O Sobrevivente - Parte 1

Não resisti. Disse que eu ia levar tempo para fazer mais uma sátira de filmes, por conta do trabalho que dá. Mas eu sinceramente não via a hora de iniciar mais uma. Acho sensacional, fazer piada com filmes que marcaram a vida de muita gente lá na Sessão da Tarde, alguns bens ridículos que tornam até a criação das piadas muito fácil. Penso até em depois estudar aqui no site como criar uma página de referência, onde vocês possam acessar com maior facilidade as zoações que eu fiz. 

Precisava era pensar em um filme, para suceder o sensacional Comando para Matar do Arnold Schwarzenegger, clássico formador de caráter. Eu tinha até uma idéia em mente, mas honestamente pensava se não seria meio manjado demais. Mas, acho que foi mesmo a melhor opção, considerando também que foi uma das poucas sugestões para a nova produção a ser vítima de sátira. Nós vamos agora curtir com a cara do Arnoldo mais uma vez, nesse outro filme clássico dos anos 80, O Sobrevivente.


Era de se esperar... os filmes que o Arnoldão fazia na época eram sensacionais, com doses cavalares de testosterona e ação sem parar. E não podemos deixar de lado o humor sádico do mister Universo, com suas famosas one-liners, geralmente depois de acabar com um bandido. Estava aqui na dúvida entre fazer uma zoação com o Conan ou com o Vingador do Futuro (aquele, com a mulher de três peitos), mas acho que O Sobrevivente será mais legal. Vamos então começar!

O filme começa com uma introdução com um texto na tela, seguindo um modelo tipo Star Wars com sérias restrições orçamentárias. O ano é justamente 2017, que na época era visto como um futuro quase que apocalíptico onde havia falta de comida, petróleo e vários recursos. A censura também havia sido estabelecida, diversas formas de comunicação eram bloqueadas e todo mundo era obrigado a assistir a programação do Estado, que incluía uma mesa redonda entre professores de Humanas de universidades públicas, as transmissões do campeonato mundial de bocha e um programa de jogos chamado O Sobrevivente.


Em outras palavras, era quase como se o mundo tivesse se transformado em uma Venezuela...

Aí as letras são atropeladas por um helicóptero da guerra do Vietnã. Afinal, estamos em um futuro macabro, mas as aeronaves são ainda da década de 70.


E pilotando o helicóptero está o nosso amigo Arnoldo. Aqui nesse filme ele se chama Ben Richards, vamos chamar ele assim por enquanto. Ele faz parte da polícia, e está ali com uma tropa patrulhando a cidade, aproveitando também para passar o relatório do trânsito para o jornal da noite.


Através do moderníssimo monitor de tubo, ele encontra então um tumulto ali de manifestantes pedindo a prisão do Lula. Com o sensor do helicóptero, ele pode ver que o pessoal está todo desarmado, nenhum black bloc à vista. Se fosse uma manifestação do MST, provavelmente seria diferente.


A central diz então que não fazia diferença, que a ordem é mandar chumbo nos protestos, como forma de manutenção da democracia. O Arnoldão então manda o chefe dele se danar, que não vai atirar em gente inocente desarmada, principalmente aquelas que estão pedindo a prisão do "Nine". E que se ele não gostasse, que fosse chupar um prego.


O comandante então fala com o copiloto que era pra fuder com aquele bombado de sotaque engraçado, e assim ele seria promovido a piloto e ganharia um aumento. Na atual situação, faltando grana pra tudo, o carinha já saca a pistola pra assegurar a promoção, mas logo é dominado por Richards, que não vai se entregar tão fácil.


Os soldados que estão ali atrás partem para cima, pois havia agora também uma vaga pra copiloto, e um deles poderia ter a sorte de deixar de ser figurante ali nos fundos da aeronave e poderia segurar no manche. Os três agarram Richards por trás e começam a molestá-lo, parece que foram muito literais quando o comandante disse que era pra "fuder" o cara.


Só que o Arnoldo é espada, e parte pra porrada em todos eles. Incluindo o bigodinho com cara de trouxa que já estava quase de braguilha aberta. Fico pensando nesse sujeito, ao escrever seu currículo, vai ter como ponto alto de sua carreira como ator ter aparecido durante meio segundo levando um soco do Schwarzenegger.


Acontece que sair na porrada dentro de um helicóptero em pleno vôo é uma péssima idéia. E acaba sobrando para Richards, que quase despenca lá de cima. Felizmente para ele, os policiais preferem não empurrá-lo, mas sim trazer ele de volta. Podiam ter deixado ele cair, dizer que foi um acidente, mas parece que os guardinhas ali foram tomados por um lapso de humanidade.


Os poliça dizem então que ele vai se arrepender, que ele está fudido e vai pra cadeia por insubordinação. E o bigodinho acerta uma coronhada nas fuças do Arnoldo, que o deixa apagado e inconsciente. Estou vendo que o traseiro dele vai estar bastante ardido quando acordar...


Dezoito meses depois estamos em uma prisão, onde os presos ficam ali quebrando pedras. Afinal de contas, desde os primórdios da Humanidade que os prisioneiros são usados para fazer algo extremamente necessário para a sociedade como quebrar pedras. 


E essa prisão é controlada pelos soldados do Cobra. Já podemos imaginar o nível de qualidade do serviço...


Quem está ali é nosso chapa, o Arnoldo, que foi colocado em cana por não obedecer a ordem de fuzilar inocentes. Pra variar, temos aqui uma cena de demonstração de força igualzinha ao Comando para Matar. Só que em vez de estar levando uma árvore, ele carrega uma viga de aço maciço, que normalmente precisaria de um guindaste para ser transportada.


A grande sacada é que essa prisão não tem muro nem jaula. Estamos no futuro, e ali o que existia era uma "cerca" formada por vários aparelhos como esses aí. Cada preso tinha uma coleira com explosivo, e se o sujeito passasse por aquele perímetro com a luz vermelha, a bomba explodia e ele perdia a cabeça. Uma técnica de disciplina que havia surgido com o fim dos Direitos Humanos.


Naquele momento estavam chegando novos prisioneiros pro xilindró, depois de mais uma operação da Polícia Federal para a Lava-Jato. Assim, um dos Cobras vai lá pra digitar a senha de acesso para liberar o perímetro, usando um laptop extremamente moderno, de dar inveja ao MacAir.


Um prisioneiro babaquinha de óculos, que chamarei de Wally, chega ali atrás do oficial, com cara de quem não quer nada, mas na verdade tá lá conferindo a senha. Pelo estilo do sujeito, ele deve ter sido preso por trapacear no World of Warcraft.


O sujeito então manda ele dar no pé, que a senha ali não era da conta dele. Mas idiota era ele, quem mandou ficar ali digitando uma senha secreta, que garante que os presos não fujam, assim de forma tão displicente? Aposto que pra ver putaria ele devia ser mais discreto.


E por que usar óculos escuros dentro do recinto? Acho isso escroto pra cacete!

Na mesma hora, Richards então acerta um soco na cara dum negão ali do lado. Lembro que eram os anos 80, e não havia problema em se agredir um negro num filme, assim de graça.


Aí vira uma zona... Que nem briga de bar, começa com dois se estranhando e logo em seguida tá todo mundo caindo na porrada. 


Os Cobras começam então a atirar pra botar ordem na casa. Como disse, não tem mais Direitos Humanos, então não tem problema se rolar uma outra Carandiru. O problema é que os caras são vesgos e cegos, piores que um Stormtrooper, e não acertam em ninguém importante. Deve ser por conta dos óculos escuros, não devem estar enxergando nada ali dentro.


Na verdade a briga fazia parte de um plano de fuga, pois assim todo mundo podia sair pra porrada com os Cobras e tentar desativar a cerca sônica. Liderados logicamente por Richards, que já aparece ali pegando um pobre soldado Cobra e jogando do alto.


Pronto, já temos a mandatória cena do capanga caindo... E não temos nem dez minutos de filme.


E não, não farei o kill-count do Arnoldo nesse filme! Puta merda, deu uma trabalheira da outra vez... Além do fato de que dificilmente chegaremos à marca atingida no Comando para Matar.

O Wally e o negão, que chamarei de Cirilo e que estava ali por ter olhado as calcinhas da Maria Joaquina, estão também juntos com Richards, e a idéia era digitar o código pra assim todo mundo fugir dali. Mas ou o Wally já havia esquecido a senha ou algo estava impedindo ela de funcionar. 


Como o código não funciona, eles decidem ir pro lado de fora. Talvez o sinal da 3G do modem da Claro fique melhor ali, dentro do prédio não funcionava direito. Perceba que o Wally não está correndo, mas quase executando um passe de balé.


Os Cobras continuavam ali se defendendo. Não adiantava colocar a senha, pois o puto ali na maleta imediatamente dava um Ctrl+Alt+Del pra derrubar o acesso remoto de Wally e assim religar a cerca sônica. 


Até que uma hora o quatro-olhos aparentemente consegue, e as luzes verdes se acendem.


Aí um carinha, que chamarei de Frejat, fica todo animado ao ver que está tudo liberado. É agora, ele vai poder sair da prisão e ganhar a vida como cantor de MPB, vender alguns discos e ficar famoso. Seu companheiro, que usa doses cavalares de gel no cabelo e não vai ganhar nome por ser um mero figurante, não acredita que seria tão fácil assim, mas seu amigo não quer saber.


Sai que é tua Frejat! Tu vai conseguir, vai pra galera!


HEADSHOT!!!


Não teve jeito, a cerca ainda estava ligada, o cara foi afobado e assim perdeu a cabeça, literalmente. E o Cobra ali ganhou um fatality para sua coleção.


Richards só fica ali olhando... Embora no fundo ele pensa que será melhor assim, pois o mundo já está fudido demais pra ter mais um cantor de MPB na praça.


Por sua vez, o Cirilo fica puto com toda essa carnificina, por terem matado o seu chapa Frejat. Chega dessa esbórnia, agora ele não vai ser mais chamado de Cirilo, vai se chamar Zé Pequeno, pôrra! E ele pega o fuzil pra queimar o Cobra lá do computador.


Finalmente o Wally consegue desbloquear o perímetro. Ele guarda segredo, mas na verdade estava trocando o "5" por um "S", e por isso não estava conseguindo acertar a senha. No final das contas, o Frejat havia perdido a cabeça não por sua ansiedade, mas por conta dos oito graus de miopia do Wally.


É, acho que depois de fugir ele vai ter que ir lá conversar com a Kelly Key nas Óticas do Povo, morô?


Sei, piadinha estúpida e sem graça. E apelativa, só pra dar uma perfumada aqui na postagem, até agora tomada por marmanjos barbudos e suados... Continuemos, com a bandidada toda se mandando ali da prisão. Podiam ter esperado um pouco mais, pois em alguns dias o Gilmar Mendes provavelmente iria soltá-los.


De noite, estamos agora na cidade de Los Angeles. Afinal de contas, em todos os filmes pós-apocalípticos geralmente a cidade da California é a escolhida. Como é possível ver, realmente o futuro parece bem sombrio, ainda mais com o telão transmitindo o programa da Fátima Bernardes em horário nobre.


E outro programa que faz muito sucesso é o Sobrevivente, apresentado pelo figurão aí de baixo, Damon Killian. Mas que chamarei de Gugu Liberato. Podia chamar de Silvio Santos, mas acho que seria manjado demais, e o Sr. SBT é gente boa, diferente do seu filhote. O mais engraçado é que o anúncio mostra cenas que veremos no filme mais adiante, devem prever o futuro esses putos.


Zé Pequeno, Wally e Richards estão por ali, caminhando no meio do que parece ser a Urú de Los Angeles, até que um moleque de boina vermelha e camisa do Che Guevara perguntar se eles querem comprar um iPhone desbloqueado. Era a senha, na verdade o pivete era um amigo do negão, e que fazia parte da resistência.


Sim, nesses filmes pós-apocalípticos sempre tem uma resistência... Idéia pouco original, mas tá valendo.

A resistência é comandada por um velhote, que doravante chamarei de Matusalém. O coroa ia ali ajudar seus amigos a remover a coleira explosiva. Mesmo longe daquela cerca, sempre havia o risco daquela pôrra explodir caso eles passassem por uma porta de banco ou perto do micro-ondas.


Depois de tirar o aparato do pescoço do Wally e do Zé Pequeno, é a vez do Arnoldo, que senta na cadeira de dentista. Detalhe pra sua camiseta ridícula.


Mas o Matusalém diz que não estava muito a fim de ajudar. Pois ele era um ex-policial que havia prendido seus amigos e acabado com as suas músicas. Fala do filme mesmo, nada a ver reclamar de ter acabado com suas músicas. Mas o pessoal das antigas vai se dar conta que o sujeito ali é daquele grupo Fleetwood Mac, então a piadinha tinha sim algum sentido. Talvez um prelúdio de que em 2017 ninguém ia fazer idéia de quem era o Fleetwood Mac.


Começa então um diálogo em que Zé Pequeno diz que o bombado ali não faz parte da resistência, mas Wally lembra que graças a ele todos conseguiram fugir. Richards então passa um sermão, dizendo que todos ali estão sonhando alto demais com esse papo de resistência, que era história de viado que não ia dar em nada, e terminado dizendo pro Matusalém que era melhor tirar aquela merda do pescoço dele, antes que ele enfiasse aquele fósforo aceso pela sua bunda.


Na manhã seguinte, Zé Pequeno e Wally conseguem arrumar uma carona para que Richards vá para cidade, encontrar o seu irmão e assim seguir com a vida...


... só esqueceram de dizer que a carona ia ser oferecida pela Viação 1001. Se bem que tá mais pra zero à esquerda.


Vamos agora pra sede da ICS, que é a rede de televisão que domina tudo por ali, algo como uma Globo do futuro. E podemos ver que os caras não economizaram na arquitetura. Ou o departamento de cenografia não levou a sério a questão de proporções.


E uma multidão está ali pra aplaudir o Gugu, que aparentemente é a grande estrela da TV. Cheio de gente ali pra puxar o saco, tirar fotos e aplaudir o figurão. Só não tem ninguém tirando selfie, pois nos anos 80 não pensaram que a sociedade fosse descer tão baixo...


Logo na entrada, ele está passando ali e leva uma rasteira de um esfregão. Diz o ditado que se varrem os seus pés você não vai casar, o que aconteceria se passassem um esfregão todo molhado?


O velhinho ali que está limpando o chão fica todo sem graça, e pede mil desculpas. Era por conta da artrite que ele estava ali meio desajeitado com o esfregão. Uma verdadeira sacanagem, colocar um idoso ali pra ficar limpando o chão. Mas o Gugu é gente boa, diz que está tudo bem, que ele está fazendo um ótimo trabalho e será promovido.


Assim que ele entra no elevador, ele fala pra sua assistente Janete para promover aquele decrépito para consultor externo, e depois jogar ele debaixo de um ônibus, para aprender a nunca mais sujar os seus sapatos caros. E percebemos também que ele contratou o Zangief do Street Fighter pra ser o seu segurança.


Voltamos a acompanhar Richards. Ele se disfarçou de técnico da NET para assim encontrar o seu irmão, que mora em um puta arranha-céu. Acho que os escritores do roteiro desse filme imaginaram que no futuro todos os edifícios seriam monstros de oitenta andares...


Ele finalmente chega no apartamento de seu brother, mas ninguém responde. Algo inesperado, pois Richards sabia que ele era um bunda rachada que não trabalhava e ficava o dia inteiro em casa se masturbando.


Sem resposta, ele digita a dificílima senha 445566 para abrir a porta. Sim, estamos no futuro, e em vez de um detector de digitais ou algo mais sofisticado, pra abrir a porta basta tentar uma senha de seis números.


Richards então entra no apartamento, que está deserto. E para a sua surpresa, ele percebe que tudo está diferente, tem inclusive uma meia-calça largada ali, o que já faz com que ele pense que agora tem é uma irmã...


Alguns minutos depois, a porta de abre e um belo par de pernas com salto-alto entra no recinto. Mas não era o irmão de Matrix que virou um transsexual, era uma mulher de verdade, que começa a falar para os utensílios de casa.


Sim, é o futuro. Onde basta você falar "what else?" e a sua Nespresso prepara um cafezinho automaticamente. Se bem que essa cafeteira aí tá bem ultrapassada...


Ela também pede para ligar a TV no programa de ginástica do Capitão Liberdade, um bombado maluco de bigodinho e calça apertada. Puta que pariu, que coisa gay! Esse é tão escroto que não preciso nem bolar um nome pra zoar.


E somos apresentados à Amber, nova moradora do apartamento e que entrou na película dentro da cota latina. E que por algum motivo decide fazer exercício de lingerie, pra alegria da galera.


Entra em cena então a vinheta do Plantão da Globo, onde a repórter diz que Ben Richards, o sujeito que metralhou centenas de civis inocentes há cerca de dois anos, estava solto por aí. E era pra população ficar atenta e ligar para o Disque-Denúncia, caso o vissem.


Mas, peraí! O Arnoldo não atirou nos civis lá no início da postagem! Isso mesmo, não se trata de um erro de roteiro, essa é a sacada mesmo. Muito provavelmente os outros policiais seguiram com a ordem e Richards levou a culpa, depois de forjarem uma história.

Amber volta a fazer seus abdominais, pra ficar com a barriguinha sarada pro verão. E torno a ressaltar o fato que ela está fazendo ginástica de camisola, muito interessante. Por mais que eu me dê conta que esse par de pernas hoje deve estar meio flácido, pelo menos na época estavam muito bem.


Aí ele olha pra cima, e está lá o Arnoldo, que conseguiu a proeza de se barbear e não ficar com nenhuma cicatriz ou vermelhão.


Richards, ali ridículo de shortinho, cala a boca da mulher e pergunta se ela está pegando o irmão dele, ou se é mulher de vida fácil. Vai é ficar com a mão toda babada, isso sim.


Ela se desespera, diz que o apartamento é dela, se mudou fazia um mês. Segundo ela foi informada pelo síndico, o inquilino anterior havia sido levado embora para ser re-educado. Nem faço idéia do que seria "re-educação", mas pode apostar que ele não foi mandado para uma sala do primário pra aprender o ABC.


Na boa... Quando você compra uma casa nova, uma das primeiras coisas a se fazer é mudar a fechadura, principalmente se o morador anterior foi levado para ser re-educado. E essa estrupícia deixou a senha original, pombas?

Amber consegue se livrar e começa a gritar histericamente em espanglês (mistura de espanhol e inglês), dizendo que tem um bombadão assassino querendo estuprá-la ali dentro. Afinal de contas, quase dois anos no xadrez só vendo bunda peluda, é de se imaginar que o Arnoldão, depois de ver aquela latina de lingerie dando sopa, estava louco pra colocar seu frankfurter na Caverna do Dragão dela.


Só que não adianta fugir, Richards consegue dominá-la facilmente. E pela sua expressão, podemos imaginar que Amber ficou na verdade é impressionada com o físico do sujeito, e com isso ela sossega na gritaria.


E enquanto isso, a Capitão Liberdade fica ali se mostrando no seu programa... Caceta, que coisa escrota...


Voltamos para a sede da rede de televisão. Era hora do Gugu escolher algum criminoso encarcerado para colocar no seu programa. Essa era a idéia, os participantes eram sempre bandidos que caso conseguissem sobreviver, ganhariam a liberdade. Seus assistentes vão passando ali pela ficha dos "candidatos", entre eles um molequinho, acusado de ter feito cocô no sapato da mãe.


O assistente, que parece ter feito seu terno com uma toalha de mesa, diz que o Gugu está sendo muito exigente. Se não fosse um dos nomes que ele estava sugerindo, iam sobrar só os presos de Lava-Jato, e aí já viu que iria rolar algum esquema de corrupção que acabaria com a audiência. Detalhe para o pôster do que parece ser uma série chamada "O Barco do Ódio".


Gugu não quer saber, ele precisa de um participante que chame a atenção, para assim ganhar mais pontos de audiência e bater de vez o Domingão do Faustão. E em primeiro plano, vemos o Zangief, com direito a um guardanapo vermelho no pescoço, filando uma coxinha do prato do lanche de seu patrão.


O merdel ali oferece o lanche pro seu chefe, que descaradamente se levanta e o ignora. Um verdadeiro puto esse Gugu! A Janete, que não está preocupada em ganhar uns quilinhos já que está sem namorado há meses, se antecipa pra pegar um rolinho de salsicha.


O Gugu está quase desistindo... Sem um participante de peso, ele vai ter que voltar a apresentar a brincadeira da banheira, mas que depois da censura perdeu um pouco a graça depois que as modelos de biquini foram substituídas por sexagenárias. Ele vai ali, olhar pela persiana...


... e então fica excitado ao ver uma fita da fuga da prisão, com o Richards correndo. Me parece que esse Gugu gosta é de dar marcha-ré no quibe, pra ficar assim babando pelo bombado.


A expressão de todos na sala diz tudo. Parece que o Gugu, a Janete e o panaca com o prato ficaram todos melados de excitação ao ver o vídeo em câmera lenta do Arnoldo correndo. O aspone fica meio desanimado, não apenas por estar interessado em dar uns pegas na Janete, mas também por ver que seu chefe cagou para a pesquisa de bandidos que ele fez. E o Zangief está ali imaginando se ninguém vai comer o restante do lanche e ele poderia fazer a limpa.


A Janete, que ostenta um brinco incrivelmente ridículo, diz para o Gugu que não será possível colocar Richards no seu programa, pois ele é um preso militar. E em seguida ela engole de uma vez outro rolinho de salsicha, demonstrando que realmente está precisando arrumar um namorado.


Usando o seu moderníssimo telefone de mesa, mais uma das grandes maravilhas tecnológicas do século XXI, o Gugu liga para seus amigos no Congresso, para assim mexer alguns pauzinhos e trazer aquele bombado para seu programa. E o carinha do prato continua com a mesma cara de paisagem.


Acho que está na hora de dar uma pausa... Acho que vou quebrar o recorde de fotos mais uma vez, será? O filme ainda está meio devagar, mas na próxima as coisas começam a esquentar. Até lá!

Comentários

Ciro disse…
Agradeço por estar fazendo essa sátira. Prevejo boas risadas!
Texugo disse…
Valeu pela visita Ciro! Vou ver se consigo manter aqui a média de uma parte por mês.