Top 5 Games - Enredos Originais

Início de ano, e tá na hora de voltar um pouco mais com as listas de jogos, vamos ver se dessa vez eu engreno. Como a lista dos melhores chefões de jogos que estava aqui mofando na categoria rascunhos há mais de seis anos, essa aqui eu cheguei a iniciar e finalmente vê hoje a luz do dia, contribuindo como mais uma daquelas listas focadas no sempre fantástico mundo dos jogos de videogame.

E dessa vez eu tentei ser um pouco original quanto ao assunto, venho falar de alguns jogos que me chamaram a atenção por apresentar uma grande originalidade no seu estilo de jogo ou em sua história, trazendo sempre uma boa novidade fugindo dos padrões já manjados de lutas, corrida e tiro.

Nunca é demais repetir, a lista é pessoal, se não concorda comente com educação ou então crie o seu próprio blog e diga a sua lista. Vamos lá, sem ter uma ordem de preferência, com os jogos com os enredos mais legais e originais na minha opinião.



Phantasy Star III

Você pode pensar, o que há de original nesse RPG? Tido por muitos como o pior da série Phantasy Star, eu pessoalmente tenho uma simpatia por esse capítulo da saga, como você se lembra desse post (ou que provavelmente não se lembra, pois foi há muito tempo atrás). Sempre achei um jogo legal, com uma história cativante, mas história em um jogo de RPG não é nada de especial, o que esse jogo tão controverso, odiado por tantos e amado por poucos tem de original?

E na minha opinião a grande originalidade fica com o fato de que você na prática joga com uma família real, acompanhando três gerações de príncipes em suas aventuras. No final de cada uma, você deve escolher uma noiva, e dependendo da escolha, nasceria um determinado personagem, assim como a história seguiria seu próprio rumo, embora no final tudo convergisse para um mesmo desfecho épico. E cada um dos príncipes tinha a sua característica, definida pelos seus pais, logo os herdeiros poderiam ser guerreiros mais fortes porém sem magias, dominar feitiços porém mais fraco na espada ou uma combinação de ambos. Pode ser uma idéia simples, mas sem dúvida é bastante original. Tudo bem que casamento já tem nos jogos há eras, mas um casamento onde você pode pelo menos escolher a noiva e ter uma consequência disso no andamento do jogo sem dúvida é algo inovador.


Comix Zone

Clássico do Mega Drive, que só vim a conhecer na era dos emuladores. Apesar de no final das contas esse título seguir a linha dos típicos jogos de plataforma com porradaria, ele trás uma idéia curiosa e bem executada. Afinal de contas, muitas pessoas gostam de jogos e de quadrinhos, e Comix Zone conseguiu juntar os dois de uma forma bem original. Você personifica Sketch Turner, desenhista de revistas em quadrinhos que se vê tragado para dentro de sua criação e que precisa abrir seu caminho na base da porrada.

Nada de novo, mas e se eu disser que cada fase é uma página da revista, e Sketch vai pulando as divisórias dos quadrinhos e enfrentando inimigos, podendo inclusive rasgar pedaços das páginas para usar como granadas (ou melhor, aviões de papel explosivos)? Sensacional! O mais engraçado é o vilão, que está do "lado de fora", e volta e meia você vê a mão dele desenhando um monstro para enfrentar o herói. Aliás, Comix Zone comprova como os bandidos são realmente burros: se o herói está preso em uma revista, seria só tacar fogo nela e acabar com tudo de vez, né? Sem dúvida um jogo bem original.


Road Rash

Essa série viria a se tornar um grande clássico, e uma das razões viria a ser a sua original idéia de unir dois estilos em um só jogo: corrida e luta. Caso você desconheça Road Rash, aqui trata-se de muita adrenalina em corridas de moto fora-da-lei, indo desde estradas na ensolarada California até pistas ao redor do mundo, em Road Rash III, na série clássica do Mega Drive. E a violência corre solta (com trocadilho, por favor), com os motoqueiros desferindo socos e chutes uns nos outros, ou então usando armas como porretes, pés-de-cabra e correntes.

Outros pequenos detalhes originais, como o simples fato do motoqueiro voar da moto depois de uma batida e precisar correr para montar nela de novo, tornam esse jogo muito divertido e empolgante de se jogar. Na época, nos jogos de corrida ou simplesmente se perdia velocidade ao bater ou então tudo explodia, em Road Rash as coisas ficavam um pouco mais reais. Inclusive a moto tinha uma barra de energia, e depois de muito bater ela quebrava de vez, sem falar que ao correr para pegar sua moto você teria que se desviar dos outros corredores, loucos para atropelá-lo. Muito animal! Vieram outras versões depois com melhores gráficos, mas a trilogia do Mega Drive foi mais carismática. Ainda vou fazer um post focado nessa série muito em breve, prometo!


Uncharted Waters 2

Lá atrás jogos de simulação normalmente não eram vistos com bons olhos pela maioria das pessoas, que preferem mais ação e movimento. Na época onde os recursos gráficos eram limitados, esses simuladores tipicamente tinham gráficos horrendos, embora alguns jogos como Uncharted Waters 2 conseguiam ser relativamente bonitos. Ele leva você para a época das grandes navegações, podendo escolher entre diversos personagens, que vão desde ao explorador em busca de novas terras até a pirata, passando por mercadores e capitães de esquadras de guerra.

O jogo mesclava bem uma série de aspectos, indo desde o ambiente RPG quando seu personagem está em um porto (podendo visitar lojas e conversar com as pessoas) até a parte de simulação, que envolvia configurar e organizar sua frota de navios, incluindo controle de suprimentos e carga. Sem falar dos combates, que podiam ser lutas de espada com outros inimigos ou batalhas contra outras esquadras. Pra completar, era interessante a época escolhida, sinceramente não me lembro de muitos jogos focados na era das grandes navegações, em que você tinha que encontrar outros portos e cidades distantes. Um jogo interessante, tinha até algo de educativo com a descobertas de cidades em locais longínquos.


Time Commando

Para a turma mais das antigas, esse certamente é tido como um grande jogo de uma geração, quando os computadores eram mais fraquinhos, com a memória ainda sendo medida em megas e não gigas. Mas diria que mesmo hoje em dia Time Commando é um jogo divertido e bem legal. Nele, você personifica o carinha chamado Stanley, que faz parte de uma unidade especial para combater vírus de computador, e sua missão é entrar em um mega computador militar que consegue simular diferentes épocas da história. Lógico que você acaba sendo tragado por essa realidade virtual e precisa abrir caminho pra limpar o vírus.

O estilo é um jogo de plataforma com porradaria também, aliás com uma estrutura relativamente linear, sem ter como mudar muito seu caminho. Mas o grande toque de mestre é que cada fase se passa em uma época histórica. Começa na Idade da Pedra, passa pela Era Medieval, Império Romano, Velho Oeste e em guerras modernas! E cada fase tinha suas armas e inimigos, muito legal isso. Uma hora você estava com um tacape, depois era uma espada ninja, um tridente de gladiador, até AK-47 chegando até o futuro onde por algum motivo um ioiô é uma das armas mais letais. Essa grande diversidade de ambiente tornava Time Commando muito divertido, deu até vontade de caçar aqui o CD dele e jogar um pouco.

Que achou da lista? De novo, se tem alguma outra idéia de jogo original, deixe seu comentário. 

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