Starship Troopers - parte 1

Todo mundo tem os seus filmes favoritos. Uns gostam de clássicos da velha guarda, como O Vento Levou, tem aqueles que preferem produções cultuadas como O Poderoso Chefão, as séries famosas como Indiana Jones e Guerra nas Estrelas, e até mesmo as garotas bobas que se derretem pela saga Crepúsculo do vampicha. E nessa postagem eu vou falar de um dos meus favoritos, Starship Troopers.


Muitos podem estar torcendo o nariz, ou por não saber que filme é esse, ou até mesmo por não concordar comigo. Se você se enquadra no primeiro grupo e gosta de uma boa ação descompromissada entre humanos e alienígenas, recomendo fortemente ir na locadora ou assistir no Netflix; agora, se você se enquadra no segundo grupo, peço solenemente que vá pra puta que o pariu e aprenda a respeitar a opinião dos outros, pôrra!

Sério, outro dia eu estava com meus amigos e comentei a respeito desse filme, e veio um palhaço começando a me criticar, dizendo um monte de asneiras, como esse era um desperdício de rolo de filme, que era uma porcaria que tinha que ser banida. Um idiota que só assiste filmes europeus e fica se achando tão entendido do assunto como o Rubens Ewald Filho, e que acabava sendo tão pretensioso, arrogante e metido... Como o Rubens Ewald Filho.


Canso de dizer isso aqui, quando se trata de coisas como cinema, televisão, música e tudo mais, é muito o gosto pessoal, cada um tem a sua preferência. Mas tem pessoas que ditam o que é bom e ruim, críticos e mídia que enaltecem certas coisas e um monte de intelectuóides acreditam, como dizer que as novelas brasileiras são excelentes e incomparáveis obras de arte, que O Vento Levou é o melhor filme da história e os Beatles a melhor banda de todos os tempos.

Sério, eu tenho nojo de novela, não aguentei ver quinze minutos do Vento Levou e não suporto os Beatles. E esse é um direito que eu tenho, caralho! Eu vou gostar do que quiser, pôrra! E se eu gosto de Starship Troopers, é meu gosto, e se não gosta vai pra puta que o pariu tomar no meio do seu rabo!

...

Bom, chega de desabafo, foi mal pelo palvreado... Se tem uma coisa que não suporto é quando tentam me forçar a gostar disso ou daquilo, só porque tem que ser. Vamos voltar ao filme.

Esse filme foi lançado em 1997, baseado em um livro de algumas décadas atrás escrito por Robert Heinlein. Eu inclusive cheguei a ler esse livro algum tempo atrás, depois de ter visto o filme, é um livro diferente, tem uma visão bem fascista mesmo, embora concorde com muitas das opiniões que o autor passa na história, em termos principalmente de punição de bandidos e até mesmo um debate sobre um tema atual, que é a maioridade penal. O filme se baseia nesse livro, mas não inteiramente, muitos detalhes foram alterados. O próprio diretor disse que começou a ler o livro antes de criar o filme, mas parou no meio, ao não aguentar o exagero político que tomava as páginas.

O filme se passa em um futuro distante, onde a Terra se tornou bem diferente do que é hoje. Aparentemente não existem mais nações, mas sim uma Federação que manda na pôrra toda, e com uma série de regras rígidas. Fala-se muito no conceito de "cidadão" e "civil", sendo que o primeiro tem certas regalias perante os demais, porém pra se tornar um cidadão de fato seria necessário cumprir o serviço militar. E para o azar dos protagonistas, uma guerra se inicia.

Interessante como em diversos momentos no filme aparecem algo como se fossem propagandas da Federação, como uma propaganda militar onde até um pentelhinho decide se alistar.


Sim, isso mostra como esse filme chega a ser tosco em alguns momentos.

Essa guerra é contra uma raça de alienígenas de outro sistema, chamados simplesmente de Aracnídeos ou Bugs. Criaturas violentas que parecem insetos, como aranhas e moscas, e vivem no planeta de Klendathu. Interessante é que se passa uma idéia de que eles são monstros assassinos, mas como é dito em alguns momentos no filme, fica a impressão que eles estão se defendendo dos terráqueos, que nesse filme já dominam a prática de viagem espacial e colonizaram vários planetas. Sim, o filme volta e meia esconde alguns pequenos recados políticos, de forma mais reduzida que no livro.

E é mostrando essa guerra que o filme começa, já começa com uma cena de ação onde um exército de soldados da Federação parte para um combate contra os insetos, em uma cena que lembra aquele início do Dia D do Resgate do Soldado Ryan. Ou a hora do rush na estação da Central do metrô do Rio.


Que tem também um nível de violência à altura. Starship Troopers não é filme para gente de estômago fraco, toda hora que tem algum combate você podia esperar cabeças voando, membros sendo arrancados fora e tripas para todos os lados. Claro que é tudo efeito especial, alguns até forçados demais, mas mesmo assim chega a ser um pouco desesperador ver um cara ser cortado ao meio por uma aranha cheia de anabolizantes.

Aí voltamos no tempo, em uma época igualmente desesperadora...


Sim, a escola.

Somos apresentados ao herói do filme, Johnny Rico, morador da cidade de Buenos Aires, com toda a pinta de herói americano, mais que isso só se fosse o Capitão América. Embora é importante lembrar que nessa época não temos mais países, somente uma Federação que controla todo o planeta, e com isso os argentinos foram expulsos dali..

Não tem nem cinco minutos de filme e já estou gostando. Em plena Buenos Aires, não se vê nenhum latino na sala de Rico. Curioso que, no livro o herói embora tivesse o mesmo nome, era na verdade filipino. Fico me perguntando por que cargas d'água o autor foi escolher Filipinas, tanto país mais conhecido pra escolher. Mas enfim, o livro era dele...

Também somos apresentados aos amigos de Johnny, que vão participar ativamente da história. Temos o seu melhor amigo Carl, que gosta de umas piadinhas impróprias...


... e sim, é o Barney do How I Met Your Mother. Tá vendo como esse filme é maneiro?

Sem falar das garotas, a primeira é Carmen, namorada de Johnny e que tem o sonho de se tornar piloto de nave espacial. Embora pareça que tenha o desejo oculto de estrelar uma propaganda de creme dental, visto que em todas as cenas ela está com um sorrisão de mostrar até os dentes de siso. Não que eu reclame, é o que se tem de mais bonito nesse filme.


E temos também Dizzy, que nutre uma paixão incontrolável por Johnny e não vê a hora de ser cavalgada por ele. Sério,  no início do filme ela parece estar sempre no cio, embora Johnny a veja só como amiga e não queira nada com ela.


Interessante isso... Normalmente é o contrário. O cara fica gamado na garota, apaixonado por ela, fazendo tudo por ela... Até a hora de escutar um "acho bom sermos só amigos". É foda... Perdi a conta de quantas vezes escutei isso.

Embora seja até compreensível a escolha de Johnny. Dizzy não é feia, mas acho ela meio masculinizada demais, braços fortes e sem muitas curvas, enquanto que Carmen tem aquele jeitinho meigo e feminino, olhos lindos e um outro par de razões que deixaria o Charlie Harper de Two and a Half Men com as calças apertadas.


Essa foi de propósito, pois a Denise Richards, atriz que faz a Carmen, foi casada com o Charlie Sheen, que faz o Charlie. Ou melhor, fazia... Depois de ser substituído pelo Kelso do That 70's Show.

...

Chega desse momento TV Fama, e vamos voltar ao filme.

Todos eles estão cursando a aula do professor Rasczak, que parece o meu professor de História. Claro que o professor com quem tive aula tinha os dois braços, mas ele tinha esse mesmo ar agressivo e de filho da puta que o maneta aqui. Lembrem-se bem desse filho da puta, ele também vai ser importante no decorrer do filme, fazendo várias filhas das putagens.


Bom, não vou entrar muito nos detalhes desse início de filme, onde todos os garotos estão prestes a se formar, e com o objetivo de serem cidadãos decidem se alistar. Como disse, Carmen quer ser piloto de nave espacial, enquanto Carl deseja ingressar em alguma área de inteligência e telepatia, talvez para tentar convencer as garotas a levantarem a saia para ele. Johnny, babacão como ele, deseja ser piloto também para ficar juntinho com sua namorada. Só que para ser piloto, é necessário ser bom de matemática, e ele mal consegue resolver a tabuada de zero.


As próximas cenas mostram no que Johnny é bom. Temos depois a aula de Biologia, onde a professora é igual ao Stevie Wonder. Só que em vez de dissecar sapos, nessa aula eles precisam abrir um piolho gigante espacial, revirando as suas tripas gosmentas.


Não sei qual o intuito disso, o que se ganha ao aprender o que se tem dentro de um inseto do tamanho de uma roda de trator. Só sei que o Johnny parece se divertir ao ficar brincando com o que parece ser o reto do bicho, pra ser mais nojento só se ele enfiasse a língua no orifício retrofuricular do piolhão. A mesma língua que depois ele enfiaria na garganta de Carmen.


Pela cara dela, dá pra imaginar que ela escutou meu comentário, se perguntando porque ela deixa que Rico coloque as mesmas mãos, que agora estavam brincando com o ânus do piolho, dentro de sua calcinha. Claro, não demora para termos resultados bem desastrosos para Carmen, que sai correndo da sala vomitando, sendo inclusive zoada pela sua "rival" Dizzy.


Sério, sei que isso pode acontecer com qualquer um, que atire a primeira pedra que nunca vomitou, mas ver num filme uma atriz bonitinha chamando o Hugo assim em close (se fosse filme 3D daria pra ver os pedacinhos de comida voando) é um grande turn-off. Mas acredito que é a reação normal que uma garota teria diante disso, outra razão para eu ver que Dizzy é meio machão, pois da mesma forma que Johnny ela se diverte manipulando os intestinos do piolho espacial...

Além de ser bom pra ficar tirando as tripas de um inseto, Johnny também faz parte de um time de futebol americano indoor meio tosco, principalmente com essa roupinha laranja extremamente discreta. E é a disputa da final da escola deles com uma rival. Tudo no mesmo dia!


Até agora, Starship Troopers parece mesmo mais um daqueles filminhos adolescentes, com o atleta que tem a namorada bonitinha, mas que tem a outra garota que está de olho nele, e por aí vai. E nessa hora surge outro típico personagem para esse melodrama espacial.

Surge é uma palavra meio fraca demais. Podemos dizer que o maluco se joga na história, voando pela quadra e acertando um strike na torcida.


O nome do sujeito é Zander, um metido a galã que logo começa a dar em cima de Carmen. Não te disse, filminho adolescente, está formado o triângulo amoroso. E o pior é que a menina fica toda animadinha, ainda mais pelo fato de que ele é piloto. Pela cara de safado, dá pra ver que o sujeito se interessa por ela também, imaginando se os peitos dela são mesmo tão grandes assim ou se ela usa sutiã com enchimento.


Claro que isso deixa Johnny puto da vida. Mal o filme começou e ele já fez papel de merdel em matemática, e não tem a menor vontade de ganhar o apelido de corno manso.


Mas a verdade é que se ele se garantisse, não teria que ficar se preocupando, mas Johnny é um paspalho no final das contas. Logo ele leva um carrinho de Zander, que marca um touchdown e coloca seu time em vantagem nos últimos segundos. Tudo isso pra deixar ele ainda mais puto, de quebra fudendo com o time.

Tanto que a capitã da equipe, Dizzy, lhe dá uma porrada, falando pra deixar de ser uma mulherzinha e jogar que nem homem, pôrra!


Peraí! A mesma Dizzy joga futebol americano também? Mais uma razão pra achar que ela é sapata, esse é jogo de homem, mas ela está ali competindo de igual pra igual com os marmanjos. Ela deve é tomar uma vitamina de testosterona todas as manhãs isso sim. Só faltava chegar nessa cena e dar uma coçada no saco.

Logicamente, como Johnny é o herói do filme, o enredo pede que ele marque o touchdown da vitória, mesmo levando um tackle de Zander. Pra quem não sabe, tackle é quando o defensor pula e tenta derrubar o atacante do chão, visando as pernas dele.


Se bem que parece mais que Zander tentou enfiar sua cara na bunda de Johnny.

Aí é aquela euforia toda, e para marcar definitivamente seu território, Johnny abraça e beija Carmen, para mostrar praquele babaquara que ele era o dono dela. Sutil, ele podia baixar as calças e mijar ao redor dela que seria o mesmo. Embora dá pra perceber que Carmen dá uma olhadinha para Zander, dando a entender que o fato dele ser piloto conta bastante.


Coincidentemente, naquela noite seria também o baile de formatura. Parece que toda a ação do semestre ocorreu no último dia de aula. Vemos que parece que Johnny vive em uma família rica, todo cheio de mordomias, explicando o fato pelo qual ele precisa da ajuda da mamãe pra se vestir, enquanto ele faz aquela pose de "mamãe sou foda" pro espelho. Belos suspensórios, impressionante como no futuro não arrumaram uma forma menos ridícula para segurar as calças.


Mas enquanto sua mãe estava toda feliz pela formatura de seu filho, seu pai estava puto, por ter descoberto um folheto de alistamento militar debaixo da cama. Certamente ele devia estar ficando preocupado, pois esperava encontrar uma revista de mulher pelada e não um livreto sobre o serviço militar, o que podia estar indicando fortes tendências homoeróticas do seu filho, confirmando a sua suspeita depois que ele passou a cortar o cabelo no cabeleireiro. Mas no final das contas, Johnny diz que não é isso, e que estava se alistando por conta de seus amigos. Claro, no fundo por causa de Carmen, porque ela fica gostosa de uniforme.


Vamos agora pra festa de formatura, e embora estejamos no futuro é tudo a mesma coisa: todo mundo arrumadinho, alguma música besta do momento tocando, o pessoal enchendo os cornos e casais procurando a primeira oportunidade para transarem.


Falando nisso, Dizzy aproveita a primeira oportunidade em que Johnny e Carmen se separam pra puxá-lo pra dançar. E ela faz de tudo, provavelmente dizendo certas coisas no ouvido dele como o fato dela estar sem calcinha, de que ela tem em casa vários brinquedos de todas as bitolas e comprimentos imagináveis e fantasias eróticas com as quais podem se divertir por horas.


Johnny então dispensa Dizzy, dizendo que eles só são amigos e que tem que conversar com o seu professor de História, para ver se ele vai mesmo pro serviço militar. Claro, é a coisa sensata a se fazer quando uma garota vem com os hormônios à flor da pele. Sobra então pro Barney, quer dizer, pro Carl, jogar um charme na Dizzy.


Só que com essa cara de mico no cio ele não vai conseguir nada...

Depois de conversar com o Sr. Rasczak, Johnny procura sua namorada. E imagina só como ele deve ter se sentido ao ver ela toda bobinha e excitada conversando com o filho da puta daquele Zander. Esse que, sabendo que Carmen fica de calcinhas molhadas ao pensar em piloto, fez questão de aparecer usando um uniforme que pegou emprestado. Pior que isso, só se ele caísse de pára-quedas na cena.


É Johnny... Deve agora estar se arrependendo de não ter ficado dançando com a Dizzy. Dá até pra perceber o par de chifres nascendo em sua testa.

Carmen diz que ele não precisa ter ciúmes (tá certo...), e diz que seu pai não está em casa, então depois da festa eles podem ir pra casa dela e brincar um pouco. Nessa hora os mais pervertidos certamente aguardavam ansiosos por uma cena mais quente, onde poderiam ao menos ver os peitos de Denise Richards...


Mas aí pulamos para a cena onde Johnny, Carl e Carmen estão prestando juramento no serviço militar. Puta merda!


Os três amigos se inscrevem então, onde Carmen consegue ir para a Academia e treinar para ser piloto, Carl acaba pegando algo relacionado à inteligência militar, e pro Johnny que é o mais burro de todos sobra pra ir pra Infantaria, sugestivamente chamado pelo oficial de "moedor de carne", o que pode ter provocado pensamentos homoeróticos na cabeça de Johnny. Os três juram continuar serem amigos, e demonstram muita felicidade para alguém que está para encarar os piores três anos de suas vidas.


Pela cara do Barney... ou melhor, do Carl, ele deve estar apalpando a bunda de Carmen. E ela parece ter gostado...

E quem se fode mais é o Johnny, pois na infantaria não é moleza não. Ainda mais considerando que seu treinador é um facínora filho da puta e violento, o Sargento Zim, que segue todo o estereótipo de sargento mandão, tratando os recrutas da pior maneira possível. Comparado ao Sargento Zim, o Capitão Nascimento é uma moça...


E por alguma coincidência do destino, Johnny percebe então uma recruta que pediu transferência para a sua mesma unidade. Ninguém menos do que Dizzy! Cacete, isso já é preocupante, essa mulher é alucinada, decidindo se alistar na mesma unidade que Johnny. É muita vontade de dar pra ele, caceta!


Somos apresentados a outro personagem que vai participar bastante da história, o babaca do Ace, que logo se torna quase que um rival de Johnny. Um paspalho, com essa cara de bocó que parece que levou uma surra quando era criança, depois de ter tomado todas as cervejas do pai e ter caído de cabeça da escada.


Me lembrei de onde reconheço esse puto. Ele era o doidão daquela série Shasta McNasty.

...

Não sabe o que eu estou falando? Era uma série hilária de comédia, que tinha os três amigos que tentavam se tornar cantores de rap mas passavam pelos bocados mais absurdos, tinha até aquele anãozinho que só levava porrada e era jogado pelos cantos. Tinha até aquele episódio onde o cara que faz o Ace usava o anãozinho como boneco de ventríloquo pra faturar uma grana.


...

É, acho que eu era o único que via essa merda... Continuemos...

Começa então o treinamento, onde os recrutas precisam pular em cordas, se equilibrar em caminhos estreitos, pular por cima da lama e outras atividades bizarras. Ou seja, basicamente como se estivessem competindo nas Olimpíadas do Faustão.


Claro que tendo um instrutor como o Sargento Zim, não era vida fácil. Quem aprendeu isso da pior forma foi o babaca do Ace, que depois de questionar o porquê que eles tinham que aprender a mexer com facas, teve sua mão transpassada por um punhal arremessado com precisão milimétrica pelo sargento, que depois dá uma lição pra todos, dizendo que o próximo que ficar contestando seu treinamento vai levar uma facada dessas no meio de suas partes íntimas.


Temos então a pior cena do filme. A mais traumática, aquele que eu faço questão de virar os olhos ou avançar o filme pra não ver. Não se trata de uma cena onde costuram a mão do Ace ou onde vemos alguém sendo dilacerado por uma debulhadeira, é algo bem pior... A cena do banho...


Cara, por que fizeram isso? Precisava fazer uma cena onde todos os recrutas ficam ali pelados tomando uma chuveirada juntos, todos eles compartilhando os seus desejos íntimos pelos quais decidiram se alistar enquanto ficam com a brincadeira de quem derruba o sabonete? O mais bizarro é que homens e mulheres dividem o mesmo espaço, todos ali sem o menor pudor. Poderia ser algo até agradável, ver as recrutas moças "expondo as suas armas", mas as poucas mulheres são meio sem sal, e só o fato de ver que existem várias bundas cabeludas por ali, e provavelmente algum babaca brincando de pirocóptero é extremamente brochante...


O pior é que até a própria Dizzy aparece, arrancando a blusa de forma extremamente machona, quase como se fosse o Hulk Hogan, expondo os seus peitos que mais parecem uma tábua. Fala sério...

Vamos deixar os soldados da Infantaria tomando seu banho, e ver como está indo a gracinha da Carmen. Será que lá na Academia de Pilotos tem essa de banhos no mesmo espaço também?


Não, não foi dessa vez. Carmen está seguindo muito bem como piloto, como pode ser visto pelo seu sorriso constante. Ou ela pode estar feliz por ter se livrado do enjoado do Johnny, que ficava enchendo o saco mandando mensagens toda hora pra ela. Bem que ela podia cortar essa de sorriso Colgate, até a amiguinha dela já está puta da vida com essa atitude exagerada.

Mas toda essa excitação de Carmen é porque ela finalmente vai ingressar na equipe de uma nave, a Rodger Young, onde vai poder finalmente pilotar para tirar a sua carteira. Ou seja, nada mais do que a empolgação de uma adolescente para finalmente fazer seu exame de motorista e poder assim ter a sua independência.


Tomara que pra sorte dela o instrutor não seja ele, vai ser difícil não derrubar o café numa viagem espacial...


Se não entendeu, você precisa ver o clássico da Sessão da Tarde, Sem Licença Para Dirigir. E, aliás, esse cara era quem fazia o Tio Phil naquela série do Will Smith, Fresh Prince of Bel-Air. Continuando...

Acontece que, graças à sempre conveniente coincidência cósmica dos filmes, adivinha quem seria o instrutor de Carmen?


Coincidência minha bunda! Não sei quem é pior, Dizzy por ter se alistado na mesma unidade de Johnny pra ficar juntinho dele, ou esse pústula do Zander ter mexido os pauzinhos para que ele fosse o instrutor de Carmen, na esperança que ela fizesse o mesmo com ele. O pior é que ele admite no filme que fez isso, e a inocente Carmen fica toda bobinha, toda serelepe, dizendo que foi o destino, aposto que se fosse outro ela ficaria enojada, chamaria o Femen e iria exigir outro instrutor que não estivesse louco para aplicar uma prova oral.

Acontece que Carmen é doida no volante, e logo no início já faz um monte de barbeiragens, como quase se esquecer de tirar a mangueira da bomba de combustível e tirando um fino absurdo ao sair da garagem. Aposto que Zander deve ter se arrependido do plano de tentar treinar uma mulher perigosa na direção.


Bom, como não rolou uma cena de chuveiro com Carmen, vamos voltar lá pro quartel, pois não quero ficar vendo o casalzinho ali de cima todo cheio de brincadeiras. Lá a turma está brincando de paintball do futuro, onde em vez de tinta, são lasers que dão um choque nos bagos de quem é atingido. Chame isso de seleção natural, nada mais justo que fritar os ovos de recrutas incompetentes que mal sabem sobreviver numa brincadeira inocente, evitando assim que eles propaguem seu DNA de araque.


Rico tem uma atuação tão boa que logo é promovido pra chefe de esquadrão, ganhando assim um broche pra colocar na camisa. Veja só a pinta de novo de "mamãe sou foda" que ele fica fazendo, depois de colocar um acessório de roupa que é tipicamente usado por garotinhas em idade colegial.


Ele está tão feliz e animado que acaba até se reconciliando com Dizzy, que o ajudou a ganhar o broche. Mas ele já deixa claro que quer só que eles sejam amigos, e ela acaba aceitando mesmo que vai ter que procurar outro para explorar sua Caverna do Dragão. Essa eu roubei do Família da Pesada.


Mas o diretor do filme viu que esse era o momento perfeito pra fuder com a vida de Rico, bem quando chega um disquete pra ele com uma mensagem de Carmen. Claro que a turma fica toda excitada ao ver a namoradinha de Johnny, afinal de contas não tem muitas garotas bonitas e curvilíneas ali no quartel, o que significa muitas meias que vão ficar arruinadas, vítima de um bando de excitados. E pela cara dele também, talvez ela tenha preparado um strip-tease só pra ele, quem sabe?


Só que aí ela decide dizer que ela vai querer fazer carreira, e ficar no serviço para sempre, o que significa que não vai mais ter espaço para eles dois juntos. Tudo segue conforme manda o figurino, com Carmen dizendo aquelas frases típicas de "não é você, sou eu" e "espero que a gente possa ser amigos". Irônico como ele havia acabado de dizer isso para Dizzy, ela que sempre ficava de calcinhas molhadas e nas nuvens ao vê-lo.


É Johnny... Dureza... Sei como é... Deu até uma ponta de pena pelo Johnny, pois já estive nessa de fazer tudo por uma garota, e depois ser chutado pra friendzone. Pelo menos ele teve o apoio inesperado de Ace.


Embora pela cara de Ace o tipo de apoio sugerido foi ajudá-lo a enfiar aquele taco de sinuca na bunda do recruta calouro, pra ver se ele fala fino.

E nessas horas, depois que o seu coração é partido, nada funciona direito. Tanto que no dia seguinte Johnny teria que comandar o esquadrão em um exercício com munição de verdade.


Até que um babacão quase faz merda, por ele não ter conseguido colocar o capacete direito. Johnny decide ajudá-lo e pede para que ele tire o capacete, e como quando a maré de azar tá forte, não deu outra: alguém tropeça na própria perna, cai no chão, a arma dispara e...


HEADSHOT!!!

Graças a sua incompetência, Rico então leva uma punição, levando dez chibatadas por ter sido responsável pela morte de um soldado, recebendo até a solidariedade de Zim, que lhe entrega um pinto de boi pra morder, o que ele imaginaria que deixaria Johnny mais a vontade para levar as chicotadas em seu lombo. Interessante como estamos no futuro e se esperaria posturas mais civilizadas, mas a punição por um crime segue a etiqueta da Idade Média, na base do chicote. Ou então a sociedade do futuro é extremamente adepta ao sadomasoquismo.


Enquanto Johnny leva as chicotadas antes de ser impalado por um consolo tipo africano em sua punição, Zander e Carmen ficam flertando na nave. Claro que ele não perde tempo, começa a vir cheio de quintas intenções pra cima de Carmen, querendo ver como que os peitos dela se comportam na gravidade zero e perguntando se ela sabe guardar o foguete na garagem... E a Carmen bobinha que só ela, parece que vai acabar cedendo...


Só que aí soa o alarme...

"ALARME DE VIRGINDADE!!!"

Não esse alarme, mas sim um alarme de colisão. E aposto que você deve ter se lembrado do filme S.O.S. Tem um Louco Solto no Espaço. Trata-se de um mega cagalhoto espacial, lançado pelos insetos, que está prestes a atingir a nave.


Carmen faz uma manobra evasiva, e consegue se desviar do dejeto voador não-identificado, mas não sem acertar em cheio uma das partes da nave, justamente a área onde estava o telefone com o qual o ET e todos na nave poderiam ligar pra casa. Agora eles não podem avisar a Terra que tem um mega aerolito indo em direção ao planeta, e tampouco podem ligar pro Domino's e pedir uma pizza. Sem falar que a família de todo mundo que estava naquela parte da nave vai receber uma cartinha meio triste junto com uma bandeira dobrada, graças à barbeiragem de Carmen.


De volta ao quartel, Johnny decide então arregar do serviço militar. Puto por Carmen ter partido seu coração e ainda com dificuldades de se sentar depois da punição do dia anterior, ele agora só quer saber de voltar pra casa pra ficar jogando video-game online e vendo revista de mulher pelada. Dizzy tenta convencê-lo a ficar, mas como ela não é um jogo de video-game e não parece muito ser mulher não adianta, Rico está determinado a colocar o rabinho entre as pernas que nem um covarde e desistir.


Antes de ir, ele decide ligar o Skype para fazer uma ligação para seus pais, se arrependendo da decisão de tentar a carreira militar e perguntando se ainda tem espaço para ele em casa. Sua mãe fica toda contente, dizendo que vai fazer a torta de linguiça com farofa que ele gosta tanto, e seu pai diz que já tinha transformado seu quarto em uma sala de jogos, mas que ele será bem-vindo para dividir a casa do cachorro com o seu mais novo Rottweiler.


Mas logo a ligação é cortada abruptamente... Foda, depois que a Micro$oft comprou o Skype, fudeu tudo...

Johnny está então indo embora, prestes a deixar o quartel, quando então começa um tumulto, como se fosse um arrastão na praia de Copacabana... Nego correndo pelos cantos, ou deu meio-dia e é hora da bóia ou é uma turminha ouriçada pra mais uma chuveirada.


É guerra! Todo mundo se espreme diante de uma mega TV de plasma, onde o William Bonner noticia que um mega cagalhão espacial lançado pelos insetos riscou do mapa a cidade de Buenos Aires, o mesmo cagalhoto voador que Carmen havia se esquivado agora há pouco, que poderia ter destruído pelas armas da nave. Mostra como o diretor do filme deve odiar os argentinos.


Johnny então fica perplexo, juntamente com Dizzy. Estava já xingando o Bill Gates, mas o problema na ligação era que sua cidade natal, juntamente com seus pais, haviam sido formatados.


Ele então fica fulo, tomado por um sentimento de ódio por qualquer tipo de inseto que cruze seu caminho. Depois de pisar em meia dúzia de baratas e esquartejar um grilo, ele corre para o QG, pedindo que reconsiderem sua desistência. O Sargento Zim diz que só se ele assinar um documento atestando que ele é um Zé Ruela, um filhinho de papai mimado e que se ele fizer outra dessas viadagens será empalado por um mastro de bandeira, só depois de assinar que Zim o deixaria voltar.


Bom, foi declarada a guerra, agora não tinha mais volta. No Congresso, os deputados fizeram a votação para definir se eles mandariam uma frota estelar para chutar a bunda dos aracnídeos lá pra puta que pariu.


Foram 238 votos a favor da missão armada, com 54 votos a favor da aprovação do casamento gay, 41 votos pedindo um referendo popular para consultar sobre a maioridade penal e 13 votos pedindo pelo aumento de seus próprios salários, votos esses lançados pela bancada do Partido dos Trabalhadores.

A postagem está ficando bem longa, acho melhor parar por aqui e fazer essa primeira parte. Bem na hora do filme onde aparecem os comerciais, com as criancinhas pisoteando as baratas.


Que meigo... A garotada pisando nas baratas, sem dó nem piedade. Até mesmo a menina de vestido bege, com a delicadeza de sua botinha da Barbie e meia rosa, pisando nos insetos com a ferocidade de um viking.


Vou ficando por aqui. Em breve termino esse posto do filme.

Comentários

Pedro Prado disse…
esse filme é uma porcaria.

a denise richards , a anitta e a moça da propaganda da vivo são muito gostosas...

Botafogo, não sei se tenho simpatia ou dó...

seu blog é bem bacana !
Unknown disse…
cara, retiro o que disse. ri tanto que me mijei. kkkkkkkkkkk

vc é phoooooda!