"Justiça" para a criançada

Tem horas que eu fico impressionado na cara de pau de certas pessoas. Cara de pau pois, por mais que tentem criar diversas justificativas e razões para os absurdos que fazem e dizem, no final sabemos que há segundas intenções por trás destes movimentos. Nada é por acaso, e quando vemos certas iniciativas que parecem inofensivas ou até mesmo decentes sendo feitas, no fundo sabemos que não passa da aplicação dos métodos vis e interesseiros que usam há anos.

Sim, uma introdução bem confusa... mas ela é válida para este momento, quando venho para falar de outra loucura que só vemos aqui no Brasil. Por coincidência ou não, também tem a ver com história em quadrinhos, como na última postagem em que falei daquela do Lula. E, também por coincidência ou não, uma história que tem interesses políticos por trás, em uma clara ação contra o governo e direcionada a "embelezar" outro crápula como o ex-presidiário. Na verdade, onze crápulas de toga.

É hora de falar da revistinha em quadrinhos da Turma da Mônica e o Poder Judiciário.

Como de costume... não sei por onde começar...

Na boa, eu até gostava de ler Turma da Mônica quando eu era criança. Não estava entre os meus quadrinhos favoritos, eu curtia mais os gibis do Pato Donald, achava engraçadas as histórias da Luluzinha (mais por conta das lambanças do Bolinha e seus amigos), e tinham até aquelas revistas menos "badaladas" que eu gostava, como do Menino Maluquinho, do Gordo e do Sergio Mallandro. Mas também simpatizava com a Mônica e seus amigos, que traziam um humor bem inocente e divertido, com personagens que cativaram gerações.

Por isso a minha surpresa ao vê-los em uma história em quadrinhos que foi criada com o descarado objetivo de criar uma imagem positiva do STF, que é hoja a maior ameaça à democracia e à segurança jurídica que já se viu. 

Sim, o Supremo Tribunal Federal é hoje uma ameaça à democracia. Não é o Bolsonaro. São os onze togados do STF. A começar pelo boneco abaixo.

Pois tivemos a decisão recente do Alexandre o "Glande" de ordenar o bloqueio do aplicativo Telegram. Ou seja, de forma monocrática o cabeça de ovo está impondo a censura a milhões de brasileiros que usam o mensageiro. Tudo porque ele está putinho com o jornalista Allan dos Santos que vem expondo a realidade por trás do ex-advogado da Transcooper, cooperativa de van que tinha laços com o Primeiro Comando da Capital, o PCC. Este que se tornou uma organização terrorista de nível mundial, com conexões que vão desde as FARC até o Hezbollah. E que mantinha um diálogo cabuloso com o PT, partido do maior ladrão da história de nosso país, que teve a sua ficha "lavada" pelo mesmo STF do qual o Alexandre de "Imoraes" faz parte.

Preciso fazer uma pausa para um breve comentário sobre esse careca psicopata. Alguém precisa parar esse sujeito. Parar de verdade. Pois não dá para aceitar algo assim, não dá para ficar calado diante de tamanho absurdo. Este filho da puta não está nem aí para os impactos que vai causar na sociedade com essa censura descabida e inconstitucional. A quantidade de pessoas que usam o Telegram para se comunicar com seus amigos e familiares, sem falar estabelecimentos, cursos e organizações que dependem do aplicativo para manter o seu negócio ou serviço, é enorme. Sem falar que o Telegram vem sendo um dos principais meios de comunicação entre brasileiros com familiares e amigos que se encontram na Ucrânia, no meio desta guerra. 

Mas o Cabeça de Piroca não quer nem saber: que se foda a Constituição, que se foda a liberdade de expressão... tem que ser o que ele quer. Ninguém mais pode usar o programa porque ele quer assim. Um verdadeiro ditador, que acha que é dono do Brasil.

E se preparem, pois esse cretino não vai parar. Lembro que ele será o presidente do TSE nas eleições. Ou seja, o Xandão do PCC é quem vai declarar o vencedor das eleições presidenciais... 

Mas voltemos à revistinha da Turma da Mônica. Acho realmente lamentável que tenham se associado a uma instituição criminosa como o STF. É uma pena, pois acho até válido que o Mauricio de Sousa tenha feito histórias temáticas com a turminha de crianças, com objetivo de falar sobre certas questões cívicas e de nossa sociedade. Se você for nesta página, verá várias revistas online e gratuitas que abordam diversos assuntos importantes, como sobre questões de saúde, cuidados com os animais de estimação, segurança no trânsito, entre outros. 

Por isso que acho que é um tiro no pé se unir a uma quadrilha que está acabando com a justiça em nosso país. Às vezes penso que os juízes do Supremo deveriam ser como os árbitros de futebol: quando eles apitam a partida de forma correta e justa, nem percebemos a sua presença; por outro lado, na hora em que ele faz uma arbitragem atrapalhada e cheia de erros, ou pior ainda, quando descaradamente favorece um dos times, ele passa ao centro das atenções (não apenas ele, mas muitas vezes a sua mãe também). Mesma coisa acontece com o STF: há alguns anos aposto que muita gente nem sabiam quantos ministros eram; hoje, conhecem mais a atual composição da corte suprema do que a escalação da seleção brasileira.

Fica bem evidente qual é o objetivo da revistinha. Certamente ela foi "paga" pelo próprio STF como uma forma de propaganda positiva, ao mesmo tempo que certamente buscam uma certa doutrinação do público mais jovem; Sabemos muito bem que as crianças mais novas são como esponjas e absorvem certos conhecimentos de forma mais rápida e sem questionar muito. Geralmente isso acontece quando a informação chega de alguém de confiança, como seus pais e professores (aliás, razão pela a qual muitos professores de esquerda tentam doutrinar seus alunos). Mas muitas vezes a maior confiança é depositada em pessoas fora da esfera familiar e escolar, talvez pelo fato de que a casa e a sala de aula são ambientes "obrigatórios", onde a criança deve estar. Aí vemos como que existe uma grande influência vinda de todos os cantos, como dos programas infantis na televisão, desenhos animados, revistas em quadrinhos e, hoje em dia, youtubers e influenciadores digitais.

Claro que existem bons exemplos por aí. Mas diria que cada vez mais temos péssimas influências para os mais novos. Como esse puto.

O grande problema, na minha opinião, é que tal atitude covarde de doutrinação das crianças terá a sua consequência lá no futuro, pois elas vão crescer e se tornar cidadãos que pensam e agem como o Felipe Neto. Ou mesmo já podemos ver algum tipo de influência atualmente, pois muitas vezes as crianças acabam aprendendo algo e observam que seus pais não se comportam da maneira adequada, e aí temos aquela situação (cada vez mais comum) de filhos chamando a atenção de seus pas, condenando uma atitude repreensível. 

Como tudo na vida, é algo que pode ser para o bem ou para o mal. É legal que a criança chame a atenção de seus pais por terem furado o sinal vermelho, por exemplo; mas por outro lado é preocupante se a gente começar a ver uma criança tentando convencer seus pais de que o STF é honesto...

Bom, vamos falar um pouco da história, embora ela não seja tão baixo nível como os quadrinhos do Lula, que renderam muitos parágrafos de zoação. Ela começa com um "julgamento", presidido pelo Franjinha, que é o gênio da turma mas está bancando o juiz da disputa entre o Cebolinha e a Mônica, respectivamente defendidos pelos seus advogados, o Cascão e a Milena.

Já é hora de fazer uma pausa: Milena?

Sei que vou ser chamado de racista por estar supostamente questionando a personagem negra da história. Mas sim, estou perguntando quem é ela. Pois eu sou da "velha-guarda", e não conheço o monte de novos personagens secundários que foram criados para a turminha, com o claro objetivo de tornar os quadrinhos mais politicamente corretos.

Sou do tempo em que os personagens secundários se limitavam ao Franjinha, o Titi, o Jeremias (mostrando que os quadrinhos não eram racistas), o Chico Bento, o Jotalhão (o elefante dos potes de molho de tomate), o Papa-Capim. o Louco, entre outros. Aliás, talvez vale a pena falar um pouco desse monte de extras da Turma da Mônica em uma postagem futura um dia desses...

Mas agora tem um monte de gente nova, como o cadeirante, a ceguinha, o japonês e por aí vai. Parece até a formação do Capitão Planeta. Enfim... para essa história focada no STF, decidiram colocar a Milena como protagonista, provavelmente com o objetivo de criar uma historinha mais inclusiva... Menos mal para a comilona da Magali, que ficou de fora dessa pouca vergonha de história.

Continuando, o julgamento acaba sendo favorável à Mônica, e a pena do Cebolinha é pagar dois picolés de tamarindo para ela e sua amiguinha. Ele fica meio puto com isso, dizendo que não existe justiça, e aí ela aparece, a "Dona" Justiça.

Aí começa realmente a história em si. Que na verdade não tem muito de história, mas é apenas a Justiça explicando para os garotos uma série de conceitos fundamentais e correlatos. Como dizendo o que são direitos e deveres.

Eu acho particularmente interessante como que na hora de falar dos direitos, são citados aqueles relacionados à liberdade, segurança, igualdade, saúde, educação, moradia e transporte. Parece que não é importante destacar certos direitos previstos na Constituição em seu artigo 5º, como a "livre manifestação do pensamento" e a "livre expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença".

Será que esses direitos constitucionais estão sendo respeitados em situações como a prisão de jornalistas como o Oswaldo Eustáquio ou o cancelamento das atividades do Terça Livre, e na recente proibição do Telegram no Brasil.

Mas o mais engraçado é quando a "Justiça" explica que é temos, entre os deveres, que respeitar a propriedade privada.

Inclusive usando o Chico Bento para dizer que não se pode invadir a propriedade de outra pessoa.

Gozado... Me explica então por que tivemos um ministro do STF como o Gilmar Mendes, aquele buldogue beiçudo, participando de live do MST, um movimento que promove a invasão de propriedades privadas como fazendas e promove vandalismo em edifícios privados de associações do agronegócio. Na verdade nem precisa ir tão longe: semana passada mesmo alguns ministros do STF receberam "artistas" como Caetano Veloso, Daniela Mercury e outros comunistas de iPhone que foram cobrar ações em "defesa do meio ambiente", e tinha gente lá com bonezinho do MST...

Realmente, é uma corte que "respeita" a propriedade privada...

Continuemos com a história, onde a Justiça explica que os magistrados devem ser imparciais...

Me desculpe... Mas ela está falando sério?

Me diga como que o STF é imparcial se é indiscutível que suas ações punitivas são sempre voltadas para aqueles que são considerados de direita, conservadores ou apoiadores do Bolsonaro? Isso fica evidente quando vimos o Xerxes ordenar a prisão do deputado Daniel Silveira e do Roberto Jefferson, mas nunca falaram nada de quando um deputado petista falou com todas as palavras que "tem que fechar o Supremo Tribunal Federal"

Que pôrra de imparcialidade é essa?

Seguindo, finalmente a Justiça apresenta as "estrelas" do momento, os onze ministros do STF. Claro que não fizeram todos exatamente como são, embora seja possível perceber uma certa influência no desenho para representar alguns dos atuais ministros.

E olha lá! Tem até o Cabeça de Piroca! Esse não podia faltar...

Só que preciso mostrar a cereja do bolo, quando a dona "Justiça" explica para a Mônica e seus amiguinhos qual é o papel do Supremo.

Não dá... Eu não consigo ler isso e não achar graça. STF como guardião da Constituição e da democracia?!

Não me venham com essa! O Supremo caga em cima da democracia e limpa a bunda com a Constituição! Diariamente! Soltar um dos chefes do PCC pela porta da frente é defender os direitos do povo? Proibir ações da polícia em favelas do Rio é prerrogativa do Supremo? Ordenar a extradição de um jornalista sem nenhum crime tipificado? Interferir no Legislativo e ordenar a instauração de uma CPI é constitucional? Gastar centenas de milhares de reais com lagosta e vinho para a corte é defender os interesses do povo? Não fode! E olha que a lista não termina aí, tem muito mais abusos que foram cometidos por essa quadrinha de abutres. Afinal de contas, não podemos nos esquecer das artimanhas descaradas que o STF usou para anular o processo do Lula, tornando-o elegível.

E é bem nesse momento que a historinha da Mônica parte para o "recado" de interesse, para o real objetivo da publicação.

Pronto. Apelaram para o discurso idiota das "fake news". 

Esse é o objetivo da revista, começando com aquela ideia (correta, por sinal) de que a Justiça é fundamental em uma democracia, de que ela proporciona direitos e deveres de todos. Nada de errado nisso aí, mas a questão é que não vemos isso na prática em nosso país. A Justiça sempre foi parcial e hipócrita, dá para listar diversas situações onde certas decisões demonstram que foram tomadas para atender aos interesses de uns e/ou para afetar outros. Sem falar na lentidão dos processos, que ficam enrolando ao longo das instâncias, e isso apenas quando o cidadão tem condições de bancar o andamento e o apoio de um advogado por todo esse tempo. 

E não podemos deixar de mencionar o ativismo político que há na Justiça, principalmente no Supremo Tribunal Federal. Como disse acima, não faltam decisões monocráticas que seguiram os ritos devidos, tem ministro "matando no peito" e ordenando a prisão de pessoas, quando o correto seria processá-las na 1ª instância da justiça comum. Por exemplo, se alguém chama o Alexandre de Moraes de criminoso, de acomunado com PCC e organizações terroristas, que o careca vá lá e peça a abertura de um processo por injúria ou difamação. 

Mas não é o que ele faz. Ele simplesmente manda prender o sujeito. Está errado, pois estamos falando de pessoas que não tem foro para serem julgadas no STF. E mais errado ainda pois o cabeça de ovo assume ao mesmo tempo a posição de vítima, promotor, juiz e executor da pena. 

Pombas, qualquer estudante de Direito sabe que isso é inaceitável! Aliás, nem precisa ter cursado uma disciplina de Direito para perceber que isso é absurdo. 

Mas, segundo a revistinha da Turma da Mônica, falar desses abusos do STF é "fake news" com o objetivo de manchar a imagem do Poder Judiciário e prejudicar a confiança do povo no mesmo.

Será que os "iluministros" não percebem que essas críticas e a desconfiança do povo são resultado de suas próprias ações? Por exemplo, o que você acha que alguém que tem uma lojinha, e que usa o Telegram em seu pequeno negócio como forma de comunicação com os clientes, vai pensar do Alexandre de Moraes depois dessa decisão autoritária de banir o aplicativo do território brasileiro? Precisa de alguém falando "fake news" para que ele tenha uma péssima imagem do STF? 

Mas essa é a desculpa que esses canalhas usam hoje. É como o Merval, aquele que melou a cueca ao ver as coxas saradas do Lula, disse certa vez:

"Essa é tipicamente um exemplo de fake news, é porque não tem nenhuma mentira, porque tá tudo nos jornais e tal, mas a montagem é muito desfavorável aos ministros, é muito negativa..."

Pois é... o Brasil não é para os fracos.

Vale fazer outro breve comentário que já estava me esquecendo, a respeito da revistinha. Tem a ver com origem da imagem da Justiça, e aí temos que remeter à referência à deusa grega Thêmis. A representação mais comum é da figura de uma mulher, carregando uma balança em uma das mãos e uma espada na outra. Respectivamente, esses símbolos correspondem ao equilíbrio e ao poder, aspectos considerados fundamentais para assegurar a justiça. Posteriormente, a imagem ganhou uma venda nos olhos, referenciando ao conceito de imparcialidade. Trouxe o ditado "a justiça é cega", em uma alusão de que ela não pode ser guiada por preconceitos ou favorecer uns em detrimento de outros. Outro ponto a ser comentado é que geralmente Thêmis é ilustrada em pé, em estado de alerta.

Aí vemos algo interessante quando olhamos a famosa estátua que tem na frente do STF. Que tem a venda nos olhos e tem a espada. Mas dispensou a balança e está sentada, em algo que parece um trono.

Seria por acaso?

No texto que eu indiquei acima, há uma citação de um autor que eu acho pertinente reproduzir e que mostra a percepção que está associada a uma imagem incompleta da Justiça: 

"A espada sem a balança é a força bruta, a balança sem a espada é a impotência do Direito. Uma completa a outra. O verdadeiro Estado de Direito só pode existir quando a justiça brandir a espada com a mesma habilidade com que manipula a balança."

E o próprio fato da estátua do STF estar sentada, como se estivesse em um trono, passa também uma interpretação de realeza, de superioridade sobre os demais. Não me lembro onde eu li sobre isso, creio que na Idade Média tinha esse tipo de visão que apenas a nobreza é quem tinha o direito a sentar-se, enquanto que os plebeus tinham que ficar em pé. 

É algo para reflexão. Especialmente quando vemos que a Justiça nos quadrinhos da Mônica aparece a maioria das vezes sentada numa pedra e segurando somente a espada...

Bom, a revistinha é basicamente isso, uma pseudo-história que serve de justificativa para uma "passagem de pano" para o STF, buscando criar uma imagem de que a justiça em nosso país funciona. Mas sabemos que não é bem assim, que estamos sob o controle autocrático de uma juristocracia que trabalha em prol de seus próprios interesses e daqueles que os financiam (provavelmente os mesmos que pagaram pela descarada propaganda infantil), liderados pela figura psicopata de um ditador como o Alexandre de Moraes.

Vou ficando por aqui, enquanto eu ainda posso falar. Mas acho que, de saideira, vou fazer como as revistinhas da Turma da Mônica, que sempre trazem algum tipo de passatempo em suas páginas finais. Logicamente, um que está mais de acordo com a nossa realidade atual, em que vivemos sob as sombras de um poder absoluto que quer mandar na população.

Comentários

Anônimo disse…
Claro, claro... é culpa do STF, do parlamento, do PT, do progressismo, da mídia, do comunismo...
Texugo disse…
Bom, meu caro "anônimo"... Pelo seu singelo comentário, parece então que temos:

> Um STF que respeita a Constituição, não faz ativismo político e não persegue quem o critica;
> Um parlamento composto por deputados sérios, íntegros e que pensam na população que representam;
> Um partido como o PT que é idôneo, que pensa no trabalhador e luta contra a corrupção;
> Uma ideologia progressista que respeita aqueles que tenham valores conservadores e não induz preconceito;
> Uma mídia isenta e imparcial, que promove o conhecimento, a cultura e foca nos fatos;
> E uma ideologia como o comunismo, que defende a liberdade de expressão, o direito à propriedade e à opinião, um pleno bastião da democracia.

Pois é, meu caro "anônimo". Eles são perfeitos... Não não fazem nada de errado, não são interesseiros e não têm culpa de nada.

Talvez seja mesmo tudo culpa do "Bozo"...