Fisgado pela propaganda

Eu acho interessante como é que são as redes sociais e outros sites típicos que usamos frequentemente hoje em dia. Sabemos muito bem o que páginas como Facebook, YouTube e Twitter fazem para oferecer conteúdo que supostamente deve interessar a você, baseado nas suas últimas pesquisas, curtidas e comunidades visitadas. Embora sabemos também como que deve existir algum tipo de tentativa de "empurrar" determinados temas que não são de seu interesse, talvez como uma sutil tática de doutrinação. Penso isso depois que vejo sugestões no YouTube para que eu assista vídeos do Felipe Neto e do Brasil 247. Esses eu apago direto.

Mas temos que admitir que essas pequenas "iscas" que as páginas soltam no meio do conteúdo que normalmente olhamos acaba sendo efetiva em algumas oportunidades, nem que seja para pelo menos despertar alguma curiosidade. Já contei recentemente sobre como eu acabei sendo convencido a dar uma olhada naquele tosco Game of Sultans, com suas propagandas bizarras que davam a impressão de ser um jogo politicamente incorreto ao extremo (e, acreditem, apareceram outros com propagandas piores). O simpático Moe Ninja Girls, joguinho estilo anime que lembra os livros de Escolha Sua Aventura, foi outro que conheci graças a uma propaganda no Facebook. Acredito que todos nós fomos "vítimas" desse tipo de propaganda ostensiva, em que o site do nada aparece com alguma loja ou jogo supostamente novo, que parece estar em evidência no momento. 

E isso traz a esta postagem, onde venho narrar brevemente como que algumas propagandas inesperadas vieram a me fisgar a visitar o site de uma loja que vende quadros.

Acho que está bem evidente porque tal propaganda me chamou a atenção...

Eu não sei porque essa propaganda apareceu. Afinal de contas, a minha relação com quadros é extremamente neutra: não é algo que eu adoro, que eu ache indispensável para decorar o ambiente, prefiro algo mais discreto ou mesmo nada; mas, tampouco é algo que eu desgoste, até admito que em certos lugares que vou eu vejo certos quadros que me chamam a atenção, especialmente que retratem alguma paisagem de um lugar conhecido. Nunca pesquisei no Google por quadros, nem mesmo por quadrados ou palavras parecidas. 

Me explica então como que, do nada, começaram a aparecer tais fotos dessa loja, querendo me incentivar a comprar um quadro?

Bom, não ganho nenhum jabá por isso, mas acho que deveria ter o mínimo de consideração de ao menos citar o nome do estabelecimento cujos quadros eu estou mostrando aqui. A loja se chama Dandi e pode ser vista neste link. Tem quadros de todos os tipos, para todos os gostos (embora, por algum motivo, tenha uma quantidade enorme de telas com leões) e, pelo que os comentários indicam, parecem ser bons no que fazem. Afinal de contas, estão no mercado há anos, o que não aconteceria se o serviço fosse de má qualidade.

Assim, se você quer colocar um mega quadro do Tio Patinhas, para ver se isso ajuda você a ganhar mais dinheiro, provavelmente será o melhor lugar onde você vai encontrar algo nessa linha.

Por mais que os motivos por trás desta postagem estejam muito óbvios, eu acho curioso como que são esses algoritmos de redes sociais e páginas de busca. De alguma forma esses que sites jogam determinadas "iscas" em massa, e assim acabam "fisgando" muita gente. Vejo isso acontecendo no YouTube, onde certos vídeos do passado começam a aparecer na sua página principal. E, olhando nos comentários, vemos que não é uma sugestão individual, fica claro que muitas pessoas estavam vendo também por agora.

Tipo, outro dia apareceu no meu YouTube o comercial do queijo Panda, com aquele urso psicopata, que fica puto quando não compram o queijo dele.

Cara, é um vídeo de mais de dez anos atrás! Por que ele apareceu assim do nada?

Provavelmente é porque houve uma visualização em massa por parte de algumas pessoas. Pelo que imagino, o YouTube deve ter algum tipo de algoritmo que pega os vídeos que estão sendo assistidos e curtidos por muita gente no momento, e aí acaba colocando-os em evidência. 

Talvez seja o caso nas redes sociais, em relação às propagandas. Pode ser que essa loja em particular tenha vendido muito nas últimas semanas, talvez com alguns compradores compartilhando bons comentários sobre a experiência, e assim o Facebook colocou a loja em destaque. Ou pode ser até mesmo estratégia de marketing do próprio estabelecimento. Afinal de contas, eu não duvido que existam pacotes de anúncio em redes sociais que lojas possam pagar às redes sociais, para aumentar o alcance de suas propagandas. Não estou dizendo nada em particular sobre a Dandi de forma particular, apenas comento que me parece algo plausível. 

Tipo, como quando a Casa & Vídeo colocava encartes nos jornais (não sei se ainda o faz, pois não compro jornal). Sem dúvida a rede de lojas pagava um determinado valor ao jornal para ajudar na divulgação. Algo natural, que faz parte do negócio.

Enfim... mas acho que não adianta mais eu ficar dando voltas. Pois o que me fisgou de fato e me levou a visitar o site foi a simpática garota que posa sorridente ao lado de alguns dos quadros.

Eu acredito que o site não está fazendo uso de segundas intenções. Especialmente por vermos que a moça está sempre de forma elegante e com muito estilo, condizente com o visual sofisticado dos quadros que são anunciados. É diferente de certos lugares que usam uma figura feminina de forma apelativa e objetificada, querendo mesmo chamar a atenção ao seu produto se aproveitando da mulher que está na propaganda. Tipo como eu mostrei em uma postagem de quase dez anos, onde o sujeito colocou a sua namorada ou mulher ou amiga posando com poses sensuais ao lado de seu carro velho que estava à venda. 

Não é o caso da loja de quadros, creio eu. Claro que colocar uma moça bonita ao lado do quadro chama a atenção. Mas a verdade é que se você olhar o site, verá que a grande maioria das fotos é somente do quadro em si. Se fosse um uso apelativo, todos as fotos seriam no mesmo estilo, penso ser uma justificativa plausível para atestar que não se trata de uma jogada de marketing... Posso estar errado, mas é o que eu imagino. 

Mas preciso admitir que sou um texugo bobão. Sou daquele tipo babacão que acaba se apaixonando fácil, é comum que eu esteja andando pela rua e de repente comece a nutrir uma paixonite tola por conta de um outdoor ou capa de revista na banca. Foi o caso com essas propagandas, não resisti ao sorriso meigo e doce dessa linda mocinha.


É, depois dessa eu acho que vou acabar comprando um quadro...

Talvez alguém venha me xingar, dizendo que sou um porco machista e chauvinista, que estou objetificando a garota que está apenas posando para uma foto de um quadro. Não é isso, acreditem em mim. Não tem nada demais em citar e aplaudir a beleza de uma mulher, não é falta de respeito e tampouco ofensa. Sério, a sociedade está ficando cada vez mais hipersensível, e o pior de tudo é que acaba sendo uma hipersensibilidade pelos outros. Somos julgados pela patrulha politicamente correta que se ofende com a interpretação enviesada que ela faz de algo que foi dito a respeito de outra pessoa. 

Em nenhum momento desrespeitei a moça. Sou um texugo, não sou um lobo tarado.

Sei que, como qualquer pessoa, tenho meus momentos... digamos... de "instintos mais primitivos". Mas não é o caso aqui. Falo com todo o respeito: a moça é muito bonita, sabe ser elegante e feminina e parece ser muito simpática. Elogios como esses na minha opinião não são falta de respeito...

Enfim, realmente é curioso como que as propagandas são hoje em dia, com essas "iscas" que são lançadas em nossas redes sociais. E se você clicar no link, aí é que você será bombardeado por propagandas sem parar: são os tais cookies ou coisa parecida de seu navegador, que salva essa informação que você visitou um determinado site e assim começa a enviar mais a mais propagandas correlatas. Agora, se vou agora no Mercado Livre, na página de meu email ou num portal de notícias, eu percebo lá no canto os anúncios apontando para a loja de quadros. 

Mas admito que não reclamo... Melhor um anúncio de uma loja de quadros com uma donzela elegante e simpática do que certas coisas que existem pela internet. Como um anúncio do novo livro do Felipe Neto ou do último álbum do Tico Santacruz...

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