A eleição mais importante da História

Dei um tempo para digerir o que aconteceu no último fim de semana, quando tivemos o primeiro turno das eleições. Diferente de muita gente que já veio correndo para a Internet para expressar sua opinião, a favor ou contra fulano ou siclano, eu preferi refletir bastante sobre esse momento. Depois de uma votação totalmente atabalhoada, em que tinha gente que às dez da noite ainda não tinha conseguido votar, por conta das intermináveis filas de um processo eleitoral "perfeito" e "motivo de orgulho" como dito pelo Xandão e o TSE, ficou comprovada a forte polarização entre o atual presidente Jair Bolsonaro e o chefe de quadrilha ex-presidiário Lula, que "venceu" o primeiro turno. Agora, os dois vão se enfrentar mano-a-mano no segundo turno do pleito, no final desse mês, naquela que sem dúvida é uma das eleições mais importantes (se não a mais) de nossa História.

Sei que é uma frase bem clichê. Mas ela descreve de forma bem direta o que estará em jogo no dia 30 de outubro.

Vale um breve preâmbulo para comentar um pouco sobre algumas questões relacionadas à eleição, coisas que precisam ser ditas. A primeira foi aquela que eu já citei, sobre como transcorreu o processo de votação. Foi uma verdadeira baderna, nunca vi uma votação mais desorganizada em toda a minha vida. O eleitor passou horas na fila para poder declarar o seu voto na sacrossanta urna eletrônica, como mencionei acima muita gente ainda estava na fila esperando, quando o TSE declarou a eleição encerrada e começou a divulgar os resultados. Podem até dizer que tinha mais gente querendo votar dessa vez (apesar de uma abstenção considerável e semelhante às últimas eleições), podem alegar que a demora foi por conta da quantidade de votos para cinco cargos (o que na minha opinião é cascata, pois em 2018 foram seis cargos e não demorou tudo isso), podem dar a desculpa que for. Foi uma zona, uma baderna. A tal "festa da democracia" foi lastimável, foi uma vergonha, uma demonstração de desorganização total.

Fico até me perguntando se isso não foi um pouco proposital... Certamente vai aparecer alguém aqui me xingando, ultimamente tem aparecido muitos "anônimos" com argumentos rasos e ofensivos contra a minha pessoa. O último dizendo até que eu tenho que cuidar de minha vida. Não ligo, não vou me calar. Até onde eu sei, cada indivíduo tem direito a ter e expressar a sua opinião. E digo que sim, acredito que essa demora não foi somente incompetência do TSE e dos TREs, mas talvez tenha sido provocada para desmotivar os eleitores que fossem votar no presidente. 

Minha suspeita é justificada pelo fato que os eleitores mais idosos, que não têm obrigação para votar e que em sua maioria são conservadores (e consequentemente mais provavelmente votariam no Bolsonaro) certamente iriam desistir diante de filas que estavam levando em média duas horas. Especialmente pelo fato que a prioridade para os mais velhos só era colocada em prática em determinados momentos: por exemplo, na minha zona eleitoral os mesários e fiscais só adiantavam o atendimento dos idosos quando estes estavam perto do final da fila, prestes a votar. Até chegar lá, era ainda um longo caminho, com filas para entrar no prédio onde a votação ocorreu.

Podem até dizer que eu estou exagerando. Mas no mínimo é desumano ter deixado os velhinhos nessa situação, muitos deles com dificuldade de locomoção e doentes. Uma vergonha.

E o que disse o presidente do TSE, Moraes I, o Cabeça de Fimose? Que tudo transcorreu na maior paz, que foi tudo tranquilo...

Sério... Onde é que você estava com sua cabeça peniana, seu palhaço? Três horas na fila é algo normal, caralho?! Talvez seja pra você, que deve ter fechado a zona eleitoral para votar sem ninguém, sem ter que pegar fila nem pôrra nenhuma, por saber que iria escutar umas poucas e boas da população. Já não basta o absurdo de termos o advogado da Transcooper, cooperativa de van ligada ao PCC, presidindo o pleito, e ainda temos que escutar essa patifaria? Que tudo correu na normalidade? Não fode! Acha que o povo é trouxa? Nunca tivemos eleições mais desorganizadas do que essa, só mesmo um psicopata que ignora a realidade para afirmar que foi tudo de boa. 

Ainda voltarei a falar do Lex Luthor do Supremo Tribunal Fétido. Pois vale o registro sobre outros que vivem em uma realidade paralela: os institutos de pesquisa. Ou, como o jornalista Augusto Nunes geralmente se refere, as "lojinhas de porcentagem".

Eu já disse aqui faz um tempo: não acredite em pesquisas. E os resultados do primeiro turno mostraram que institutos como o DataFolha e Ipec (que é o antigo Ibope) erraram de longe. Não apenas na corrida presidencial, onde há semanas eles vinham indicando que o barbudo ganharia fácil, mas também nas disputas pelos governos e no senado. Erros crassos, chegando até 40 pontos percentuais de discrepância entre o que era estimado e o que aconteceu na prática. Vimos candidatos que eram considerados como cartas fora do baralho se sagrarem vencedores, vimos líderes de pesquisa, que estavam anos-luz a frente dos adversários, apresentarem resultados pífios e perderem de lavada. Estados onde foi indicado que haveria segundo turno e a fatura foi fechada no último fim de semana, e outras disputas que disseram que fecharia no dia 2 de outubro, mas os eleitores terão que voltar no dia 30.

O que nos leva a refletir mais uma vez sobre a real intenção dessas pesquisas. Sinceramente, vamos considerar por um momento que elas usem de métodos científicos (o que eu duvido), me explica então o que causou essa enorme diferença? Não é possível que uma pesquisa séria e bem feita erre tanto. Por mais que venham trazer diversas justificativas e explicações, nada me convence que os métodos usados foram ruins. Se não, para que se faz uma pesquisa, se elas não têm confiabilidade, se elas vão apresentar uma suposta tendência de momento, que pode ser outra na eleição de fato?

Eu te digo para que servem: para induzir o voto e para criar narrativas. O eleitor do candidato que aparece atrás nas pesquisas provavelmente mudará sua escolha, pode ser induzido a fazer um "voto útil" para vencer o candidato que não gosta. Foi a estratégia usada pelo Mula, tentando convencer os eleitores do Cangaciro e da Simone Estepe para mudarem seus votos e assim apoiar o PT logo no primeiro turno. Estratégia essa que só funciona se você estiver amparado por pesquisas que indiquem isso, juntamente com a velha mídia, que se empenhou para passar uma ideia de que elas são confiáveis. Fazem todo um jogo de convencimento, para fazer com que as pessoas sejam influenciadas na hora do voto. 

Isso é criminoso. Isso é interferência no processo eleitoral. Veja o exemplo do que aconteceu com o deputado Paulo Eduardo Martins, que concorria ao senado pelo Paraná. Na véspera, as "lojinhas de porcentagem" como o Ipec deram a vitória para o Alvaro Dias com 41%, e o deputado estaria em terceiro, com apenas 14%, atrás do Moro, com 35%. Diante desse cenário, imaginando que o Paulo Eduardo não tinha chances, muita gente certamente migrou seu voto para o ex-juiz da Lava Jato, para vencer o fisiológico Alvaro Dias, que aparentemente ganharia fácil. No final, o Moro levou, com 33%, Paulo Eduardo Martins ficou com 29% e o Alvaro Dias com 24%. Erraram tudo, e com isso influenciaram sim o resultado.

E o ex-Ibope teve ainda a pachorra que o erro talvez tivesse ocorrido por um erro de digitação... Na minha opinião, esses institutos de pesquisa tinham que ser extintos, e quem trabalha neles tem que ficar marcado para nunca mais emitir uma pesquisa eleitoral na vida. Pois fica claro que eles não estão fazendo um trabalho honesto, mas sim promovendo ativismo político para a esquerda. Afinal, as pesquisas sempre "erram" em favor da esquerda. 

O mais absurdo de tudo é ver como o consórcio da imprensa ainda chupa as bolas desses institutos de pesquisa. Sério, há poucos dias da eleição, me vem o Globo e publica esse artigo:

Puta que pariu! Parece dilmês essa pôrra! Como assim, as pesquisas não errarão e não acertarão os resultados?! Cacete! Tem que ter fumado um troço bem estragado para falar uma asneira dessas. É como dizer o seguinte, "olha, você pode estar dentro de casa ou fora de casa", ou um professor falar para os alunos antes da prova "vocês vão passar de ano ou ser reprovados". Sensacional ver que isso foi dito a dois dias da votação, como uma forma de já antecipar uma justificativa ao resultado totalmente destoante das pesquisas, algo que o DataBolha e o Ipeca já deviam saber que iria acontecer.

E o mais absurdo ainda é que, mesmo depois de terem errado de maneira vergonhosa, o consórcio de imprensa voltou a contratar e divulgar as pesquisas das "lojinhas de porcentagem". Sério! E ainda apareceu "jornalista", como a assessora de imprensa do Lula, dizendo que sim, as pesquisas acertaram e são confiáveis! 

Depois quando são chamadas de energúmenas e vergonha da imprensa, ficam chateadinhas e se dizem vítimas de ataques. E ainda defendendo a ideia de que houve sim voto útil, mas de eleitores de Ciro e Simone para... Bolsonaro! Sério isso, na cabeça vazia de idiotas, como Mônica Bérgamo e Vera Magalhães, um eleitor que originalmente votaria no Cangaciro ou na Simone Estepe iria logo de cara converter seu voto para apoiar o Bolsonaro... Na boa, esse pessoal deve ter merda na cabeça... Ou seria mais uma construção de narrativa?

Surreal... mas chega de analisar o que já aconteceu. Temos que falar agora sobre o que está por vir. É necessário falar a respeito do que estará em jogo no segundo turno dessas eleições.

O leitor que me acompanha já deve imaginar qual foi e qual será o meu voto. E também deve saber que em hipótese alguma eu votaria na esquerda. Muito menos em alguém como o Lula. Eu me orgulho de dizer que eu nunca apertei o 13 na urna, e jamais o farei. Falo para meus amigos e conhecidos, se algum dia eu aparecer dizendo que vou votar na esquerda, pode atirar na cabeça pois sem dúvida é um clone totalmente oposto a quem eu sou de verdade. Socialismo e comunismo são coisas pelas as quais eu tenho uma total ojeriza e desprezo.

"Ah, você é um bolsonarista", é o que meus amiguinhos de esquerda e alguns visitantes aqui do meu blog dizem. Não, não sou bolsonarista. Eu vou votar no Bolsonaro sim, mas isso não me faz um bolsonarista. Se é para ser assim, então que vota no Lula é lulista, é petista; mas aí esses meus amiguinhos de vermelho dizem que não, que não são. Dizem isso pois sabemos bem que o termo "bolsonarista" vem sendo formatado para fazer uma equivalência ao "nazista", seguindo a manjada tática de tentar desqualificar os adversários. 

Algo que tem sido feito diuturnamente contra o presidente, desde que ele venceu as eleições em 2018. Não precisa pensar muito, qualquer adjetivo que tenha uma conotação negativa é automaticamente aplicado ao Bolsonaro, independente do que ele tenha feito ou dito. Para a esquerda e o consórcio, ele é tudo de ruim: racista, machista, negacionista, genocida, homofóbico, misógino, satanista, ditador, anti-democrático, terraplanista e por aí vai.

Nessas horas é que me pergunto o que as pessoas têm na cabeça. Sei lá, eu devo estar vivendo em outro planeta, pois eu não vi o presidente praticar nenhum ato que justificasse esses rótulos. Peço para que me indiquem qual foi a lei ou decisão governamental que o Bolsonaro fez contra qualquer uma das minorias. Bolsonaro não mandou a polícia jogar negros em campos de concentração, não promoveu perseguição contra os gays, não implementou leis para tirar direitos das mulheres, não mandou fechar jornais ou prender jornalistas (como o Xandão fez), não fechou o Congresso, não desrespeitou a Constituição (como o Xandão também fez)... não fez nada do que disseram tanto que ele iria fazer.

Estou há quatro anos esperando por alguém me apresentar fatos concretos de atos ditatoriais e opressivos do Bolsonaro. Até agora nada, apenas silêncio ou tentam repetir as narrativas mentirosas e fantasiosas que os energúmenos da velha mídia propagam, como a Vera Cagalhães. 

Por outro lado, o candidato do PT tem em seu currículo (melhor dizendo, em sua ficha criminal) um histórico cheio de sujeira e coisas erradas, além de defender valores que estão desalinhados com a maior parte da população brasileira, predominantemente conservadora. Pautas como legalização do aborto, liberação das drogas, ideologia de gênero, desarmamento das forças policiais, estatização de todos os setores da sociedade... Será que as pessoas que votam em Lula realmente defendem essas pautas? 

É um grande mistério... Curioso ver como tem gente que diz que não votará em Bolsonaro pois acha que ele fará coisas que ele nunca fez e já disse que não fará, mas vota no Lula dizendo que ele não vai fazer o que ele já fez durante os mais de dez anos que a esquerda esteve no poder, e que já disse que vai fazer de novo.

Costumo sempre dizer que os seguidores da ideologia esquerdista podem ser divididos em dois grandes grupos: os idiotas e os canalhas. Os idiotas são aquelas pessoas ignorantes, pelo fato de ignorarem as verdadeiras intenções por trás do socialismo e do comunismo. Tanto aqueles que são ignorantes por não terem informação sobre a realidade, como também aqueles que "escolhem" abrir mão de sua inteligência e senso crítico, ambos que abraçam uma ideologia que promete um mundo perfumado de arco-íris. Por sua vez, os canalhas são os inteligentes, aqueles pilantras que sabem bem quais são os reais objetivos do comunismo, e que buscam se colocar no lado controlador, pensando em seu benefício próprio e no que vão lucrar com isso. Canalhas que são os responsáveis por criarem as narrativas e mentiras, para desqualificar seus inimigos e conquistar os idiotas, que caem como patinhos nos contos de fadas do martelo e da foice.

Sendo bem honesto, eu acho que cada um tem o direito de votar em quem quiser. Não acho necessariamente errado que uma pessoa escolha votar no Lula. Tipo, assaltante, traficante de drogas, estuprador e outros tipos de criminosos certamente vão apoiar o sapo barbudo e o PT. Porém, eu acredito que a pessoa deva estar consciente de sua escolha, sabendo das consequências que estarão associadas a uma possível posse do candidato do PT. E penso também que o indivíduo deve fazer essa escolha de forma consciente e sensata, baseado nos fatos reais e também em seus valores. Não respeito alguém que diz que vai votar em um candidato A ou B sob a alegação que ele defende um determinado valor que é caro para si, mas que na verdade é o contrário.

Por exemplo, eu conheço pessoas que enchem a boca para dizerem que defendem a democracia. Afinal de contas, virou modinha dizer que defende o "Estado democrático de direito", soa muito bem para os ouvidos politicamente corretos. Quando dizem isso, pergunto em quem elas votaram no primeiro turno, e a resposta é sempre "Lula". Nunca escutei alguém que diz defender a democracia, assim de forma tão efusiva, falar que votou no Bolsonaro.

Para o idiota comunista, isso seria argumento suficiente para afirmar que Bolsonaro é anti-democrático, enquanto que Lula é um democrata. Afinal de contas, ele assinou (provavelmente, com a digital) a cartinha da USP, né?

Bom, nessas horas eu geralmente pergunto se, "hipoteticamente", um presidente fosse reeleito pela terceira vez em uma eleição onde todos os adversários foram presos por ele, se isso seria um exemplo de democracia. E se um indivíduo que, vamos imaginar, fosse candidato à presidência em um outro país, e parabenizasse esse presidente eleito em uma eleição de fachada, se poderia ser considerado um indivíduo defensor da democracia. Quando faço esse questionamento, a resposta é sempre negativa para as duas questões. 

O que faz todo o sentido. Afinal de contas, em uma democracia de verdade os candidatos não são impedidos de concorrer contra o presidente que tenta a reeleição, trata-se de uma prática vista em regimes autoritários e ditatoriais. E também é perfeitamente plausível que uma pessoa que aplauda esse tipo de iniciativa não possa ser considerada como defensora da democracia... 

Acontece que aí eu digo que não se trata de uma historinha hipotética, trata-se de algo que aconteceu de fato. Me refiro ao filho da puta do Daniel Ortega, o ditador da Nicarágua, que "ganhou" as "eleições" no ano passado, depois de prender sete opositores. "Vitória" essa que foi comemorada pelo Partido dos Trabalhadores, embora depois eles correram e apagaram a mensagem para não pegar mal. Segundo palavras do partido do Lula, o pleito da Nicarágua havia sido "uma grande manifestação popular e democrática". 

Vale ressaltar alguns feitos recentes do "democrático" Ortega, apenas para termos uma ideia do tipo de coisas que o parça do Lula defende. Ele já trava uma guerra faz bastante tempo contra os católicos, na qual mandou prender bispos, expulsou freiras de uma congregação criada pela Madre Teresa de Calcutá, fechou sete emissoras de rádio católicas e impediu celebrações pelo Dia da Bíblia. Tudo isso sem nenhuma crítica vinda do Lula, que se diz cristão e defensor da liberdade religiosa. Aliás, sequer vimos críticas mais contundentes por parte do Papa Francisco, que se limitou a pedir diálogo, mas sem condenar as ações de Ortega. Isso tudo só quando o assunto é religião, pois existem outras áreas da sociedade que também foram alvo da mão-de-ferro do líder nicaraguense. Delegados da Cruz Vermelha também foram expulsos do país, ele reprimiu manifestações contrárias ao seu governo com força, contando com o apoio de suas milícias armadas que mandaram chumbo no povo, e chegou até ao ponto de interromper o sinal e expulsar a CNN do país, que estava noticiando seus atos autoritários.

Um verdadeiro democrata, não?

E onde o Lula entra nessa? O Lula do PT, partido que celebrou a vitória de Ortega em eleições de fachada, o mesmo Lula que assinou a cartinha pela democracia. O que ele diz a respeito desse sujeito?

Com a palavra, o ex-presidiário, em uma entrevista que ele deu para o El Pais:

"Por que Angela Merkel pode ficar 16 anos no poder e Daniel Ortega não? Qual é a lógica?"

Como dizem, deixa o homem falar, que ele se estrepa sozinho...

Sem entrar nos detalhes da falta de noção do pinguço, que parece não saber que há uma grande diferença entre uma premiê eleita democraticamente e um ditador que prende seus opositores, fica bem claro que o Lula não tem tantas ressalvas em relação ao que acontece na Nicarágua. Não criticou a opressão religiosa contra os cristãos, não criticou a censura contra a imprensa, não criticou a prisão de opositores políticos. Como dizem alguns conhecidos ditados, "diga-me com quem andas, e te direi quem és" e "quem cala, consente"... 

Será que diante de tudo isso, podemos dizer que Lula defende a democracia? Será que podemos afirmar que ele é contrário à perseguição religiosa? Será que dá para dizer que ele condene a censura à imprensa? Se ele de fato é contrário a tudo isso, por que o silêncio ensurdecedor do Lula diante do que acontece na Nicarágua? Por que não vemos nenhuma palavra de repreensão do "democrático" Lula contra o regime opressor de Daniel Ortega? Será que tem algo a ver com o fato de ambos serem representantes da esquerda? Não sei, será que é porque os dois fazem parte do Foro de São Paulo? São apenas perguntas que eu estou fazendo... 

Ah, mas eu já ia me esquecendo: o TSE deu a ordem que não pode falar da relação de amizade entre Lula e Ortega... Não pode, pois isso pode prejudicar a imagem do ex-presidiário, pode afetar sua eleição. E o TSE não quer que isso aconteça. Pode dizer que o Bolsonaro é genocida, mesmo não tendo feito nada para eliminar nenhum grupo étnico, social ou religioso de nosso país; mas não pode dizer que Lula e Ortega são aliados e compartilham de uma mesma ideologia política. Talvez aquela foto ali de cima nunca existiu, eles nunca estiveram juntos. Talvez a carta de Ortega em apoio à vitória do Lula no primeiro turno seja uma invenção. Não pode fazer nenhum tipo de associação de Lula a um ditador que fecha igrejas, prende opositores e cala a imprensa. Pois o Lula assinou a cartinha pela democracia, e isso basta para determinar que ele é um democrata...

Sério, o Brasil não é país para os fracos. 

Mas volto ao questionamento para as pessoas que dizem que vão votar no Lula por ele ser um defensor da democracia. Considerando tudo que está acontecendo na Nicarágua, vendo que o PT comemorou a reeleição de Ortega em um pleito fajuto e constatando que ele e Lula são aliados, eu pergunto: será que Lula é mesmo um defensor da democracia? Gostaria de escutar a explicação que outros esquerdistas vão dar para essa minha pergunta, até o momento só escutei xingamentos e ofensas contra a minha pessoa, e nenhum argumento que mostre que dá pra ser democrata ao mesmo tempo em que aplaude ditador. Ainda não vi nenhum mortadela escapar dessa sinuca...

Por isso que digo que esquerdistas se dividem em idiotas e canalhas. Idiotas que não conseguem (ou não querem) perceber que Lula é aliado de ditadores como Ortega, Maduro e o líder cubano que não me lembro o nome, e que isso faz com que ele seja tudo, menos um defensor da democracia. E canalhas que, além de criarem essa narrativa do Lulinha democrata, sabem que o objetivo final do socialismo e do comunismo é implantar um Estado autoritário que manda no povo na base da porrada, e esperam ganhar algo com isso.

Torno a repetir, cada um tem a liberdade de escolher o candidato que quiser. Penso que, antes de tudo, devemos conhecer bem quais são os valores mais importantes para nós mesmos, quais que são os temas caros e inegociáveis, e a partir disso escolher aquele que mais se aproxima desses valores que defendemos. Mas as pessoas precisam ser coerentes em suas escolhas, devem entender bem o que esses valores significam e conhecer o que cada um dos candidatos defende. O que não é difícil neste segundo turno, onde Bolsonaro e Lula são relativamente bem conhecidos, e há farta informação a respeito do que eles já fizeram ou disseram, de quais são as pautas que cada um defende.

Porém, repito: coerência é primordial. Você pode dizer que o mais importante é que o presidente do país tenha barba, por exemplo. Então, vote no Lula. Por mais que eu ache que é um critério muito raso e sem sentido, ao menos você estará sendo coerente. Agora, não venha dizer que a democracia é um valor inestimável, e por isso você vai votar no Lula. Não pode. Pois Lula não defende a democracia, apenas o fato dele se calar diante dos desmandos de um ditador como Ortega, só por ele não ter criticado a prisão de opositores para ganhar a eleição, mostra que Lula não é um democrata.

A não ser que você não saiba o que seja democracia... Pois é, tem ainda essa opção. Tipo, tem esquerdista doente que acha que democracia é só quando a esquerda ganha; quando é a direita, aí é golpe, é fraude...

Tudo isso focando em uma questão apenas, da democracia. Podemos ver a mesma coisa para diversos outros assuntos. Talvez para uns o tema democracia não seja tão importante assim, quem sabe? Mas certamente deve ter alguma outra pauta que seja cara para essas pessoas, como a questão do aborto, a liberdade de expressão e de imprensa, a forma de lidar com o crime organizado, a posição em relação às privatizações de estatais, toda a discussão sobre a ideologia de gênero, e por aí vai. Deve ter algum desses temas que é de suma importância para você, cuja opinião pessoal seja inegociável. E aí cabe a você, como eleitor, priorizar aquele candidato que mais se aproxima dos valores que são importantes. 

Por isso que torno a dizer que essa eleição é a mais importante da história. Pois nunca tivemos candidatos tão antagônicos, que defendem bandeiras tão diferentes, com opiniões diametralmente opostas sobre todos os temas que citei acima, e muitos outros mais. 

E não se trata de demagogia, basta ver o que vem acontecendo nos últimos meses. De um lado, vemos "artistas" jogando futebol com a cabeça do Bolsonaro, "jornalistas" desejando sua morte e outras mentiras sendo propagadas, e o presidente não mandou prender ninguém, não fechou nenhum jornal; do outro, vimos essa semana o PT pedir censura a perfis em redes sociais, incluindo de jornais como Gazeta do Povo e Jovem Pan, alegando propagação de fake news. Bolsonaro defende que o povo tenha o direito a ter armas (como o povo referendou há alguns anos), enquanto Lula defende o ladrão de celular que só quer tomar uma cervejinha. Isso para fazer apenas algumas comparações. Bolsonaro defende a vida desde a sua concepção, enquanto Lula deseja legalizar o aborto (melhor dizendo, assassinato de bebês na barriga da mãe) em etapas ainda mais avançadas da gravidez. E assim por diante.

Não se trata apenas escolher quem será o presidente pelos próximos quatro anos. Trata-se de escolher o rumo que o país vai seguir, para onde a bússola moral e ética de nosso governo estará apontando. E já ficou claro o que o PT e a esquerda querem fazer, querem repetir tudo que fizeram no passado e mais um pouco. Que é o grande risco: da mesma forma que Ortega, que tinha sido vencido em uma eleição há alguns anos e depois que voltou ao poder não vai sair mais, a esquerda certamente fará o mesmo. Eles não são burros, sabem que não podem dar nenhuma chance aos seus adversários de tirarem eles do poder de novo, caso Lula venha a ser empossado. Seria a vitória do retrocesso.

Infelizmente, existe ainda uma outra (e importante variável) nessa equação. Pois a recepção que o presidente recebe em qualquer lugar que vá demonstra que a maioria do povo está com Bolsonaro. O problema é que ter mais votos não significa ganhar a eleição... Graças a esse moço aí.

Podem me xingar, podem me criticar, podem até me censurar. Mas eu não tenho nem um pingo de confiança em uma eleição que é presidida por essa criatura. Estamos falando de um psicopata, que todo dia faz algo contra o Bolsonaro ou seus apoiadores. Para aqueles que adoram falar de democracia, gostaria de um breve comentário sobre o Xandão, que manda prender jornalistas, fecha veículos de imprensa, censura a liberdade de expressão, até mesmo de deputados, ordenando a derrubada de perfis nas redes sociais daqueles que ele detesta. Foram incontáveis ocasiões onde o Xerxes pisou na Constituição, passando dos limites que cabem ao Judiciário e invadindo a prerrogativa dos outros poderes. Honestamente, para que eleições, se quem manda no país é o Cabeça de Piroca?

Essa é a grande preocupação que eu tenho com o segundo turno dessas eleições. Pois não soltaram o Lula à toa, não estão fazendo de tudo para censurar aqueles que trazem a verdade sobre o ex-presidiário, toda essa parceria entre imprensa, institutos de pesquisa e partidos de esquerda para espalhar mentiras sobre a intenção de voto... nada disso é por acaso, não consigo imaginar que existe toda uma estrutura complexa e cara que se uniu contra o presidente, para simplesmente deixarem o povo escolher. Eles não vão contar com a sorte... Ainda mais quando temos um sistema de votação obsoleto e extremamente propenso a fraudes, basta algumas linhas de código maliciosas que ninguém está vendo para direcionar o resultado das urnas para aquele que interessa a todos esses grupos da sociedade que odeiam o Bolsonaro. Que não são poucos.

Pois é, a grande pergunta que fica no ar: será que o povo vai aceitar que sua vontade não seja respeitada? Será que a população brasileira quer mesmo um ex-presidiário na presidência, um chefe de quadrilha envolvido com o narcotráfico e com assassinato comandando o destino de nosso país?

Espero que o Xandão respeite a decisão da população neste segundo turno. Se não, que o povo brasileiro faça a sua parte para garantir que a democracia seja respeitada de verdade.

Comentários

wagner disse…
A DEMOCRACIA SÓ FUNCIONADA PARA QUEM REALMENTE DÁ VALOR A LIBERDADE ACIMA DA VIDA, QUEM COLOCA OS DEVERES NA FRENTE DOS DIREITOS,QUEM REALMENTE PENSA NO COLETIVO E NÃO APENAS EM SI PRÓPRIO...CADA POVO MERECE O GOVERNANTE QUE TEM!!!ESSA ELEIÇÃO DEIXOU ISSO CLARO!!!O PROBLEMA NUNCA FORAM OS POLÍTICOS!
Anônimo disse…
Não vou votar em nenhum dos 2 candidatos para presidente no segundo turno. Vou anular o voto. Extremismo é muito ruim tanto da esquerda como da direita Esse é o regime "democrático" que o Bolsonaro apoia....

Ninguém é santinho nesse contexto....


https://www.dw.com/pt-br/parlamento-da-ue-condena-hungria-como-autocracia-
eleitoral/a-63142673
Texugo disse…
Tem duas coisas interessantes em seu argumento. Primeiro, acho curioso como você optou por anular seu voto. É um direito seu, mas em uma eleição onde temos dois lados muito antagônicos e que defendem coisas tão diferentes assim, isso está mais para uma omissão. É o dizer "tanto faz" quem vença, sem perceber as consequências que um mandato do Lula (que no atual momento seria o mais beneficiado por voto nulo) traria para o país. No mínimo, indica que você não leva a sério valores que sejam fundamentais para você.

Por fim, se sua referência é uma matéria "isenta" da DW, que tenta criar uma visão que a democracia está em risco com uma possível reeleição do Bolsonaro, fica claro que no fundo você é muito mais contra o Bolsonaro do que o Lula. Repito o que questionei no texto, diga um exemplo de ação autoritária que o presidente fez, apresente um grupo da sociedade que foi perseguido pelo governo, liste um decreto presidencial para tirar algum direito da população.

Você defende democracia, provavelmente defende liberdade de expressão, certo? Bom, se o Bolsonaro fosse mesmo anti-democrático, ele mandaria censurar essa matéria que você compartilhou. Mas não foi o que aconteceu, né? Do outro lado, Lula manda o STF (aparelhado por ele) mandar que reportagens que o associam à ditadura da Nicarágua e ao PCC sejam apagados, e ele ainda nem é presidente. E, ironicamente, vai contar com a ajuda de pessoas como você, que anulam o voto pois não querem se envolver, que acham que estamos falando de dois candidatos que são equivalentes, só diferindo no espectro ideológico que defendem...
Unknown disse…
Palavras santas Texugo!! Parabens gostei muito do teu blog.
Em família pedem para não xingar os petistas e faria isso se fosse somente divergência política, infelizmente lula e os petistas sem noção que continuam idolatrando esse criminal, são uma ameaça a democracia, sagrada para mim e conquistada com sangue e sacrifícios de muitos. Por isso não consigo não xingar esses sem noção.