Estava outro dia aqui revendo umas postagens antigas, muitas delas sobre a nostalgia do passado. Como é legal olhar pra trás e se lembrar de certas coisas de sua infância ou adolescência. Como os desenhos dos Super Amigos, os heróis e heroínas japoneses da Manchete e a primeira Playboy que eu comprei. E uma das postagens engraçadas foi a respeito do jogo Cara a Cara, aquele onde você tinha que descobrir a figurinha que seu adversário tinha, fazendo certas perguntas. Tem tempo, quase cinco anos. Rever essa postagem me deu vontade de começara fazer outras a respeito de alguns dos jogos e brinquedos da minha saudosa infância, e para retomar essa iniciativa, trago aqui o Caça Monstro.
Pombas, bons tempos...
Caça Monstro era um jogo que se tratava de uma pequena evolução de outro, lançado pela Estrela, chamado Tapa Certo. Nele, você tinha várias cartas espalhadas pela mesa, com figuras diversas, como comidas e animais. Um baralho semelhante com as mesmas cartas ficava ali com elas viradas pra baixo. Desvirando uma, você tinha que achar a carta igual dentre aquelas da mesa, usando para isso um apetrecho bem curioso: um braço plástico imitando uma mão, com uma ventosa na ponta, para pegar a carta.
Sem dúvida era um jogo legal pra cacete, e que logicamente veio a ter várias versões, bobeando deve existir até hoje. Adaptações da Turma da Mônica e super-heróis são só alguns exemplos de algumas delas.
Embora Caça Monstro seguisse na mesma linha, ele tinha um charme especial em comparação com os demais jogos. Enquanto que no original você tinha um par de baralhos iguais, sendo um usado como referência e outro pra espalhar na mesa, em Caça Monstro você só tinha as cartas que eram usadas para serem pegas com as mãozinhas. Em vez de você desvirar uma carta, ele vinha com uma maquininha pra lá de engenhosa para os padrões da época, totalmente mecânica, que mostrava o monstro que você tinha que pegar.
Muito mais legal... Na prática, você tinha três tipos de olhos, bocas e pés, permitindo assim 27 combinações possíveis de criaturas das mais absurdas. Ao apertar o botão da máquina, as três imagens giravam, como um caça-níqueis, gerando assim uma combinação única que você tinha que localizar na mesa. Diferente da versão original, onde você chegava no final do jogo e restavam poucas cartas no baralho, aqui você chegava num certo momento em que poderia sair na máquina um monstro que alguém já tinha pego.
Mais um exemplo de como a infância nos anos 80 e 90 era mais divertida do que nos dias de hoje. E bota divertida nisso: me lembro que na escola a gente jogava esse jogo direto, com uma regra adicional: em vez de jogarmos até acabarem as cartas, era até o fim do recreio, e para deixar as coisas mais emocionantes, as cartas que alguém ganhava eram colocadas ali na frente de cada um. Se saísse um monstro que alguém já tinha pego, outro poderia perceber e dar um tapa na carta dele, roubando pra si. O que muitas vezes deixava o jogo meio quente, co todo mundo se xingando e usando as mãozinhas pra acertar a cara um do outro...
Bom... O que a Estrela esperava, ao criar essas mãozinhas plásticas? Elas praticamente pedem para que você as use para esbofetear as fuças de alguém!
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