A "Çiênsia" da Vacina

Eu tento, mas é difícil. Acreditem em mim, eu procuro tentar na medida do possível trazer alguns temas mais neutros e legais aqui para o site. Mas infelizmente vivemos em um momento em que você é censurado e criticado por pensar algo que seja ligeiramente diferente do que os "ditadores da opinião" determinam como sendo o certo. Mesmo se o seu questionamento seja válido, mesmo que seja apenas para entender melhor o que está acontecendo, mesmo que seja para fazer uma análise crítica. Não adianta, basta fugir um pouquinho do enquadramento que é estabelecido por aqueles que se auto-intitulam donos da verdade, e você será visto quase como um criminoso, um negacionista e terraplanista.

A motivação para esse meu desabafo é por conta da situação atual que o mundo vive, diante do vírus chinês. Este ano vai chegando ao fim, e a praga que o Partido Comunista Chinês soltou no mundo parece ter cumprido o seu papel: conseguiu influenciar nas eleições norte-americanas, prejudicando a reeleição do Trump (juntamente com as fortíssimas evidências de fr@ud&), deu uma ajuda para a China se recuperar economicamente, cuja produção não parou como nos outros países, além de terem vendido respirador e máscara para o mundo todo (foi o único país com crescimento de PIB em 2020) e serviu de laboratório para práticas de controle global da sociedade (como o lockdown generalizado que foi imposto a todos no planeta). Mas ainda tem um ponto que é de interesse de muitos, em especial daqueles que estão do "lado certo": a vacina.

Esse é o assunto do momento, em que as pessoas aguardam ansiosas a chegada de uma vacina que possa protegê-las do famigerado coronavírus. Neste momento, algumas delas já estão sendo aplicadas em certos países, seguindo um plano de vacinação emergencial que prioriza certos grupos (como agentes de saúde e idosos). Enquanto que aqui no Brasil o processo de aprovação pela Anvisa ainda segue para algumas delas, especialmente as que estão sendo produzidas aqui, como a desenvolvida pela Universidade de Oxford e em produção na Fiocruz e a "vachina" do Dória, que já está sendo fabricada em larga escala pelo Butantan, para início da vacinação em 25 de janeiro... mesmo com o laboratório ainda não tendo apresentado os resultados de sua eficácia, que ainda são desconhecidos.

Afinal de contas, nada mais "científico" do que agendar o início de uma campanha de vacinação com uma vacina que ainda não foi aprovada. Mas, temos que dar uma colher de chá, pois precisa dar prioridade ao plano de makrketing do João "calcinha apertada" Dória, que quer iniciar a campanha no aniversário de São Paulo e com isso criar um videozinho fofinho pra sua campanha à presidência em 2022.

Posso até imaginar o que essa bicha vai dizer... Algo tipo, "neste aniversário de São Paulo, eu estou dando um presente aos paulistanos e ao Brasil, que é a vacina que vai salvar vidas." 

Enfim... vamos deixar o João Agripino e sua calça "aperta piru" de lado por um tempo, e voltar à questão da vacina em si. Não apenas na "vachina", mas de todas elas. Pois ultimamente tem ocorrido uma grande discussão sobre esse assunto, com diversas notícias e questionamentos de todos os lados, e que acabam sempre terminando em agressões e xingamentos motivados pelo ódio político e ideológico. Ou seja, tudo a ver com a ciência... E nesse cenário, geralmente aqueles que têm mais força são os defensores da vacina, mas não necessariamente por terem argumentos válidos e científicos, mas simplesmente por contarem com o apoio de uma mídia que compartilha da mesma visão ideológica, que dá voz somente ao seu ponto de vista e cala qualquer opinião ligeiramente diferente. 

E aí o que vemos mais uma vez é a discriminação binária promovida pela turma da esquerda, com o objetivo de simplificar e encerrar a discussão. Antes o esquerdista era somente o único que defendia o negro, a mulher, o homossexual, o pobre, o trabalhador e assim por diante; agora, o esquerdista também é o único que defende a ciência e a vacina. Se você não aceitar plenamente tudo que eles dizem... você é um negacionista, um anti-ciência, é contra todas as vacinas e acredita que todo mundo vai virar jacaré...

Antes que venham a me acusar de alguma coisa, vou deixar clara a minha opinião. Eu defendo sim a ciência. Ciencia de verdade, feita com responsabilidade e guidada por observação científica. Ciência que permite o questionamento, que é inclusive indispensável para o desenvolvimento científico. Afinal de contas, muitas das descobertas, melhorias e inovações científicas surgiram para responder alguma pergunta ou questionamento. Defendo uma ciência que tem a humildade de reconhecer que o que se afirma hoje pode ser contestado no futuro, algo que faz parte do progresso de nossa sociedade.

Tomo como exemplo um tema que o pessoalzinho progressista de esquerda adora usar pra desmerecer os seus inimigos políticos mais conservadores: a Terra plana. Pois, para "encerrar" a discussão e ilegitimar qualquer opinião contrária, basta acusar o outro de algo absurdo, como acreditar que o planeta é plano. É uma das armas que a esquerda idiota, desprovida de inteligência e capacidade de argumentação, usa para "ganhar a guerrinha" contra seus inimigos que pensam diferente.

Voltando, há muitos e muitos anos, as pessoas acreditavam sim que nosso planeta era na verdade uma superfície plana, tipo um disco como um CD. Era a percepção que certos povos antigos tinham, ou por não existirem meios de comprovar que o planeta era de fato redondo, ou até mesmo por conta de desinteresse mesmo, aliado a teorias que eram apresentadas como verdades inquestionáveis por aqueles que tinham credibilidade para ditar os fatos (lembrando a nossa imprensa profissional de hoje), mesmo que fossem os mais absurdos. Tipo, certas culturas acreditavam que nosso mundo era na verdade uma casca apoiada nas costas de quatro elefantes que estavam sobre o casco de uma tartaruga gigante...

Bizarro e absurdo... mas era o que se acreditava. Até que começaram a surgir evidências de que de fato a Terra era esférica. Tipo, um sujeito pegou um navio e tentou chegar na "borda do mundo", mas continuou indo, e indo, e indo... até que chegou no lugar que tinha saído. Começaram a fazer experimentos, observar as coisas, como a sombra da Terra na Lua, o horizonte... enfim, ideias como terra plana ou uma tartaruga colossal foram questionadas, ciência foi feita e chegou-se a conclusão de que a Terra era redonda.

E mesmo essa teoria veio a ser questionada em seu determinado momento e comprovada errada algum tempo depois. Pois quando pensamos em algo redondo, a primeira coisa que pensamos é um círculo perfeito, não é? Assim, o senso comum veio a ditar que nosso planeta era esférico como uma bola de bilhar... só que uma vez mais, essa era uma percepção digamos, míope, limitada pela capacidade de observação disponível no momento dessa formulação. Hoje, já se sabe que a Terra não é perfeitamente redonda: primeiras teorias mostraram que existiria um certo achatamento dos pólos por conta de efeitos de sua rotação, e alguns anos mais tarde começaram a observar a influência do efeito gravitacional em regiões com maior massa, e assim foi concluído que na verdade a Terra é um planeta que tem um formato todo irregular, como se fosse uma meleca depois que limpamos a napa.

E quem sabe? Daqui a alguns anos, décadas, séculos ou milênios é possível que se descubra algo novo sobre o formato de nosso planeta. Ou até mesmo que ele apresente algum tipo de alteração, como já se sabe que ocorre, com as variações atmosféricas e dos oceanos. Ou seja, a verdade de hoje pode ser questionada e substituída amanhã.

Reconhecer essa evolução do conhecimento e a possibilidade de questionamento, isso sim é ciência. Diferente do que os boçais que afirmam que a Terra é redonda e ponto, se você não diz exatamente isso, será automaticamente um terraplanista bolsonarista (além de racista, machista, nazista, fascista, homofóbico, negacionista e etc). Seja alguém que fale da teoria de forma irregular acima, seja até alguém que acredite que a Terra seja plana por viver em uma sociedade em que certos conceitos não chegaram (pergunta lá pro índio no meio do mato se ele sabe que a Terra é redonda). Fugiu um milímetro daquilo que foi determinado de forma incondicional como o certo, você será criticado e hostilizado. Isso pra mim na verdade é "çiênsia"...

Meu ponto aqui com essa divagação cósmica é que tenhamos os pés no chão para entender que o questionamento faz parte da ciência. Lá atrás, disseram que a Terra era plana. Até que alguém se perguntou "será que a Terra é plana mesmo?", e com esse questionamento começaram a testar, a se perguntar o porquê de certas coisas, realizaram experimentos para avaliar se ela era plana mesmo. Pensa só um navegador decidindo investigar isso. O cara pegou seu navio, saiu navegando em direção ao horizonte pra ver o que ia acontecer, para testar as teorias sugeridas por seus predecessores, para responder as suas dúvidas. E tudo isso com uma, chamaremos de "humildade científica" ao saber que essas teorias poderiam estar certas ou erradas... 

E mesmo depois que se chegou à conclusão de que a Terra é redonda, em um dado momento alguém começou a se questionar "será que a Terra é realmente redonda mesmo, totalmente esférica?". E todo o ciclo de investigação e questionamento científico se reiniciou, da mesma forma aqueles que formularam esse questionamento poderiam estar certos ou errados, e isso seria mostrado com o tempo, após a pesquisa, após experimentos. E mais uma vez, o questionamento se mostrou válido, de forma que hoje os cientistas sabem que, apesar de aparentar um formato perfeitamente esférico como Yuri Gagarin e tantos outros astronautas constataram quando estavam em órbita, nosso planeta na verdade é irregular.

Imagina só se na época aparecessem os mesmos otários de hoje, defensores da "çiênsia" censurando tal questionamento... Jamais saberíamos a verdade.

Estou divagando... mas acho válido esse debate preliminar para olhar para a situação das vacinas contra o vírus chinês. 

Muitas pessoas aguardam ansiosas pela chegada de uma vacina para combater esse vírus que mudou a sociedade neste ano de 2020. Parece que foi ontem quando as notícias começaram a divulgar essa doença, e logo em seguida começaram diversas iniciativas. Álcool em gel, máscara, lockdown, distanciamento... E começou então o embate entre duas vertentes de pensamento distintas: uma pintando um cenário trágico, anunciando 1 milhão de mortes no Brasil até agosto, defendendo o tal do "novo normal" com mudanças definitivas na forma em como vivemos e promovendo um pânico nas pessoas, com o "fique em casa" ou em um caixão. E do outro lado, aqueles que buscaram enxergar a pandemia com um pouco mais de parcimônia e menos pessimismo, atentando também para os riscos que um fechamento radical teria para a economia, especialmente para os mais pobres que perderiam seu empregos, além de buscar soluções mais rápidas para o tratamento da doença com medicamentos existentes.

Claro que de uma forma geral esses dois grupos se caracterizavam também pelo alinhamento político e ideológico, com os primeiros sendo representados pela trupe dos politicamente corretos, esquerdistas e progressistas, e os segundos geralmente incluindo os mais conservadores de direita. E diante disso, fica bem claro o que aconteceu...

Ressalto que nestes dois grupos há os extremos e os moderados. Sei que aqueles que conhecem meu site e minha opinião sobre a esquerda podem estar pensando que eu considero que só existe radical portando martelo e foice. Existem muitos sim, mas não significa dizer que não existam pessoas extremas também na ala mais conservadora da sociedade. Tipo aqueles que falam asneiras como inventar histórias de "vacinas com GPS" ou se colocarem contrários a qualquer vacina que exista. Não é por aí, estou longe desse tipo de pensamento limitado e tendencioso.

Mas o que percebo é que as pessoas da esquerda tendem a ser as mais radicais, até por conta de sua ideologia incentivar o discurso do "nós contra eles", promovendo uma visão binária sobre tudo na vida. Logicamente de uma forma em que a esquerda se apodere por completo do lado que é "certo", e o lado "errado" seja sempre dos inimigos ideológicos. Como acontece com as questões de racismo, onde a esquerda se enxerga de forma automática e inquestionável como única defensora dos negros enquanto que a direita é taxada de racista não importa o que faça. E o mesmo acontece quando é sobre a ciência... apenas a esquerda defende a ciência, enquanto que as pessoas de direita são tidas como negacionistas e ignorantes. 

Acontece que a verdade é outra... 

Digo isso baseado no que vejo na mídia em geral e também nas minhas redes sociais, quando leio o que alguns conhecidos meus escrevem. Conhecidos esses que são de esquerda (embora alguns não admitam), mas que nos últimos meses têm externado vários desabafos sobre a situação do coronavírus. Como esperado, culpando o Bolsonaro pelos mortos, que o Brasil é o país que está lidando com a pandemia da pior forma, listando inúmeros problemas associados à hidroxicloroquina e criticando os negacionistas que não confiam na "vachina" do Dória. E que não se limitam a isso: ao ver qualquer postagem compartilhada por um amigo que esteja ligeiramente fora do que eles enquadram como o correto, como simplesmente questionar algo sobre a velocidade absurda que as vacinas ficaram prontas, estes esquerdistas partem para a agressão, xingam mesmo, chegando até ao nível infantil de postar indiretas criticando a opinião dessas pessoas. 

Aconteceu comigo outro dia. Compartilhei um vídeo de uma entrevista de um médico que falava sobre as muitas incertezas a respeito dos efeitos colaterais de vacinas que foram desenvolvidas em poucos meses, e logo vieram dois conhecidos meus me xingar. Um me chamou de negacionista escroto bolsominion (detalhe, o vídeo não tinha nada de político nele) e outra disse que eu era um ignorante filho da puta por espalhar fake news, que com isso estava colaborando com a morte das pessoas! 

Com todo o respeito... mas puta que pariu... Pra quê tudo isso?

Como é de costume, eu não revelo informações muito pessoais por aqui, e não será diferente neste momento. Apenas comento que ambos possuem profissões que estão relacionadas ao ensino, o que é algo preocupante de se ver, com pessoas envolvidas nas áreas acadêmica e científica que possuem um pensamento tão limitado, guiado unicamente pela bússola ideológica esquerdista em vez de valorizar o conhecimento e a ciência de verdade... Bom, talvez seja esse o real interesse mesmo... Não é de hoje que sabemos que a esquerda aparelha a educação com o objetivo de doutrinar as crianças e adolescentes a seguir sua ideologia. 

Repito o que eu disse acima, a ciência é motivada pelo questionamento. Não há nada de errado em perguntar certas coisas, em questionar aquilo que outros estão dizendo. Sei que existem certas coisas que possuem muitas evidências inquestionáveis (tipo, a Lei da Gravidade), mas também existem outras que podem dar espaço à dúvidas. E essas dúvidas são naturais, faz parte da curiosidade humana questionar certas coisas, buscando entender melhor o que está acontecendo. E eu pessoalmente acho isso perfeitamente válido quando o assunto é a vacina contra o vírus chinês, considerando principalmente o fato de que tais vacinas ficaram prontas em questão de poucos meses... Na minha opinião não há nada de errado em questionar e perguntar certas coisas sobre isso, ainda mais quando falamos de um vírus recente que ninguém conhecia e que supostamente é tão nocivo e mortal como nenhum outro. 

Mas a ala progressista não permite isso. O que vemos hoje é um grupo de pessoas que se auto-intitulam os especialistas de um determinado assunto, como o caso da Covid-19. Basta isso. E o que eles dizem é a verdade mais pura e inquestionável da história, que não pode ser duvidada. Curiosamente, "especialistas" cuja opinião sempre é contrária ao que dizem os mais conservadores.

Se você duvidar deles, mesmo que um tiquinho... fudeu. Você é anti-vacina, negacionista, um ignorante que não respeita a ciência.

Esse tipo de postura na minha opinião é o que há de mais anti-científico no momento. Sério, se aparece alguém em minhas redes sociais fazendo a piadinha do "que burro, acha que vai virar jacaré", se chama qualquer um que questione algo de negacionista bolsonarista ou se fala que a cloroquina é um veneno (sim, eu já vi isso), eu assumo sem medo de errar que essa pessoa defende na verdade a "çiênsia", que é motivada somente pelo discurso ideológico e que não tem nenhum tipo de embasamento científico. Nem perco meu tempo discutindo com gente lesada desse naipe...

Precisamos ter um pouco de bom senso nesse momento. Não é hora de extremismos. Considero que há muitos questionamentos válidos, muitas perguntas que precisam ser respondidas a respeito de cada uma dessas vacinas que estão vindo. E levantar essas perguntas não quer dizer que a pessoa seja contra toda e qualquer vacina, trata-se apenas de alguém que está querendo entender melhor o que está acontecendo. 

Tipo, eu mesmo levanto aqui um questionamento que eu tenho sobre qual a melhor vacina. Ou melhor, refaço minha pergunta: qual a melhor vacina para mim? E pergunto isso não com base na eficácia.

Existem várias vacinas que estão sendo desenvolvidas no mundo por diversos laboratórios. No momento, existem cinco vacinas de maior destaque, e elas se diferem pelo princípio imunológico adotado, sendo que podem ser agrupadas em três:

  • Vacinas que fazem uso do chamado vetor viral, onde um vírus geneticamente modificado é inserido, e que são consideradas de maior eficácia de uma forma geral. Fazem parte desse grupo a vacina desenvolvida pela universidade de Oxford e o laboratório Astrazeneca, que será produzida aqui na Fiocruz, e a vacina russa Sputnik, que será produzida no Paraná.
  • Vacinas que usam o vírus enfraquecido como forma de motivar a formação de anticorpos pelo organismo, técnica já usada há tempo mas que costuma proporcionar baixa imunidade e exigir doses periodicamente. A coronavac, a "vachina" do Dória produzida pelo Butantan, se enquadra nesse tipo;
  • Vacinas que usam uma tecnologia mais recente, com moléculas de RNA do vírus que induzem a criação de antígenos para combater o coronavírus e que prometem uma elevada eficiência. Aqui ficam as vacinas da Pfizer-BioNTech, já em uso em alguns países, e da Moderna.
Cada modalidade de vacina tem as suas características de funcionamento, além de outros aspectos igualmente importantes, como quantidade de doses necessárias e temperatura de armazenamento. Aí eu pergunto: por acaso estou errado em ficar com dúvida sobre qual desses tipos de vacina é melhor para mim? Será que um desses métodos pode provocar certos efeitos colaterais em determinadas pessoas? Acho que é um questionamento válido...

E se alguém disser pra mim que não importa o método, que todas vão imunizar de forma igual... então por que existem todas essas iniciativas? Por que não focar na opção que seja mais eficiente, barata e que exija temperaturas maiores para armazenamento, já que isso tornaria mais fácil a distribuição dessa vacina para certos países e localidades mais pobres? Afinal de contas, o objetivo não é erradicar a doença? Ou será que há algum outro objetivo por trás disso tudo?

Permita-me dissertar um pouco mais sobre isso. Se vamos falar de algum tipo de tratamento contra uma doença, na minha opinião existem três fatores de maior importância que devem ser observados na hora de selecionar o melhor. A começar com a eficácia, é importante que o medicamento cumpra o seu papel de forma adequada, seja uma vacina que deve proporcionar imunidade, seja um remédio que deve curar ou ao menos controlar a doença. Em seguida, os riscos associados ao tratamento, afinal de contas qualquer remédio tem as suas contra-indicações e possíveis efeitos colaterais, que devem ser os menores possíveis. Por fim, algo que vou chamar de acessibilidade, que considera diversos fatores que facilitam ou prejudicam o acesso desse medicamento à população, como custo, necessidade de armazenamento e/ou transporte especializados, forma de aplicação e disponibilidade na praça.

Diante disso, o medicamento ideal seria aquele que apresenta esses três quesitos: ser eficaz, de baixíssimo risco e acessível. Não adianta, por exemplo, um tratamento de alta eficácia e que não apresente riscos, mas que seja muito caro e assim só possa ser usufruído por poucos. Outra situação inadequada seria um medicamento barato e eficaz, mas que apresente sérios riscos de efeitos colaterais indesejados, em outras palavras um remédio que pode ser pior que a doença. E muito menos interessa um medicamento acessível e de baixo risco, mas que não seja eficaz, quase como um placebo que não ajuda de nada. 

Aí eu pergunto: como podemos classificar as vacinas da Covid-19 de uma forma geral, considerando estes aspectos?

Começo com o mais simples, que é a acessibilidade, onde sabemos que existem diferentes tipos de vacinas que dependem de condições de armazenamento distintas. Assim, é bem provável que usar a vacina da Pfizer, por exemplo, que depende de temperaturas bem negativas, para vacinar pessoas na Arábia Saudita ou Egito deve ser mais complicado, ou pelo menos exigir uma logística de transporte e armazenamento mais complexa. Isso já indicaria que certas vacinas seriam mais acessíveis em determinados países, de acordo com suas características climáticas e infra-estrutura geral. Ou seja, já gera aqui uma diversidade de possibilidades, e isso para um aspecto que é o mais fácil de se conhecer neste momento.

Seguimos então para algo relativamente polêmico, que é a eficácia. A OMS já havia indicado que a eficiência mínima exigida para vacinas contra o coronga seria de 50%. Quer dizer o seguinte, que é considerável aceitável ministrar uma vacina que não vai ter nenhum efeito em metade das pessoas. Quase como se fosse um "teste cego", onde voluntários de um determinado medicamento são tipicamente divididos em dois grupos, um que vai usá-lo de fato e outro que receberá um placebo que não faz nada, apenas para servir de grupo de controle. 

Ou seja, a vacina pode ser fifty-fifty que tá de boa.

Lanço então o questionamento, na minha opinião válido: é sensato a OMS exigir uma eficácia tão baixa para uma vacina que deve combater um vírus que, segundo ela mesma, é tão transmissível e letal que exigiu o lockdown de todo o planeta? Ou vão me chamar de negacionista por perguntar isso?

Sem falar que cabe até mesmo questionar como que a eficácia das vacinas será determinada. Tomo como exemplo o que aconteceu com a "vachina" do João Agripino, que está sendo importada e produzida aos lotes e já tem data marcada para início da vacinação. O Instituto Butantan ficou enrolando para divulgar os resultados da 3ª e última fase dos testes, seria concluída no dia 23 mas ainda não falaram nada. Dessa vez por supostas exigências do laboratório chinês (que não haviam sido citadas até então) que está mandando no processo, alegando que seria necessário a revisão deles. Se limitaram a dizer que a vacina é eficiente e atende aos quesitos mínimos (de 50% de eficácia, algo que não me parece muito difícil). 

Mas curioso ver como alguns dias depois a Turquia, onde a "vachina" também está sendo testada, divulgou os resultados dos testes de eficácia obtidos por lá, indicando uma taxa superior a 90%... Pra começo de conversa, já dá um possível indicativo de como os turcos não se sujeitam às ordens dos chineses, diferente do Dória que falou abertamente em "vender São Paulo para a China". Enfim, diante dessa notícia, o governo de SP correu para acalmar os ânimos, para dizer que a "vachina" produzida aqui não terá necessariamente a mesma eficiência da versão turca. Registro aqui as palavras do secretário de saúde paulista, aquele que sempre aparece com o Dória e o presidente do Butantan.

"Ela (a vacina coronavac) foi eficaz, está acima de 50%, mas não sabemos se 60%, 70%, 80%. Essa informação está sigilosa e guardada a 7 chaves. A própria Sinovac pediu para recolher esses dados para uma análise mais importante, porque não estão batendo com os de outros países."

Vamos lá para mais algumas perguntas, quero ver se os defensores da "çiênsia" conseguem me responder: como assim eles não sabem da eficiência da vacina que está sendo produzida aqui? Baseado em quê o Dória vem dizer que a coronavac é a vacina mais eficaz do Brasil, se ele nem sabe efetivamente o valor de sua eficácia nos testes? Faz sentido ter investido milhões comprando uma vacina que nem se consegue garantir sua eficácia? Não seria melhor ter comprado vacinas da Pfizer ou de outro laboratório, para assim já estar até mesmo vacinando sua população?

Sigo com mais uma perguntinha básica: como que diabos a MESMA vacina vai ter eficácia diferente em dois países?

Sei que nessa hora os defensores da "çiênsia" vão meter o dedo na minha cara, provavelmente pegando reportagens que a grande mídia "profissional" correu para colocar no ar após o surgimento dessa notícia. Vão puxar questões como forma como os testes foram feitos, características demográficas de cada um dos países, idade das pessoas testadas e assim por diante.

MARAVILHA!!! Aí voltamos para a pergunta que eu fiz lá em cima e que certamente fez com que os defensores da "çiênsia" começassem a me xingar de negacionista e anti-vacina: qual é de fato a melhor vacina para ser aplicada no sujeito A, B ou C? Afinal de contas, se segundo esses "especialistas" é possível que o resultado dos testes de eficácia seja diferente em determinados países devido às suas particularidades regionais, não é exagero nem negacionismo científico se perguntar qual é a vacina que melhor se aplica para determinados países ou mesmo indivíduos. 

Alguém se habilita a me dar uma explicação científica de verdade a respeito disso? Algum "çientista" consegue indicar quais as vacinas que são mais indicadas para uso no Brasil, considerando nossas características regionais e da população?

Pois é...

Levo agora para outro ponto que é de suma importância, que são os riscos. Envolve os riscos de que uma determinada vacina possa apresentar efeitos colaterais em determinadas pessoas. Não me refiro aos efeitos básicos associados à vacinação, como apresentar os sintomas da doença a ser combatida mas de forma mais branda. E tampouco aceito como efeito colateral algo estúpido como "dor no local da aplicação", como alguns "jênios" estão dizendo, como se fosse alguma surpresa sentir dor onde você levou uma picada de agulha... Sério, alguém que fala isso deve ser uma criatura que quando balança a cabeça faz aquele barulho metálico de uma lata de tinta agitada.  

Cito os riscos de efeitos colaterais mais sérios. Como qualquer medicamento, uma vacina possui suas contra-indicações, indicando condições médicas que alguém pode ter e que ofereçam riscos para que esse indivíduo tenha alguma sequela mais grave, seja permanente ou temporária. Basta olhar a bula de um remédio qualquer que você tenha no armário de seu banheiro, e você verá algo parecido. Ter os riscos de cada vacina bem mapeados é algo muito importante, para que a vacinação seja segura e ninguém sofra efeitos colaterais indesejados. Até mesmo para entender que vacina cada um pode usar, pois entendo que os diferentes princípios imunológicos e fórmulas adotadas para cada uma delas estão associados também a diferentes contra-indicações e possíveis efeitos colaterais.

Há algo de errado em querer saber quais os possíveis efeitos colaterais de uma vacina? E digo mais: será que os laboratórios sabem com segurança quais são esses possíveis efeitos colaterais? Ora, mesmo outros medicamentos que já são produzidos há mais tempo têm o risco de apresentar algum sintoma indesejado depois de um certo período, por que seria diferente com uma vacina desenvolvida em alguns meses?

Nessas horas, os defensores da "çiênsia" vão partir para a agressividade também, principalmente se alguém cita os casos que aconteceram com a vacina da Pfizer, em que algumas pessoas desenvolveram fortes reações alérgicas após serem vacinadas. Tipicamente, os esquerdistas "çientistas" minimizam o ocorrido, usando-se convenientemente de números (que só servem quando colaboram na defesa de suas narrativas) para afirmar que esses casos são insignificantes. E aqueles mais raivosos, que não conseguem esconder seu ódio por aqueles que não pensam 100% como eles, aproveitam para xingar e ofender seus desafetos, ou usar da tática de desmerecimento da opinião do inimigo. Tipo, com a piadinha do jacaré ou chamando de terraplanista.

Bom, para esses canalhas que defendem a "çiênsia", eu digo que a questão não são esses casos específicos de alergias que a vacina da Pfizer provocou. O ponto aqui é perguntar como que após uma série de testes esse possível efeito colateral não foi descoberto. Ninguém sabia dessa possibilidade, só foi identificada uma vez a vacinação começou. Soma-se a isso o fato de que a vacinação não foi interrompida em nenhum momento: afinal de contas, na minha concepção se algo inesperado acontece durante o uso de uma vacina, é importante identificar a causa desse problema antes que outros possam passar pelos mesmos efeitos colaterais. Dessa vez foi uma reação alérgica que aconteceu em meia dúzia de pessoas, imediatamente após a aplicação da vacina. Mas qual a segurança que temos de que algo parecido não possa acontecer? Talvez algumas semanas ou meses depois, talvez após a segunda dose. 

Eu considero esse um questionamento natural e plausível. Ainda mais quando vemos a Pfizer e outros laboratórios exigirem termos de isenção de responsabilidade sobre possíveis efeitos colaterais que alguém apresente após receber sua vacina. 

O que não é algo novo. Por exemplo, existem certos procedimentos cirúrgicos e mesmo vacinas que já estão em uso há tempos que exigem do paciente a assinatura de um termo de responsabilidade. Até mesmo em situações que nada tem a ver com a medicina, uma vez eu fui correr de kart com os amigos e cada um precisou assinar um termo de responsabilidade. Concorde ou não, é assim que funciona, cada um quer "tirar o seu da reta" caso aconteça algum problema, e os laboratórios que estão desenvolvendo a vacina não serão diferentes, apesar de todos atestarem que suas vacinas são seguras e não oferecem efeitos colaterais graves.

A grande pergunta que não quer calar: o quanto que eles têm certeza disso? 

Eu acredito muito na sabedoria popular, e conhecemos bem alguns ditados que cabem como uma luva nesse momento, como "a pressa é inimiga da perfeição" e "o apressado come cru". Pois o que vimos é que as vacinas para combater o coronga vírus foram desenvolvidas e ficaram prontas em tempo recorde, como nunca se viu antes na história. Estamos falando de cerca de seis meses entre o início dos estudos, pesquisa, desenvolvimento, testes e produção, tudo isso para uma doença que vai completar apenas um ano de existência. Muito mais rápido do que vemos para as vacinas em geral, que em situações otimistas levam pelo menos quatro anos até estarem prontas para a distribuição. 

Acredito que não estou falando grego, qualquer um que tenha um mínimo de inteligência consegue perceber que qualidade e tempo são interdependentes e inversamente proporcionais. Ou seja, se queremos fazer algo bem-feito, geralmente vamos precisar de mais tempo, e se queremos algo rápido certamente vamos ter que depreciar a qualidade. Claro que sempre se busca um bom equilíbrio entre estes dois fatores principais para encontrar a melhor solução de compromisso entre ambos. Pensando no caso de uma vacina, seria dedicar o tempo necessário para produzir uma suficientemente eficaz e que não cause efeitos colaterais sérios dentro de um prazo razoável. Não adianta querer encontrar a vacina perfeita, com 100% de eficácia e que não tenha efeitos colaterais, pois isso levará uma eternidade; mas tampouco devemos apressar o processo para conseguir uma vacina muito rapidamente (para vacinar no aniversário de São Paulo, por exemplo), pois isso vai impactar na sua qualidade...

E esse é um questionamento que muitas pessoas estão fazendo: como que essas vacinas para o coronavírus ficaram prontas tão rápido? Algo válido de se perguntar na minha opinião.

Os amantes da "çiênsia" vão criticar quem pensa assim, lógico. E da mesma que aconteceu com o lance da eficácia da "vachina", estes lesados vão se escorar nas palavras dos "especialistas" que tudo sabem de um vírus que ninguém conhecia há um ano atrás. Uma das principais explicações que essas pessoas dão é que pelo fato de ser uma pandemia global, uma doença extremamente grave que está atingido o mundo todo, houve uma iniciativa global em que os laboratórios se uniram em parceria para desenvolver uma vacina para enfrentar a doença.

Espera um momento... parceria? Parceria onde, cara pálida?

Você já viu quantos laboratórios estão desenvolvendo vacinas diferentes? Tem a Pfizer, a Moderna, aquele da vacina Sputnik russa, o Butantan com sua "vachina", a outra de Oxford, isso pra citar algumas das mais conhecidas. Fora outras várias que estão correndo por fora. Onde está a tal parceria? 

Se realmente houvesse uma parceria global, teríamos um grande consórcio unindo estes e outros laboratórios para que trabalhassem em conjunto, unificando o conhecimento científico e recursos com um objetivo comum de chegar em uma vacina. Isso para mim seria uma parceria a nível global como esses "especialistas" estão dizendo. Mas o que nós vimos não foi isso... na prática é quase como uma corrida, não contra o tempo, mas sim em que cada laboratório tenta superar os demais pra ser o primeiro a oferecer a vacina que vai salvar o planeta desse vírus.

Afinal de contas, hoje em dia o que todo o mundo quer mais do que qualquer coisa é a vacina contra o Covid-19. Criou-se todo um pânico, uma situação macabra e apocalíptica em que a sociedade ficou de joelhos diante desse vírus (conforme a mídia profissional divulgou), e nesse cenário aquele que aparecer com uma vacina primeiro vai ser procurado por todo o mundo. É só ver como vários países, que antes não cogitavam usar a vacina da Pfizer, agora estão na fila pra comprar doses do medicamento. Como o Brasil, que não priorizou essa vacina por conta de suas condições de armazenamento mais severas, e até mesmo o Reino Unido, que tem a conceituada universidade de Oxford desenvolvendo uma vacina praticamente "no quintal de sua casa", mas que atrasou por problemas nos testes.

A exceção até o momento é a vacina Sputnik V. Essa na verdade já começou a vacinação na Rússia, mas isso antes mesmo de ter todas as fases de teste concluídas. Isso porque os russos aparentemente mantiveram aquela ideologia soviética de que o mais importante é o prestígio, é demonstrar força. Que se dane se nenhum outro país vai ter interesse em comprar, pode até a vacina não funcionar tão bem como as outras, o importante é registrar nos livros de História que sua vacina foi a primeira de todas.

Não é à toa que escolheram o nome Sputnik, usado para o primeiro satélite lançado pelos soviéticos, no início da corrida espacial.

Excluindo a vacina russa, o que vemos na prática é quase como uma competição entre os laboratórios, cada um querendo abocanhar uma maior fatia do planeta para distribuir as suas vacinas. Pois, embora a população a princípio não tenha que pagar para ser imunizada (repito, a princípio), nenhum desses laboratórios está praticando filantropia e dando vacina de graça para os países. Não ficaria surpreso até mesmo de existir um certo "leilão", em que uma nação A venha a oferecer mais do que outro país B está pagando, para assim passar na frente da fila. Não sejamos ingênuos: o objetivo principal aqui não é saúde pública, mas sim os velhos poder e riqueza que movem a maioria das pessoas. Incluindo os laboratórios.

Geralmente nessas horas o pessoalzinho da esquerda perde a paciência comigo, por achar que eu estou bolando teoria da conspiração negacionista e estar promovendo campanha anti-vacina. Mas não é isso, em nenhum momento eu estou sendo contrário à vacina. O que eu estou fazendo é questionar toda essa velocidade no desenvolvimento desses estudos, algo nunca antes visto em nossa história, e me perguntando sobre os reais motivos por trás disso tudo. Repito, não acredito que essa alta velocidade tenha sido por conta de parceria, pois não houve parceria de fato, pois cada laboratório está pensando em ganhar a medalha de ouro e vencer a corrida, isso sim.

Acha que estou exagerando e demonizando os laboratórios? Lanço então um outro questionamento: por que é que antes de 2020 nenhum deles se mobilizou para desenvolver em meses uma vacina para combater outras doenças?

Afinal de contas, existem várias outras doenças graves que aguardam há tempos por uma vacina. Como Mal de Parkinson, câncer, dengue... Será que nenhum laboratório teve o interesse de dedicar tempo, esforço e recursos para estudar e desenvolver uma vacina para essas doenças? 

Um conhecido meu, petista até a alma, me xingou aos montes quando eu disse isso, dizendo que eu era um burro negacionista por não acreditar na ciência. Veio novamente com o argumento da tal parceria, e também dizendo que esse menor tempo de desenvolvimento das vacinas do coronavírus se deve ao avanço científico e tecnológico que tivemos recentemente. Bom, só digo uma coisa: que "sorte" que esse avanço tecnológico radical, capaz de reduzir o tempo de produção de uma vacina de quatro anos para seis meses, veio a acontecer exatamente no ano em que surgiu o Covid...

Esse tipo de coincidência não combina com ciência de verdade... só com "çiênsia". 

Lanço no ar ainda uma pergunta que eu até apostei com esse meu conhecido, que está bufando até agora: então que seja realmente uma coincidência afortunada que a ciência avançou o necessário neste ano para reduzir drasticamente o tempo para nos oferecer uma vacina. Então eu quero ver nos próximos anos, agora que a Covid-19 está, digamos, controlada com o início da vacinação, se esses laboratórios vão voltar suas atenções e esses métodos de vanguarda para estudar e desenvolver vacinas para outras mazelas. Já que ficou claro que é possível produzir uma vacina em um semestre, acho que daria pra que pelo menos daqui um ano a gente veja a notícia de que criaram uma vacina contra uma outra doença grave, não é mesmo?

Será que vai ter interesse? Melhor dizendo... intere$$e?

Provavelmente deve ter gente que está me xingando, dizendo que eu sou anti-vacina. Eu repito, não sou anti-vacina. Ponto. Estou dizendo que não sou, então isso quer dizer que não, não sou anti-vacina. 

Abro um parênteses para até citar uma indireta que eu recebi de um conhecido meu que defende a "çiênsia". Como forma de desmerecer e calar a boca daqueles que pensam de forma crítica, os esquerdistas e politicamente corretos começaram em um dado momento a divulgar esse vídeo abaixo. Parece ser um vídeo antigo, não é desta pandemia, mas que teoricamente se aplicaria à situação atual. Nele, pessoas são convidadas para uma entrevista sobre vacinas, e vemos que elas dizem não confiar nelas, de achar que não funcionam e vão causar doenças, tudo isso com base no que viram na Internet ou em mensagens de Whatsapp.

Aí a entrevistadora pede para um ajudante trazer sua cadeira... que é uma cadeira de rodas. E aí ela diz que sofreu de paralisia infantil e agora nunca mais vai andar, e termina perguntando ao entrevistado se ele ainda acha que as vacinas causam mal, passando a mensagem do impacto negativo das fake news. Claro que esse vídeo geralmente é compartilhado pelos babaquinhas da esquerda com frases agressivas, tipo "só idiota não acredita em vacina" ou "para os bolsominions que não acreditam em ciência". 

Nem sei por onde começo...

Repito mais uma vez, eu não sou contra vacina. E tenho a certeza que muitas outras pessoas que estão levantando questionamentos também não são. Não nego que existem sim pessoas que são contrárias a todo e qualquer tipo de vacina, e isso é uma estupidez. Agora, tenho que dizer algo para esses canalhas de esquerda que fazem uso de um vídeo sério como esse com motivação ideológica: vão para a puta que te pariu, seus escrotos de merda!

Pois é uma tremenda estupidez querer comparar uma vacina contra a paralisia infantil, que já é usada desde a década de 60, considerando estudos que já haviam se iniciado trinta anos antes, com vacinas que foram desenvolvidas em seis meses! Não tem comparação, se conhece infinitamente muito mais sobre a vacina contra a paralisia do que sobre a "vachina" do Dória, por exemplo, só um imbecil não vê isso. De fato, negar vacinas que já existem há décadas, que possuem eficácia comprovada e praticamente plena e que não oferecem riscos, é uma grande insensatez, nesse ponto concordo com o vídeo. Mas achar que é a mesma coisa com uma vacina que a pôrra do próprio laboratório que a está desenvolvendo não sabe a maldita eficácia, que não temos ideia de possíveis efeitos colaterais indesejados a médio e longo prazo, só quem acha isso ou é muito ignorante, desprovido de inteligência como um jumento, ou é um canalha da pior espécie que vive pela motivação ideológica e fica bostejando suas narrativas pelos cantos. 

E digo mais, já que vocês, seguidores da "çiênsia" que postam esse vídeo pra ofender pessoas que questionam a velocidade e eficácia dessas vacinas do coronavírus, acham que é a mesma coisa... me explica então porque NENHUM laboratório fez o mesmo que o Albert Sabin, principal responsável pelo desenvolvimento da vacina contra a paralisia, que foi renunciar aos direitos de patente sobre a mesma, para assim facilitar a sua distribuição e imunização das crianças? Por quê? 

Sério... tem horas que me emputeço com a forma enviesada que certos idiotas interpretam as coisas que os outros dizem, apenas por conta de ideologia... Não tem ninguém aqui criticando vacina de modo geral, caralho! Aprende a ler e interpretar texto!

Enfim, peço desculpas pelo desabafo... Continuando, o meu ponto aqui é que essas vacinas para o coronavírus foram desenvolvidas muito rapidamente, muito mais do que era esperado, e até agora eu não escutei uma explicação científica que justifique isso. Ou ao menos alguma posião ponderada que reconheça que ainda há muito que não se sabe sobre as consequência do uso dessas vacinas a médio e longo prazo. Sejam os possíveis efeitos colaterais que por ventura não foram identificados ainda na fase de testes (como as reações alérgicas da Pfizer), sejam as contra-indicações baseadas nas diversas características que os pacientes possam apresentar, seja o quanto cada uma dessas vacinas é de fato eficaz, algo que vamos ter certeza apenas com o passar dos meses. Ora, temos uma "vachina" na linha de produção aqui no Butantan que os caras sequer sabem dizer sua eficácia! Perguntar sobre isso não é ser anti-vacina, são apenas os questionamentos que uma pessoa dotada de um mínimo de inteligência faria.

Mas não é assim que os partidários da "çiênsia" dizem. Parece até que para essas pessoas as vacinas são imaculadas e perfeitas, que vão proteger a população para sempre após a primeira picada, sem nenhum risco de algo dar errado. Se você questiona algo como uma vacina, dizem que você é um estúpido, um idiota, um negacionista que acredita que vai virar jacaré se tomá-la.

Vamos então fazer aqui um rápido exercício. Como eu disse lá em cima, diria que são três fatores fundamentais a serem avaliados em um determinado medicamento (eficácia, riscos e acessibilidade). Passamos aqui a maior parte dessa longa postagem falando destes aspectos a respeito da vacina, mas agora farei o mesmo para um medicamento controverso, que foi amplamente criticado pela imprensa "profissional" e os defensores da "çiênsia", que é a cloroquina.

A primeira coisa que os bostinhas vão dizer é que a cloroquina não presta, que vários estudos mostraram que ela não contribui no combate ao coronavírus, que especialistas são contra, que foi amplamente divulgado na imprensa que ela não funciona. Sim, não nego que isso foi divulgado massivamente, a ponto de estarem quase chamando a cloroquina de veneno. Mas uma pessoa que defende a ciência de verdade deveria reconhecer que por outro lado existem também vários estudos que mostram que sim, ministrar a cloroquina ajuda na recuperação dos pacientes infectados (um exemplo pode ser visto aqui). Algo que é extremamente natural, que existam pesquisas a favor e contra algo, especialmente quando é alguma coisa nova que pouco se conhece. Uma pessoa que defende a ciência de verdade deveria estudar ambos os pontos de vista, comparar as técnicas adotadas nos artigos e pesquisas, avaliar a quantidade de defensores e detratores da cloroquina para começar a definir uma opinião de fato científica. E com a humildade de, por se tratar de um tema novo, aceitar a possibilidade de que essa ou aquela teoria possa ser contestada e derrubada.

Algo que os defensores da "çiênsia" não fizeram. Foi só o Bolsonaro falar da cloroquina que imediatamente ela se tornou a pior coisa que já se inventou. 

E para dar mais "embasamento çientífico" ao que estavam dizendo, começaram a dar destaque aos riscos do consumo da cloroquina. Se a pessoa tomar, iria ficar cega, ter arritmia, e assim por diante, tudo como forma de contribuir para a crítica ao medicamento. Interessante observar que quando este mesmo medicamento é usado para combater a malária (como fez a atriz Camila Pitanga, que conseguiu pegar essa doença aqui na região Sudeste), os defensores da "çiênsia" não fazem muita questão de lembrar dos possíveis efeitos colaterais... Da mesma forma que escolhem menosprezar os possíveis efeitos colaterais de uma vacina com seis meses de existência.

Ora, riscos e efeitos colaterais, todo e qualquer remédio tem. Não estou minimizando os possíveis problemas que uma pessoa pode ter ao tomar a cloroquina, ela pode causar efeitos colaterais que vão desde algo brando até sintomas mais sérios, razão pela a qual é um medicamento de uso prescrito: é necessário que um médico avalie o paciente para confirmar se há ou não contra-indicações. Isso é inquestionável. Antes que apareça algum cretino dizendo que eu estou sugerindo que as pessoas tome cloroquina ou hidroxicloroquina por conta própria...

Agora tem uma coisa que não podemos deixar de falar: a cloroquina é um medicamento que existe há décadas, e certamente já foi usado por milhões de pessoas. Assim, é de se esperar que existam mais informações sobre os seus riscos, em que condições ela não deve ser usada, o que pode ser observado no paciente como forma de antecipar uma consequência negativa grave, depois de quanto tempo em média que existem riscos de efeitos colaterais mais sérios. Muito mais do que as vacinas do Covid-19, que são muito recentes, que não tiveram ainda um histórico extenso de uso como a cloroquina para que se possa afirmar categoricamente quais são os possíveis efeitos colaterais.

Em resumo, sob o ponto de vista da eficácia podemos dizer que ambas ainda não possuem uma comprovação inquestionável, ainda são poucas as vacinas que apresentaram efetivamente resultados das fases finais dos testes e ainda é preciso tempo para saber de fato o quanto elas são eficazes, ao passo que a cloroquina tem estudos favoráveis e contrários, o que deixa uma dúvida no ar sobre o quanto ela contribui de fato. É necessário mais tempo para afirmar qualquer coisa,não importa para qual tratamento. Por sua vez, quando olhamos o risco, ambas possuem seus possíveis efeitos colaterais, mas é indiscutível que esse conhecimento é mais extenso com a cloroquina do que com as vacinas (repito, vide o que aconteceu com a Pfizer e as reações alérgicas que ninguém esperava). E ainda dá pra falar da questão da acessibilidade, onde aqui a cloroquina ganha de longe, por seu um medicamento já existente, barato, que não depende de uma estrutura especial para ser ministrado, como um posto de vacinação.

Uma pessoa que acredita em ciência de verdade iria olhar para a vacina e para a cloroquina e ver ambas como duas "armas" para combater o vírus chinês, cada uma à sua maneria, com seus pontos fortes e fracos. A vacina é fundamental para imunizar a população e controlar a propagação do vírus, mas ter um medicamento que possa ser usado no tratamento das pessoas infectadas é também de grande importância e não deve ser ignorado. E não necessariamente precisa ser a cloroquina, apareceram evidências sobre a ivermectina e há poucos dias vieram estudos sobre a nitazoxanida, que podem cumprir esse papel. Se essa doença é mesmo tudo que dizem, deveríamos estar estudando todas as opções de forma fria e científica de fato.

Mas não é assim que pensa quem defende a "çiência". Pois esse termo se refere àqueles que dizem defender a ciência, mas na verdade a distorcem para propagar uma narrativa que seja mais conveniente aos seus conceitos políticos e ideológicos. É a tal politização não só da vacina, mas de toda essa pandemia, que está sendo usada de forma covarde por um bando de interesseiros, preocupados apenas com seus interesses...  e para isso querem forçar a sua visão deturpada de ciência, censurando e cancelando qualquer um que demonstre pensar um pouco e levantar questionamentos sobre o que está sendo feito.

Se ainda estiver alguém aqui que ache que eu estou errado, que eu tenho que calar minha boca e não ficar questionando o que é dito pelos especialistas e amplamente divulgado pela imprensa profissional... então vamos terminar falando de uma coisinha só, sobre vacina. Poderia até tentar puxar para a questão do lockdown exagerado que foi imposto pelos nossos governantes, enquanto Nhonho e Dudu Paes trocaram carícias sem máscara após o final das eleições para prefeito ou o ACM "queima-rosca" Neto se casando com dezenas de convidados sem máscara, mas vou me concentrar na questão da vacinação mesmo, em particular no estado de São Paulo, onde João Dória determinou o início dos trabalhos no dia 25 de janeiro, como mencionei no início da postagem.

Me respondam pelo menos essa, defensores da "çiênsia": qual a justificativa científica por trás dessa data?

Por que não no dia 24 de janeiro? Por que não no dia 26 de janeiro? Qual é a explicação devidamente comprovada de forma científica para que a campanha de vacinação comece exatamente nessa data? Seria João Agripino, usuário de calça apertada que sufoca os bagos, um vidente a ponto de saber antes de todos quando que a vacina vai estar certificada e aprovada para uso? Ou é uma coincidência cósmica de que a vacina estará pronta justamente a tempo de iniciar a vacinação no aniversário de São Paulo? Sei lá, talvez seja uma recomendação "çientífica" de que nesta data a Lua estará em conjunção com Saturno e assim haverá uma maior eficácia da imunização...

Sério, defensores da "çiênsia"... não me façam rir... Se vocês se calam e nada dizem a respeito de uma canalhice como essa do Dória em agendar a data do início da vacinação nesse dia em particular, isso só mostra que vocês não defendem ciência pôrra nenhuma, e não têm nenhum pingo de credibilidade para censurar aqueles que estão apenas questionando as coisas de forma razoável e científica. Tenham vergonha na cara, seus metidos! 

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