O "fenômeno" Anitta

Eu até fico me perguntando por que tem horas que eu acabo dando uma relevância para certas pessoas. Pessoalmente, acho que o melhor na maioria das vezes é ignorar aqueles que ficam se achando, não dar nenhuma importância para a fala ou mesmo a existência de certas criaturas. Por outro lado, eu considero que é importante, diria até educativo, debater um pouco sobre essas pessoas, mostrando a sua hipocrisia e postura idiota. E hoje é outro desses dias, nos quais eu vou falar sobre a "cantora" Anitta, e um recente episódio sobre seu suposto 1º lugar nas listas de mais tocadas no mundo.

Coloco entre aspas sim, pois honestamente a fama dela é por diversos outros atributos além da música, que tem o menor peso nisso tudo. Já falei várias vezes sobre esse tema por aqui, inclusive com algumas postagens bem polêmicas sobre os Beatles, que gerou a fúria dos beatlemaníacos, acho que nunca tive postagens com mais comentários... 

Digo isso pois, na minha concepção, o cantor, cantora ou banda devem ser considerados bons na música pela sua música. Música essa que deve mesclar bem diversos aspectos fundamentais, como uma boa melodia, que seja bem executada instrumentalmente, uma letra bem escrita e expressada de forma marcante pelos vocais, esse seria o meu conceito de música boa, pelo menos sob um ponto de vista mais técnico. Que é diferente da preferência musical, essa cada um tem a sua e é livre para gostar ou desgostar do que quiser. Por exemplo, algumas das músicas dos Beatles são musicalmente boas sob um ponto de vista mais formal; porém eu não curto, não são músicas que me agradam. É um direito que eu tenho.

O que considero estúpido é que a relevância musical de determinados grupos e cantores acaba sendo muito influenciada por outros fatores externos à música em si. É o caso de uma cantora que fica no topo das paradas por ser uma mulher muito bonita ou um determinado grupo que ganha inúmeros prêmios simplesmente por conta de alguma estratégia visual como criar uma banda "virtual". É o caso daquele Gorillaz, que pessoalmente acho musicalmente muito fraco mas que ganhou uma enorme fama por conta da sacada de se apresentarem como personagens de desenho animado. São vários exemplos que posso citar disso, os próprios Beatles na minha opinião tiveram uma boa parte de sua fama como resultado de todo um fanatismo exacerbado de fãs histéricas e uma mídia que se aproveitou para lucrar em cima. 

Essa é inclusive uma das razões pelas as quais eu não gosto de determinadas bandas, que muitas vezes são musicalmente regulares ou mesmo ruins, mas ganham uma grande evidência por outros motivos, e com isso reduz o espaço de outros músicos de qualidade. 

Enfim... mas estou divagando um pouco, como de costume. Mas achei legal dar essa introdução antes de entrar na questão da Anitta em si. 

Pois a "notícia" que boa parte da mídia destacou nos últimos dias era que ela tinha chegado à 1ª posição das músicas mais tocadas na plataforma Spotify, que hoje é algo como "o lugar" para se escutar música. Na ocasião, no final de março, sua música "Envolver" havia somado mais de 6 milhões de reproduções na plataforma em um único dia, e assim fez com que a funkeira chegasse no topo das paradas, um feito único na história da música nacional. Nunca antes uma cantora brasileira chegou nessa posição, e a "conquista" foi celebrada por ela e seus fãs.

Mas, espera... tem muito caroço nesse angu, que provavelmente o leitor já mais informado sabe do que se trata.

Não vou comentar sobre a "música" dela. Em primero lugar, porque eu tenho ojeriza ao funk, e só de escutar de relance algumas de suas canções tive ânsia de vômito. Não gosto, acho uma boa bosta. Mas, digo de novo, cada um tem a total liberdade de gostar ou não do que quiser. Deve ter gente que curte escutar as músicas da Anitta. Por mais que musicalmente sejam fracas, se tem gente escutando é o que acaba contando na prática quando se fala de um ranking baseado em reproduções. E em segundo lugar, honestamente eu não levo em consideração nenhuma lista de "Top 10" ou coisa parecida, especialmente quando se fala de música ou qualquer outro tipo de produção artística. Afinal de contas, é uma avaliação muito subjetiva, o que é bom para uns não será para outros, e assim qualquer ranking não passa apenas da preferência de uma minoria minúscula mas que é responsável por escolher a lista. Ser a música Top 1 das paradas apenas tem importância para esse grupelho que a escolheu e para os alienados que deixam que os outros decidam o que é bom ou ruim.

Como acontece com o Oscar, por exemplo. O melhor filme é a escolha dos membros da Academia, é a opinião deles. Você pode pegar a lista de vencedores dos últimos anos e certamente vai discordar de pelo menos 70% do que ganhou. Os últimos "melhores filmes" pra mim são um boa merda.

Ainda mais quando temos a influência de outros fatores na escolha. Principalmente nos tempos politicamente corretos em que vivemos. De novo, pega o caso do Oscar e de outras premiações do cinema e da televisão, ultimamente tem sempre aquele ativismo por inclusão de minorias, de forma que há uma tendência natural de fazer uma premiação politicamente correta. Escolher o melhor ator não por seu trabalho, mas por ser negro ou trans, por exemplo. Políticas afirmativas e inclusivas são hoje muito mais valorizadas pela mídia do que a qualidade em si.

E é a mesma coisa que acontece na música. Convenhamos, um dos pontos que mais contribui para que a Anitta seja famosa no ramo musical é que ela usa e abusa de sua sensualidade.

Vamos lá, não posso ser hipócrita. A Anitta realmente é muito gata, isso não posso negar. Embora ache que ela tenha tatuagens demais (principalmente depois que ela tatuou sua flor de oríba, como sabemos), ela sem dúvida chama a atenção pela sua beleza. Se bem que também temos que ser honestos a ponto de reconhecer que muito daquilo ali é provavelmente fruto de plástica ou de malhação exagerada, algo que apenas alguém que vive no estrelato tem condições de fazer. Sendo bem sincero, já vi muitas mulheres por aí que são muito mais bonitas do que a Anitta, e que são naturais ou fazem atividade física de forma normal. Ela chama a atenção com seus estilo de "gostosona", mas existem aquelas que chamam mais a atenção (pelo menos a minha) por outros atributos, como elegância e charme.

Mas mesmo considerando o fator aparência, não seria suficiente para atingir o 1º lugar das paradas, o que não falta são cantoras que se preocupam em manter um belo visual para ficar "bem na foto". O que acontece é que essa "conquista" da Anitta não foi exatamente da forma mais justa...

Eu não sabia, mas a faixa "Envolver" é cantada em espanhol, certamente uma estratégia dela para atingir um mercado maior. Estratégia essa que é perfeitamente válida, se o músico almeja uma maior evidência internacional um dos caminhos para isso é cantar em idiomas que sejam amplamente difundidos em outros países. E no caso dela, por ser brasileira, nada mais natural que começar com o mercado latino, que ainda ajuda a alcançar territórios mais distantes como nos Estados Unidos e Europa. Até aí, nada demais nessa escolha da Anitta. 

Aliás, pelo menos do que leio, dizem que ela é uma boa empresária, não sei se por mérito próprio ou com alguma assessoria. Basta ver como ela tenta estar presente em determinados outros ramos da indústria, atuando em propagandas, dando entrevistas e etc. Ou seja, não se limita apenas a cantar. Não tenho condições de atestar se ela é ou não boa na arte empresarial; mas vendo o que certas pessoas de credibilidade dizem, acredito ser possível. E até explica um pouco algo que eu vou comentar mais adiante, que é um dos pontos principais dessa postagem.

Voltando... mas mesmo sendo uma música em espanhol, é meio inesperado que atinja a primeira posição tão tempestivamente, onde imaginamos que estaria alguma canção em inglês, que é muito mais falado no mundo e representa o idioma da maior parcela de músicas que existe. Como então que ela conseguiu isso? Seria realmente uma música tão boa assim?

Pois é... difícil acreditar. E não demorou para aparecer a explicação. Na verdade, seus fãs atuaram de forma digital e malandra para inflar a quantidade de vezes que a canção era tocada no Spotify. Tinha nego criando listas de músicas aos montes, e se organizando para tocá-la de forma frequente, e assim aumentar o contador de reproduções na plataforma. Embora certos sites esquerdistas referenciem essa ação como uma "inteligente campanha", não muda o fato de que foi algo manipulado, uma sacanagem imoral embora não estivesse formalmente desrespeitando os termos e compromissos da Spotify.

A descoberta veio de um site no exterior, que identificou que existiam mais de uma centena de playlists referenciando o nome da música da Anitta, inclusive algumas com descrições bem suspeitas (tipo, dando as instruções de como tocá-la sem levantar suspeitas e evidenciando o objetivo de levá-la ao número 1). Isso tudo motivado por uma postagem no Twitter de um fã, sugerindo essa estratégia, dando inclusive a dica de que precisaria trocar de conta no aplicativo a cada 20 reproduções, por exemplo. Um fã clube inclusive foi além, dizendo que sortearia contas do Spotify Premium para aqueles que mostrassem que estavam engajados em aumentar as reproduções da música. E foi feito com certo método: não foi uma explosão que ocorreu repentinamente, o que chamaria a atenção. Foi algo gradual, distribuído ao longo dos dias, para justamente dar a impressão de que era um aumento verdadeiro do interesse na música dela.

Repito, não é necessariamente uma prática ilegal que eles fizeram, não estamos falando de robôs que estão fazendo isso de forma automática (ou pelo menos não se descobriu se robôs também foram usados). Mesmo assim, é algo um pouco imoral na minha opinião, pois é uma forma artificial de aumentar a quantidade de reproduções de uma determinada música com o claro objetivo de colocar a Anitta no primeiro lugar. Não é um retrato verdadeiro do interesse pela canção, trata-se apenas da consequência de uma manobra digital em massa.

O mais interessante de tudo é ver que o mesmo UOL que diz que isso é uma "inteligente campanha" considera que grupos de WhatsApp falando bem do Bolsonaro são milícias digitais e robôs... Como sabemos, depende de quem faz. 

Fato é que a Spotify vai investigar o caso. Afinal de contas, tem algo muito suspeito em tudo isso, é um volume de reproduções muito alto de uma vez. Por exemplo, no dia em que conquistou a 1ª posição, a música tocou mais de 6 milhões de vezes. Além disso, identificou-se que a grande maioria dos ouvintes era do Brasil e não do exterior, que deveria ser o público-alvo de uma música em espanhol. Tenho conhecidos que vivem fora do país, alguns em países latino-americanos, e que me dizem que "Envolver" até toca por lá, mas bem menos do que cantores locais ou mais consagrados. Não é o "hit" que tanto dizem.

Pra piorar, a própria Anitta incentivou em parte que sua música fosse muito tocada. Seja com aqueles desafios escrotos de reses sociais em que a pessoa faz uma dancinha acompanhando uma coreografia (sempre com a música no fundo, que acaba contando como reprodução) ou o próprio fato da "cantora" ter encaminhado as mensagens do Twitter que orientavam como fazer a reprodução em massa, fica evidente que ela sabia o que estava acontecendo e incentivou a prática suspeita para conquistar essa primeira posição. Afinal de contas, ficaria muito legal para a sua biografia contar com esse feito.

A verdade certamente aparecerá, e descobriremos que esse papo de Anitta Top 1 provavelmente não passa de uma fraude, resultado de uma brecha no sistema do Spotify que foi aproveitada por um bando de espertalhões. Sei lá, talvez seria melhor a plataforma conversar com o Barroso, para que ele compartilhe o sistema de nossas urnas eletrônicas com eles. Afinal de contas, segundo o "iluministro" Boquinha de Veludo, nosso sistema eleitoral é inviolável e à prova de qualquer tipo de fraude.

Mas tudo isso foi uma espécie de introdução para falar a respeito da Anitta, que é provavelmente uma das maiores celebridades no Brasil neste momento. E a suposta conquista do primeiro lugar viria a calhar para colocá-la ainda mais em evidência, ganhando maior espaço na mídia. 

E aí eu fico pensando um pouco em como essa Anitta mudou... sei lá se de forma consciente ou se o lado empresarial, pensando no seu lucro próprio, falou mais alto.

Não estou aqui para defendê-la, acho que cada um deve defender a si mesmo. Mas eu digo aqui que no início do governo do Bolsonaro eu até achei a sua postura relativamente razoável, ao ver que ela se colocava de forma imparcial. Diferentemente da maior parte da classe artística, que desde as eleições de outubro promovia o "ele não" e fez aquele teatrinho do choro depois do resultado final. Mesmo durante o governo dele, a Anitta se posicionou de forma neutra diante de certas questões polêmicas e que sempre foram justificativa para atacar o presidente, como o meio ambiente e os LGBTs.

Ou seja: ficava pelo menos a impressão de que a Anitta não queria se misturar com política. Pelo menos naquela época.

Vale um breve parênteses, para vermos como que as "big techs" tentam influenciar o que lemos. Fiz uma pesquisa no Google por "Anitta Bolsonaro", para assim achar qualquer coisa que estivesse relacionando os dois, e filtrei para pegar resultados somente entre 2018, ano da eleição, e a primeira metade de 2019. Mas mesmo assim a imensa maioria dos resultados se refere a acontecimentos mais recentes. Por exemplo, tem notícia da época da pandemia, que foi depois desse período que selecionei. Coincidentemente ou não, notícias mais recentes em que a "cantora" já estava com uma outra posição em relação ao Bolsonaro...

Faça o teste depois para ver se acontece com você também.

Enfim... digo até que naquela época das eleições eu aplaudi a postura da Anitta, mesmo não gostando de sua música lacradora e chula. Ela demonstrou uma posição sensata, pois a política e a música são coisas distintas, não tem motivo para misturar. Afinal de contas, ela certamente tem (ou tinha) em sua legião de fãs pessoas das mais diferentes vertentes, inclusive com opiniões políticas particulares. Seria até uma espécie de "suicídio comercial" adotar uma postura de só aceitar fãs que seguissem uma determinada opinião política e ideológica. 

Basta ver como certas "celebridades" que adotaram essa postura mais revoltada estão se dando mal, escutando vaias em seus shows e caindo no ostracismo. Quem lacra, não lucra. Basta pegar no mão de pântano pra afundar na carreira, como esse patife do Zé de Abreu, que hoje não chamam nem pra ser figurante de propaganda de supermercado de periferia.

Por sua vez, aqueles artistas que se pronunciam como anti-petistas ou favoráveis ao Bolsonaro, acabam sendo mal-vistos pelos demais integrantes da classe artística, mesmo quando têm feito bons trabalhos e chamam a atenção. São chamados de traidores, de párias, independente de terem sucesso e/ou vastas biografias. A grande imprensa colabora com isso, tipo uma matéria da LixoÉ que tem a manchete "quem são os famosos que ainda apoiam Bolsonaro", em uma alusão que já teria passado do tempo de mudar de ideia. E não são poucos: vários cantores sertanejos apoiam o presidente, tem a Regina Duarte, o Sérgio Reis, o Ratinho e a Antonia Fontenelle só para citar alguns exemplos.

Aliás, faço um breve comentário paralelo: na minha opinião, acho a Antonia Fontenelle bem mais bonita que a Anitta. Apesar dela estar cheia de tatuagens por todos os cantos, eu a considero bem charmosa, articulada e inteligente. Sem falar que ela tem fibra, veja algum dos vídeos dela no Youtube reagindo às notícias e você verá que ela tem personalidade.

Mas, enfim... esses artistas que não seguem o comunismo ou que pelo menos sejam neutros ainda representam uma relativa minoria se comparamos com a massa esquerdopata. 

Isso acontece pois existe essa ideia estúpida que no mundo artístico você é obrigado a ser de esquerda. Como acontece nas universidades, como citei na minha postagem anterior. É como se para fazer parte da música, da literatura ou a teledramaturgia é necessário apresentar uma carteirinha de filiação ao PT ou PSOL. Exemplos, não faltam: Daniela Mercury, Marcelo D2, Tico Santa Cruz, Caetano Veloso, Chico Buarque, Zé de Abreu, Fernanda Montenegro, Bruno Gagliasso, Claudia Leite e tantos outros babacas, que não dizem outra coisa a não ser "fora Bolsonaro", que estão mais preocupados com ativismo ideológico do que em fazer arte de verdade, promovendo essa idiotice de pensamento que a cultura tem que ser de esquerda. Não tem nada a ver, isso aí não passa daquelas percepções cretinas que apenas os esquerdistas têm. 

Ou... será que é apenas uma percepção cretina mesmo?

Afinal de contas, sabemos muito bem que a maior parte da população, o verdadeiro "povão", não fica dando muita atenção para as notícias e para a política. O povão tá mais interessado com coisas que sejam "divertidas", que sejam distrações e passatempos. É um povão que forma seus valores baseados nas novelas da Globo, que idolatra cantores da MPB, artistas de televisão e big brothers. Pessoas que não vão perder seu tempo em ler um livro, preferem folhear a Caras e a Contigo. Infelizmente, ainda existe uma parcela de nossa população que é assim, superficial e altamente sugestionável. Gente que acredita e confia nesses "ídolos" da música e da televisão. 

E é exatamente por isso que tá cheio de artistas de esquerda. Pois no final do dia eles representam um verdadeiro exército de influenciadores de opinião, dotados de uma legião de fãs que os idolatram. Nesse ponto é que alguém como a Anitta é estratégica. Afinal, quem é a cantora mais popular hoje entre os adolescentes, com milhões de seguidores dispostos a fazer qualquer coisa que ela pedir (como manipular um ranking das mais tocadas)?

Por isso que na época muita gente cobrou a Anitta de se posicionar politicamente. Claro, cobrando que ela se posicionasse contra o então candidato Jair Bolsonaro. Pois a esquerda sabe muito bem o potencial doutrinador que a Anitta tem, sabe muito bem que vai ter gente que votaria contra o Bolsonaro se ela se posicionasse dessa forma. Pois sabemos bem que os adolescentes não ligam para quem é Fernanda Montenegro, estão pouco se lixando para músicas do Caetano Veloso. Por sua vez, a Anitta é popular nessa faixa etária de adolescentes, prestes a votar pela primeira vez. Para a esquerda seria fundamental ter uma voz em seu favor que conseguisse atingir esses jovens.

E então vimos uma mudança da posição política da "cantora", deixando de ser neutra e passando a se colocar contrária ao presidente, com uma série de críticas e ofensas. Como em outra postagem no Twitter dela, dessa vez mais recente e após seus fãs terem feito a "inteligente campanha" para subir sua posição no Spotify, sugerindo o mesmo empenho para tirar o Bolsonaro da presidência.

Com direito a resposta do perfil oficial do PT...

Aí eu fico me perguntando, o que será que aconteceu com a Anitta? Como que antes ela era uma pessoa neutra e agora se tornou ativista da esquerda? E aí eu fico pensando nas hipóteses.

As chances são grandes de que realmente ela "acordou". Assim, entre aspas, pois eu certamente estou sendo sarcástico. Tem horas que certas pessoas acabam se deixando seduzir pelo discurso comunista, que é muito sedutor com seu papinho de igualdade, de distribuição de renda e de defesa das minorias. Quando a pessoa é pouco informada e intelectualmente limitada, isso é bem possível de acontecer. Afinal de contas, por mais que a Anitta não seja tão nova assim (ela está com 29 anos), sabemos que ela não é a pessoa mais brilhante do mundo, ela não é (segundo palavras da própria) a última "gota" do pacote... Vide suas teorias sobre o que faz um "deputado municipal" ou que devemos reduzir o consumo de carne, pois os peidos das vacas estão destruindo a camada de ozônio.

Sério, a Anitta calada é uma poeta. 

Mas eu até tenho uma outra teoria, resgatando aquela questão dela ser supostamente uma boa empresária (embora eu tenha minhas dúvidas). Se ela realmente é uma pessoa inteligente em relação aos negócios, provavelmente ela deve ter pensado que ganharia mais atenção e repercussão (e, consequentemente, mais dinheiro) se ela fosse com a maré anti-bolsonarista. Afinal de contas, sabemos que a velha mídia tem ódio mortal pelo presidente, sem falar que os seus demais colegas de profissão na música e na cultura também pensam o mesmo. Ou seja, para os olhos da imprensa e da sociedade politicamente correta, é legal ser anti-bolsonarista, e isso supostamente traria mais benefícios para a carreira da "cantora".

Isso explicaria essa mudança de pensamento. Repito, ela não é uma jovenzinha de 16 anos, e se há poucos anos ela teve uma postura mais neutra a não tomar partido e agora mudou de ideia, não me parece que ela teve uma epifania e percebeu que o comunismo funciona...

Repito, não estou defendendo a Anitta. Sei que essa teoria poderia passar uma impressão de que ela não seria uma esquerdista de verdade, que não tem como ela acreditar no discurso do PT e afins. Claro que existe essa possibilidade, que não é pequena. Mas eu acho que não devemos nos precipitar e imaginar que todo mundo que defende o Lula e o socialismo o faz de forma pensada ou mesmo após uma doutrinação. Muitas vezes é oportunismo barato, são pessoas pensando somente em si mesmas, que abraçam esse discurso na esperança de que isso vai colaborar em seu marketing pessoal. 

Ainda mais no caso dela, uma criatura que acha que peido de vaca está destruindo a camada de ozônio.

Brincadeira... quando eu escutei isso, achei que a Anitta estava fazendo uma piada, mas ela estava falando sério. Puta merda, esse tipo de argumento é que vai contra a teoria de que ela seja uma empresária de sucesso e esteja se posicionando contra o Bolsonaro somente por uma questão de marketing. 

Aliás, como saideira, eu não posso deixar de citar uma das últimas "pérolas" citadas por ela, em uma entrevista nos Estados Unidos, falando um inglês sofrível, em que ela disse que fode com qualquer um: com homens, com mulheres... e até com cachorros!?

Como é que é?!

Tá, eu acho que ela estava brincando... ou não?

Na boa, tem coisas que eu acho melhor nem ficar imaginando. Considerando que a Anitta tá toda hora se insinuando para todo mundo, com clipes e shows onde fica se esfregando na genitália de seus dançarinos, empinando sua bunda para o alto e avante... Sério, se foi piada mesmo, é de muito mau gosto. Agora... se não foi... puta merda.

Enfim... depois dessa eu acho que é hora de terminarmos a postagem. Que a Anitta é uma celebridade altamente conhecida no mundo (ou pelo menos no Brasil), isso eu não duvido, por mais que discorde que ela mereça estar onde está por conta da música. Tudo bem que gosto não se discute... mas é necessário termos pelo menos um mínimo de qualidade musical. Mesmo assim, se ela realmente merece estar em destaque pelos motivos que forem, que pelo menos alcance essa repercussão de forma honesta, sem ter que recorrer a artimanhas de informática para mascarar seus números. Seria muito mais decente da parte da Anitta (mesmo que a palavra "decente" talvez não se aplique muito a ela) estar ali entre as 50 mais tocadas, mas pelos seus próprios meios.  

E esperaria que ela voltasse a ter a sobriedade e sensatez de não misturar sua carreira com política, como ela fez lá em 2018. Não vale a pena, não tem nada a ver, se ela é realmente essa cantora toda que todo mundo diz, não precisa fazer lacração esquerdista para ganhar espaço na mídia. Isso aí é estratégia de artistas fracassados e em fim de carreira, tipo aquele pulha do Zé de Abreu, o eterno cafajeste, aquele que a arte imita a vida. Ou então de artistas que querem destruir seu futuro, se associando a uma ideologia atrasada que só quer se aproveitar da fama dela para doutrinar os jovens. 

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