A Matemática Criativa da Covid

Acho interessante como que, com o passar do tempo, nos tornamos mais experientes e passamos a perceber certas coisas da vida de uma forma diferente. Consequência das muitas experiências que vivenciamos ou presenciamos, vamos nos tornando mais sábios e mais conscientes da verdade, faz parte do amadurecimento que todos nós (ou pelo menos a maioria) passa ao longo da vida, com o acúmulo de mais voltas em torno do Sol. E já faz algum tempo que eu começo a ter uma percepção diferente de algo que eu achava tão incontestável e exato, que hoje se mostra como uma ciência extremamente subjetiva. 

Por incrível que pareça, me refiro à Matemática. Aquela que sempre considerei como a mais exata de todas as ciências, na verdade se mostra mais indefinida do que o gênero de um politicamente correto, que ignora o conceito fundamental de que os cromossomos podem ser XX ou XY. Quem diria que chegaríamos ao ponto de alterarem completamente a percepção da mais básica das disciplinas que aprendemos na escola, que se tornou algo inexato?

Pior que não fiz essa postagem motivado pela notícia recente de um grupo de educadores da California que está propondo mudar o ensino de Matemática, criticando a objetividade de conceitos de certo e errado (ou seja, que não seria admissível assumir que existe uma única resposta correta para a conta 2+2), encontrando formas de dizer que o ensino dessa matéria promove desigualdades e racismo (isso mesmo que você leu, números agora podem ser racistas) e sugerindo o desenvolvimento de algo como uma "etnomatemática", com um espaço matemático "sustentável" (como assim, agora a disciplina tem que ser biodegradável?) e incentivando os alunos que fazem parte das minorias a recuperar seu "legado matemático"...

Pitágoras deve estar se revirando no túmulo depois dessa...

Mas não é por isso que eu estou vindo aqui hoje pra falar dessa disciplina elementar e fundamental. O que me motivou a escrever sobre a Matemática é a forma como ela está sendo deturpada pela mesma cambada de sempre, os esquerdistas politicamente corretos e progresistas. Aqueles que, sempre motivados por seus interesses políticos e ideológicos, desde as últimas eleições presidenciais fazem de tudo para tirar o Bolsonaro do poder. E que, percebendo diversas oportunidades de aproveitar a pandemia do vírus chinês que tomou conta do mundo, conseguiram a proeza de ignorar os mais básicos preceitos da Matemática e a difamaram, de forma a torná-la mais uma das armas usadas para moldar a realidade de acordo com sua visão doentia do mundo.

E ainda têm a cara-de-pau de falarem que defendem a ciência... quando literalmente cagam em cima da mais básica das ciências.

Afirmo isso de forma categórica ao observar como que esses imbecis, liderados por supostos "especialistas" com nenhuma idoneidade e conhecimento científico, fazem interpretações criativas e convenientes dos números. Sempre como forma de tornar a pandemia pior do que realmente é, buscando desqualificar qualquer ação do governo federal, com o objetivo de colocar o Brasil como o pior país do mundo no que diz respeito ao enfrentamento dessa praga chinesa. 

Afinal de contas, esses energúmenos vermelhos vivem para destruir o Bolsonaro. Querem de todas as formas tirá-lo do poder, preferencialmente antes das eleições do ano que vem, pois o quanto antes tirarem ele da presidência, mais cedo eles poderão voltar à sua agenda comunista vil e cruel (vide a CPI que inventaram, que terá Renan Calheiros como relator, por mais inacreditável que isso possa parecer). E sabemos bem que a esquerda não poupa esforços para atingir os seus objetivos ideológicos: os fins sempre justificam os meios, e tomar o poder é tão importante para essa corja que podem chegar ao ponto de esculachar com a Matemática das maneiras mais absurdas possíveis.

É assim que a esquerda age. É como se fossem os moradores que, por não gostarem do porteiro, chegam ao absurdo de derrubar o prédio só para demiti-lo. 

Você que chegou até aqui pode estar se perguntando, afinal de contas, o que eles fizeram com a Matemática, para gerar essa minha revolta? É bem simples. Tem a ver com a forma como noticiam dois aspectos relacionados à pandemia do coronga: a quantidade de casos/mortos e de vacinas aplicadas.

Certamente você já percebeu como certas pessoas, que são declaradamente de esquerda ou que fingem uma neutralidade de opinião (como a "grande" imprensa, os "especialistas" e os defensores da "ciência"), sempre se referem ao número de vítimas da Covid-19 em termos absolutos, enquanto que na hora de vacinas aplicadas a métrica passa a ser proporcional, como vacinas por milhão ou percentual da população.

Pois é... algum "especialista" consegue me explicar? Gostaria de saber o que o Atila Iamarino, o "especialista" que antes do corona era um mero youtuber com um canalzinho de cultura nerd que ninguém tinha noção que existia, ou a doutora Natália Pasternak, a "pesquisadora" que antes da pandemia tinha apenas quatro artigos publicados de 2004 a 2018 mas populou seu currículo com 825 entrevistas na televisão (somente em 2020), ou que outro "entendido" qualquer tem a dizer e explicar, que sirva como justificativa científica suficiente para me convencer de que essa é a forma correta de medir tais dados.

Por que não é correto falar em vítimas por milhão? Por que não é certo contabilizar as vacinas de forma absoluta? Por que não olhar para todos os números de forma absoluta? Ou de forma relativa?

Eu costumo sempre dizer que, quando um esquerdista fala alguma coisa, precisamos sempre parar por um momento, respirar fundo e refletir qual é o objetivo oculto por trás de tais palavras. E quase sempre a motivação é política e ideológica. A esquerda não quer saber da verdade, mas sim daquela narrativa que seja mais conveniente aos seus interesses.

Para mostrar isso, eu vou fazer algumas continhas aqui, usando informações que eu obtive dessa central de dados da Covid disponível no Google. Talvez você possa até questionar a confiabilidade de dados que são publicados por essa big tech, que tem os seus próprios interesses também (muitos deles alinhados com a esquerda progressista e politicamente correta), mas vou usá-los mesmo assim. Entendo que será suficiente para mostrar o meu ponto, e além disso, são dados que eu acredito que a maioria vai considerar como sendo suficientemente confiáveis.

Os dados foram extraídos na manhã deste sábado, dia 17 de abril de 2021. Selecionei todos os países da lista e joguei em um Excel, considerando os casos de coronavírus, os óbitos e as vacinas. Uma informação relevante que vou precisar para essas minhas explicações é a população de cada país, e para manter uma consistência eu optei por extrair esse dado diretamente do Google: como a tabela mostra os casos e os casos por milhão de habitantes, dá pra fazer uma continha simples para encontrar a população adotada para cada país nessa métrica. Não que fosse fazer uma diferença tão grande olhar a população em outro lugar, mas preferi concentrar tudo em uma mesma fonte (embora os dados do Google condensam informações de vários lugares). 

Ressaltando que alguns países estão com informações incompletas, e dessa forma vou ignorá-los da avaliação. Assim como vou excluir totalmente a China: afinal de contas, precisa ser muito ingênuo para acreditar que um país imenso e com mais de um bilhão de pessoas tenha tido apenas 90 mil casos e 4.600 mortes. Ou tem que ser alguém muito mal intencionado, que acredite na narrativa que um Estado controlador é a melhor coisa para controlar uma pandemia... 

Enfim, vamos ver então qual a classificação do Brasil, olhando os mesmos dados mas de formas diferentes, e começar a traçar algumas conclusões.

Começando com os casos, se olhamos em números absolutos nosso país fica com a "medalha de bronze", na 3ª posição com 13,8 milhões de casos confirmados, atrás apenas dos Estados Unidos e da Índia, países muito populosos como o Brasil, como mostra a imagem acima.

Porém, quando consideramos a métrica de casos por milhão de pessoas, o que normaliza os dados a partir da população de cada nação, estamos na 40ª posição, com 65.452 casos de Covid-19 por milhão de habitantes.


Claro que os defensores da "çiênsia" vão me xingar e dizer que eu estou sendo esperto por usar essa métrica, pois ela acaba sendo prejudicial para países de populações reduzidas. De fato, se olhamos dessa forma a primeira posição fica com Andorra, com cerca de 163.935 casos por milhão. Mas trata-se de um país pequenininho, com 468 km² (menor até que o Distrito Federal) e uma população de 77 mil habitantes. Concordo que trata-se de um país muito diferente, praticamente um território, e não seria justo compará-lo com uma nação continental como o Brasil. Isso faz parte da avaliação proporcional e normalizada, gostem ou não.

Mas os "ixpertos" costumam se prender somente a esse fato, e ignoram que nas posições seguintes podemos encontrar países de maior destaque: por exemplo, os Estados Unidos estão na 9ª posição (95.863 casos por milhão), Israel na 13ª (91.169 casos por milhão), França fica na 22ª posição (77.317 casos por milhão) e a Espanha no 29º lugar (72.341 casos por milhão). Estamos praticamente empatados com o Reino Unido, que é considerado por muitos como um exemplo de controle da pandemia na Europa.

E vale destacar um outro ponto, embora não esteja explícito nesta lista de dados: o Brasil é um país onde pouco se testa. Assim, existe uma probabilidade (que não é pequena) de que a quantidade de casos de fato seja maior. Sendo um erro da ordem de 700 mil casos não-identificados, nosso país iria para a segunda posição; mas, em casos por milhão não mudaria muito. Por exemplo, se considerarmos o número de casos da Índia proporcionalmente à população do Brasil, estaríamos na 35ª posição. A grande questão é se realmente tivemos 700 mil casos não-identificados... 

Vamos agora olhar o número de vítimas da doença. Embora eu considere que exista uma incerteza ainda maior nestes dados, pelo menos no que diz respeito aos óbitos registrados no Brasil. Não são poucos os casos de pessoas que foram registradas de forma errônea como vítimas do coronga, são inúmeros relatos disso, e que afetariam os dados. Pois, existe uma sutil mas importante diferença entre morrer "de Covid" ou "com Covid". 

Mas, enfim... são os dados que temos. Considerando números absolutos, o Brasil está no segundo lugar, atrás apenas dos Estados Unidos. Considerando a população, era esperado que o número de vítimas seria bastante significativo, de forma semelhante à quantidade de casos.

Quando o assunto são números relativos, o Google não apresenta nenhuma informação. Embora eu sempre terei uma certa desconfiança de que isso pode ser por conta de motivos particulares, existe uma questão específica quando calculamos um número proporcional de óbitos: é proporcional a quê? Ao total de habitantes? Ou em relação ao número de casos?

Nesse ponto cabe uma breve explicação, até pelo fato que tem muita gente por aí (que se diz defensora da ciência) que está trocando as bolas com as definições. Referencio esta página do governo de Minas Gerais, que explica bem a diferença entre mortalidade e letalidade: a primeira se refere à quantidade de óbitos em relação à população como um todo, enquanto que a última corresponde à proporção de mortos em comparação com o número de pessoas que contraiu a doença. Cada informação tem a sua aplicação, e é necessário sempre deixar claro como que estes números da doença são calculados e apresentados. 

Começarei com a taxa de mortalidade, considerando óbitos por milhão de habitantes. Nesta métrica, o Brasil estaria na 16ª posição, com 1.745 mortes por milhão. Aqui também ocorre o fator destoante que "prejudica" países muito pequenos e de baixa densidade demográfica (por exemplo, a primeira posição é de Gibraltar, com 2.789 mortes por milhão, em um território com meros 33 mil habitantes). Neste quesito, a maioria dos países com números piores é semelhante em termos de dimensões, mas podemos destacar Bélgica na 10ª posição (2.055 mortes por milhão), assim como Itália e Reino Unido, que se encontram no 13º e 14º lugares (com 1.932 e 1.915 mortos por milhão respectivamente). Como referência, os Estados Unidos estão imediatamente após o Brasil, na 17ª posição com 1.717 mortes por milhão de habitantes.

Sim, com exceção dos EUA são países menores que o Brasil; mas sem dúvida são países muito mais desenvolvidos que o nosso. A diferença é pequena, mas em termos proporcionais estamos com um índice de mortalidade semelhante a alguns países mais ricos e com melhores condições de vida. Os números não mentem. 

Quando vamos para a letalidade, com óbitos por milhão de casos, vemos algo ainda mais curioso. Nesta métrica, o Brasil se encontra no 42º lugar, com 26.658 óbitos por milhão de casos de coronavírus. Isso indica que temos uma taxa de letalidade da ordem de 2,6%, um pouco acima da média mundial de 1,8% (medida a partir destes mesmos dados do Google, tirando a média de todas as taxas). No topo fica o Iêmen, com 193.876 mortes por milhão de casos (letalidade de 19%). Os países mais críticos são tipicamente nações africanas pobres, mas é possível destacar o México na 3ª posição (92.043 mortes por milhão de casos), a Itália em 31º lugar (30.084 mortes por milhão de casos) e o Reino Unido não muito longe de nosso país, na 39ª posição (29.022 óbitos por milhão de casos).

São números que fazem certo sentido, pois é de se esperar que países menos desenvolvidos tenham piores condições sanitárias e de saúde para tratar os doentes, e dessa forma o vírus chinês tende a ser mais letal em tais lugares. Mas chama a atenção como os números indicam que mais uma vez não estamos muito distantes de alguns países europeus.

Outra coisa mais curiosa ainda é quando olhamos para a China. Claro que nenhuma informação publicada pelo PCCh merece um pingo de confiança, não se pode acreditar em números divulgados por um regime comunista, que busca sempre enaltecer sua nação mesmo que precise recorrer à falsa propaganda. Acontece que, se considerarmos os números apresentados no Google, a China tem 51.245 mortes por milhão de casos, o que corresponde a uma taxa de letalidade de aproximadamente 5%, o sétimo país onde supostamente o vírus está sendo mais mortal. Mais do que no Brasil, onde chamam o presidente de genocida...

Mas repito: não podemos acreditar em nenhum número que a China apresenta. Quatro mil mortes em um país de mais de um bilhão de habitantes, onde o vírus apareceu? Fala sério...

Por fim, vamos falar de vacinas, outro dado que podemos ver no levantamento compilado pela página do Google. Para esta avaliação, eu não vou considerar a informação de pessoas totalmente vacinadas em um primeiro momento, pois isso é muito dependente do tipo de vacina aplicada. Embora a maioria das vacinas ofereça a imunidade proposta após duas doses, existem algumas que precisam de apenas uma aplicação para imunizar a pessoa. Além disso, sabe-se lá o que vão inventar em breve para "render" a pandemia um pouco mais, caso os reais objetivos não tenham sido atingidos. Tipo, já rolam comentários dizendo que a "vachina" do Dória precisa na verdade de três doses. Afinal, pode ser necessário segurar o vírus por aqui até outubro de 2022, e você sabe por quê. 

Bom... Dessa forma, vou considerar somente o número de doses de vacina, de forma absoluta e proporcional.

Quando olhamos números totais, vemos que o Brasil está na parte de cima da lista, na 5ª posição com 32.810.523 doses aplicada, junto com outros países que possuem uma população grande, e consequentemente se espera que precisem de um número maior de vacinas. E repito, doses aplicadas, pois na prática a quantidade de vacinas disponíveis hoje em solo brasileiro é superior a isso, considerando uma parte em espera para a segunda dose e outra que fica como um estoque de emergência. Sem falar o que deve estar sendo convenientemente "perdido"... 

Vamos agora para o número proporcional, dado que não aparece na tabela do Google, mas que é fácil de calcular, ao dividir o total de doses pelos habitantes, que podemos apresentar na forma de doses aplicadas por milhão. Olhando este número, vemos que o Brasil se encontra na 64ª posição, com cerca de 155.250 doses aplicadas por milhão de habitantes (ou seja, equivalente a aproximadamente 15% da população). No topo da lista temos países como Israel na 3ª posição, com cerca de 1,1 milhão de doses por milhão de habitantes (significa que aplicaram mais vacinas do que a população, o que é esperado por conta das duas doses), Chile em 9º com 676 mil doses por milhão de habitantes e Reino Unido e Estados Unidos na 13ª e 14ª posições, ambos com aproximadamente 600 mil aplicações por milhão de habitantes. 

Ressalto que o Google mostra em sua tabela somente o percentual de pessoas totalmente vacinadas, como disse acima eu acho essa informação um pouco inválida... mas vou mostrar mesmo assim, pois não tenho medo de mostrar dados: nessa medida, o Brasil está na 62ª posição, com 3,8% da população inteiramente vacinada (corresponde a praticamente 8 milhões de pessoas). 


Acho importante destacar um pequeno comentário: penso em um primeiro momento que tais proporções baseadas na população total dos países se mostram um pouco inconsistentes. Pois, até onde sei, crianças de 16 anos ou menos não serão vacinadas, não apenas por não serem consideradas um grupo de risco, mas também pelo fato de que a maior parte das vacinas não foi testada em pacientes dessa idade. Possivelmente elas serão vacinadas em seu determinado momento (quando for "conveniente", vão dizer que as crianças têm alto risco), mas acredito que seria mais justo considerar os percentuais acima sendo calculados com base na população que será público-alvo da vacinação de fato. 

Mas... como não temos essa informação, seguiremos assumindo que a métrica é com base na população global, não vai afetar a minha análise.

Depois deste longo relatório, coloco um resumo da "classificação" do Brasil de acordo com estes critérios.

  • 3º lugar em casos absolutos, com 13,8 milhões de infectados;
  • 40º lugar em casos relativos, com 65 mil por milhão de habitantes (6,5% da população);
  • 2º lugar em número de óbitos, com 368 mil mortos;
  • 16º lugar em taxa de mortalidade, com 1,7 mil mortos por milhão de habitantes (0,17% da população);
  • 42º lugar em taxa de letalidade, com 26,6 mil mortos por milhão de infectados (2,6% dos contaminados);
  • 5º lugar em doses de vacina aplicadas, com 32,8 milhões de aplicações;
  • 64º lugar em doses proporcionais, com 155 mil aplicações por milhão de habitantes;
  • 62º lugar em percentual da população totalmente vacinada, com 3,8%. 

Com base nesses números e considerando casos de coronavírus, óbitos e vacinas, faço uma perguntinha simples para você: quais as métricas acima que você daria maior ênfase, se o seu objetivo fosse denegrir a imagem do Brasil?

Pois é... 

Esse tipo de postura é que vemos hoje em dia, por parte da imprensa e da ciência, quando o assunto é aplicar uma avaliação matemática com base em números. Para essas pessoas, tudo é motivado pela ideologia política. O objetivo é claro: mostrar o cenário que ocorre em nosso país da pior forma possível, enxergar o copo "meio vazio", apresentar as informações de forma negativa. Pois isso contribui para a promoção daquela narrativa que eles insistem em falar, de que Bolsonaro é um genocida e o único responsável pelas mortes. 

Assim, a análise de números e estatísticas frias e diretas começa ao avesso: tudo inicia com a conclusão desejada, que é mostrar que o Brasil está na merda, que é um dos piores países do mundo. Aí depois esses cretinos vão olhar os números e fazer um malabarismo para encontrar a forma de interpretá-los que venha a chegar nas conclusões que eles já decidiram que vão ter. Afinal de contas, quando a pessoa é tomada pela ideologia esquerdista, a verdade será aquela interpretação dos fatos que melhor atende aos seus interesses... 

Isso explica por que os esquerdopatas insistem em falar de casos e óbitos sempre em números absolutos, e na hora das vacinas optam por apresentar números relativos à população. Para os contaminados e mortos pelo vírus chinês, quanto mais o país tem, pior; para vacinas, quando menos foram aplicadas, pior. 

Serei até bem político aqui, e pergunto se há alguma justificativa plausível que comprove de forma fria e direta que essa é a melhor forma de olhar esses números. Sei lá, vai que algum desses defensores da "ciência" tem argumentos plausíveis que expliquem o porquê de ser mais certo falar de casos e óbitos de forma absoluta e não relativa, enquanto que com a aplicação de vacinas o mais correto é analisar a proporção por habitantes e não o total de doses.  

Por que não olhar os números proporcionais de casos e vítimas? Por que não considerar o número absoluto de vacinas? 

Talvez virá algum petelho por aqui pra dizer que isso é errado, que não pode olhar dessa forma, que isso seria uma interpretação enviesada para enaltecer o "bozo" e enxergar os números de uma maneira que lhe favoreça.

Sério... nessas horas eu acho a esquerda tão engraçadinha! Interpretação condicionada pra falar bem dele não pode, mas pra falar mal, aí pode. Acham que os outros são trouxas, só pode. Como dizem, "acuse-os daquilo que você é"...

Embora eu digo que também é errada a postura que certos defensores incondicionais do presidente adotam, ao enxergar os outros números da forma que crie ma imagem mais positiva da situação. É a mesma coisa, o objetivo final guiando a interpretação que é direcionada de forma parcial. Não é por aí... Isso não é ciência, é ativismo político. Está errado seja para denegrir ou enaltecer a imagem do presidente.

Uma pessoa que de fato segue o método científico deve inicialmente estabelecer as premissas de seu estudo, e com isso ler os dados disponíveis da forma adequada e imparcial, seguindo as hipóteses propostas para essa avaliação, e a partir da observação dessas informações, da aplicação de cálculos matemáticos e estatísticos e outras metodologias científicas, chegar à conclusão. Me admira que essa turminha metida, que se diz defensora da ciência, não sabe isso que é o mais básico da pesquisa. 

Vamos avaliar um exemplo bem cotidiano para mostrar como que se deve interpretar dados: considere duas pessoas que querem ir para a academia para emagrecer. Uma delas tem 90 quilos e a outra tem 60 quilos. As duas iniciam um programa de malhação intenso, e passado um mês as duas pessoas perderam 10 quilos cada uma. Como avaliar esse episódio?

Desculpe pela apelação... mas tem horas que preciso dar uma embelezada na postagem. Voltemos ao exemplo.

Como avaliar esse caso? Depende da pergunta que nós queremos fazer. Se estivermos interessados em saber quantos quilos cada uma perdeu, a resposta é "as duas pessoas perderam o mesmo peso", pois temos que olhar a redução de forma absoluta, pois a grandeza avaliada é a mesma, o conceito de quilo é igual para as duas pessoas. É como aquela charada do que pesa mais, um quilo de algodão ou um quilo de chumbo. Mas, se estivermos interessados em saber quem emagreceu mais, a resposta mais coerente seria dizer que foi a segunda pessoa. Pois perder 10 quilos quando se começa com 60 quilos representa uma redução de 17%, enquanto que perder o mesmo peso mas quando se começa com 90 quilos representa uma perda proporcional de 11%.

Agora, existe uma metodologia certa e outra errada? Não! O que se tem é a metodologia mais adequada para a premissa e o objetivo definido. Assim, se queremos saber qual dessas duas pessoas emagreceu mais, não podemos olhar simplesmente para o peso absoluto perdido, faz mais sentido avaliar a redução proporcional. 

Vale a mesma coisa quando olhamos os números da pandemia. Por exemplo, se desejamos fazer uma comparação entre os países para avaliar onde que a pandemia foi mais severa, o correto é realmente fazer uma avaliação proporcional. Pois, se olharmos números absolutos, já estaremos condicionando que países menos populosos vão ser considerados mais bem-sucedidos do que aqueles com mais habitantes. 

Tipo, vamos pegar um exemplo próximo, como o Uruguai, que tem 3,5 milhões de habitantes (mesma população do Rio Grande do Norte). Pombas, cada uruguaio poderia pegar Covid dez vezes e isso seria ainda 15% de toda a população do Brasil. Olhando desta forma, jamais o Uruguai poderia ser considerado como um país em situação mais crítica do que o nosso, pelo simples fato de ter uma população menor que a nossa. É Matemática básica, inquestionável.

Em relação às vacinas, é a mesma coisa. Se o objetivo é avaliar o andamento da imunização, considero que sim, o mais coerente é falarmos de vacinas por milhão de habitantes, ou mesmo em percentual de totalmente vacinados. Pois assim temos uma métrica bem simples, onde todos os países devem trabalhar para chegar no 100%, independente do tamanho de sua população. Por sua vez, o número absoluto de vacinas pode ser mais importante se queremos analisar o volume de investimento que cada país está fazendo para imunizar seu povo (que indiscutivelmente será proporcional à população de cada um). Sei lá, considerando que cada dose custe 10 dólares e a pesquisa busque estudar o investimento que cada nação já fez ou precisa fazer, faz sentido que países maiores precisarão de mais vacinas e vão gastar mais dinheiro com isso. Dessa forma, a avaliação absoluta é a mais adequada para comparar o volume de vacinas e investimento.

Será que é tão difícil de entender isso? 

Observe que eu não estou defendendo este ou aquele método. Tudo depende do propósito da pesquisa, o que se deseja avaliar com a medição dos dados. Com base nisso, busca-se a metodologia que será capaz de obter uma resposta conclusiva, que possa ser usada de alguma forma útil, mesmo que seja somente a título de informação. Digo de novo, essas pessoas falam da importância da "ciência" com brilho nos olhos, me explica como que é tão difícil para elas entenderem esse conceito fundamental? 

Mas não adianta pedir um pouquinho de coerência e bom senso para pessoas que vivem suas vidas patéticas motivadas por ideologia esquerdista. São criaturas que, desde o momento em que acordam, olham o mundo com olhos vermelhos, motivados pelo ódio que têm de qualquer um que não esteja totalmente alinhado com seus princípios. E isso faz com que a inteligência seja deixada de lado, dando lugar ao ativismo político que direciona a forma como vão interpretar até mesmo uma ciência exata como a Matemática. Criam uma "matemática criativa", em que as operações são sempre arrumadas de acordo com a resposta que eles já definiram como sendo certa, que lhes será mais útil no embate ideológico e político. Transformam a Matemática em uma disciplina subjetiva, onde ora afirmam que "2 < 3", ora determinam que agora "2 > 3", de acordo com o que for mais conveniente naquele momento. Só h[a uma única certeza nessa "çiênsia" esquerdista: Bolsonaro estará sempre errado, quer ele faça algo ou o contrário.

E depois dizem que defendem a ciência... Tá certo...

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