Classe "Mérdia"?

Hoje em dia vivemos em uma era de ampla comunicação, em especial graças à Internet que tornou a informação extremamente mais acessível a todos. E várias pessoas hoje usam a grande rede como forma de expressar as suas opiniões sobre qualquer coisa, seja visitando um dos inúmeros fóruns ou mesmo criando um blog. Foi até uma das razões que levou esse anônimo texugo a começar a escrever por aqui, para falar a respeito de diversos assuntos em evidência ou de meu interesse.

E nas minhas "andanças" pela Internet acabo vendo uma grande diversidade de sites que também falam sobre diferentes assuntos, em especial aqueles que trazem piadas e me fazem rir. Por esse motivo, um tipo de site que costumo ver são aqueles escritos por típicos revoltados sem noção, ferrenhos defensores de Lula e do PT, eternos críticos dos EUA e de tudo que vem de lá. Honestamente, acho muito engraçado ver como essas pessoas, cegas como um fanático religioso, ficam dedicando seu tempo para inventar as teorias mais absurdas para sempre condenar os americanos, ao mesmo tempo que fecham os olhos para as grandes sacanagens políticas desenvolvidas pelo nosso presidente e o partido da "ética".

Mas uma coisa muito interessante que comecei a observar é que esses revoltadinhos sem razão tem o típico costume de ridicularizar, hostilizar e agredir aqueles que não pensam como eles. "Respeitando" à risca o conceito de liberdade de expressão que eles tanto clamam, eles colocam para todas essas pessoas que não concordam com eles ou que defendem algo que eles odeiam o rótulo de "Classe Mérdia".

Me lembro bem da primeira vez que fui chamado de Classe Mérdia: era na época da ditabranda (que inclusive aqui rendeu dois posts, reveja aqui e aqui), e achei por acaso um blog de um sujeito que era fã declarado do PT e da esquerda, que não poupou críticas ao jornal e a qualquer um que aceitasse o famigerado termo. De curioso, decidi postar um comentário, onde de forma neutra argumentei que era realmente uma hipocrisia por parte dos dois professores adotar uma postura de repudio total à ditadura brasileira, porém ficando em silêncio sobre a ditadura cubana. Caramba, o carinha deve ter soltado fogo pelas ventas, e usou um argumento de que "o regime cubano não está em questão", entre outras palavras impróprias para esse horário. Veja como os petelhos sempre usam esse termo, regime cubano, nunca admitem que lá é uma ditadura das bem pesadas, quando não tem a audácia de dizer que lá é uma democracia... Claro que esses comentários vieram rodeados de provocações e xingamentos não só do dono do blog mas dos amiguinhos vermelhos dele que ali comentavam. Teve até um cidadão, que ao ver que postei com o nome Texugo, veio questionar: "Texugo? Parece mais uma anta!". E não demorou para começarem a dizer que eu fazia parte da Classe Mérdia.

No fundo, a expressão Classe Mérdia nada mais é do que uma nova forma dos defensores do comunismo se referirem ao seus "inimigos" da burguesia, de uma forma mais agressiva e hostil do que a palavra que costumávamos ver nos livros de História na lição da Revolução Soviética. Isso começou porque na cabeça dura desses sujeitos, a classe pobre por definição é a "bonzinha", sabemos bem que segundo os conceitos dos defensores do comunismo quem é pobre é sempre honesto e boa-gente, e sua condição de pobreza sempre é causada pela classe rica, vilã da história que enriquece às custas do sofrimento dos pobres. Na minha opinião, um absurdo sem tamanho julgar as pessoas pela sua classe social. Não discuto que existe gente mais humilde que são excelente pessoas, decentes e honestas, e também tenho a consciência de que existem sujeitos ricos que não valem nada; mas da mesma forma, existem ricos que são pessoas de bem e corretas, que conquistaram a sua riqueza com muito trabalho e esforço, algumas vezes vindas até de uma família mais humilde. E também existe muita gente pobre que é pilantra, sem-vergonha, preguiçosa e de má índole. Essa babaquice de que "todo pobre é gente de bem" só existe na cabeça desses petralhas, essa é a verdade.

Apenas para ilustrar essa questão, questiono aqui algo que esses pseudo-intelectuais vermelhos sempre usam como "exemplo" para atestar a honestidade das pessoas humildes: o clássico episódio do sujeito pobre, como um gari ou flanelinha, que acha uma carteira cheia de dinheiro e devolve para o dono. Os petelhos enchem a boca para exaltar a honestidade dessa pessoa, dizendo que o cara é digno ao devolver aquilo que não é dele, mesmo sendo uma soma em dinheiro que ele precisaria trabalhar anos para conseguir. Agora pergunto duas coisas... Primeiro, será que apenas quem é pobre vai devolver o dinheiro achado? Parece que na cabeça dos petralhas apenas pobre tem dignidade, enquanto que eu não tenho, se eu achasse o dinheiro eu iria pegar pra mim. Fala sério, honestidade é que nem educação, é algo que se aprende em casa, e não uma consequência da condição social menos favorável. Já aconteceu comigo certa vez de achar um envelope no banco, devia ter mais de R$500 lá: e eu, na minha "desonestisdade" e "egoísmo", entreguei o dinheiro ao caixa, que depois localizou o verdadeiro dono. Tá vendo? Não é só pobre que é honesto. E a segunda pergunta: será que realmente todos os pobres que encontraram dinheiro perdido devolveram? A gente só fica sabendo dos casos (raros, diga-se de passagem) onde o pertence é devolvido, mas certamente tem os casos onde a honestidade dá lugar para o "achado não é roubado"... Ou será que seria um absurdo imaginar que possam haver casos de pessoas pobres que não devolvem o dinheiro que acharam na rua?

Pois muito bem, voltando ao tabuleiro desse jogo imaginado pelos esquerdistas, temos do lado do Bem os pobres, e do lado do Mal os ricos. E onde fica a classe média, que tem condições financeiras razoáveis para não ser considerada pobre, mas está longe de ser rica? Aí é que se faz uma distinção: segundo a cabeça dos vermelhos, a classe média de verdade corresponde ao grupo "correto" e "consciente" do qual só eles fazem parte (embora tenha muito petelho rico por aí, que fica fingindo ter consciência social só para ficar "bem na fita"), enquanto que qualquer um que tenha a mínima simpatia pelos EUA ou que em algum momento tenha criticado alguém pobre ou o Lula será visto como bandido. Ou seja, basta não seguir a cartilha vermelha do comunismo que você será taxado de Classe Mérdia.

Quer ver algo que esses petralhas costumam dizer: o que torna alguém como parte da Classe Mérdia é não ser rico mas sonhar em ser. Sinceramente, uma pessoa que diz isso deve ter merda da cabeça! Será que só quem é da classe média sonha em ser rico? E o que você me diz de um porteiro ou uma empregada doméstica que sonha em ganhar na Mega-Sena? Sinceramente, não vejo nada de errado em se trabalhar duro e se dedicar para se ter uma vida relativamente confortável sob um ponto de vista financeiro. Tampouco vejo problema em sonhar em ser rico, todo mundo faz isso de vez em quando, inclusive os pobres e os petistas. Agora, só porque eu sou da classe média e trabalho para tentar melhorar de vida, devo ser considerado um pária, um egoísta, um pilantra? Será que é errado querer dar um upgrade em sua condição financeira? Se é, por que não há nenhum problema quando são as pessoas pobres que querem melhorar de vida? O pobre pode sonhar em ganhar uma grana na mega-sena ou no jogo do bicho, mas alguém da classe média não pode buscar sua independência ou conforto financeiro com base em estudo e trabalho? Me expliquem, por favor!

Ah, mas eu me esqueci: afinal de contas, quando se nasce pobre, a pessoa por definição é e sempre será uma pessoa de bem e honesta, então ela pode almejar se tornar rica que não vai se tornar um "vilão" sob os olhos esquerdistas. Taí o "exemplo" de nosso presidente da República, de origem humilde e que hoje toma vinho chique e viaja de avião particular... Realmente (ironia on) o Lula é uma pessoa de caráter exemplar, super honesto e sem nenhum escrúpulo, em nenhum momento agindo de forma individualista e sempre pensando primeiro no povo (ironia off). Fala sério, o sapo barbudo é um pilantra, fica posando como se ainda tivesse espírito de pobre, mas deixou de ser faz tempo...

Aliás, os amantes de Castro, Chávez e Lênin também costumam dizer que nós da Classe Mérdia odiamos o Lula pois ele representa justamente o caso de alguém pobre que venceu na vida. Quero deixar claro que não tenho nada contra uma pessoa melhorar de vida, independente de suas origens. Eu particularmente odeio o Lula porque ele é um canalha, um grande sem vergonha, hipócrita, metido à besta, burro, ladrão e uma série de outros adjetivos. Se elegeu presidente dando uma de que seria diferente, que iria trazer justiça e ética para o governo, e o que temos é que nunca antes na história desse país se roubou tanto, nunca se arrecadou tanto imposto, uma quadrilha de ladrões fez tudo que tinha direito e saiu impune. Claro que a maioria mais pobre da população não pensa isso, pois Lula e o PT são espertos, o importante é agradar o povão para garantir os votos da próxima eleição. E agradar povão é moleza, é só fazer obras nas favelas usando o imposto que o trabalhador paga e fazer aqueles discursos com frases de botequim. É como escutei certa vez de um taxista: "pra mim não faz diferença se o Lula tá roubando, o que importa é que quando era o FHC eu comprava 1 quilo de arroz e feijão por mês, e agora com o Lula eu consigo comprar 3 quilos."

Com o comentário acima, já vai aparecer algum petelho dizendo que eu estou sendo preconceituoso, o que aliás é outro traço que dizem ser da Classe Mérdia. Mas gostaria de saber se os ilustres defensores do comunismo realmente são tão puros e corretos assim, se realmente preconceito é uma palavra que não existe no dicionário deles. Será que os petistas e esquerdistas de plantão têm um mínimo respeito pelos EUA e seu povo? Duvido! Os americanos são os primeiros a serem hostilizados, xingados e ridicularizados por esses xiitas, a única diferença deles para os terroristas é que estes últimos levam à sério o seu ódio mortal e promovem a matança e o terror. Fora isso, PT e Al Qaeda são bem semelhantes quando o assunto é falar mal dos EUA. E claro, esses revoltados de merda também são preconceituosos contra aqueles que não seguem os seus valores. Só o fato de você não aprovar o Lula e seu governo já pode te render uma série de hostilidades por parte desses revoltados. Deve ser que eles pensam que não há problema em hostilizar quem não é seguidor das doutrinas socialistas...

Eu já passei muitas vezes pelo preconceito provocado por esquerdistas. Por exemplo, eu fiz uma faculdade federal, e num lugar desses se você vem de uma família que tenha condições razoáveis de vida, mora na Zona Sul ou na Barra e estudou numa escola particular, não tenha dúvidas que você será alvo de críticas e provocações vindas dos seus colegas, que só pelo fato de estarem numa faculdade federal acabam se deixando sofrer uma lavagem cerebral comunista, e passam a idolatrar Lula, Che Guevara e Chávez. Até mesmo um professor, um grande filho da puta militante do PT que fazia discursos pró-Lula em vez de lecionar (era ano das eleições quando tive aula com ele), que hostilizava os alunos que não vestiam a "camisa vermelha". Ele chegava ao cúmulo de ignorar as perguntas e ser mais severo na correção das provas dos alunos que ele pensava serem "filhos de burguês", discutia quase a ponto de sair na porrada com quem dizia que não fosse votar no Lula, e ainda proferiu uma pérola extremamente preconceituosa, dizendo que "aluno que estudou em escola particular devia fazer faculdade particular, pois ele teria condições de pagá-la, e dessa forma não roubaria a vaga que era de direito de um aluno de escola pública". Sinceramente, vai pra puta que o pariu! E depois preconceituoso sou eu... Ah, mas é claro, me esqueci que preconceito só existe contra os grupos menos favorecidos, como negros e pobres, ser chamado de Classe Mérdia não é preconceito...

Tem outra coisa que eles dizem que nós da Classe Mérdia somos, consumistas. Essa já é a gota d'água, uma acusação sem sentido e infundada. Não duvido que existem pessoas que compram muitas coisas, mas vejo que o motivo de tal crítica por parte dos petralhas é condenar o "querer ter", como se fosse algo inaceitável. Sinceramente, não há mal nenhum em querer ter as suas coisas, mesmo que alguns bens sejam relativamente supérfluos: cacete, se eu quero comprar um relógio maneiro, um tênis da Nike ou um celular moderno, qual o problema? Ainda mais se eu trabalhei para ter o dinheiro para comprar! Que idéia, esses cornos agora querem dizer o que eu devo fazer com o meu dinheiro. Mais uma vez, pergunto: e os pobres, podem? Queria saber se esses desocupados filhos da PuTa acham errado que uma pessoa humilde queira ter a sua casa própria, comprar uma geladeira nova ou um carrinho popular. Ou o consumismo da classe baixa é para ser tolerado, enquanto que o da classe média (desculpe, mérdia) deve ser condenado?

Acho que essa crítica ao "consumismo" é apenas uma desculpa para voltar aos tempos da Guerra Fria, com a luta bipolar entre capitalismo e socialismo. Acordem, seus retardados! Essa disputa ideológica acabou, juntamente com o socialismo. E a realidade é que o mundo sempre teve os seus traços capitalistas, desde o tempo que o Homem inventou a moeda. Gostem ou não, sempre vai haver na sociedade aqueles que tem mais capital do que outros, ou vocês acham que lá na URSS, pátria-mãe do socialismo, o dono da fábrica ganhava o mesmo que o operário? E digo mais, não acho errado que existam certas profissões que dão mais dinheiro, literalmente é o preço que se paga por um profissional qualificado e bem capacitado: será que o neuro-cirurgião que precisou estudar bastante e desempenha procedimentos de alto risco deve ganhar a mesma coisa que um gari? Não estou desmerecendo a profissão de gari, mas me desculpem, não é preciso ser grande coisa para perceber que o nível de preparação necessário para que alguém abra a cabeça de um paciente e opere o cérebro é muito maior do que para varrer o chão...

De qualquer maneira, esse é apenas mais um novo capítulo na incessante luta de classes. Não importa os argumentos contra essa tolice de Classe Mérdia, os petralhas vão continuar com essa postura ignorante, agressiva e preconceituosa contra aqueles que não compartilham do mesmo ponto de vista deles. E o pior de tudo é que eles não se dão conta de que aqueles que eles tanto defendem e idolatram, como Lula, Dilma e companhia, estão lá em cima, do alto de suas mansões rindo à toa de todos que estão aqui embaixo, cagando em cima das nossas cabeças, inclusive dos pobres que eles supostamente ajudam e dos babacas petelhos comunistas que os colocaram no poder.


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