Liberdade de Gênero Esportiva?

Eu já vinha acompanhando essa questão há algum tempo. Estava me organizando aqui para escrever, mas sempre deixando para depois. Porém acredito que chegou a hora, aproveitando a repercussão que esse caso está tendo, principalmente depois das declarações da ex-jogadora de vôlei Ana Paula, em uma carta aberta ao Comitê Olímpico Internacional. Como você sabe, eu gosto de uma polêmica, gosto de mostrar aqui meu ponto de vista muitas vezes bem particular... Mas fico de certa forma satisfeito ao ver que parece que existem outras pessoas que pensam como eu.


O assunto de hoje é sobre a "jogadora" de vôlei feminino Tiffany Abreu, que compete pelo time do Bauru. Assim mesmo, entre aspas. Pois Tiffany nasceu como Rodrigo, e é mais um dos exemplos de pessoas que em um dado momento na vida se sentem incomodadas e insatisfeitas com o gênero de nascimento, e assim se convertem ao outro, de forma psicológica, social e até mesmo física. Não seria surpresa se alguns de vocês, que desconhecessem essa "jogadora", olhasse para a foto ali em cima e pensasse que se tratava sim de uma mulher, em vez de uma transexual.

E para aqueles que estavam por fora do assunto, é isso mesmo que você leu: temos aqui uma "jogadora" trans competindo junto com outras mulheres. Realmente, deve ser algo para o Brasil se orgulhar, junto com BBB e outras porcarias.

Vale ressaltar que antes de mudar de sexo, Rodrigo já atuava em campeonatos de vôlei masculinos. Começou então a sua transformação em 2012, com a realização de cirurgias e consumo de hormônios. Tudo isso para ser autorizada, agora como Tiffany, a competir profissionalmente com outras mulheres a partir do ano passado, na Itália. Vi num site, logo no primeiro jogo conseguiu a impressionante marca de 28 pontos. Veio então para o Brasil, onde está destroçando todos os recordes em meia dúzia de jogos. Por exemplo, ela tem uma média de 5 pontos por set, acima dos 4,91 de uma das craques da seleção feminina. 


O mais curioso é ver como existem pessoas, incluindo a mídia, que aplaudem a Tiffany, como se ela fosse um grande fenômeno. Já pedem sua convocação para a seleção, tem gente dizendo que ela é a melhor jogadora dos últimos tempos.   

Pois muito bem...

Sinceramente eu acho uma verdadeira escrotidão tudo isso. Fala sério! É um absurdo deixar uma pessoa que nasceu homem competir junto com outras mulheres. Não faz o menor sentido, e está longe de ser justo.

Uma pequena pausa para os politicamente corretos me xingarem.

...

Eu disse que era uma pequena pausa. Pois esses hipócritas não merecem tanto. Continuemos...

Repito o que eu sempre disse aqui: existem apenas dois gêneros, ou é homem ou é mulher. Logicamente, deixando de lado nesse momento as exceções, como os hermafroditas. Biologicamente falando, o ser humano tem essas duas opções, ou é XX ou XY. Ponto. Isso não se discute. É a mais pura e simples genética.

E com isso, cada gênero tem as suas características. Focando no aspecto físico, que é o que vai nos interessar nesse caso Tiffany, homens e mulheres são diferentes. Mais uma vez, isso é inquestionável. Cada um possui suas características próprias, devido às diferenças genéticas. Diferenças hormonais e físicas, como sabemos bem.


Eu não poderia me expressar melhor...

Claro que nesse momento devem aparecer as feministas, pedindo pela minha castração, dizendo que as mulheres podem fazer tudo que os homens fazem. Sosseguem o faixo, digo mais uma vez que estou falando de aspectos físicos. Por exemplo, a mulher pode engravidar, pois ela tem o aparelho reprodutor destinado a isso; o homem não. Essas babaquices de "homem grávido" não existem, não passa de mulheres que se transformaram externamente para parecem ser homens, mas que por dentro são iguais às outras mulheres. Mas isso não vem ao caso agora.

Dentre as diversas diferenças de origem genética, é perfeitamente sabido que os homens em geral tem uma capacidade muscular maior que as mulheres. Tudo isso graças aos seus hormônios, ao seu próprio mapa genético. Podemos até perceber que, do ponto de vista de musculatura, existem sim muitas diferenças, basta você perguntar para seus amigos fitness, que certamente vão mencionar questões como os homens serem geralmente mais fortes nos braços e as mulheres nas pernas. 

Claro que há exceções... Por exemplo, essa aí deve ter mais testosterona que um time de futebol americano.


Aí, vamos então olhar para a Tiffany. Até alguns anos atrás, ela era Rodrigo. E tinha ali toda uma estrutura física (óssea e muscular) de homem. De uns anos para cá, começou então a se transformar em mulher. Acontece que, por mais que tenha tomado hormônios e feito cirurgias (que acredito que tenham sido muito mais estéticas do que direcionadas ao vôlei), como alguém pode garantir que ela é fisicamente igual a uma mulher? Será que alguém pode afirmar que ela tem a mesma capacidade muscular e óssea de uma jogadora do sexo feminino?

O curioso é que os defensores da Tiffany se amparam numa recente definição que o Comitê Olímpico Internacional define que o requisito necessário para que uma atleta seja considerada mulher o suficiente para competições femininas é que ela não tenha mais de 10 nanomols de testosterona por litro de sangue.


Que diabos é nanomol? Sei lá. Mas tá na cara que é alguma unidade de medida...

Agora, eu pergunto: será que é tão simples assim? 

Não sou um profundo conhecedor de genética... Mas eu acho muito difícil que um tratamento hormonal seja assim tão definitivo a ponto de eliminar por completo toda uma formação física desenvolvida durante a vida adulta. Será que cinco ou seis anos seriam suficientes para que a Tiffany perdesse toda a capacidade e explosão muscular que adquiriu ao longo dos anos em que ainda era Rodrigo? Acredito que não...

Repito mais uma vez: homens e mulheres são diferentes. Esportivamente falando, isso justifica a existência de modalidades masculina e feminina, que levam em conta as peculiaridades físicas de cada um. Veja o próprio exemplo de vôlei: para os homens, a rede fica a 2,43 metros do chão, e para as mulheres fica a 2,24 metros. No atletismo também, no arremesso de peso ele pesa mais para os homens. Nem precisa falar da ginástica artística, onde existem aparelhos específicos para homens, mais direcionados ao uso da força, e outros para as mulheres, onde o foco é a leveza e agilidade. Como a própria Ana Paula citou em sua carta, se você pegar a competição de 200 metros de nado livre, a recordista mundial feminina com os seus 1:53.61 fica bem atrás do Michael Phelps com seus 1:42.96.


Não estou dizendo que as mulheres sejam inferiores, não é isso. Apenas percebemos que fisicamente homens e mulheres têm capacidades distintas, e consequentemente terão rendimentos distintos. Os poucos esportes onde homens e mulheres podem competir de igual para igual são aqueles onde tais capacidades físicas sejam menos importantes. Por exemplo, no hipismo, onde o atleta entra com o controle e adestramento do cavalo, quem faz o esforço físico aí é o equino.

Essa é uma das razões para que achar errado que alguém como Tiffany, que nasceu e cresceu como homem, venha a competir junto com outras mulheres. Por mais que sua transformação possa ter tirado parte de sua capacidade física, repito que é muito difícil que ela a tenha perdido por completo. Não estamos falando de uma mulher trans que mudou de sexo ainda nova, ainda como Rodrigo ela passou pela puberdade e se desenvolveu como um homem adulto, dotado de maior força e resistência. É só ver alguns de seus lances, onde dá para perceber a sua explosão muscular e força nas cortadas. Não é certo, é uma grande injustiça, é uma covardia.


Como a Ana Paula comenta em sua carta, daqui a pouco vamos ter casos parecidos em outros esportes. Será uma jogadora de futebol trans, uma lutadora de boxe trans, uma velocista trans... Que vão chegar para detonar os recordes, que vão destruir suas adversárias. É justo isso?

Acontece que essa é mais uma das merdas que a sociedade politicamente correta traz. Todo esse papinho de igualdade, de tolerância, de liberdade de gênero, e tudo mundo fica aí achando lindas essas historinhas de contos de fadas cobertas com glacê de tuti-fruti e confeitos de coraçãozinho. O que você iria esperar de uma sociedade que elege Pablo Vittar como a maior cantora de 2017?

O grande problema é que as pessoas hoje ficam cheias de dedos para falar certas coisas. A patrulha do politicamente correto é implacável, está sempre atenta para divulgar e criticar aqueles que não concordam com os seus ideais, tidos como leis que devem ser seguidas e aplaudidas por todos. É uma hipersensibilidade, em que aparentemente você só pode ter sua opinião se ela estiver alinhada com a ideologia politicamente correta; do contrário, você será um pária, um preconceituoso, um conservador atrasado e racista.


Por exemplo, aposto que muitas jogadoras da Liga de Vôlei não devem aceitar que Tiffany jogue junto com elas, por todas as razões já comentadas. Mas elas não vão dizer nada. Afinal, falar algo contrário a uma jogadora transexual, mesmo que seja algo com fundamento, sempre será visto como preconceito. Aí, elas devem simplesmente engolir e aceitar a desvantagem, correndo o risco de serem ofuscadas por um homem que decidiu virar mulher e agora joga com elas.

Eu não. Eu falo mesmo. Afinal, eu tenho direito a ter a minha opinião. Não estou aqui discriminando a Tiffany, não estou dizendo que ela seja inferior. O indivíduo tem todo o direito de viver a sua vida como quiser, um homem tem toda a liberdade para mudar de sexo, se isso o fará feliz. E ele não deve ser excluído ou oprimido pela sociedade por conta disso.

Mas na minha visão eu não vejo como justo que uma mulher trans venha a competir junto com outras mulheres, pois ela levará uma vantagem desonesta sobre as demais jogadoras. Não é certo, pois Tiffany possui, digamos, um doping natural e aceito pelas entidades esportivas, que lhe proporciona uma maior força física que as demais mulheres. Não dá para sermos ingênuos ou hipócritas diante de uma injustiça dessas. Pensam nos direitos de uma mulher trans, mas e os direitos das mulheres poderem competir de forma igual, por que ninguém fala nada?

E fico feliz em ver que cada vez mais pessoas estão colocando a boca no trombone, e não estão baixando a cabeça para os politicamente corretos. Aplausos aqui para a Ana Paula.


Eu já a admirava muito como jogadora, me lembro de épocas áureas do vôlei feminino em que ela jogava com um timaço, com Fernanda Venturini, Leila e Virna. E recentemente ela vem demonstrando que tem uma forma de pensar totalmente desapegada da ideologia politicamente correta de hoje, o que me faz admirá-la ainda mais.

Agora, cabe também mencionar uma coisa muito legal, algo que reforça o fato de que os politicamente corretos são na verdade muito hipócritas, e que mudam os seus discursos de acordo com o que é mais conveniente no momento. Certamente eu não ia perder essa oportunidade.

O que eu quero destacar aqui é a estrondosa reação das feministas, ao ver uma atleta que nasceu homem se transformar em mulher e superar de longe as demais mulheres...


Isso mesmo. Nenhuma reação, né?

Onde que está toda a defesa pelo espaço da mulher? Cadê aqui aquela conversa de que as mulheres são superiores aos homens?

Gostaria de entender por que as feministas exageradas, que adoram criticar as situações onde os homens exercem supremacia sobre as mulheres, não dizem nada ao ver uma mulher trans, originalmente homem, não dar colher de chá para as outras mulheres, invadindo o espaço delas. E aí, o que será que elas vão dizer se os times femininos de vôlei começarem a contratar apenas jogadoras trans, ex-homens?

Provavelmente não vão dizer nada. Pois devem estar em parafuso. Afinal, se as feminazis forem defender as mulheres e criticar a presença de Tiffany nas quadras, serão taxadas de preconceituosas e homofóbicas, entrando em conflito com a agenda politicamente correta. Mas aí, deve dar um nó na cabeça pois ao vermos Tiffany detonando as adversárias mulheres daria a impressão de que os homens são superiores às mulheres e podem invadir o espaço originalmente delas. Nessa situação, fica difícil escolher pra quem elas vão levantar a bandeira...


Ou, pior ainda: devem é aplaudir a Tiffany. Se as feministas dizem que o "Vai Malandra" é um hino do empoderamento feminino, certamente não vão achar nada errado ao ver um homem competindo e derrotando as mulheres em uma competição esportiva.

Porque é assim que os politicamente corretos agem. Depende do momento, depende de quem é a "vítima" e quem é o "agressor". Como Tiffany está sendo criticada por grupos da sociedade considerados por eles como conservadores, então os babaquinhas politicamente corretos partem em defesa da jogadora, mesmo que um grupo social que eles tanto defendem, como as mulheres, acabem sendo prejudicadas pela mesma Tiffany. Além do mais, fica fácil dizer depois que as mulheres de verdade, que venham a se sentir incomodadas ou mesmo critiquem a presença de Tiffany num time feminino, são conservadoras retrógradas amantes do Bolsonaro que não merecem o apoio das feministas...

Como provavelmente vai acontecer com a Ana Paula. Daqui a pouco vai ter vagabundo xingando ela, dizendo que ela merece ser estuprada e tudo mais... E as feministas vão reagir com a já esperada motivação e revolta...


Me pergunto sobre o que vai acontecer... Se continuar assim, logo teremos times de vôlei feminino em que a maioria dos jogadores serão mulheres trans. Afinal de contas, se abriu um precedente, se o time do Bauru pode, por que não os outros? Sendo algo autorizado pela federação de vôlei, você acha que algum técnico vai ser idiota a ponto de não querer uma "jogadora" de capacidade física superior àquelas que ele tem? É um caminho aparentemente sem volta, graças à ideologia politicamente correta, que insiste em forçar os seus valores absurdos e estúpidos para a sociedade. Coitadas das mulheres de verdade, que estavam aí lutando pra ter o seu espaço, e precisam agora competir com homens de saia, com a benção de uma minoria que grita muito...

Comentários

Anônimo disse…
Essa história vai acabar com o esporte feminino profissional! Só sendo muito burro ou hipócrita, como você bem colocou, para não ver que isso não vai dar certo, e não há nada de preconceito nisso, mas sim a própria lógica em que se apoia a existência de modalidades esportivas separadas por gênero, ou seja, a inegável diferença fisiológica!
Imagina a hora que essa "moda" pegar no judô, por exemplo. Imagina uma "judoca" trans - que foi homem até o ano passado, digamos - fincar uma mulher no chão!!! Justo pra caralho, não é mesmo!? E por aí vai: no boxe, na luta greco-romana, no taekowndo! Isso para ficar só nas lutas, onde, claramente essa diferença fisiológica se impõe.