O soco na professora

Mais um assunto polêmico aqui, e dessa vez eu consegui chegar um pouco mais perto da notícia, em vez de escrever semanas depois do ocorrido. Mais um assunto que está com uma grande repercussão, e como sempre venho aqui pra dar a minha opinião, sempre controversa e que não agrada a muita gente.


Pois muito bem, comecemos do começo. No início dessa semana, uma professora chamada Marcia Friggi, de uma escola lá em Santa Catarina, passou por uma situação bem desagradável, em que ela levou um monte de socos de um aluno de 15 anos, que ela havia chamado atenção por mau comportamento. Tupo por causa de um livro, que segundo eu li o garoto estava colocando entre as suas pernas (seria algum fetiche?) e quando a professora pediu para ele colocar o livro sobre a mesa, disse que colocava o livro onde quisesse (talvez onde o Sol não brilha). Aí, levando o mal-criado para a diretoria, a professora foi agredida pelo aluno.   

Não demorou para o caso vir para as redes sociais, inclusive pelo fato da professora ter publicado em sua página do Facebook uma declaração sobre a agressão que ela sofreu, juntamente com fotos de seu rosto todo arrebentado. A sociedade de comoveu, revoltada com esse ato de violência, vários jóinhas e compartilhamentos em solidariedade com a professora.


Bem...

Antes de continuar a história, acho válido colocar aqui um breve parênteses, até porque eu sei que mais adiante vão começar a me xingar. Eu acho errado esse tipo de agressão covarde, ainda mais contra um professor. Costumo dizer que a educação é um dos bens mais valiosos de uma nação, e os professores em geral devem ser reconhecidos por isso. Digo em geral pois, como ocorre em qualquer profissão, existem os maus professores, aqueles que estão cagando e andando para o ensino, ou que usam de sua posição como forma de doutrinação (vocês sabem bem o que eu quero dizer). Mas, em linhas gerais, o professor deve ter sim uma grande consideração por parte da sociedade, pelo seu papel de estar formando cidadãos e profissionais.

E comento que esse tipo de episódio tem uma grande influência da ideologia extremamente passiva e permissiva que temos hoje, aquela que prega uma liberdade exagerada e super-protetora para crianças, mesmo aquelas que não sabem se comportar. Antes, na escola havia disciplina, tinha que respeitar os colegas e os professores, tinha que fazer os deveres de casa e se comportar. Toda uma disciplina rígida que, ao meu ver, é necessária para impor os limites, para ensinar às crianças que existem deveres e responsabilidades. Resumindo, dentro de sala de aula, o professor é a autoridade, e deve ser respeitado e obedecido. Mas, tudo isso mudou hoje em dia, com uma postura muito mais flexível e tolerante, em que o aluno pode fazer o que quiser, que se ele vai mal, a culpa é do professor, que não tem que se portar bem em sala de aula. Toda essa ideologia "tuti-fruti" não coloca limites, e aí chega uma hora em que acontecem coisas como essa agressão.


O mais curioso de tudo isso é ver que casos assim de agressão, seja física ou verbal, não são tão raros... E que muitos educadores, psicólogos e entendidos, que defendem essa tolerância exagerada com alunos mal-criados e sem respeito, são os primeiros a se revoltarem com cenas como essa, de uma professora sendo agredida.

Com isso, repito aqui: acho errado esse tipo de agressão. Não é certo um aluno se portar dessa maneira e violentar uma professora, que é a autoridade na sala de aula. 

Agora... acontece que tem algo mais pra se comentar desse caso...

Afinal de contas, a Internet não perdoa. As mesmas redes sociais que podem ser usadas para conquistar a solidariedade alheia, podem mostrar o seu verdadeiro lado, a sua ideologia e os seus valores... E aí o tiro pode sair pela culatra.

Digo isso porque não demorou para que as pessoas começassem a olhar as outras postagens da professora Marcia em seu Facebook, algo natural uma vez que seu caso chamou a atenção do Brasil, e ela mesma escreveu seu desabafo ali. Postagens em que descobrimos que ela é de esquerda (aliás, extrema esquerda), e como a maioria dos esquerdistas, promove ações e idéias que não ficam muito longe da violência que ela sofreu...

Por exemplo, lembra a aluna que jogou um ovo no Bolsonaro? Veja o que ela escreveu sobre essa cidadã (imagem do Socialista de iPhone):


Lindeza? Curioso, não?

Eu sei que nessa hora devem aparecer esquerdistas petralhotários dizendo que eu estou aplaudindo a agressão da professora, só porque ela é de esquerda. Afinal de contas, muitas pessoas da esquerda adoram colocar palavras nas bocas daqueles que não pensam como eles, como forma de justificar e incitar o ódio, pra tentar inflamar ainda mais a rivalidade e as discussões. Pessoas bipolares, que acham que existe apenas o certo (lado deles) e o errado (quem não pensa como eles), e só o fato de eu ter citado isso já vão começar a assumir que eu adorei o fato dela ter sido agredida.

Mas não estou dizendo nada disso. Não acabei de escrever ali em cima que acho errado esse tipo de agressão contra um professor? Repito mais uma vez, não estou dizendo "bem feito" pra ela por ter apanhado, só por ser de esquerda. Sei que tem muitas pessoas fazendo isso, e na minha opinião elas estão erradas.

Acontece que uma situação como essa me faz pensar em como são as coisas... 

Lógico que devemos guardar as devidas proporções, um monte de socos não se compara com um ovo arremessado. Mas, ambos têm algo em comum: são atos de violência sim, ações de grande falta de respeito e covardes, gestos que são repreensíveis e que não devem ser tolerados em uma sociedade de bem. Se por um lado dar um soco em uma professora seja algo errado... jogar ovo em uma pessoa, mesmo sendo um político, é algo errado também.

Não é o que ela pensa... como escreveu alguns dias antes de ser agredida.


Ou seja: parece que para a professora Marcia, não há problema em agredir alguém que seja de orientação política diferente da sua. Na cabeça dela, há situações em que a agressão física é justificada, é a resposta. Além disso, veja que ela se refere à ovada como agressão física em um primeiro momento, algo que depois ela veio dizer que não é bem assim... Afinal de contas, o post acima foi antes dela ser também vítima de agressão física.

Eu gostaria muito que ela viesse aqui no meu site para se explicar. Sério, eu acredito que seria muito interessante e educativo. Pois eu gostaria de entender como que ela se sente, ao ser vítima de uma agressão, quando em suas postagens ela incita agressão contra pessoas que pensam diferente, que possuem uma afinidade política diferente da esquerda. Mais uma vez, repito que não estou dizendo que ela mereceu ser espancada, reitero que é absurdo um tipo de violência assim. Mas eu fico curioso pra saber com que moral ela hoje faz um desabafo sobre algo que ela aparentemente aprova... desde que seja com os outros, é claro.

Vamos então começar aqui com algumas perguntas que eu gostaria de fazer pra ela. Eu vi uma entrevista da professora para uma rádio, em que ela diz que não considera que jogar ovo no Bolsonaro seja violência, não é agressão (mudou de idéia rapidinho, em relação ao post de menos de uma semana antes). É na verdade uma revolução... E quando o radialista perguntou se alguém jogasse um ovo nela, a digníssima professora disse que ele estava "partindo para o lado da política" e o chamou de neo-nazista. E que em certas situações pode jogar ovo sim.

Vai aqui o vídeo com a entrevista, vale a pena.


A primeira pergunta que eu faço é a seguinte, professora Marcia: se então existem situações onde pode jogar ovo, será que posso comprar uma dúzia e tacar na cara desse aí de baixo?


Provavelmente para a senhora isso seria violência, seria uma agressão, certo? Se alguém jogasse ovo na Dilma, na Gleisy Hoffman, na Jandira, no Lindbergh, talvez você venha dizer que isso é inaceitável, que não pode, que estão querendo calar a oposição, que são nazistas contrários à democracia. Não vai falar de revolução, não vai dizer que é um direito ou liberdade de expressão.

Mas, jogar ovo no Bolsonaro, a senhora aprova. Ou fazer "ovo ao alvo" com o Dória também, como a senhora mesmo comentou, com essas exatas palavras.


Ah, professora Marcia, eu sei que a senhora removeu todas as suas postagens anteriores ou colocou algum tipo de bloqueio no seu Facebook. Afinal de contas, penso que neste momento não seja de seu interesse compartilhar livremente a sua opinião a respeito de jogar ovos em seus desafetos, ou mesmo coisas piores. Acontece que existe uma coisa chamada printscreen que é implacável. Caiu na rede, já era... Não adianta querer esconder agora.

Então, vendo essas suas postagens, me explica como que a senhora vem acusar os outros de estarem partindo para o lado da política, se aprova uma agressão como jogar ovos (como a senhora mesmo disse) contra pessoas contrárias à sua opinião política?


Esse é um dos grandes problemas dos radicais extremistas que existem dos dois lados, mas que visivelmente são mais comuns na esquerda, talvez até por conta de alguns dos ideais socialistas. É aquela postura de não condenar o ato em si, mas apenas quando é praticado por alguns. É achar que dar ovada no Bolsonaro, no Dória ou no Aécio é uma lindeza, é revolução, é algo a ser aplaudido; mas dar ovada no Lula ou na Dilma, é inaceitável, é errado, tem que ser punido. Mesmo peso e duas medidas.

Vou trazer aqui um exemplo, minha cara professora Marcia. Novamente, vamos guardar as proporções, em nenhum momento estou menosprezando a agressão que a senhora sofreu. Mas, por um momento vamos enxergar isso que aconteceu como um ato de desrespeito de um aluno ao seu professor. Vamos concordar que foi sim uma grande falta de respeito que esse aluno teve, desde o momento em que não obedeceu a sua autoridade em sala de aula. Diante de uma situação dessas, solidariedade para a senhora, todo mundo vai dizer que é errado o que ele fez, como eu também disse.

Agora... vamos lembrar de um acontecimento há cerca de um ano. Ocorreu na Unicamp, onde um professor estava dando sua aula, quando alguns alunos, membros daqueles movimentos que queriam ocupar a faculdade, invadiram a sua aula, e chegou ao ponto de um deles ir ali e apagar o que ele estava escrevendo. O professor ia lá de novo, escrevendo sua equação, e o aluno lá paradinho, esperando ele terminar, pra apagar outra vez...


Me diga, professora Marcia, o que a senhora acha disso? Na minha opinião esse é um tipo de agressão também. Pode não ser um soco, mas é uma grande falta de respeito com o professor que está lecionando, e também com a turma que está assistindo a aula e querendo aprender. Outra situação de falta de respeito com um professor...

Mas, será que pra senhora uma situação dessas é inaceitável? Ou, por serem alunos que estavam ali sendo motivados por partidos de esquerda e pela UNE, impedindo uma aula durante a greve, a senhora vai aplaudir essa agressão?

Honestamente, eu acho que pessoas que têm esse tipo de postura não tem nenhuma moral para dizer nada. Assim, elas perdem a razão. Como as pessoas que dizem lutar contra o preconceito, promovendo mais preconceito. O cara se diz contra o racismo mas acha que branco precisa apanhar só porque é branco, a feminista se diz contra o machismo, mas em vez de promover a igualdade ela luta para que as mulheres prevaleçam sobre os homens. E é a mesma coisa com você, professora Marcia. Ninguém aqui está levando para o lado político, na verdade as postagens que a senhora costumava compartilhar e que agora as escondeu mostram que no seu caso sim, muita coisa é baseada no lado político, quando a senhora se diz contrária às agressões físicas, mas aplaude o uso da violência contra aqueles que a senhora considera como inimigos.

Vide essa sua outra postagem...


Me explique isso, professora Marcia... Então a senhora acha que "um pouco de violência é melhor que a passividade perniciosa", e que podem contar contigo "pra partir pra porrada, porque tem muita gente merecendo um olho roxo". Tudo isso umas duas semanas antes da senhora sofrer um pouco de violência, levar porrada e ficar com olho roxo...

Não estou defendendo o que aconteceu com a senhora, digo isso mais uma vez... Mas entendo o fato de muitas pessoas estarem dizendo que foi bem-feito você ter sido agredida. Não é justificável, mas acho algo compreensível quando as pessoas se dão conta de que você promove coisas como nesta postagem acima.

Pra você ver... Percebi muitas pessoas que no início se sensibilizaram com a senhora, acharam um absurdo o ocorrido. Mas, que quando descobriram que a senhora incita a violência, que a senhora se coloca à disposição pra partir pra porrada porque muita gente merece olho roxo... Essas pessoas deixaram de ter pena da senhora, toda a solidariedade foi por água abaixo. Admito e reconheço que parte dessas pessoas mudaram de opinião por motivação política ao saberem que você é de esquerda, não nego isso; mas outras pessoas, talvez até algumas simpatizantes da esquerda também, mudaram de opinião por não aceitarem a sua hipocrisia, condenando apenas a violência que a senhora sofreu mas incitando violência contra os outros.

Hipocrisia que domina o discurso de pessoas extremistas, exatamente como a senhora. Faço questão de mostrar essa outra postagem sua, em que comemora a condenação do Bolsonaro naquele caso com a Maria do Rosário.


Veja bem, como ela comemora a "vitória das mulheres", em uma acusação que na minha opinião é muito infundada, pois não entendo que o Bolsonaro tenha incitado estupro. Mas, deixaremos essa questão de lado, professora Marcia, pois já está muito claro o que a senhora pensa a respeito dele.

Mas faremos o seguinte, vamos focar em outras coisas correlatas. Vamos aqui relembrar uma outra postagem, feita por um colega de profissão da senhora. Trata-se do professor de filosofia da UFRRJ Paulo Ghiraldelli, que na virada de 2013 para 2014 fez não uma, mas duas postagens em que desejava que a apresentadora de telejornal do SBT Rachel Sheherazade fosse estuprada.


Rápido parênteses: o professor logo negou na época, disse que tinham hackeado a sua conta, contou toda uma historinha triste, pediu desculpas e etc. Mas diversas outras postagens dele (como você pode ver aqui nessa matéria) mostram que ou ele tem um pensamento esquerdista-extremista e deseja sim o pior para os que pensam diferente dele, ou é uma ingênua vítima constante de hackers...

Mas vamos lá, professora Marcia. Esse caso aí tem mais de três de anos, e durante todo esse tempo não me recordo de nenhum comentário indignado da deputada Maria do Rosário, mesmo o professor tendo postado algo que indiscutivelmente incita o estupro. Por que será que a Maria do Rosário nunca disse nada? Por que não condená-lo por incitar estupro? Será que nesse caso não tem problema? Será que na cabeça da digníssima deputada a Rachel Sheherazade merecia mesmo ser estuprada?

E pergunto para a senhora, professora Marcia, o que a senhora opina a respeito de um professor universitário, que se diz defensor das mulheres, escrever algo como isso? Pode me explicar?

Vou mais longe ainda, minha cara professora Marcia. Na época em que ocorreu essa suposta agressão do Bolsonaro, ele estava defendendo a redução da maioridade penal, após um caso que chocou o país, em que o crápula do Champinha e seu bando mataram um casal de adolescentes no interior de SP, sendo que a menina foi violentamente estuprada por dias por esse marginal, que na época era "di menor". Uma redução de maioridade penal que Maria do Rosário nunca foi favorável. E muito pelo contrário, ela sempre defendendo que esses menores fossem punidos segundo o que diz o Estatuto da Criança e Adolescente (o ECA), em que as penas são brandas, todo mundo passa a mão na cabeça do "coitadinho" e ao completar 18 anos o "di menor" fica livre e com a ficha limpa.


Diga-me a sua opinião a respeito, professora Marcia. Acha correto que um marginal tenha estuprado e matado uma menina, e aos completar 18 anos fica com a ficha limpa? Acha isso certo? A Maria do Rosário, que você aplaude, pensa assim.

E digo mais ainda: e como vamos olhar para esse caso do menor que agrediu a senhora? Preso, ele não pode ser, só pode ser detido. Não podemos dizer que ele a agrediu, ele cometeu um ato infracional semelhante à violência física. Atingindo a maioridade, esse episódio será apagado de seu histórico, será como se a senhora nunca tivesse sido agredida. Como disseram na época do Champinha, esse seu aluno é um menor que não tem consciência dos seus atos, que não pode ser responsabilizado por eles.

Sinceramente... Penso que diante de uma situação dessas, pessoas como a Maria do Rosário devem entrar em parafuso. Imagina só a dúvida, como é que vai defender um "di menor" quando este agride uma mulher e ainda por cima simpatizante da esquerda? De que lado essas pessoas vão ficar?

Ah, já sei... É só dizer que o aluno é fã do Bolsonaro... Aí então tudo bem, ele vira o demônio, e a turminha do ECA e dos Direitos Humanos vai esquecer toda essa peninha que eles têm dos menores infratores...


Esse é o ponto que eu comento aqui, minha cara professora Marcia. Não devemos aqui aplaudir esse tipo de violência. Estão errados aqueles que estão agora rindo da sua cara e adorando o fato de você ter sido agredida; mas a senhora também está errada ao incitar a violência e a agressão, como as suas postagens mostram bem. Pense nisso.

E não adianta vir aqui com o mesmo papo que você teve na entrevista para a rádio gaúcha, aquela história de "antes de tudo sou uma cidadã brasileira, e tenho direito à expressar a minha opinião". A senhora pode dizer isso a partir do momento em que respeite outros cidadãos que também têm direito à liberdade de opinião e pensam diferente da senhora. Não duvido que se a senhora vier aqui no meu site, onde expresso a minha opinião, vai ler muita coisa que não concorda, considerando que a senhora indiscutivelmente tem uma orientação política de extrema esquerda, vide as suas postagens. E não ficaria surpreso de que a senhora me agredisse aqui com palavras, me xingando de um monte de coisas, promovendo uma agressão contra a minha pessoa motivada pelo ódio resultante de eu não pensar como a senhora.

Todo um ódio que incita atos violentos como o que a senhora sofreu, e que eu condeno, acredite ou não.


E sobre a liberdade de expressão, ninguém aqui está dizendo que a senhora não possa pensar e escrever o que quiser. Todos têm esse direito... Bem, todos que vivem em uma nação livre, diferente da Venezuela (aliás outro tema sobre o qual adoraria escutar sua opinião). Não tem problema nenhum que você seja de esquerda, que tenha ódio dos "coxinhas", que ame o Lula e por aí vai. A senhora é livre pra escrever o que quiser na sua rede social... apesar de, após a repercussão deste caso ter preferido apagar ou esconder postagens comprometedoras, que atestam as suas opiniões, para talvez não deixar evidente o que a senhora pensa sobre a violência. E lembro que não cabe dizer que é censura, que você foi impedida de expressar a sua opinião... A senhora removeu as postagens porque quis.

Acontece que a liberdade de expressão tem sim alguns limites. Existem certas, digamos... "regras" de convívio, boas práticas de convivência em sociedade, que definem condições onde deve haver um certo limite à liberdade de expressão. E pra deixar bem claro, isso não é censura.

Cito o exemplo dos pichadores. Há quem diga que seus piches são arte, e que deve ser garantida a sua liberdade de expressão...


Mas, me diga, professora Marcia: a senhora gostaria que alguém pichasse o muro de sua casa? Certamente não. Em um momento como esse não acredito que a senhora iria tolerar algo como o que picharam no muro acima, defendendo a liberdade de expressão do pichador. Principalmente se ele estivesse escrito um monte de palavrões ou desenhado órgãos genitais...

Existem limites, né? Mesma coisa na sua sala de aula, professora: será que tá tranquilo se um aluno se levantar e interromper a sua aula para falar sobre o que ele quer? Será que neste momento ele, antes de ser um aluno, será um cidadão brasileiro com direito a ter a sua opinião e expressá-la?

Apenas digo isso, professora Marcia, pois eu fico pensando em como devem ser as aulas da senhora. A sua liberdade de opinião e de expressão são garantidas, ninguém aqui está dizendo o contrário. Se a senhora quer defender a agressão contra os "coxinhas" em sua rede social, é direito seu.

Acontece que em sala de aula, temos uma situação dessas com limites, professora. Em um lugar como esse, existem opiniões que não devem ser expressadas. E não falo nem de sua posição política, embora eu particularmente penso que política e ensino não devem se misturar, algo que eu tenho a certeza que a senhora não concorda (a não ser que o professor tenha um discurso pró-direita ou anti-esquerda, aí certamente não pode). Me refiro ao seu discurso de violência, de dizer que algumas pessoas merecem um olho roxo. Na minha cabeça, esse tipo de conduta em prol da violência e da agressividade não combina com o que se espera de um profissional do ensino. A não ser que seja um professor de judô ou jiu-jitsu.


Me pergunto se esse é o tipo de opinião que você expressa livremente em sua sala de aula... Se sim, aí sinceramente não estaria surpreso que um aluno a tenha espancado...

Torno a repetir: não estou aqui aplaudindo a agressão que ela sofreu. Mas eu acho que seria bom para toda a sociedade se as pessoas começassem a agir de uma forma diferente do que a professora Marcia Friggi, que tolera e até mesmo incentiva atos violentos e agressivos, quando praticados contra determinados grupos que pensam de forma diferente. Seria muito melhor se as pessoas seguissem aquela frase que muitos consideram bobinha, mas que retrata um pensamento mais correto e mais sensato:

"Não deseje para os outros aquilo que você não gostaria que acontecesse com você."

Comentários

Gente, as pessoas são muito contraditórias, icluo-me nisto, pois não sou perfeita, já preguei coisas que eu não cumpria e já condenei coisas que eu cumpria, nada grave, vexatório ou desmoralizante assim, mas enfim...

Dá até embrulho no estômago. As pessoas são tão relativas... Já aconteceu comigo assim: eu ser criticada por uma pessoa que arrotava santidade, mas depois descobri que se tratava de uma pecadora da pior estirpe...
Texugo disse…
Obrigado pela visita Lis.

Realmente, muitas vezes cometemos erros semelhantes, é aquela do "faça o que eu digo, mas não o que eu faço". Tudo com seus diferentes níveis.

É o ponto principal dessa questão. O pior é que muita gente vem e me acusa de estar gostando dela ter apanhado, quando em nenhum momento defendi isso.

É muito contraditório. Depois que vi a professora dizer que tem gente que merece olho roxo, acho que infelizmente ela não tem moral pra pedir fim de violência. Ou ao menos que fosse honesta de defender a violência contra certas pessoas, que é o que ela parece defender.