censura? Por que não apareceram os globais aí defendendo a liberdade de expressão? Ou vocês acham que tá certo proibir essas demonstrações artísticas?


Isso mostra como no fundo esse papo de politicamente correto, de luta contra a censura e a intolerância é uma babaquice. É tudo fachada para a promoção de uma ideologia. Da mesma forma que esses paspalhos se dizem contra ditadura mas acreditam que na Venezuela, na Síria, em Cuba e na Coréia do Norte existem governos democráticos, quando o assunto é censura logo dizem que são contra... Embora fechem os olhos para as situações onde certos grupos são calados. É a "censura do bem", que é tolerada e mesmo incentivada, quando é para calar a boca de quem não segue a ideologia esquerdopata.

É o pensamento dos politicamente corretos, como todas as bestas que estavam nesses programas da Globo que eu citei: você tem direito a ter a sua opinião... desde que concorde com eles. Se a sua opinião é diferente, que venha a censura.

Honestamente, a Rede Globo faz um enorme desserviço para a sociedade ao agir assim. Com todo esse tamanho que ela tem, com toda a imensa difusão nos lares brasileiros, ela poderia promover um debate sadio e justo em seus programas. Existem pessoas que têm uma opinião formada, que não serão influenciadas facilmente; mas existem pessoas que podem não ter certeza ainda do que vão pensar, de que posição vão tomar, ou até mesmo que só tomem conhecimento do assunto no momento em que assistem ao programa. O correto aqui seria apresentar para essas pessoas somente os fatos, podendo até trazer pessoas para falarem suas opiniões a respeito...


Acontece que isso tem que ser feito sempre dando a oportunidade para ambos os lados da questão falarem. Coloca ali um cara a favor e um contra, permita que os dois possam apresentar seus pontos de vista, que possam ali discutir de forma adulta e sensata, para que o telespectador forme a sua opinião de maneira concreta e solidificada.

Agora, o que você fez, Rede Globo... foi vergonhoso.

Ficou evidente ali o objetivo de promover a agenda politicamente correta, estava claro como água que a emissora veio com o interesse em convencer os telespectadores de que a exposição do Queer Museu é arte da maior qualidade e que não há nada de condenável no artista nu do MAM, que ambas são demonstrações culturais que devem ser vistas por crianças, para terem acesso a questões importantes e para terem contato com as artes (no caso do peladão, o contato foi até demais). Ao colocar todos os convidados e entrevistados defendendo esse ponto de vista, a rede do Plim-Plim tenta construir uma narrativa onde tais coisas estão certas, não podendo ser questionadas. Se você criticar esse tipo de "arte", você é preconceituoso, você é intolerante, você é tomado pelo ódio e aprova a censura, você é um conservador atrasado que não está acompanhando o novo mundo...

É a Rede Globo, fazendo de tudo para manipular o povo... Eles sempre fizeram isso, ditando o que as pessoas devem gostar, o que elas devem fazer, o que elas devem assistir. Agora, tentam mais uma vez enfiar um monte de abobrinhas na nossa cabeça, com o objetivo de fazer uma lavagem cerebral e expandir ainda mais a mazela do politicamente correto, que leva a Humanidade a passos largos para a demência e estupidez total.


O que me deixa um pouco menos pessimista é que as pessoas estão começando a acordar. As pessoas estão começando a perder o medo de falar e contestar a mídia manipuladora, da qual os globais em sua maioria fazem parte. Vide o exemplo da Dona Regina e do vocalista do Raça Negra. As pessoas de bem estão de saco cheio, não aguentam mais essa ideologia artificial cheia de libertinagem, e estão defendendo seus valores, suas opiniões e seus pontos de vista. A mídia tradicional, pouco a pouco vai perdendo seu espaço, com o avanço da Internet, reduzindo assim o seu controle e poder de manipulação sobre a população. Ainda estamos longe, ainda tem muita gente alienada que molda seus valores pessoais em uma matéria do Fantástico... mas fica a esperança de que as pessoas abram seus olhos e não se deixem sujeitar a esses ideais estúpidos de uma minoria que é insignificante, mas que só aparece porque é escandalosa e por ter grandes meios de comunicação como a Rede Globo do seu lado.

Comentários

Mais uma vez muito bom convite para uma reflexão, mas vou deixar aqui um ponto de vista meio chato, porque tenho uma tendência mais conservadora...

Tipo creio que o mundo tá uma bagunça por duas causas. 1 - derrubaram o muro que divide certo/errado, bonito/feio, moral/imoral, sendo que a definição pra esses conceitos de fato EXISTEM, não são opiniões.

Crer que tudo é relativo é perigoso. Se fosse assim, indo por essa 'lógica', com base em quê nós podemos condenar um sequestrador, um estuprador, um pedófilo? Se não existe certo errado, se Deus está morto, então tudo é permitido.

2 - Sem uma referência, um objetivo sublime, sem crer no Bem supremo, as pessoas não vão usar a liberdade de expressão pra algo que realmente agrega valores. A retidão moral demanda esforço, fé, altruísmo e uma dose de ascetismo - tudo isso incompatível com este tempo de narcisismo doente, de niilismo vazio, e desse povinho que detesta o sacrifício, essa gente frouxa que goza e logo existe.

Creio que surgirão escândalos piores do que esses da "arte", até que algum dia, alguém vai apelar e acabar com essa brincadeira.
Texugo disse…
Obrigado pela visita Lis. Realmente o mundo está uma bagunça, e essa questão da discussão sobre as "artes" é um exemplo disso.

É bem na linha que você comentou, existem conceitos de certos e errado, moral e imoral, que precisam ser respeitados.

Querem fazer uma exposição com um sujeito pelado, vão em frente. Eu acho que não contribui em nada para a sociedade, não iria. Mas, querem tanto fazer, vão lá e façam.

Só que, como você disse, precisam respeitar conceitos que estão aí pra serem seguidos. Expor uma criança, isso é errado. Fico pensando na repercussão que isso terá pra menina, vai ficar marcada como a garota que tocou no peladão do MAM, fico me perguntando as sequelas emocionais que vão vir disso.

Mas o Caetano e os globais estão preocupados com a "liberdade de expressão"...

O pior de tudo, Lis... É que para essa turminha politicamente correta existem sim os conceitos de certo e errado. Acontece que eles são determinados não pelo ato em si, mas por quem o pratica. Se é um amiguinho do movimento politicamente correto, pode abusar de uma criança ao vivo que vão dizer que é arte; mas se é o Danilo Gentilli fazendo um filme, os mesmos defensores da liberdade de expressão vão perguntar quais são os limites da comédia...