Um pouco mais sobre o feminismo

Interessante como que certos assuntos acabam tendo uma repercussão tão grande... O caso da menina de 16 anos que foi estuprada continua aí na boca do povo, com discussões acaloradas nas ruas e nas redes sociais. Até aqui, apareceram mais comentários do que o normal no post que eu fiz inicialmente sobre essa questão, que pode ser visto aqui. Mas vemos bem que uma postagem apenas não ia ser suficiente para debater assunto tão polêmico e que está dividindo ainda mais a sociedade. Fiz até questão de trazer uma imagem que usei nesse post anterior, que acho que retrata bem a atualidade dos discursos feministas.


Apenas para reforçar mais uma vez, eu sou contra o estupro. Acho que é um crime hediondo, que deve ser punido de forma exemplar. Tinha que pegar o estuprador e empalar com uma barra de ferro ardente, tinha que amarrar uma granada nos seus bagos, ou outra punição estilo Fatality do Mortal Kombat pra tentar desmotivar a ocorrência deste crime. Não apenas estupro, mas muitos outros crimes desumanos.

Enfim, o meu objetivo aqui hoje é falar um pouco mais a respeito do feminismo exagerado que está tomando força. Ênfase no "exagerado". Muitas pessoas, mulheres em quase sua totalidade, demonstram um discurso bem inflamado de feminismo neste momento, promovendo passeatas e protestos, compartilhando mensagens no Facebook e Twitter, discursando nas universidades e no trabalho. Discursos esses que pedem uma maior punição a crimes contra as mulheres, assim como mais direitos e respeito para elas. Em geral, a justificativa eu vejo em parte como razoável e correta, tem até suas razões. Mas honestamente... Percebo que a forma como essas pessoas se portam e algumas das coisas que elas dizem acabam promovendo a parcialidade e a indignação seletiva que eu comentei no post passado.

Um amigo meu costumava dizer que todos os "ismos" tem seus pontos negativos. Por exemplo, se vamos comparar capitalismo e socialismo, ambos têm as suas mazelas, têm coisas que são ruins e nocivas. Logicamente, você jamais vai escutar um defensor do socialismo admitindo suas fraquezas e seus pontos ruins, e o mesmo será feito por aquele que defende o capitalismo.


Na verdade, o ideal seria um mundo onde não houvessem esses "ismos", só que isso muitas vezes é impossível. E nessas situações, temos que escolher aquele que tem menos problemas ou de menor impacto. Sem querer me alongar muito na discussão política, vejo que o capitalismo acaba sendo menos nocivo do que o socialismo, pois este último, apesar de todo o discurso social, não consegue deixar de ter alguns traços iguais do próprio capitalismo. 

Um professor de História de meu colégio, muito criticado pelos alunos mais "vermelhos", dizia que mesmo no socialismo existia sim o capitalismo. Pois, apesar de todo o discurso de igualdade entre todos, o patrão da fábrica ganhava mais que o operário, e este trabalhava mais. E convenhamos, enquanto existir dinheiro, o mundo terá traços capitalistas, a única forma de vivermos 100% com uma doutrina socialista de fato seria se todas as moedas fossem abolidas, ou que pelo menos houvesse uma isonomia total para todos. E sabemos que isso não vai acontecer. O deputado do PC do B nunca terá, por exemplo, o mesmo salário que o porteiro da sede do mesmo partido. Mas, isso é assunto para outra ocasião.

E, seguindo na linha do que esse meu amigo dizia, na minha opinião os "ismos" acabam sendo piores quando estão associados a uma minoria menos favorecida. Como é o caso do feminismo, e de tantos outros. Vou explicar por quê.

Por mais que tentemos ser mais corretos, as pessoas são geralmente separadas por diversos grupos. Seja por gênero, com homens de um lado e mulheres do outro, e agora com todos as outras definições alternativas existentes; seja por faixa etária, com crianças, adolescentes, adultos e idosos; seja pela cor da pele e etnia, com os brancos, os negros, os orientais, os índios; seja por religião, com os católicos, os protestantes, os evangélicos, os muçulmanos, os judeus e tantos outros; seja por classe social, com os pobres, os ricos e a classe média. E daí em diante.

Olhando esses grupos, podemos então ver aqueles que passam por maiores dificuldades que os outros sempre têm algum tipo de organização ou grupo que os defende. Existem sempre aqueles que correspondem às minorias menos favorecidas, e que a princípio vestem uma camisa de igualdade entre todos, buscando eliminar as diferenças. Algo muito justo, sem dúvida. Porém, o que sabemos muito bem é que na prática não é isso que ocorre, sendo evidente que tais grupos olham apenas para seus semelhantes e buscam apenas coisas para favorecê-los. Querem igualdade sim, mas apenas nas situações onde estão em desvantagem; quando existe alguma outra questão onde tais minorias são favorecidas, ficam quietos. Isso quando não propõem algo que seja visivelmente parcial, que seja voltado apenas para tais pessoas. Sem falar em uma visão extremamente deturpada ao defender tais minorias de forma tão incisiva, a ponto de enxergar que elas sempre têm razão.


Como ocorre na questão racial, sobre a qual já cansei de falar. Quando você olha uma pessoa que se apresenta como defensora da igualdade racial, já começa que ela é em 99,99% dos casos alguém negro, dando uma impressão de que apenas aqueles de pele negra podem falar de igualdade racial. E é visível como sua postura e suas iniciativas são apenas em prol dos negros. Por exemplo, política de cotas, que torna discriminatório um processo que não era racista; criminalizar o preconceito, mas só quando a vítima é negra; defender uma bandeira de que todo cidadão branco é culpado pelo sofrimento dos negros. Bom... já falei várias vezes aqui sobre essa questão de racismo, então vou ficando por aqui para não me desviar do tema.

E é isso que eu vejo na postura feminista defendida por muitas mulheres. Uma atitude parcial, em que dizem defender a igualdade de gênero, mas na verdade parecem incentivar uma rivalidade, com um discurso em que o homem é o bandido canalha e potencial estuprador e a mulher é a vítima que está sempre certa. Isso é o que eu vejo nos comentários, em postagens em redes sociais, motivadas pelo crime de estupro coletivo que teve aqui no Rio.

Correndo o risco de parecer redundante, me impressiona como que as feministas exageradas agem. Na boa, em nenhum momento eu estou negando que o mundo hoje ainda tenha traços machistas. Mas vejo que algumas idéias destas mulheres, a forma como elas discutem de forma violenta, vejo algo que chega a ser pior que o próprio machismo.


Vou citar um exemplo, que eu vi aqui num comentário da outra postagem e que também me foi dito por uma feminista que conheço. Uma das coisas que elas dizem agora é que todos os homens têm grupos no Whatsapp de sacanagem, onde só tem homem e onde são trocadas fotos e vídeos de mulheres. Muitos que, segundo essas mulheres, são vídeos e fotos íntimas de ex-namoradas, de meninas menores de idade e por aí vai. E sempre terminam dizendo com comentários do tipo "vocês, homens, são todos uns tarados!" ou "É por culpa de vocês que acontecem crimes assim!".

Bom, na ocasião que essa garota me acusou disso, prontamente eu peguei o meu telefone, desbloqueei e mostrei pra ela os poucos grupos de Whatsapp do qual faço parte: um de um curso que eu estou fazendo e outro de colegas do trabalho. Este último, embora composto apenas por homens, sem nenhum tipo de putaria do gênero. Claro que tem algumas piadas, a maioria de zoações com o governo e algumas piadas do Flamengo pra sacanear o único mulambo do grupo. Nenhum tipo de foto ou vídeo pornográfico. Mostrei isso na cara dessa mulher, feminista ao extremo, e ela ainda veio dizer que eu devia ter apagado os grupos antes. Claro, ela citou tais grupos e com a minha mente eu apaguei... Quase mandei ela ir chupar um prego, dizendo que se eu quisesse poderia acusar ela de injúria, ao dizer sem nenhum tipo de prova que eu teria ali fotos pornográficas e até mesmo pedófilas.


E vou dizer que eu fiz isso sim. No trabalho, já que ela trabalha no meu escritório. Levei para o RH o que aconteceu. Pena que o departamento lá só disse que ia dar uma advertência para ela, algo que pelo que sei não ocorreu até o momento... Apenas como detalhe, sem levantar suspeita mas já levantando: todo o departamento de RH é composto por mulheres. Mas vamos considerar, para o bem das relações de trabalho imparciais, que isso não afetou na decisão.

Esse é um dos problemas da sociedade, principalmente agora que o feminismo está vindo com a corda toda: muitas mulheres se vêem no direito de acusar injustamente os homens, acham que está tudo bem em falar coisas do tipo. Pôrra, essa minha colega de trabalho me acusou de ser um pedófilo! Isso é muito grave! Feministas assim acham que podem acusar todos os homens de coisas assim, e o pior de tudo é que quando se prova que estão erradas fica por isso mesmo. Como se, por definição, as mulheres estão sempre certas e os homens estão sempre errados. É a cultura do feminismo exagerado...

Eu não estou dizendo que não existam coisas assim. Eu sei que hoje em dia muita gente tem aqueles grupos de Whatsapp onde são compartilhadas coisas bem pesadas. Isso é fato. Com homens e mulheres. Pode ser que a maioria são homens, mas já vi mulheres também. Não vamos ser hipócritas. Certa vez, esperando meu ônibus de volta para casa, vi três garotas de um colégio comentando coisas de seu grupinho de meninas do "zap-zap" que fariam até mesmo uma stripper ficar envergonhada. Mas acusar injustamente, aí não dá...

Vou descer ao nível de uma Gillette deitada: é como se agora fosse crime ter pinto.


Na boa, eu fico impressionado como existem mulheres que chegam realmente ao nível de inimizade, de enxergar os homens como inimigos, como adversários que precisam ser combatidos, o pior tipo de criatura que existe. Na postagem anterior que eu fiz, dei um exemplo de uma enquete que fizeram, onde as mulheres preferiam encontrar o capeta numa rua escura em vez de um homem. Podem até dizer que é piada, mas é piada de mau gosto. Se vou eu e faço piada parecida com as mulheres, vou levar uma tijolada nas fuças, vou ser chamado de cretino, machista e tudo mais. Mas as mulheres podem fazer piada com os homens, elas podem generalizá-los dizendo que todos são canalhas, dizendo que todos são estupradores em potencial.

Se bem que, vejo que muitas responderam preferir um encontro com o capeta numa rua escura não por motivos de piada...

Torno a repetir algumas perguntas que eu estou geralmente fazendo para as feministas exageradas: será que seu pai é um estuprador em potencial? Ou seu namorado ou marido? Ou mesmo o seu filho. Será que vai falar mais alto a defesa pelo seu gênero quando eu acusar seu filho de ser um indivíduo que pode se tornar um estuprador?


Afinal, todos eles são homens, e segundo a atual teoria das feministas, todo homem é um estuprador em potencial... E aí, conseguem me explicar?

Eu percebo que existem muitas mulheres que levam uma bandeira de feminismo muito radical. Como sobre a questão do Whatsapp ali em cima que eu comentei. Algumas chegam ao ponto de não permitirem sequer que os homens se solidarizem com a questão, como se apenas as mulheres podem se indignar com o estupro. Se um cara fala alguma coisa, a primeira ação delas é dizer que no fundo ele é um canalha, que deve se olhar no espelho e reconhecer que é culpado também. Como disse, uma postura de automaticamente enxergar os homens como errados. E tal postura colabora para que tenha gente que ache o feminismo uma coisa escrota.

Tomei a liberdade de reproduzir aqui duas postagens do Twitter que foram colocadas em um outro blog que fez um post sobre esse episódio, que você pode ler aqui. Não vou a princípio comentar sobre a postagem do autor, em muitos pontos concordo, em outros eu tenho uma visão um pouco diferente. Mas o que mais me chamou a atenção foram essas mensagens de duas mulheres. A primeira, uma relativamente famosa, a cantora Pitty. Lendo o que ela escreveu, fica uma impressão de que o ponto principal não é que os estupradores sejam doentes ou monstros. Eu concordo em parte, na minha visão um estuprador não é um doente ou monstro, ele é um criminoso. Mas, a visão da Pitty é mais radical, como se o principal problema é que os estupradores são homens. Honestamente, é mais um comentário que indica que é crime ser homem... Será que ela pensa o mesmo do namorado dela?


A outra postagem é de uma qualquer uma, que já demonstra sua posição ao usar o nome Femininjask, uma "inteligente" mistura das palavras feminista, ninja e sei lá o que. Ela convida os homens que supostamente não entendem o que levou os caras a estuprarem a garota a se olharem no espelho. Ou seja, os acusa de serem iguais a eles. Bem sutil... Ainda mais com essa cara de que deve adorar castrar homens com um ralador de queijo.


Minha amiga Femininjask, eu digo para você que honestamente não consigo entender o que leva um homem a cometer estupro, eu acho algo abominável. Eu não vejo como um homem de verdade iria ter vontade de fazer algo assim tão brutal com uma mulher, é algo que não entra na minha cabeça. Eu não consigo entender como um homem sente prazer ao violentar uma mulher, forçando-a a fazer sexo sem consentimento, muitas vezes de forma violenta. Eu não consigo entender isso pois acho isso errado, um crime.

Mas, na sua cabecinha iluminada, isso faz de mim um cretino igual aos estupradores, não?

Na boa, torno a repetir que os "ismos" são furada. Tanto machismo como feminismo. Eu pessoalmente não vejo porque o feminismo tenha que ser aplaudido e o machismo criticado, se no final das contas, ambos representam em seus próprios nomes uma ideologia voltada para um gênero apenas. É pura semântica.


Acalmando um pouco mais os nervos, na minha visão existem sim diferenças entre homens e mulheres. Algumas eu concordo que não são corretas: por exemplo, um homem e uma mulher de mesma qualificação devem ganhar o mesmo salário, se ela ganha menos é injusto. Mas eu vejo que existem diferenças que fazem parte, que são, vamos dizer assim, justificadas. Como comentei, a licença maternidade ser maior que a paternidade, tem suas razões. A mãe fica de licença por 180 dias, enquanto que o pai tem uma licença de 20 dias, nova duração aprovada recentemente, que era de apenas 5 dias. Bem diferente, não? Mas essa não é uma das diferenças que as feministas buscam corrigir...

Por que não propor que as licenças sejam iguais? Vamos colocar 180 dias para o pai também, pois o pai também cria, também pode e deve ajudar a mãe durante as primeiras semanas do recém-nascido. Que tal? Ou, vamos buscar um meio termo, reduzir um pouco a licença maternidade e aumentar a licença paternidade para que ambas tenham, sei lá, 60 dias. Afinal, as mulheres e os homens devem ser vistos como iguais no trabalho, e tirar a mulher tanto tempo do serviço pode ser prejudicial para sua carreira profissional.

Ainda falando sobre questões trabalhistas: considerando idade mínima para aposentadoria, o homem precisa ter completado pelo menos 65 anos de idade para que possa se aposentar. Por sua vez, a mulher pode se aposentar com 60 anos. Por que isso? Pessoalmente, eu acho isso um pouco injusto: a questão maternidade e paternidade, até podemos entender como algo relacionado ao fato de que a mulher passa por maiores desgastes devido ao parto e amamentação (embora um bom pai também está presente ajudando); mas, essa diferença de aposentadoria não tem muito fundamento. Considere até o fato de que os homens normalmente vivem menos que as mulheres, assim terão menos tempo para aproveitar sua aposentadoria. E, onde está a igualdade que as feministas tanto clamam? Querem ganhar o mesmo, mas não querem deixar de se aposentar mais cedo que os homens... Igualdade, né?


Por que não deixar tudo igual? Todos se aposentando aos 65, ou todos aos 60? Essa é uma diferença na pauta das feministas, em sua suposta luta pela igualdade de gênero?

Outra: todo homem, quando completa 18 anos, é obrigado a ir para o alistamento militar, tem que ter o registro lá, baixar a cueca e soprar na mão, e muitas vezes sendo obrigado a servir por pelo menos um ano. Mas as mulheres não são obrigadas a isso. Por que não tornar o tratamento igual? Por que não exigir que as mulheres tenham que fazer alistamento militar também? Afinal, as feministas não gostam de dizer que não há nada que os homens façam que as mulheres não possam fazer?

Podemos falar de igualdade sim... Mas se vamos falar de igualdade, vamos falar de ajustar os direitos para que sejam iguais para todos, e não apenas quando for para dar mais direitos para as mulheres. E igualdade de direitos não pode vir sem igualdade de deveres também.


Eu até entendo que existam pessoas (mulheres, assim como homens), que lutam e defendem igualdade de gênero de uma forma sensata. Tipo, entendendo que existam certas diferenças que fazem parte e que vão continuar existindo, ao mesmo tempo que combatem as injustiças, as outras diferenças que realmente são prejudiciais e que são pautadas em uma suposta superioridade de um gênero sobre outro, independente de qual seja. Quanto a essas pessoas, eu não tenho nada contra. Inclusive, eu reconheço e aplaudo tal postura. Na minha visão, homens e mulheres são acima de tudo seres humanos, e precisam ser vistos de forma semelhante. E quando digo semelhante, quero dizer que não serão 100% iguais, pois diferenças sempre vão existir. Diferenças injustas, isso sim deve ser combatido.

Agora, o que eu acho errado são as pessoas, geralmente mulheres, que adotam na verdade uma postura sexista disfarçada de feminismo. Aquelas que promovem a rivalidade, que promovem um discurso de ódio contra os homens e de superioridade das mulheres. Não sei até que ponto estas são realmente de grande número, embora recentemente vejo que a quantidade de mulheres com essa postura aumenta cada vez mais. Mesmo que elas sejam minoria, elas acabam fazendo muito barulho, e com isso trazem a opinião pública da sociedade ao ser favor. Pois, afinal de contas, é visto como politicamente incorreto não aplaudir o feminismo, não importando o quanto radicais sejam suas defensoras.

Por exemplo, com esse papo de cultura do estupro. Na boa, isso é uma palhaçada sem tamanho.


Eu não vejo como se existisse uma cultura que incetiva o estupro. Na minha opinião, eu penso de forma mais global, o que existe na verdade, principalmente aqui no Brasil, são três culturas extremamente nocivas e que contribuem para que ocorra o estupro: é uma cultura do superficialismo, a outra é a cultura de impunidade e por fim a cultura da indignação seletiva.

A cultura do superficialismo é o que torna a sociedade muito apegada à aparência, ao visual, ao que é superficial. Algo que incentiva que a beleza é tudo, que incetiva o uso do corpo e do visual como forma de atrair e conquistar. É a mesma cultura do superficialismo que motiva o Pânico colocar as garotas ali quase peladas rebolando, que incentiva as propagandas de cerveja com a modelo em trajes mínimos, e tantos outros exemplos que são veemente criticados pelas feministas como exemplos de objetificação da mulher.

Mas é a mesma cultura que incentiva, por exemplo, as boy-bands com os carinhas todos estilosos para conquistar o coração de meninas histéricas, é a mesma cultura que faz com que revistas de mulher estampem fotos de um cara de barriga tanquinho e barba volumosa que as mulheres consideram hoje exemplo de masculinidade, é a mesma cultura que faz com que as amigas na night fiquem flertando com o carinha bem vestido e com pinta de galã, e tantos outros exemplos...

Superficialidade não é exclusiva dos homens. Tá cheio de mulher tão ou mais superficial por aí.

Sem falar inúmeros outros exemplos, muitas coisas que pelo mesmo raciocínio acima representariam a objetificação da mulher, ou mesmo que promovem a agressão e violência, mas que ninguém fala nada. Pois são coisas que elas gostam, ou que a sociedade em geral gosta. Citei na outra postagem: por exemplo, no Carnaval tá cheio de mulher com os peitos de fora, algumas disputando para ver quem usa o menor tapa-sexo... Mas você não vê nenhum protesto das feministas contra isso. Por quê? Inaceitável é a Verão rebolar suas curvas numa propaganda da Itaipava, mas nada contra uma madrinha de bateria desfilando nua na Marquês de Sapucaí?


Me desculpem, podem falar o que for. A sociedade é superficial sim, isso é fato. Isso que motiva uma série de coisas, como o uso de pessoas bonitas para vender um produto, para chamar a atenção. Passa-se uma imagem de que ser bonito é sinônimo de sucesso, que as pessoas vão gostar de você. Isso incentiva que as pessoas valorizem muito mais o culto à aparência do que outras coisas. É indiscutível, todo carinha querendo puxar ferro e expor o muque, toda garota querendo secar a barriguinha. Tudo pra ficar se mostrando no "Feice", tudo para ser notado(a) na baladinha. Na hora de arrumar alguém, é o que conta mais, ninguém vai querer arrumar uma namorada magricela ou um namorado com cara de nerd. É o que a mídia, é o que a sociedade empurra para todos.

Isso de certa forma colabora sim para a objetificação da mulher. A mulher gostosona, aquela que se veste de forma provocativa, que atiça os sentimentos mais primitivos dos homens. E que pode levar a um maluco cometer um estupro. Não estou dizendo que a mulher não tenha o direito de se vestir como quiser, mas convenhamos que uma garota com uma blusa que só cobre seus mamilos e com um shortinho socado na bunda, sem dúvida vai atrair comentários que não são dos mais agradáveis. A questão é que a partir de um certo ponto, a forma de vestir já começa chegar ao nível indecente, começa a ser algo erotizado e forte demais. Não estou dizendo que seja sinal verde para um homem atacar; mas, na minha opinião quando a mulher começa a se vestir de maneira demasiadamente vulgar, ela dá uma forte impressão de estar convidando para ser chamada de "gostosa" ou de outros adjetivos menos agradáveis. Ou, no mínimo, dependendo de onde ela se encontre, acaba sendo um certo risco.


Mais uma vez vou deixar aqui claro: não estou dizendo que a mulher não possa se vestir como queira, e tampouco estou dizendo que seja justificável que ela seja atacada ou mesmo estuprada se estiver vestida assim.

Mas, vamos combinar que quando a mulher começa a se expor demasiadamente, quando ela começa a exibir seu corpo de forma mais liberal, muitas vezes indecente, incentivada pela cultura da superficialidade que enaltece a aparência... Certamente não passa uma imagem de que ela seja puritana. E aí, é esperado que ela seja vítima de comentários maldosos de tarados. De novo, não digo que está certo, mas é como você colocar uma roupa feita de carne e entrar numa jaula de leões...


Princialmente quando falamos de uma "maravilhosa" demonstração cultural como é um baile funk. Como foi o caso da menina deste caso de grande repercussão. Estamos falando de um ambiente onde a superficialidade é extrema, indo desde a forma como as garotas se vestem até às músicas e danças extremamente sugestivas, verdadeiras "obras de arte" cujas letras e passos incentivam descaradamente a putaria, com mulheres subindo e descendo suas bundas nos colos dos rapazes. Na boa, se uma mulher decide, por livre e espontânea vontade, ir em um baile funk, espera-se que ela tenha a noção de que está indo em um lugar onde a putaria e a pegação são praticamente obrigatórias.

Soma-se a isso a cultura da impunidade. Eu penso que esse é um dos maiores problemas aqui no Brasil, pois as pessoas sabem que podem fazer o que quiserem e vão na imensa maioria das vezes se livrarem, completamente impunes. Sinceramente, eu penso que os tais estupradores da garota antes de tudo achavam que poderiam fazer o que quisessem sem ter que arcar com as consequências. Como acontece em muitos crimes aqui. Nesse ponto, eu coloco todo o criminoso no mesmo barco, pois eles abusam da impunidade, cometem os crimes mais hediondos pois sabem que dificilmente serão pegos, e mesmo que sejam, têm toda uma série de recursos e artifícios da justiça que permitem que seu julgamento demore uma eternidade ou sua pena seja abrandada.


Faço um breve exercício. Vamos deixar de lado o crime de estupro um pouco, por mais difícil que possa ser. No início, quando começaram as investigações, se formos olhar de forma fria, não havia nada que comprovasse o estupro. Podem falar o que for, mas formalmente você não tinha testemunhas comprovando o fato, a garota não estava consciente no momento, além do fato dela ter feito o exame de corpo de delito alguns dias mais tarde, quando não seria possível encontrar provas da agressão.

Não estou dizendo que ela não tenha sofrido estupro, antes que venham a me acusar de alguma coisa. Afinal, já até saiu a condenação dos caras. Como disse, é apenas um exercício para explicar a questão da impunidade.

Assim, vamos assumir que não seria possível comprovar o estupro. Mas um crime estava evidente e indiscutível: a gravação e divulgação de vídeos pornográficos de uma menor. Esse em um primeiro momento era o único crime livre de qualquer dúvida, pois afinal havia a prova máxima, que era o próprio vídeo. Como até ouvi um advogado de defesa comentar, contra a divulgação do vídeo, não havia nada que poderia ser dito para defender tal atitude.

Pois muito bem, vamos nos ater a esse crime cibernético. Os pilantras não se preocuparam em ser pegos. Cometeram ainda a estupidez de colocar os vídeos na internet, compartilhar com os amigos. Por mais que seja possível que eles não imaginassem que seria um crime gravar um vídeo de uma menor (o que eu duvido, certo que eles saberiam disso), certamente tinham certeza que o vídeo ia se espalhar mais que fogo no mato, e não demoraria para que eles fossem pegos. Chegou ao ponto daquele idiota colocar ali sua cara no vídeo ao lado da jovem, para deixar claro para todo mundo o que estava fazendo.

Sabe por que isso? Certeza de que não seriam pegos... Não ficaria surpreso se eles já tivessem gravado e divulgado vídeos semelhantes, talvez até piores, e nada aconteceu. Mas dessa vez eles se fuderam.

E a impunidade acontece com diferentes crimes, como mencionei. Aqui no Brasil, é assim que funciona. Por exemplo, todo mundo sabe que é crime dirigir embriagado. Mas a imensa maioria das pessoas não quer saber, pega no volante mesmo depois de tomar algumas biritas, se sentindo seguro de que ninguém vai pegá-lo, que ele vai chegar em casa impune. Esse caso é ainda mais grave, pois mesmo que esse motorista cause algum acidente, mesmo que mate uma pessoa... esse motorista terá o "direito" de não fazer o teste do bafômetro, pois a lei impede que a pessoa crie uma prova contra si mesma. E essa pessoa poderá ir lá na delegacia, prestar um depoimento, pagar uma multinha e sair pela porta da frente, o pior que acontecerá com ela será responder um processo por homicídio culposo (ou seja, sem a intenção de matar) em liberdade...


Sabe o que é o mais legal? As feministas exageradas virem aqui e dizer que todo homem tem grupo de Whatsapp compartilhando fotos de mulheres, que isso é errado e incentiva crimes como o estupro. Mas elas ficam quietinhas quando tanto o Whatsapp como outros aplicativos são usados para compartilhar a localização das blitzs da Lei Seca, para assim os motoristas embriagados escaparem. Bobeando, elas até devem fazer parte desses grupos, pra pegarem seus carros bêbadas depois da balada...

E a impunidade está em todas as esferas, faz parte da sociedade brasileira, tá no sangue. Desde os políticos que roubam com a certeza de que ninguém vai impedí-los, até o cidadão que faz gato-NET, que fila batata frita no restaurante self-service sem pagar, que estaciona no lugar proibido, que rouba sinal de wifi dos outros... Eu sinceramente vejo que o brasileiro em geral é corrupto por natureza, sei que pode parecer meio generalista demais, mas é minha opinião. Pois começa desde cedo, com as pequenas coisas do dia-a-dia, com o constante interesse de levar vantagem, como furando fila ou ficando quieto quando recebe troco a mais. Tudo pra levar vantagem. Pois sabem que ninguém vai impedir, pois sabem que podem fazer o que quiser e serão grandes as chances que não seja repreendido, que não aconteça nada. Indo desde coisas do cotidiano até crimes...

Claro que, se a balança vira de lado, aí esses mesmos corruptos vão reclamar. O sujeito recebe troco a mais do caixa e fica calado; mas na hora que o caixa deu troco de menos, aí o mesmo sujeito explode e diz que todo mundo é corrupto...

Esse é um ponto que eu costumo comentar. Não querendo minimizar o estupro, mas na minha opinião temos que enxergar o estupro como um crime hediondo, como muitos outros. Como matar uma pessoa, como praticar um sequestro. Todos compartilham algo: o senso de impunidade. A partir do momento que todos estes crimes forem punidos de forma exemplar, a criminalidade vai reduzir. Acho errado nos preocuparmos somente com o estupro, cobrar punição severa somente contra ele, quando há vários outros crimes tão hediondos quanto, e que ocorrem devido à mesma cultura de impunidade de nosso país. Isso é que precisamos acabar.

E digo tudo isso sem nem entrar em detalhes ainda na questão mais específica do criminoso "di menor". Se os adultos já sentem uma tranquilidade para praticar crimes, os menores de idade então nem se fala. Existe toda uma proteção à criança e adolescente (que curiosamente só se manifesta quando estes são marginais), que na verdade é uma licença para praticar crimes de todos os tipos, com a certeza de que não será preso, será penas encaminhado para uma FEBEM da vida, de onde sairá sem maiores dificuldades, tendo ainda o benefício de ficar com ficha limpa assim que atingir a maioridade.


Este Brasil é uma verdadeira piada... Nossa sociedade considera o menor de idade responsável o suficiente para votar, para dirigir, para ir num baile funk, até mesmo se propõe que ele possa decidir se quer ser menino ou menina. Mas a mesma sociedade considera que o menor não pode ser responsabilizado pelos seus crimes. Como o Champinha, boa parte da sociedade passou a mão na cabeça desse crápula que estuprou e matou aquela menina em São Paulo, talvez por imaginar que ele não tinha noção do que estava fazendo...

Em tempo, como disse, há poucos dias os acusados do crime de estupro foram condenados. Se não me engano, são sete calhordas, tenho certeza que não chega à dez criminosos (e tampouco aos trinta e três que todo mundo estava falando). Entre eles, há um "di menor". E que vai passar por todo o ritual que já conhecemos, sendo acusado de ato infracionário semelhante ao estupro, ficando detido em uma fundação e ganhando ficha limpa ao atingir a maioridade.

E aí, feministas? Vamos falar sobre a maioridade penal? Ou vocês vão se juntar ao Viva Rio e aos Direitos Humanos pra passar a mão na cabeça deste pobre e inocente menor de idade, que não sabia o que estava fazendo?


Aliás, colocando a foto dessa jararaca aí em cima, ainda vale comentar que o nosso ilustre STF, que até agora não conseguiu condenar nenhum dos políticos envolvidos na Lava-Jato, baixou a cabeça para o clamor da Maria do Rosário sob uma provável influência dos últimos acontecimentos e dessa baboseira de cultura do estupro, indiciando como réu o Jair Bolsonaro, que disse há alguns anos que ela não merecia ser estuprada.

Interessante destacar que isso foi logo após o crime do Champinha, quando Bolsonaro estava lá expondo alguns de seus ideais, como a redução da maioridade penal e a pena de castração química contra estupradores. O que foi seguido da acusação de Maria do Rosário de que Bolsonaro era um estuprador. A mesma Maria do Rosário que na época passou a mão na cabeça do Champinha, estuprador e assassino, pois ele era um "di menor" vítima da sociedade...

Na boa. Maria do Rosário merece esse prêmio Óleo de Peroba, pela tamanha cara de pau e hipocrisia.


Por fim, temos a indignação seletiva. Já comentei sobre ela no outro post, e inclusive ter citado o filho de uma puta do Champinha me faz pensar nessa questão da indignação seletiva. Repito aqui, eu não vi uma comoção e revolta tão grande da sociedade na época deste crime hediondo, em que esse puto comandou seu bando, sendo responsável pela morte de uma menina e seu namorado, mesmo ela tendo sido estuprada de forma violenta e abusiva por todos eles, e ainda sendo morta pelo Champinha. Mesmo considerando que as redes sociais não eram tão difundidas como hoje, não vi a sociedade se comovendo tanto quanto essa garota que foi ao baile funk e foi estuprada.

Eu não vou reproduzir aqui, sinceramente não gosto sequer de pensar... Mas quem tiver a curiosidade, pode procurar o depoimento dos médicos legistas que examinaram o corpo da pobre Liana, estuprada e morta pelo facínora do Champinha. É algo de revirar o estômago, imaginar que alguém poderia fazer tantas atrocidades contra outro ser humano, imaginar o sofrimento que a pobre menina passou.

Mas... tal caso não gerou tanta revolta como o caso recente. Como já havia dito, é curioso como a sociedade parece se sensibilizar apenas com certos casos. É como se apenas algumas vítimas são dignas de pena, merecem ser protegidas. Principalmente se ela faz parte de um ou mais dos grupos menos favorecidos que mencionei acima. E o caso do estupro coletivo é, digamos, um "prato cheio" para a revolta da sociedade: pois estamos falando de uma mulher, que também é menor de idade, que não é branca e que é de família pobre. Ela preenche vários quesitos para ser uma vítima com pedigree.

Por sua vez, a pobre Liana, embora também fosse mulher e menor de idade, era branca e de família mais rica. Aí, para muitos, ela não mereceu muita pena. Me lembro de alguns conhecidos que chegaram ao ponto de dizer de que era bem feito, pois ela tinha ido viajar com o namorado sem os pais saberem, que era culpa dela ter se exposto à uma situação de risco, acampando no meio do mato.

Sim... E essas mesmas pessoas dizem que a adolescente do caso dos trinta estupradores tinha o direito de ir no baile funk. Talvez uma adolescente menor de idade ir num baile em favela não seja arriscado na cabeça delas...


É a indignação seletiva que faz com que apenas alguns casos ganhem larga repercussão na mídia, que fazem com que a sociedade fique indignada. As feministas fazem um escândalo por conta desse episódio, chamam passeata, mudam fotinho do "Feice" e o caralho a quatro... Mas nenhuma delas dá um pio diante do caso da adolescente na Arábia Saudita que foi estuprada por um grupo de sujeitos e ainda foi condenada a levar 200 chibatadas por ter ficado perto de homens que não são da família, nenhuma delas aparentemente se revoltou com o episódio de uma idosa cristã que foi despida e arrastada pela cidade por trezentos muçulmanos, todas ficaram quietinhas diante da notícia de uma mulher que sofreu um estupro coletivo em um acampamento do MST. Todas estas notícias recentes de agressão contra mulheres... Mas não vi nenhuma de minhas amigas feministas do Facebook compartilharem estas notícias juntamente com comentários de repúdio. Por quê?

Na minha opinião, essa indignação seletiva até tira a legitimidade de um movimento. Pombas, se a feminista repudia a violência contra a mulher, deve repudiá-la em todas as suas formas. Reclamar e protestar somente quando certas mulheres são agredidas, perde totalmente a razão. Mais uma vez digo, é como se houvessem vítimas com pedigree, enquanto outras não são merecedoras de atenção por algum motivo. E considerando que, baseada em minha observação e no que vimos em protestos feministas recentemente, vemos que muitas delas acabam sendo simpáticas à esquerda. Aí, meu amigo, fica fácil: você verá essas feministas comunistas derramando lágrimas e gritando palavras de ordem somente quando a mulher agredida for pobre, por nordestina, for moradora de comunidade...

Por sua vez, estas feministas não vão se empolgar tanto em protestar diante de casos de violência contra mulheres de classe social mais elevada, ou quando estas forem atacadas por seus companheiros. Tampouco vão dar um pio quando a agressão for incentivada pela cultura e costumes de certos países. Mais uma vez, indignação seletiva. Como, por exemplo, diante do episódio onde um professorzinho de merda de filosofia escreveu que desejava que a repórter do SBT Rachel Sheherazade fosse estuprada.


Engraçado como não teve nenhuma comoção das feministas, da Maria do Rosário... Será que é pelo fato da Rachel Sheherazade ser contra o PT?

Essa é a nossa sociedade... Acontece em geral em todo o mundo, mas com grande destaque aqui no Brasil para a questão da impunidade. E esse tipo de postura é que está por trás das feministóides exageradas.

Coloco até uma quarta questão que hoje torna a sociedade ainda mais cretina e absurda, e que também tem a ver com toda essa onda de feminismo exagerado. Hoje vivemos sob a constante vigilância da polícia do politicamente correto, com muitas pessoas ficando extremamente sensíveis com certas coisas. Se algo foge do aceitável, ocorre uma grande comoção por parte da sociedade, algo que se torna ainda mais evidente com o avanço das redes sociais. É um politicamente correto que acha inadmissível certas coisas que, sob sua ótica bitolada, incentivam violência, preconceito e outras coisas reprováveis.

Não me entendam mal! Não estou dizendo que preconceito, violência e afins sejam coisas boas que devam ser incentivadas! Meu ponto é enxergar essas coisas quando não existem. Tipo, ver preconceito onde não existe preconceito, ver violência onde não existe violência. E, trazendo para o tema deste post, quando se enxerga machismo ou agressão contra a mulher onde não existe.

Fica fácil tomar um exemplo de algo recente. Você certamente viu a grande repercussão desta propaganda do mais recente filme dos X-Men.


Bom, as feministas, juntamente com a própria atriz Jennifer Lawrence que interpreta a Mística, promoveram duras críticas a essa propaganda, pois ela incentiva a violência contra a mulher, por colocar a heroína sendo enforcada pelo vilão. Deve ter aparecido gente aqui no Brasil dizendo que tal imagem é exemplo da cultura do estupro. Gritaram, espernearam, chegando ao ponto que a FOX, produtora do filme, tirou tal propaganda do ar.


Fala sério!

Esse é o tipo de exagero da sociedade politicamente correta que temos hoje. Uma sociedade cheia de frescuras, que fica aí reclamando de coisas banais, baseada em sua interpretação sensível. Frescura sim. Será que ninguém consegue entender que trata-se apenas da propaganda de um filme, pôrra? Sem falar que o Apocalipse é o filho da puta do vilão. Pombas, um vilão de filme, ainda mais o mutante maléfico que acredita na superioridade do mais forte, vai ficar se preocupando em manter valores politicamente corretos? "Ah não, eu não vou agredir as mutantes mulheres pois não quero ser visto como machista". Vá se fuder!

Permita-me dissertar sobre esse episódio do cartaz dos X-Men mais um pouco. Se você conhece as histórias dos X-Men, sabe muito bem que Mística é uma personagem relativamente secundária. Mas que ganhou um estrelato nesses filmes mais recentes pelo fato de ser interpretada pela Jennifer Lawrence, que é a atual "namoradinha" dos Estados Unidos, que é uma atriz em evidência. Ou seja, Mística acabou se tornando protagonista do filme por conta da fama de sua intérprete, sem dúvida sob aplausos das feminazis, pelo papel principal estar nas mãos de uma mulher e não mais com um homem sujo e imundo, tipo o Wolverine. Aí, pelo fato dela ser a personagem de maior destaque, quando colocam a mocinha e o vilão no pôster, com ela sendo enforcada... as feministas perdem a cabeça.


E não é só por conta do feminismo. Essas pessoas ficam achando que videogame incetiva violência, que se alguém jogar um jogo de tiro vai se tornar um assassino. O mesmo vale para filmes, essa geração leite com pêra fica aí cheio de medinho de ver filmes formadores de caráter como Rambo, Conan e Braddock. Até brinquedos, dizem que Forte Apache é algo abominável pois coloca os índios como inimigos! Puta merda! Caminhamos a passos largos para uma sociedade escrota!

Tenho que dizer que, logicamente, essa neura de politicamente correto também anda de mãos dadas com a indignação seletiva. É curioso as mulheres condenarem o pôster do X-Men, algumas até proporem um boicote ao filme, mas ficam caladas diante de outras produções. Essa postagem do 9gag ilustra bem como é que as feministas realmente se revoltam contra qualquer tipo de violência contra a mulher...


Mentira? Conheço vários exemplos de mulheres que se dizem feministas, mas adoraram o Mr. Grey dando pancada na mocinha no 50 Tons de Cinza. Aí é diferente... É romântico, é passional, é lindo...

Toda essa sensibilidade exagerada começa a trazer certas consequências igualmente exageradas. Começa com a proibição de cartazes de filmes, como já presenciamos. Daqui a pouco será como acontece hoje com os negros, as feministas vão começar a clamar por cotas nas universidades e empresas, logo vão inventar até uma lei de preconceito contra a mulher, em que se você falar alguma coisa e ela se sentir ofendida, poderá ser preso.

Ou seja: da mesma forma que se você chamar um negro de "macaco", de "preto" ou de outros nomes pejorativos você vai preso, não duvido que muito em breve se o cara chamar uma mulher de "gostosa", de "gata", talvez só por virar o pescoço depois que ela passa, o sujeito poderá ir em cana também. Por outro lado, se nós vamos olhar para outras situações semelhantes...

Se você chamar um branco de "branquelo", de "Galak", de "leite Molico"... não acontece nada.

Se você chamar uma pessoa obesa de "rolha de poço", de "baleia", de "balofo"... não acontece nada.

Se você chamar um oriental de "amarelo", de "Jaspion", de "china"... não acontece nada.

Se você chamar um anão de "pintor de rodapé", de "salva-vidas de aquário", de "esquimó de freezer"... não acontece nada.

Essa é a realidade... Isso faz com que se crie uma aura de perfeição sobre certas pessoas, sobre certos grupos, que devido à conduta politicamente correta de hoje em dia, são protegidos e enaltecidos. É o caso das mulheres e toda essa questão de cultura do estupro: por fazerem parte de um grupo menos favorecido, defender a mulher, colocá-la em um pedestal, ser feminista, é visto pela sociedade como algo politicamente correto.

Enfim, vou ficando por aqui, após mais esse longo desabafo... Vejo com maus olhos esse crescimento desenfreado de um feminismo extremista, que está caminhando para ser mais um movimento extremamente parcial e radical, que só vai provocar ainda mais discórdia e rivalidade. Trata-se de um feminismo exagerado, que promove o favorecimento da mulher antes de uma real igualdade de gênero. Espero que feministas de verdade, que promovem um discurso mais pé no chão e consciente de luta pela igualdade de fato, consigam calar as cada vez mais presentes revoltadinhas queimadoras de sutiã que acham que todo homem é estuprador. Se queremos uma sociedade igualitária, onde homens e mulheres sejam vistos como semelhantes, respeitando as diferenças que são inquestionáveis e plausíveis, a primeira coisa que temos que fazer é acabar com ideologias discriminatórias, que favoreçam este ou aquele lado. E isso inclui não apenas o machismo, mas o feminismo exagerado que toma as páginas e comentários nas redes sociais e nas ruas.

Comentários

Anônimo disse…
"Assim, vamos assumir que não seria possível comprovar o estupro. Mas um crime estava evidente e indiscutível: a gravação e divulgação de vídeos pornográficos de uma menor."
Não seria possível comprovar o estupro? Tem um vídeo onde "estava evidente e indiscutível: a gravação e divulgação de vídeos pornográficos de uma menor", está evidente, não? Afinal, tem um vídeo, um vídeo pornográfico!
(Significado de Pornográfico
adj.
1. que apresenta o sexo de forma explícita: um filme pornográfico)

Não há como assumir que não seria possível comprovar o estupro, em tal caso.
Texugo disse…
Anônimo, você apenas mostra como as pessoas adoram demonstrar uma indignação seletiva. Você pega parte das minhas palavras e faz uma interpretação errada do que eu estava dizendo. Pego aqui o parágrafo imediatamente anterior ao que você reproduziu, que parece que você fez questão de ignorar:

"Não estou dizendo que ela não tenha sofrido estupro, antes que venham a me acusar de alguma coisa. Afinal, já até saiu a condenação dos caras. Como disse, é apenas um exercício para explicar a questão da impunidade."

Entendeu? Estava ali querendo comentar sobre a impunidade, sobre como as pessoas têm aquele sentimento que podem fazer algo e sair livres. Em nenhum momento disse que a garota não sofreu estupro. Mas o vídeo não comprova, por exemplo, que foram 30 caras que a estupraram, como muitas pessoas afirmaram. Meu objetivo ali era focar no crime de gravar e divulgar vídeos e/ou fotos íntimos de uma menor de idade, e em como os caras cometeram esse crime livremente com a absoluta certeza de que nada aconteceria.