Truculência Desproporcional

Tento não falar muito da situação da pandemia que estamos passando há mais de um ano. Pois eu já discuto muito sobre isso com certas pessoas em ouros lugares, surpreendentemente com várias que seguem linhas de raciocínio semelhantes às minhas, mas também sempre tem aquelas criaturas que já conhecemos, seguidoras da doutrina esquerdista e que transformam tudo em uma questão política para derrubar o presidente que a maioria elegeu democraticamente. Por mais que uma parte de mim goste de debater com esses comunistas de iPhone e destruir as suas narrativas insustentáveis, tem horas que cansa... Até pelo fato que esses babaquinhas não passam de vitrolas quebradas, incapazes de raciocinar com os poucos neurônios que restam em suas cabeças vazias, e qualquer conversa adulta e racional com eles é virtualmente impossível. 

Por isso tento trazer algumas postagens mais divertidas e leves em minha página. Faz bem pra cabeça. Mas... tem horas que eu não resisto, e volto aqui pra falar de algum tema polêmico, geralmente associado ao pandemônio promovido pelo vírus chinês. E hoje venho pra falar um pouco da truculência e exagero de força praticados pelas forças de segurança (ou melhor, de parte delas) de forma desproporcional contra a população de bem. Algo que antes era criticado pela ala "do bem", quando tal demonstração de força era direcionada à bandidagem.

Enfim... ultimamente eu quase não vejo mais notícias na televisão. Pois sabemos bem como a grande mídia é guiada por interesses obscuros, colocando a verdade (que deveria ser o compromisso prioritário da imprensa) em último plano. A esmagadora maioria desses veículos, sejam impressos ou televisivos, segue o rumo ditado pelos seus patrocinadores, sendo que o patrocínio em alguns casos vem de uma certa entidade chamada Partido Comunista Chinês. Junta-se a isso o fato de que 99% dos profissionais da imprensa possuem um viés ideológico de esquerda, e isso influencia na forma em como as notícias são apresentadas, sempre de uma forma a denegrir a imagem do Bolsonaro, Especialmente emissoras que deixaram de ganhar a grana que estavam acostumadas a receber na época do governo do PT, e que deixam evidente o ódio que têm do presidente.

Assim, eu quase não assisto mais as notícias pelos programas de televisão, seja rede aberta ou a cabo. Fora aquelas situações em que estou na sala de espera de algum médico (em que a televisão está sempre ligada na "Grobo"), eu geralmente só assisto o jornal local na Band, para ver a previsão do tempo para o dia seguinte, saber de informações de trânsito na cidade e para me divertir com as derrotas do Flamengo.

E, claro... como evidenciei em uma postagem recente, sempre é muito agradável ver a beleza e simpatia da apresentadora, a Yasmin Bachour.

Como de costume, eu fujo do assunto... Foco!

E depois do jornal local, muitas vezes eu acabo deixando no canal, muitas vezes por estar atarefado com alguma coisa em casa, e assim é comum que eu acompanhe a parte inicial do Jornal da Band, que fala das notícias mais gerais... E que tipicamente começa com as principais manchetes do dia, misturadas com os casos de criminalidade que são constantes em nosso país. Ai, no meio de crimes hediondos, assaltos ousados e acidentes de trânsito, ultimamente tem um tipo de "crime" que vem sendo reportado quase que diariamente pelo telejornal, que inclusive recebe uma "atenção" maior que os demais, com matérias mais longas e em algumas ocasiões acompanhadas de um comentário crítico de um dos apresentadores.

O crime? Festas clandestinas em bares e restaurantes, durante o lockdown.

Devido à pandemia, estados e municípios implementaram leis severas (algumas que eu pessoalmente acho absurdas) para reduzir a circulação e as aglomerações, e dessa forma tentar combater o vírus chinês. Embora seja indiscutível que certas medidas, como o distanciamento relativo e uso de máscara, ajudem a reduzir a propagação do coronga, já existem estudos que mostram que o lockdown massivo não ajuda nada. Talvez ele poderia até contribuir lá no início, para evitar uma proliferação generalizada e para dar tempo aos governos se prepararem para enfrentar a pandemia, mas hoje em dia não há comprovação que o "fique em casa" tenha algum tipo de eficácia significativa na redução do número de casos. 

Mas não adianta... mesmo com estudos científicos dizendo que isso não funciona, governadores e prefeitos impuseram extensas restrições à população. Afinal de contas, os "especialistas", motivados por interesses políticos e ideológicos, são unânimes quanto ao fato de que o lockdown é a única saída, mesmo que traga consequências negativas para as pessoas. Como diria a Maju: o choro é livre.

Sei que corro o risco de ser chamado de racista... Mas quando escutei essa imbecil falar essa asneira, defendendo um conceito absurdo de unanimidade científica (que só existe na cabeça de quem não sabe o que é ciência), e debochando das dificuldades que a população está passando por estarem impedidas de garantir seu mínimo sustento... deu uma vontade de tacar uma cueca cagada na cara dela, pra ver se assim ela para de falar merda. 

Voltando ao assunto... entre as diversas medidas de isolamento que foram impostas, foi definido um toque de recolher no período da noite, com a proibição de festas noturnas. Na verdade, a proibição de festas vale para qualquer horário, não sendo tolerada nenhuma aglomeração entre pessoas para se divertir de alguma forma, como numa boate, numa piscina ou casa de praia. Juntou uma galerinha de meia dúzia em algum lugar, e já se tem uma condição de altíssimo risco, um crime contra a saúde pública.

Não vou aqui focar necessariamente se isso é certo ou errado. Embora eu ache interessante como é que essa restrição contra aglomerações por motivos de lazer costuma ser esquecida em alguns momentos, principalmente pelos governantes que a impõem na população. Vide o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, que durante sua licença médica para tratamento de câncer veio pro Rio pra assistir a final da Libertadores no Maraca.

Ah, mas aí pode, né? Ele tem esse direito... É a aglomeração "do bem".

De qualquer forma, o ponto que eu quero abordar não é exatamente se tá certo ou não fazer festas na noite. O que me motivou a fazer essa postagem é que, ao ver as reportagens da polícia e/ou guarda municipal invadindo tais lugares, é comum de se ver um uso que considero exagerado de força. Não é apenas no momento de, por exemplo, botar a porta do estabelecimento abaixo na base da porrada, mas ao invadir o recinto apontando armas para as pessoas, jogando-as no chão ou contra a parede, como se estivessem fazendo uma batida num esconderijo de bandidos.

Se não acredita em mim, veja esse vídeo do Jornal da Band. Como o Blogger mudou a forma de adicionar vídeos, não consigo colocar o código-fonte para iniciar do ponto certo, mas você pode avançar até o instante 13:47 minutos para ver o início da reportagem a qual me refiro. 

Sério, tem policial que entra com a pistola em punho, apontando para dentro do lugar. E tem outro lá com uma doze. Precisa tudo isso?

E não é um caso isolado. Sempre que passam essas matérias, tem pelo menos uma batida que é filmada pela imprensa e vemos as forças de segurança chegando como se estivessem indo pra guerra, com fuzis e metralhadoras sendo apontadas para as pessoas. E aí depois colocam todo mundo de mãos ao alto, ou mesmo deitados no chão.

Será que sou só eu que vê um uso desproporcional da força nesse tipo de abordagem? 

Afinal de contas, não estamos falando de criminosos de alta periculosidade, a polícia não tá fazendo batida numa festa em favela. A grande maioria dessas cenas é em bares e restaurantes em bairros nobres, não é uma cracolândia ou boca de fumo. Acho exagero que a polícia precise entrar quase com um batalhão de choque portando armamento pesado, como se estivesse subindo o Alemão, para interromper a festa de alguns bacanas. 

Eu sei que nessa hora vai aparecer algum comunolarápio me xingando, dizendo que eu estou falando isso só porque os baladeiros são supostamente ricos (afinal de contas, para a esquerda sempre é momento de insuflar a luta de classes), e desqualificando a minha pessoa falando que eu estou defendendo o crime de aglomeração durante a pandemia, que não tenho respeito pelas famílias das vítimas do Covid-19 e assim por diante. Como esse palhaço abaixo provavelmente faria, se eu tivesse o desprazer de sua visita em minha página.

Em primeiro lugar, para os babacas da esquerda que por ventura estejam aqui falando exatamente isso, apenas respondo com um singelo vai para a puta que te pariu. Esquerdista que defende ideologia genocida e que promove narrativa de luta de classes para lucrar com isso não tem envergadura moral pra apontar o dedo pra ninguém. E aproveito para mandar o Felipe Neto para a puta que pariu também, pois nunca é demais para esse metido.

E mesmo aqueles que não sejam de esquerda, mas estejam criticando a minha posição, dizendo que as pessoas estão erradas e não pode se aglomerar na pandemia... Tipo, fazendo um comentário como "é, a polícia foi truculenta... mas não precisava estar fazendo festa nesse momento"... sério, vai estudar um pouco sobre compreensão de texto.

Vou repetir, espero que pela última vez: NÃO ESTOU FALANDO NESTE MOMENTO SOBRE O FATO DA FESTA SER CERTA OU ERRADA!!! Pôrra! Eu estou comentando apenas da forma como a polícia está agindo nessas situações de combate a aglomerações, não apenas nessas batidas em festas clandestinas, mas de uma forma geral. Como na hora de prender o dono de uma lojinha, que depende dela para seu sustento.

Por exemplo, veja a cena acima, protagonizada pela polícia do Piauí. Diga-se de passagem, estado governado por um patife do PT que se acha o ditador. Você acha que isso está certo? Acha correto que a polícia, que deveria servir e proteger a população, aja dessa forma contra uma pessoa que só está querendo trabalhar? Uma pessoa que precisa de sua lojinha pra colocar comida na mesa e alimentar seus filhos? Ou será que o certo nesses casos é descer o cacete, usar a força contra uma pessoa até deixá-la desacordada?

Quem acha isso certo já perdeu sua humanidade faz tempo...

Curioso que as mesmas pessoas, que devem estar me xingando e que acham que esse tipo de ação policial é justificada por conta da pandemia, ao mesmo tempo acharam criminosa a abordagem sofrida pelo George Floyd. Acontece que no caso de lá havia o interesse em inflamar o conflito racial, enquanto que aqui o interesse é de quebrar a economia e aumentar a pobreza, pensando na campanha de 2022, é mais importante...

Tomo outro exemplo: lembram desse episódio, em que um PM apontou um fuzil para um manifestante de um desses protestos de "vidas negras importam"?

Aí choveram "especialistas" em segurança pública, dizendo que havia sido uma atitude errada do policial, que não deveria ter apontado a arma para um manifestante, não importando o que estivesse fazendo. Na carona do que querem fazer lá nos EUA, sugerem que a polícia deve usar armamento não-letal, ou mesmo ser completamente desarmada, propondo uma reforma e uma revisão na maneira como os policiais abordam os suspeitos. 

Os mesmos que dizem isso não falam nada quando a polícia entra em festinha com arma em punho. Nessas horas, não tem problema. Poderia colocar joelho no pescoço que não iriam reclamar, se for pra assegurar o distanciamento social...

Na minha opinião, a polícia ou qualquer outra força de segurança pode (e deve) usar a força contra um criminoso, mas ela deve ser proporcional à periculosidade do bandido, o tipo crime cometido ou em curso, o local da abordagem, a presença ou não de reféns, o risco de efeitos colaterais (como risco para inocentes e para o próprio policial) e de outros fatores. Por exemplo, o uso da força extrema por parte de um policial é desnecessário na hora de chamar a atenção ou mesmo deter uma pessoa que jogou um papel de bala no chão, mas é fundamental na hora de dominar um assaltante em fuga depois de roubar alguém. 

Mas chega um momento em que se passa dos limites, limites esses que são proporcionais aos mesmos fatores acima. Por exemplo, eu lembro muito daquele sequestro do ônibus 174, em que aquele vagabundo ameaçou os passageiros, teve até aquele momento em que ele simulou a morte de uma mulher. Como lidar em uma situação daquelas? Onde fica a "barra" que limita até onde a força da abordagem seria justificada?

Eu não sou profundo conhecedor das técnicas de abordagem policial e de negociação em um sequestro. Mas na minha humilde opinião, considerando uma situação onde temos um criminoso armado, ameaçando reféns em um espaço confinado, eu entendo que o limite seria um franco-atirador, lá na puta que pariu com um rifle de precisão, meter um balaço na testa do sujeito, em uma das várias oportunidades em que ele colocou a cara na janela. Até aí eu acho válido, diria até que neste caso era a ação que teria que ser tomada. Tipo como no momento da foto, era pra largarem um tiro certeiro e deixá-lo sem cabeça, terminando o episódio com todos os reféns salvos. 

Eu sei que muita gente vai me chamar de genocida (essa é mania, né?) por sugerir tal abordagem definitiva. E também vão me chamar de hipócrita, por criticar a truculência da polícia ao interromper uma balada e ao mesmo tempo defender a execução de um bandido. 

Pra quem pensa isso, segue a minha resposta.

Afinal de contas, quem acha que uma festa noturna e um sequestro de ônibus com reféns são a mesma coisa, e a forma de enfrentamento deve ser a mesma, ou é muito burro ou um canalha mal-intencionado. 

Aliás, se no caso do ônibus 174 a polícia tivesse tomado uma atitude mais ostensiva como a que sugeri, certamente aquela refém não teria morrido. Lógico que em qualquer situação deve-se buscar sempre a situação com o uso do mínimo de força possível para atingir o objetivo, mas ainda pode existir o uso de força. Exagero absurdamente desproporcional seria, por exemplo, dar um tiro de bazuca no ônibus: resolveria o problema mas iria vaporizar o sequestrador, todos os reféns e metade da rua. Por outro lado, muito papinho e negociação, tipo pensamento do Freixo, também não resolve em certas situações. E, sem dúvida, a abordagem que a polícia usou de fato foi péssima, em que a mulher perdeu a vida. Ali não foi apenas uso desproporcional de força para aquele momento (a hora de ter usado a força era quando ele colocava a cara dele na janela), foi abordagem errada e inconsequente, sem considerar os fatores de risco. 

Quando vejo esses vídeos de festas, com os policiais entrando com fuzis, metralhadoras e pistolas, vejo a mesma coisa, uma atitude inconsequente e desproporcional. Fico imaginando como será a reação da grande mídia, que hoje aplaude a polícia e diz ter nojo dos baladeiros, quando tivermos uma abordagem dessas onde será dado um disparo sem querer e alguém for morto. Será que aí os papéis vão se inverter? Será que o discurso vai mudar, colocando a polícia como a errada?

Nessas horas deve aparecer algum "especialista", ou alguma besta que acha que entende de tudo, tipo aquele boçal do Octávio Guedes da rede do Plim-plim, dizendo que a polícia está certa em entrar armada em uma festa dessas, pois não se sabe se teria alguém armado, pois poderia existir alguma pessoa ali na festa com uma arma... 

Legal... boa justificativa. Agora, será que ela vale também na hora de controlar uma manifestação violenta? Ou aí é diferente? 

Claro, o que eu estou pensando? Não há dúvidas de que a polícia corre mais riscos de levar chumbo em uma violenta balada de adolescentes numa boate do que em um protesto pacífico de manifestantes bonzinhos do Black Lives Matter... 

Isso é que eu acho muito engraçado... Essas pessoas estúpidas, que geralmente fazem parte da esquerda progressista politicamente correta, têm uma mentalidade realmente deturpada, completamente sem noção e fora da realidade. Fico pensando como deve ser fascinante a explicação que esses otários devem ter, para justificar o uso de força para interromper uma festa mas não para reagir contra criminosos, vândalos e outros vagabundos de alta periculosidade.  

Digo ainda o seguinte: acho que é uma postura covarde de certos agentes de segurança. Afinal de contas, é muito fácil falar grosso e impor sua autoridade em uma baladinha cheia de cocô-boy e xixi-girl mimados, ainda mais com arma em punho. Principalmente hoje em dia, com a geração Nutella que se borra nas calças por qualquer coisa. Queria era ver esses policiais com essa macheza toda na hora de cancelar os pancadões e os bailes funks que acontecem nas favelas... Em lugares como esses, aí sim eu acho que a polícia tinha que chegar com arma na mão.

Ora, afinal de contas, a regra não é punir as festas em época de pandemia? Cadê essa vontade toda na hora de parar essas aglomerações? Ou será que a lei que vale pro asfalto não vale pro morro? 

Ah, me esqueci... Sempre preciso me lembrar de como que funciona o vírus chinês, ele tem vida própria e só tem risco em situações bem particulares. Da mesma forma que o coronga dá meia volta quando vê uma manifestação do BLM ou contra o Bolsonaro, evita plataformas de trem abarrotadas e ônibus lotados e dá um tempo na época das eleições, ele também respeita as "cumunidades" por ter consciência social com o pessoal de lá. Trata-se de um vírus que só pode ser encontrado em festas de classe média pra cima, pancadão e baile funk estão seguros...

Acredito que não preciso dizer que não me refiro a todos os policiais. Por mais que eu ache desnecessário afirmar que meu comentário não é generalista (desnecessário e diria até degradante ter que explicar o óbvio), reforço que não penso que essa postura covarde represente a corporação como um todo. Sabemos muito bem que a maioria dos policiais é honesta, e muitos não concordam com essas ordens abusivas que são impostas por prefeitos e governadores que querem brincar de ditador. Alguns até eu imagino que sejam relativamente tolerantes e não esculachem a população, e se recusem a agir de forma exagerada contra as pessoas, correndo o risco de serem punidos por seus superiores. 

Mas infelizmente existem agentes de segurança que não são assim. Ou aceitam as ordens de forma submissa (por medo de represálias ou por desconhecimento de seus direitos como policiais) ou até mesmo que possuam tendências à violência, que agiriam dessa forma em qualquer situação, desde que estejam em vantagem. Pois repito: policial que faz uma batida numa festa apontando arma, que aplica mata-leão em lojista ou algema pessoa que está sozinha na praia não passa de um covarde, pois está diante de alguém mais fraco e em inferioridade. Esses aí, na hora do perrengue e de encarar bandidos de verdade, metem o rabinho entre as pernas...

E não adianta dizer que estão apenas seguindo ordens. Os oficiais da SS alemã também disseram a mesma coisa... pergunta se eles foram perdoados por isso?

Digo pela última vez, caso ainda tenha alguém com incapacidade cognitiva para entender uma frase: não estou defendendo a realização de festas e aglomerações na pandemia. Embora eu não possa deixar de atestar a hipocrisia que existe ao ver que tal preocupação com a propagação do vírus chinês seja minimizada na hora de movimentar milhões de pessoas em uma eleição, de liberar público para algo supérfluo como a final de um campeonato de futebol, de comentar a respeito de manifestações em prol de interesses progressistas e esquerdistas, com milhares de pessoas aglomeradas e sem máscara ou de noticiar o transporte público lotado todos os dias nas grandes capitais. E até mesmo em determinadas festas, quando estas ocorrem nas favelas, se há algum tipo de reação, ela é mínima, e desacompanhada de qualquer ação policial para coibir tais aglomerações. 

Nessas situações todas não vejo nenhuma crítica ou desprezo por parte da "grande" mídia, dos "especialistas" e dos defensores da "ciência". É como se a propagação do coronga só ocorresse em situações bem particulares, como se o Covid só circulasse em festas de bacana, em lojinhas de bairro, nas manifestações contra o STF ou a esquerda, nos lugares onde o Bolsonaro vai e atrai a população. 

Sem dúvida, deve ter uma explicação "científica" para isso, não?

Independente disso, é indiscutível que a postura da polícia tem se tornado exagerada nestas situações. Como mencionei acima, o uso da força pela polícia deve ser proporcional ao crime que está sendo cometido, ao perigo que o bandido oferece para o policial. E o que vemos nesses tempos loucos de pandemia é que as forças de segurança estão usando de violência exagerada contra pessoas que não oferecem pouco ou nenhum risco. Apontar arma para adolescentes em uma festa, enforcar trabalhador querendo garantir o seu sustento... honestamente, não tem como concordar com isso, mesmo na situação de pandemia que estamos. Achar que isso se justifica por conta de um vírus é inaceitável. Sem querer parecer demasiadamente pessimista... mas é assim que certas ditaduras começam. Vide o que acontece na Venezuela, por exemplo, onde a "polícia" na verdade é uma milícia chavista que atira com munição real e joga blindados sobre o povo.

E tudo isso com o silêncio daqueles que se diziam preocupados com a violência policial. Os que posam de corretos e virtuosos ao condenar o que aconteceu com o George Floyd ou quando um criminoso de verdade (como um assassino ou traficante de drogas) é espancado ou baleado pela polícia, ficam em silêncio diante de cenas como policiais armados apontando armas para jovens ou aplicando mata-leão em um lojista a ponto de deixá-lo desacordado. Nessas horas, não tem problema.

Realmente... a pandemia está deixando as pessoas cada vez mais doentes. E não me refiro ao covid... 

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