Acabaram as Olimpíadas

É isso aí. Fim de papo nas Olimpíadas. A competição esportiva mais vista no mundo chegou ao seu encerramento nesta última edição, ocorrida em Paris. Vários momentos que ficarão guardados na memória, alguns por razões efetivamente esportivas, outros por motivos curiosos e até mesmo engraçados, sem falar nas muitas polêmicas dos jogos "lacrolímpicos". E claro... não faltaram momentos bizarros e sem noção.

Repito de novo: acho que nunca vi coisa mais ridícula que esse cara pintado de azul da cabeça aos pés. 

A competição na capital francesa sem dúvida vai ficar marcada na história recente das Olimpíadas. Infelizmente, muitos dos motivos para isso não tem nada a ver com o esporte em si, uma vez que os franceses estiveram mais preocupados em lacrar e promover temas politicamente corretos. E o pior de tudo é que isso só causou problemas, com diversas situações embaraçosas relatadas por atletas e audiência. Como a Vila Olímpica ecologicamente correta, onde não colocaram ar condicionado em pleno verão para não gastar energia, obrigando a muitas delegações que levassem aparelhos portáteis; aliás, foi dito também que tinha poucos banheiros para os atletas, imagina só o quanto teve de gente se segurando para não cagar nas calças; reclamações também sobre a comida, não apenas a dificuldade de achar espaço nos restaurantes da cidade, mas mesmo os atletas foram obrigados a uma dieta predominantemente vegana, quase não tinha proteína para os competidores... 

E não podemos nos esquecer do Rio Sena. Falaram aos montes que iria ficar limpo para as competições, até mesmo a prefeita veio a nadar nele um dia (logicamente, em situações controladas, para evitar que ela fosse atingida por um tolhete), mas não deu jeito, o rio estava um lixo. E o pior é que os franceses não deram o braço a torcer e insistiram com as provas de triatlo naquele valão cheio de merda. Teve até atleta que ficou hospitalizado por conta disso. 

Puta merda, o Rio Sena conseguiu ser pior que a Baía de Guanabara...

Outro momento que vale lembrar, especialmente por deixar os politicamente corretos revoltados, foi a vitória no tênis do Djokovik. Tudo bem que nas Olimpíadas anteriores ele agiu que nem um menino chorão, tacando raquete e tudo, mas ele sempre foi um defensor de valores muito corretos e conservadores, para o desespero dos progressistas. O fato de não ter se vacinado contra o vírus chinês gerou ainda mais revolta, fizeram tudo para cancelá-lo e ele mostrou que é maior do que esses babaquinhas. Uma vitória merecida do tenista número 1 do mundo, que ainda não tinha ganho a medalha de ouro.

E que, de quebra, sempre que sabia que a câmera estaria focada nele, o Djokovic mostrava um pequeno crucifixo, contrariando todas as exigências estúpidas dos franceses que tentam impedir a demonstração da fé católica, enquanto as demais estão liberadas. Inclusive o campeão ainda fez questão de fazer o sinal da cruz ao subir no pódio. Essa não deu para a transmissão cortar, como fizeram com alguns atletas que repetiram o mesmo gesto. Vou te dizer, se ainda tinha alguém lá na França que não o odiasse, agora então pode apostar que todo mundo está puto com ele. Parabéns pela atitude, o tenista subiu muito no meu conceito olímpico.

Outro tema que não tem como não falar é sobre a boxeadora argelina Imane Khelif, a da polêmica sobre ser na verdade um homem em vez de mulher. Não vou entrar novamente em todos os detalhes que já relatei na postagem anterior, mas venho apenas para registrar que aconteceu o que todo mundo sabia que iria acontecer: ela ganhou o ouro. 

Pequeno comentário: a expressão do sujeito que a leva nos ombros parece dizer algo... será que o cara sentiu uma picada no cangote?

Brincadeiras à parte, convenhamos... ninguém tinha dúvidas de que ela ganharia, e não necessariamente por conta de sua habilidade de pugilista. Com exceção da primeira luta contra a italiana, que desistiu, todas as adversárias foram massacradas, pois a argelina venceu todas as lutas de forma unânime, com cinco votos a favor dos cinco juízes em todos os assaltos de todas as lutas que disputou. Uma verdadeira covardia... cheguei a ver um pouco da luta pelo ouro, e tinha momentos em que ela debochava e ria da cara da chinesa, que batia nela e nada sentia.

Podem falar o que for, sei que vai ter gente me xingando. Mas ela não poderia ser autorizada a competir nas Olimpíadas com outras mulheres. Não importa se ela é uma mulher intersexo que tem testosterona demais ou se é um homem que virou mulher, em ambas as situações ela tem uma clara vantagem genética e física sobre as adversárias. Tá errado, não pode. E é curioso ver as feministas de plantão não falando nada, dizem defender as mulheres mas ficam quietas diante dessa injustiça. 

Já falei várias vezes e corro o risco de ser repetitivo: o politicamente correto vai acabar com a sociedade moderna. Toda essa baboseira de inclusão está sempre associada à exclusão também, além de destruir conceitos basilares da realidade dos fatos. Puta merda, é tão absurdo como ficam inventando um monte de coisa que tivemos que escutar o presidente do Comitê Olímpico Internacional que eles serão os primeiros a adotar uma "forma cientificamente sólida de identificar homens e mulheres quando alguém a apresentar". Quando alguém apresentar? Sério isso?  

Precisa mais? 

Ainda na questão de polêmicas, tivemos uma na ginástica rítmica, aquela em que as garotas ficam fazendo acrobacias com fitas, bolas e arcos. Tudo porque a treinadora da atleta da Hungria fez um sinal de OK após a apresentação.

Bom... Hungria é outro país que a turminha da esquerda odeia, como Polônia e Ucrânia, nações que são anti-comunistas até a alma. Então tudo é pra ser motivo contra quem vem desses lugares, de forma que a turba do martelo e foice urrou de ódio contra ela, afirmando que se tratava de um sinal de supremacia branca como forma de protesto contra o pódio da ginástica (em que Rebeca Andrade levou a medalha de ouro), composto somente por garotas negras depois que uma revisão da nota tirou a medalha de bronze da atleta romena.

Acho interessante como as pessoas hoje em dia decidem de forma unilateral a motivação por trás do que os outros fazem, especialmente quando há o interesse em desqualificar ou criminar essas pessoas. Puta que pariu, como que esses filhos das putas podem afirmar com tanta certeza as motivações da técnica húngara? Já começa que eu acho uma verdadeira babaquice escrota dessa ideia canalha de que o sinal de OK significa supremacia branca, como já falei aqui há algum tempo. Esse sinal com as mãos sempre significou OK há séculos para 99,99% da população, e só porque o 0,01% restante, que tem merda na cabeça, decidiu criar polêmica, então agora se tornou algo racista? E, de novo, com que moral esses paspalhos acham que podem afirmar categoricamente o porquê dela ter feito aquele símbolo, de ter sido como crítica por conta da revisão da nota da romena? 

Sério, essa turminha politicamente adora inventar narrativa...

Em tempo: sobre a questão da polêmica medalha de bronze, os romenos reclamaram bastante e a equipe entrou com uma série de recursos para revisar a nota da atleta que perdeu o bronze. Foi todo um auê, toda uma zorra, e quase no final das Olimpíadas o comitê de arbitragem aceitou o pedido, entendendo que a equipe americana pediu a revisão da nota depois do prazo de um minuto. Dessa forma, a americana Jordan Chiles terá que entregar a medalha de bronze para a romena Ana Barbosu.

Claro que isso levou a turminha politicamente correta à ira. Pois isso significaria "anular" o pódio da ginástica composto apenas por meninas negras, a imagem que todo mundo que adora falar sobre o racismo estrutural (e que no fundo acaba promovendo mais racismo e segregação) não vai mais poder usar, por conta de uma "intrusa" branca da Romênia. E, claro, para os brasileiros a raiva parece que foi ainda maior, pois tal decisão estaria supostamente "apagando" a imagem em que Chiles e Biles reverenciam Rebeca Andrade, que ganhou o ouro.

Diga-se de passagem, um raro momento que os panacas esquerdistas daqui defenderam alguém dos Estados Unidos nessa competição. Afinal de contas, sabemos que esquerdinha de carteirinha, que segue a cartilha à risca, se sente na obrigação de demonstrar o seu anti-americanismo. Tipo, muita gente acusou a imprensa americana de ser sacana e adotar um critério de ranking de medalha diferente, baseado na quantidade de medalhas, embora não exista nada formalizado pelo COI sobre a forma usada pela maioria, considerando a quantidade de medalhas de ouro como dado mais importante. 

Na boa, cada um conta como quiser, não vejo nada errado em nenhum dos dois critérios: afinal de contas, a quantidade de medalhas tem importância sim, na minha opinião um país que tenha conquistado, por exemplo, cinco medalhas de prata e dez de bronze representa um rendimento superior a um país que ganhou somente uma medalha, mas de ouro; por outro lado, sem dúvida a medalha de ouro tem um valor maior, também não é a mesma coisa que as demais medalhas. Sei lá, de repente tem país no mundo que atribui pontuações para cada uma das medalhas (tipo, 5 pontos para ouro, 3 para prata e 1 para bronze), outros podem olhar sob uma métrica de medalha per capita, levando em conta o tamanho da delegação enviada para Paris. Ainda mais sem a existência de um critério oficial, nada demais que cada um adote o seu... mas a turminha de esquerda que odeia os Estados Unidos logicamente menospreza a opção do país, querendo desqualificá-los e dizendo que estão de pilantragem.

Enfim... mas essa turminha escrota teve que enfiar os dez dedos na flor de oríba, porque no último dia os Estados Unidos empataram com a China no número de ouros, e aí o desempate foi pelas pratas. Ou seja, os EUA ficam em primeiro independente do critério.

O curioso é que o anti-americanismo não é apenas aqui, mas em vários outros lugares. Como vimos, por exemplo, no episódio do salto em altura. Diferente do que aconteceu em Tóquio, em que os dois atletas que igualaram a mesma marca decidiram parar a competição para que ambos ganhassem o ouro, neste Jogos Olímpicos não aconteceu a mesma coisa na disputa entre um americano e um neozelandês, em que seguiram competindo até que o atleta da Oceania ganhou. E, claro, não demorou para a imprensa nacional, assim como alguns jornais internacionais, alegar que tinha sido o americano convencido e arrogante que não havia aceitado dividir o ouro, inflamado pelo imperialismo do Tio Sam e não aceitando ser igual aos outros. Afinal de contas, isso iria tornar o desfecho da história ainda mais interessante para promover o ódio contra os Estados Unidos, em que o prepotente americano se daria mal ao perder a competição.

O que na verdade é uma mentira: a grande verdade é que nenhum dos dois aceitou dividir o ouro, o neozelandês queria também seguir com a competição. Na verdade, foi até mesmo sugestão dele que seguissem pulando. Ou seja, mais uma vez os esquerdinhas anti-americanos tomaram dentro. Mas não se preocupem, vocês ainda podem demonstrar seu ódio pelos Estados Unidos de outras formas: é só deixar de usar iPhone, Facebook e Instagram, deixem de comer no Burger King e McDonald's, larguem Coca-Cola e café do Starbucks, deixem de usar roupa da GAP ou da Tommy Hilfiger, deixem de assistir Netflix e filmes de Hollywood. Aliás, falando no tema da capital mundial do cinema, não tem como citar a cena que mais chamou a atenção na cerimônia de encerramento: se na abertura tivemos lacração e um sujeito de azul servido numa bandeja, no final vimos Tom Cruise praticar rapel do alto do estádio.

Ah, pra quem odeia os Estados Unidos, nada de assistir as próximas Olimpíadas, tá? Seja fiel ao seu anti-americanismo e exclua isso de sua vida também. Mas sabemos que no final vocês falam, falam e falam... mas adoram tudo que vem de lá.

Bom, vamos mudar um pouco dos temas que me tiram do sério, e falar um pouco de certas situações e atletas engraçados. Não poderia deixar de citar o canadense que ganhou a competição de arremesso de martelo. Pois o cidadão parece saído de um daqueles filmes de comédia pastelão dos anos 80, com esse bigode de ator pornô de quinta categoria e cabeleira de lutador de lucha libre mexicano.

Ainda no atletismo, não faltou zoeira no salto com vara, a prova mais pseudo-homoerótica da competição, que faz brotas as piadinhas de 5ª série mais toscas que se imagina. Não bastasse ter um grego predestinado, de nome Emmanouíl Karalís, que ainda ganhou a medalha de bronze, teve também o caso do francês que acabou perdendo por ter batido na vara com a vara...

Na boa, o cara fez de propósito. Devia imaginar que não tinha chance nenhuma de ganhar, mas queria mostrar pro mundo todo que tem uma vara grande.

Na categoria de momento "cuti-cuti" dos Jogos Olímpicos, diria que foi uma unanimidade a cena do pódio da prova individual de equilíbrio da ginástica artística. As italianas conquistaram ouro e bronze, e na hora da foto as duas fizeram a manjada pose de morder a medalha, algo que aliás eu nunca entendi (será que é pra ver se é de verdade?). E a chinesinha, viu, fez aquela carinha de surpresa e repetiu o gesto, provavelmente sem entender muito bem o porquê disso, só mesmo pra não ficar de fora.

Mas não tem como não falar das polêmicas, né? No final do dia, é o que o pessoal gosta. Mas essa não tem a ver tanto com o tema politicamente correto que já citei, está muito mais relacionado até com minha opinião pessoal. Apesar de termos presenciado um par de casos que repercutiram com o público em geral. Tem a ver com as transmissões da competição.

Durante anos, a gente sempre viu como que a Globo monopolizava a transmissão de grandes eventos, como as Olimpíadas, tanto na TV aberta como nos canais por assinatura do SporTV. Diria até que nessa competição não fizeram um trabalho tão ruim, chegaram até a disponibilizar aos assinantes mais de 40 canais adicionais com a transmissão direta dos mais diversos esportes, além dos quatro principais. Algo bem positivo, dando a possibilidade para a pessoa escolher o que assistir, incluindo não apenas esportes mais ortodoxos e sem participação brasileira, como hóquei na grama e golfe, como até mesmo para acompanhar uma prova específica de uma competição. Por exemplo, o canal principal poderia estar passando as corridas de atletismo, mas elas ocorrem ao mesmo tempo que estão disputando o arremesso de peso, e assim você podia selecionar o que é de seu interesse.

E o melhor de tudo: somente com o áudio ambiente, com as exclamações dos jogadores, gritos da torcida e decisões da arbitragem. Sem ter que escutar os narradores da Globo e do SportTV, que apesar de raríssimas exceções, em sua maioria é um time sofrível de ouvir.

Sei que vai ter gente me xingando por ter usado como referência justamente a narradora Renata Silveira, que costuma estar nas transmissões de futebol. Mas ela é muito ruim mesmo, fala umas coisas nada a ver e não tem emoção nenhuma. Só que não é a única, tipo o cara que narrou o judô e toda hora falava o "mate" e "hajime" logo depois do juiz ter dito em alto e bom som as mesmas palavras, ou o outro que na final de levantamento de peso toda hora falava coisas como "fulano vai levantar um metro e oitenta", quando era evidente que se tratava na verdade de 180 kg.

Enfim... Acontece que no mundo de hoje, em que geralmente estamos mais na rua e conectados no celular, não adianta muito ter quase cinquenta canais do SporTV que você normalmente precisa assistir na TV de casa, e somente se tiver uma assinatura na ClaroTV ou coisa parecida. Sem isso, ficamos à mercê do que a Globo decidir mostrar no canal aberto, que fica restrito à participação brasileira e também só em determinados horários (afinal de contas, a rede do Plim-Plim não pode deixar de transmitir programas "sensacionais" como Encontro, Mais Você e Vale a Pena Ver de Novo). Mas eles deram a opção para essas situações, por meio de (mais) uma assinatura no GloboPlay, o serviço de streaming deles.

Acontece que a grande verdade é que eles provavelmente se deram mal nessa, tomando um bom prejuízo mesmo limitando a quantidade de pessoas que foram efetivamente para Paris. Isso porque nessa competição o público teve a alternativa de acompanhar boa parte dos esportes pelo YouTube, graças ao canal CazéTV. Os caras conseguiram comprar os direitos de transmissão também e até mesmo levaram grandes nomes do esporte nacional para comentar as disputas. E tudo isso de forma gratuita, totalmente 0800, só precisando se conectar na internet, como o canal já fez na Copa do Mundo e em vários jogos do futebol brasileiro. 

Me pergunto por quanto tempo essa moleza vai continuar. Não vou ficar surpreso se daqui algum tempo eles decidirem cobrar assinatura para assistir os jogos. Até lá, segue mesmo como uma opção acessível para todos, eu mesmo admito que alguns dias, enquanto estava no trabalho, deixava uma janela do navegador aberta em uma das disputas que me interessava acompanhar.

Mas não muda a minha opinião a respeito do Casimiro, que é o idealizador e "garoto-propaganda" do canal. Como havia citado em uma postagem na época da Copa, eu acho ele muito escroto, sempre abrindo o microfone para aqueles comentários desnecessários e nada a ver. Talvez tenha gente que até ache legal, que ele fica mais torcendo, gesticulando e xingando diante dos lances, mas eu acho muito babaca. Repito o que disse lá atrás, não faço ideia porque esse sujeito ficou famoso, não sei como ele chegou onde está. Posso até estar cometendo uma grande injustiça, talvez o Casimiro conseguiu organizar e operacionalizar uma grande ideia... mas não muda o fato de que ele é um babaca, parece aquele coleguinha gordo da escola que acha que todas as suas piadas são engraçadas e que é o maioral.

E a grande verdade é que o perfil que eles adotam, escolhendo ser extremamente irreverentes, pra mim fica entre o infantil boçal e o metido desagradável, o que gerou repercussões negativas para o público em geral e até mesmo entre os atletas. Especialmente por certos "comentaristas" que não têm nenhuma vivência no esporte, e diria que nem na vida real, especialmente nos programas extras que revisavam o dia olímpico (algo que eu felizmente nunca dei atenção, e provavelmente foi melhor assim).... Tipo uma idiota, que se intitula "blogueira de baixa renda", que ficou fazendo fofoquinhas e insinuações sobre um possível relacionamento entre duas jogadoras de vôlei da seleção, e isso na presença de uma ex-jogadora e companheira de time de uma delas. Cacete, tem que ter muita merda na cabeça pra ficar falando esse tipo de historinha, só pra aparecer. E depois ficou tristinha porque todo mundo a criticou na internet.

Ah, essa nova geração de porcelana. Faz a merda e depois fica chorando por estar sendo criticada.

Teve ainda um outro babaca que foi mais longe, um tal de Guilherme Beltrão que estaria relegado ao ostracismo e anonimato total se não fosse o volume da diarreia verbal dele. Querendo bancar o comediante ou buscando justamente gerar uma polêmica para que as pessoas falassem dele, chegou ao ponto de dizer que os atletas do nado sincronizado, que segundo ele não têm chances de medalhas, só iam para as Olimpíadas para tentar se superar e para comer gente.

É um animal mesmo. Isso gerou uma repercussão bem negativa, uma atleta do nado sincronizado chegou até a gravar um vídeo, em lágrimas, falando de todo o esforço que os atletas da categoria fazem para estar nos Jogos Olímpicos, fazendo sacríficos e se dedicando sem nenhum tipo de apoio (algo que esse palerma do Beltrão certamente não seria capaz nem se nascesse quinze vezes de novo). A própria confederação nacional de nado sincronizado emitiu nota. E o mais engraçado é que tanto o sujeito como o próprio Casimiro vieram todos cheios de "veja bem", "era só uma situação hipotética" ou "estão tirando do contexto". 

Na boa... por mais que falasse as asneiras dele e fosse meio tosco... nem mesmo Galvão Bueno descia tão baixo assim. 

Chega de polêmicas por enquanto. Não podemos deixar de falar um pouco do desempenho do Brasil, que não foi ruim mas ficou abaixo do esperado. Embora seja uma tendência de que países que sediaram os Jogos Olímpicos normalmente apresentam um salto vertiginoso quando competem em casa, mantém o ritmo nos seguintes e depois começam a voltar ao lugar onde estavam, o rendimento ficou meio estranho, ainda mais se consideramos que muitas chances quase certas de medalha ficaram sem nada.

Foram três medalhas de ouro, além das conquistas no judô com Beatriz Souza e na prova de solo da ginástica com Rebeca Andrade, o Brasil também ficou no lugar mais alto do pódio no vôlei de praia feminino com a dupla Ana Patrícia e Duda. O que aliás foi uma modalidade onde diria que os brasileiros decepcionaram, com o outro dueto feminino e os dois masculinos ficando fora de qualquer disputa por medalha, se imaginava pelo menos algo um pouco melhor.

Em relação às pratas, foram sete. Em postagens anteriores já havia citado as duas outras medalhas de Rebeca na ginástica, nas disputas de salto e no individual geral, uma no judô com Willian Lima, uma inesperada surpresa na marcha atlética com Caio Bonfim e no surf feminino com Tatiana Weston-Webb. Na reta final deu ainda para o Isaquias Queiroz ganhar uma prata, embora ele tenha ido mal nas outras provas, e (quem diria?) a seleção feminina chegou no pódio depois de derrotar a Espanha nas semifinais, mas não deu para vencer a forte seleção dos Estados Unidos.

Embora elas tenham chegado numa boa posição, muito mais do que o time masculino que sequer foi para Paris, não mudo a minha opinião que mencionei recentemente em uma dessas postagens sobre as Olimpíadas. Existe uma postura de boa parte das jogadoras e de quase toda a imprensa esportiva em enaltecer o futebol feminino de uma forma exacerbada, como se tivéssemos aqui no Brasil a maior qualidade técnica do mundo. E esse discurso sem nenhum tipo de embasamento prático tenta exigir que todo mundo é obrigado a gostar de futebol feminino, que devemos dar a mesma atenção que é dada ao masculino. Ou seja, uma "valorização" que é artificial e na verdade contribui para que o esporte nunca consiga avançar. 

Por fim, temos os bronzes, que foram dez ao todo. Logo no início vimos medalhas conquistadas por Rayssa no skate, Larissa Pimenta e a equipe mista do judô ganharam bronzes, assim como a equipe de ginástica artística, outra medalha no boxe com Bia Ferreira e mais uma de Gabriel Medina no surf, embora ele marcou muito mais com aquela foto animal.

Na última semana vimos outras medalhas de bronze para completar a coleção. Augusto Akio ganhou uma medalha de bronze (e comemorou fazendo um malabarismo com pinos de boliche, cara muito doido), Edival Pontes conseguiu também uma medalha no Taekwondo, esporte pouco difundido aqui no país. O atletismo decepcionou no revezamento, onde sempre esteve na final, mas ganhou um bronze nos 400 metros com barreiras com Alison dos Santos. Por fim, a seleção de vôlei feminino, apesar de ter levado uma pancada na semifinal contra as norte-americanas, conseguiram ganhar uma medalha de bronze, mantendo a tradição de estarem sempre nas primeiras posições.

Tá, não posso deixar de falar um pouquinho do vôlei, já falei em alguns momentos como acho que as jogadoras desse esporte são geralmente muito bonitas, como a Rosamaria acima. Sei lá, se vamos para outras modalidades, na maioria as mulheres são um pouco estranhas, diria até que pouco femininas (mas não como a argelina do boxe), mas no vôlei elas chamam a atenção mesmo. E em relação ao esporte em si, não dá para passar em branco na decepção que foi a seleção masculina, que apanhou que nem cachorro de pobre, jogando sem emoção com um Bernardinho no banco todo manso, nada lembrando o cara que vibrava a cada ponto decisivo e jogava junto...

O resultado de 20 medalhas ficou perto da última competição, apenas uma a menos que e Tóquio. Só que lá foram sete ouros... Nos jogos de Paris os brasileiros decepcionaram muito em certos esportes. Além dos que já citei aqui, vale pontuar que a natação foi lamentável, sem nenhuma medalhinha sequer. O mesmo pode ser dito das competições de vela, que sempre trouxeram alguma coisa, mas passaram essas Olimpíadas em branco. 

Bom, e acho que era isso, já falei demais sobre as Olimpíadas. Considerando a frequência com a qual eu estou normalmente escrevendo aqui, diria que não esperava ter me dedicado tanto tempo para falar a respeito dos jogos de Paris. Mas não tem como ignorar por completo e não registrar o que aconteceu nessas duas semanas cheias de esportes de todos os tipos. Só que poderiam ter economizado um pouco nas polêmicas e lacração... 

Até daqui a quatro anos, em Los Angeles.

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