Desabafo dos 500

Bom, este aqui é o post de número 500 desse meu blog. Quando foi a centésima postagem, eu até dei um certo destaque, passou a 200 e não falei nada, o post 300 só me lembrei depois numa virada de ano e o de número 400 eu nem faço idéia qual foi. E agora chego aqui na quingentésima postagem, número marcante, meio milhar...

Mas quase passou despercebido também. Depois de eu ter resgatado um texto que eu comecei a escrever há anos (sim, esse post logo antes da gravata eu havia esquecido como rascunho aqui), entrei no blog esses dias e vi a indicação de 499 postagens publicadas. Número de gente grande, jamais imaginaria lá atrás, em janeiro de 2009, quando comecei essa brincadeira, que isso iria durar tanto. Um blog que comecei a fazer mais por distração, que no início ninguém nunca visitava, e que algum tempo atrás começou a ter algumas raras visitas de vez em quando. 

Sempre tive esse gosto por escrever, muitas vezes escutava de meus amigos que eu tinha opiniões interessantes, e acabei usando isso aqui como uma boa distração, um passa-tempo que acabava sempre exercitando minha mente e meu senso crítico, ao ler uma notícia e descrever o que eu pensava a respeito, procurando sempre ser fiel às minhas opiniões. Falando de tudo, seja de temas que estavam na boca do povo no momento, seja comentar a respeito de alguma coisa que eu gostasse, como um filme, jogo de videogame ou programa de televisão. Falando também a respeito de pequenas coisas que eu observava no meu cotidiano, algumas que me fascinavam, outras que me aborreciam, ou contestando as falcatruas e roubos da escória política de nosso país. Falando a respeito de coisas engraçadas, buscando sempre espalhar uma risada, ou também me divertindo com os vexames homéricos protagonizados pelo menguinho. E, claro, não posso deixar de citar também os inúmeros posts girando ao redor da figura da mulher, seja por uma mera e relativamente comportada admiração física (o que não nego que alavancou muito as visitas por aqui), mas também por conta de devaneios e reflexões a respeito da tão fascinante e complexa mente feminina, algo que até hoje nunca consegui entender. Muita coisa durante todo esse tempo...

Estava então imaginando o que eu poderia fazer de especial nesta postagem 500. Faria um retrospecto do blog? Já fiz isso, e não estava com muita vontade de fazer de novo, dá muito trabalho. Fazer algo especial, como uma mudança radical no visual do site? Não, já me acostumei com a cara que ele tem, não estou com idéias criativas para mudar e confesso que prefiro o contraste fundo escuro / letras brancas que é mais camarada com a minha vista. Poderia fazer algo mais chamativo, bolar um post impactante que mudaria os rumos do site, quem sabe? Mas não consigo pensar em nada de extraordinário, não me interessa mudar o formato do blog, não me sinto à vontade de sair de um anonimato e expor quem eu sou, e também não pretendo chutar o balde de vez e dar um passo adiante em relação à política de peito aberto. 

Sim, podem chorar seus meladores de cueca que estavam esperando que eu iria transformar isso em um blog +18. Se querem tanto ver isso, vão procurar no Google.

Tentei, mas não consegui pensar em nada de interessante para fazer. E confesso que nem estava com muita vontade de fazer algo especial, bateu aqui um sentimento de dúvida. Da mesma forma que eu, a cada ano que passa, tenho menos e menos vontade de comemorar meu próprio aniversário, um dia que a imensa maioria das pessoas que me cercam só se lembram graças à lembretes que aparecem nas redes sociais, que só me parabenizam para não ficar mal ou para cumprir as obrigações familiares.

Já dá pra perceber que eu não estou em um momento muito animado de minha vida. De fato, não passo por um de meus melhores anos, não esperava que um ano terminado em 13 poderia trazer tantas coisas assim, uma série de questões problemáticas nos âmbitos de saúde, profissional e pessoal. E começo a ver que o post 500 está indo mais na linha de um desabafo, algo que provavelmente a maioria daqueles que vem aqui não vai se dar ao trabalho de ler, afinal cada um tem os seus problemas, e ninguém vai ficar perdendo seu tempo para ler aqui as palavras de um qualquer um que sequer sabem o nome, que nunca viram ou virão em suas vidas. Não tem problema, mas da mesma forma que fiz quando comecei isso aqui, sinto vontade de externar aqui em palavras aquilo que penso, mesmo que ninguém leia. Já estou acostumado com isso, mesmo na vida real.

Apesar de tudo, eu sinto ainda a necessidade de manter a minha vida secreta, de não divulgar aqui nomes e situações em detalhes. Sempre procurei ser muito reservado quanto a isso, em respeito à minha privacidade e daqueles que me cercam, apesar de hoje muitas pessoas acharem que a Internet é um lugar para se expor tudo de forma desenfreada. Não me sinto à vontade de fazer isso, e embora certos aspectos de minha vida, como a cidade onde moro, o time que eu torço, minha posição política e minha idade aproximada, sejam facilmente percebidos a ler algumas de minhas postagens, não pretendo passar desse limite.

Fico vendo minha vida, me dando conta da idade que tenho hoje, e percebo ao meu redor o quanto essa minha vida simples tem sido tão... incompleta. Eu olho ao meu redor, vejo no meu selecionado círculo de amizades, ou na ampla lista de conhecidos de tempos de escola, faculdade e trabalho, como que essas pessoas ao meu redor parecem ter conquistado tanto mais do que eu. Abro meu Facebook, por exemplo, toda hora alguém tem uma notícia marcante: tem aqueles que viajam para lugares dos mais distintos, vendo monumentos históricos como as Pirâmides do Egito, a Torre de Pisa ou a Estátua da Liberdade; vejo os amigos que apresentam todos felizes o carro importado novinho, o apartamento com vista pra praia ou a Harley Davidson oficial; vejo casais declarando mutuamente sua paixão, outros se casando ou mesmo já comemorando alguns anos de união; vejo aqueles colegas que postam felizes a foto da gravidez (própria, no caso das mulheres, ou de sua esposa, no caso dos homens), do nascimento do herdeiro; vejo amigos e amigas mostrando orgulhosos seus filhos crescidos, comemorando aniversário, eventos escolares e se divertindo...

E eu aqui... Olho minhas fotos e recordo de poucas viagens de férias feitas ultimamente, sempre em localidades do Brasil e viajando sozinho; carro, só alguns Hot Wheels guardados no meu armário, vivenciando todos os dias a minha dependência do transporte público e de taxistas mercenários; olho para mim mesmo e vejo uma pessoa sozinha, há eras geológicas sem conseguir arrumar uma namorada, uma companheira para compartilhar bons e maus momentos, com quem constituir uma família... Chega até mesmo a afetar na minha vida social: vejo amigos e amigas que já têm família e se dedicam à ela, com programas familiares; vejo amigos e amigas que têm namoradas e namorados, esposas e maridos, e preferem programas a sós ou com outros casais, a não ser que queiram alguém para segurar vela...

Nessas horas é que me dá aquela sensação de que falta realmente algo, e o mais engraçado é começar a perceber como tudo isso gira em torno da falta que faz não ter uma pessoa ao meu lado, ter uma mulher que goste de mim, que curta estar comigo, que confie em mim e em quem eu possa confiar. Fico então percebendo como que, o simples fato de ter uma companheira seria algo capaz de abrir tantas portas, como que todas essas coisas que me fazem falta na vida, sejam materiais ou pessoais, acaba sendo uma consequência de estar sozinho.

Sim, essa é a verdade... Pode parecer babaquice minha, mas... Por exemplo, sair de férias sozinho para lugares mais simples, se eu tivesse uma namorada certamente eu iria ter mais vontade de viajar para lugares mais interessantes, ia ter vontade de ir para esses lugares junto com uma pessoa, o que tornaria a viagem muito mais agradável. Sei que muita gente pode falar que isso é merda da minha cabeça e que nada me impede de fazer uma viagem interessante para algum lugar legal, mas não penso ser tanta baboseira assim. Por exemplo, viajar para Paris seria muito mais agradável tendo companhia, não é?

E não foi por falta de tentativa... Digo que, acho que desde que atingi a maioridade eu sempre busquei uma namorada, falhando miseravelmente inúmeras vezes. As poucas que me deram alguma chance, se mandaram depois de pouco tempo, não me aguentando por algum motivo qualquer. Confesso já ter tentado de tudo, até mesmo site de relacionamentos já foi uma coisa que eu admito ter tentado, e mesmo lá não dei sorte. Estou a um passo de jogar tudo pro alto e tentar arrumar uma noiva russa por encomenda. Se bem que com a minha sorte, tá mais arriscado dela se extraviar pelo caminho, ou então pedir para ser retornada para o remetente.

Claro que eu me dou conta de que eu estou longe, mas muito longe de fazer o tipo desejado pelas mulheres. Não é falta de auto-estima e respeito próprio, é simplesmente consciência de que eu não tenho os dotes físicos que são valorizados pelas mulheres, eu não tenho a aparência que é considerada a ideal, diria que não chego nem muito perto de um nível adequado. Nunca tive, e a cada ano que passa, vou me aproximando mais do prazo de validade, ficando cada vez menos atraente para o sexo oposto. Tenho a plena consciência disso, beleza é algo que eu não tenho, e isso faz uma diferença enorme.

Mesmo que as mulheres digam que a aparência não é fundamental. Sério, ainda estou esperando aparecer alguma mulher para provar para mim o contrário, estou ainda na espera de uma garota que não fique incomodada de ser vista comigo. Não adianta, as mulheres dizem que valorizam mais o homem que é honesto, que é atencioso, que as escute, que goste de estar com elas, que seja romântico, que tenha todos esses traços de personalidade que dizem ser maravilhosos. Traços de personalidade que eu naturalmente cultivei, devido aos meus próprios valores, à forma como eu vejo que deve ser o relacionamento entre um homem e uma mulher, assim como consequência de eu não ser muito bonito. Como eu já comentei aqui certa vez, a boa aparência faz com que você seja mais visado, e sendo mais visado você acaba se tornando escroto, não valorizando e respeitando as mulheres, já que para você seria fácil. Por sua vez, quando não se tem aparência de galã de novela, você acaba sendo naturalmente desprezado e deixado de lado, o que acaba moldando muito de sua personalidade para valorizar o sexo oposto, acaba fazendo surgir todos esses traços de personalidade que as mulheres dizem valorizar mais que um par de bíceps definidos e barriga tanquinho...

Mas que, no meu caso, por algum motivo, nada desses traços de personalidade foi valorizado: já tiveram aquelas que diziam que eu estava mentindo e fingindo ser uma pessoa decente, uma postura comum quando o sujeito não tem boa aparência (acho que beleza está automaticamente associada à sinceridade); aquelas que simplesmente não se deram ao trabalho de dar atenção para essa minha, digamos, beleza interior, depois de ver a minha feiúra exterior, como a pessoa que julga um livro ruim pela capa (como dizem, o que vale é a primeira impressão). Ou pior, aquelas que enxergavam toda essa minha forma de ser como suficiente somente para uma amizade...

Sério... Se algum dia você olhar num dicionário e procurar pelo termo "friendzone", você vai ver meu retrato ali. Não tem coisa que dói mais do que escutar um "te vejo só como amigo" de uma garota que você goste, é como cair num abismo sem fundo...

Deve ser um dos motivos pelos quais eu acabo vindo aqui neste blog e encho de posts de mulheres... Como se fosse uma forma de escapismo, de tentar preencher um grande vazio que tenho em minha vida com fotos de mulheres que eu jamais serie capaz de chegar perto. Sim, é algo muito, mas muito patético. Deprimente como as mulheres mais próximas de mim hoje em dia são em formato JPEG...

Aí eu sinceramente fico agora nesse momento, pensando... Por que é tão difícil assim pra mim? Olho pra trás e vejo todas as garotas com quem eu tive ou tentei ter um relacionamento. Tem aquelas que eu reconheço que não eram tão boas assim, pelas quais eu me interessei por razões não muito válidas, garotas que hoje eu sei que não eram tudo isso, mas que pelo menos me ajudaram no longo e duro aprendizado da vida. Mas tem aquelas de que eu gostava muito, com as quais eu poderia ter tido um relacionamento maduro, legal e prazeroso, mas que nunca me deram uma chance. E o pior de tudo, o mais revoltante: ver muitas dessas mulheres valorizando sujeitos que as maltratavam, que não as valorizavam da mesma forma que eu, que não as respeitam como eu respeito. Mulheres que preferiram ficar sozinhas, ou ficar com canalhas interesseiros, desonestos e grosseiros em vez de me dar uma chance. Pela madrugada, uma delas preferiu se entregar para um cara que a havia usado como "estepe", está até hoje em um relacionamento sofrido com um escroto que ela sabe que não a valoriza...

O pior de tudo é perceber também que mesmo sujeitos que perdem pra mim no quesito aparência (sim, sou feio mas tem gente mais feia ainda do que eu), mas que estão bem melhores do que eu. Alguns deles com namoradas simplesmente sensacionais sob todos os pontos de vista, garotas bonitas, simpáticas e inteligentes que se derreteram por sujeitos ao lado dos quais eu pareceria o Tom Cruise. E o pior, mesmo caras de aparência bem sofrível e personalidade escrota e pilantra, mesmo esses que seriam os piores tipos, conseguem arrumar uma garota mais fácil do que eu.  

Como eu disse acima, na vida passamos por muitas coisas, e quando olho para trás, vejo que todas essas mulheres que passaram por minha vida me trouxeram de uma forma ou de outra um aprendizado, me deixaram mais inteligente, mais vivo. Como disse, não foram poucas as garotas que passaram pela minha vida que não me fazem falta, garotas com as quais aprendi como eu costumava ser tão babaca e idiota, que me ensinaram a me valorizar mais e não ser tão submisso, que me mostraram que existem pessoas interesseiras nesse mundo e devemos estar atentos. Embora na hora em que elas me deram um pé na bunda ou me sacanearam eu tenha sofrido bastante, eu reconheço hoje que foi melhor assim, que havia sido uma porrada do destino pra me fazer aprender, pra me fazer valorizar aquelas que realmente valem a pena. Exatamente como prega o dito popular, para aprender a andar de bicicleta, temos que cair algumas vezes.

Acontece que eu já estou cansado de cair... Acho que eu já sofri o suficiente, e que eu mereço uma chance... Meu coração já se partiu tantas vezes, por mulheres que valiam e que não valiam a pena, que diria que ele é feito de peças de Lego, de tanto que ele monta e desmonta com tamanha facilidade...

Se alguém chegou até aqui nesse meu texto-desabafo, pode estar se perguntando se neste momento tem alguma garota em minha vida, ou pelo menos uma pela qual meu coração está batendo mais forte. Sim, existe sim. Embora torno a repetir que não vou entrar nesses detalhes de minha vida pessoal, mas existe sim uma garota muito especial, que entrou em minha vida não tem muito tempo, de quem eu gosto muito. Uma garota com quem eu me sinto super feliz quando estou com ela, com quem eu já compartilhei tanto de minha vida, de meus sonhos e de tudo que eu quero. Uma mulher maravilhosa, especial, em quem eu confio meus maiores segredos. E sinto que ela sente algo especial por mim também, sei que ela também fica feliz de me ver, confia em mim e já compartilhou muito comigo, coisas que ela sequer compartilha com amigas mais próximas e com a família. E eu acho, tento acreditar, que ela sente o mesmo por mim... Assim eu espero...

Digo isso, pois tem horas que surgem certas dúvidas... Não a respeito do que eu sinto por ela, mas uma insegurança sobre o futuro, sobre o que o destino pode reservar para nós. Pequenas coisas acontecem, e que por mais insignificantes que sejam, para alguém que já levou tanta porrada da vida sempre vem na cabeça a idéia de estar acontecendo o pior. É como se batesse uma sensação de que, sempre me dei mal, por que agora seria diferente?

É como nos desenhos animados, acontece alguma coisa entre nós dois, e é como se tivesse um anjinho no meu ombro direito, com palavras positivas, tentando me animar e não me deixando levar por dúvidas e pensamentos negativos; ao mesmo tempo que tem um diabinho em meu ombro esquerdo, me jogando pra baixo, interpretando tudo da pior maneira possível e me deixando inseguro. O mais curioso é como sempre é o "anjinho" quem está certo, surge uma situação que me preocupa e no final não era nada demais, acontece algo que me deixa inseguro e ela reafirma a minha esperança. Mas, sempre... Sempre tem uma situação nova, em que o diabinho vai lá e tenta me acordar desse sonho que eu tento manter vivo, tenta me derrubar.

E a situação mais recente, que veio a ocorrer perto dessa postagem 500 e que certamente motivou esse desabafo, é algo diferente. Pois é uma situação, uma suspeita pra falar a verdade, que pode ser o tiro de misericórdia em meu pobre coração que já sofreu tanto. Uma situação, que logicamente não vou mencionar aqui, mas que me deixa em uma gangorra de sentimentos: uma hora é como se eu olhasse para isso de forma fria, juntamente com um olhar pessimista, e me desse conta do pior, um game over definitivo, me deixando com um medo profundo de que não tenho mais nenhuma chance; mas que logo depois chega outra hora, onde percebo certas coisas, certos pequenos detalhes, em especial em certas atitudes dela comigo, que me alimenta de esperança de que essa situação é como as outras, nada demais que não vai se intrometer no caminho, e que minha interpretação mais pessimista não passa de merda da minha cabeça. E passo por isso várias vezes por dia, com esse grande turbilhão de sentimentos e pensamentos sendo alimentado por vários outros pequenos momentos, que ora me levam até às nuvens, ora me jogam de cara no chão...

Eu não sei o que vai acontecer, mas confesso que tenho muito medo. Já não me lembro da última vez que eu dormi tranquilo. Começo a escutar certas músicas e fico parado, olhando para o nada, escutando as letras e identificando ali um sentimento que tenho dentro de mim por essa menina. Aguardo ansioso as oportunidades em que eu posso vê-la, lamentando quando algo ocorre e impossibilita nosso encontro. Chego até mesmo a ser tentado por outros caminhos... Mas não consigo, por mais que eu veja ao meu redor garotas com as quais eu teoricamente possa ter chances mais concretas, que sejam mais acessíveis, que dão a sensação de que com elas será mais fácil... No final é só para essa menina especial que eu tenho olhos...

Tenho muito medo do que pode acontecer em breve... Alimento todos os dias, todas as horas e minutos, uma esperança de que tudo vai dar certo, e assim eu tento viver minha vidinha, esperando que finalmente o destino vai sorrir para mim e eu finalmente vou encontrar minha felicidade. Tento acreditar muito nisso, e luto também muito para fazer isso acontecer, não importando a dificuldade, os obstáculos que possam surgir pela frente. Algo que eu acredito muito, e que no fundo, sinto que é o que vai acontecer.

Mas sempre tem aquele sentimento de insegurança, de medo de que as coisas podem não sair da forma como eu gostaria. E principalmente um medo muito grande de como será a minha reação caso isso aconteça. Como dizem, quando maior a árvore, maior a queda... E eu estou num ponto que só agora me dei conta do quanto eu estou no alto, do tamanho do sentimento que surgiu e que continua crescendo cada vez mais. Um sentimento tão grande que se for destruído, vai realmente causar um grande estrago em minha pessoa, que vai doer como nunca nada doeu antes...  

E isso me leva até mesmo ao destino que terá, entre outras coisas, esse blog aqui... Minha esperança é que minha vida finalmente possa dar uma virada para um rumo mais feliz, seguindo por uma estrada que pode não ser fácil, mas que será percorrida com a companhia de uma pessoa especial. Um rumo onde não vou precisar tanto mais contar com esse blog como um local de fuga, não precisando mais disso aqui como algo para preencher certos vazios em minha vida. Não que eu largaria isso por completo, mas sem dúvida mudando a forma como eu o vejo, se tornando simplesmente um lugar para falar sobre coisas mais leves, e mesmo, quem sabe, para expressar a minha felicidade...

Mas o medo sempre me acompanha, de que minha vida pode sim tomar um rumo mais sofrido e triste... E da mesma forma isso pode mudar a forma como eu vejo isso daqui, a forma como eu viria a vida em geral. Não sei, não quero ser melodramático e ficar falando baboseiras as quais eu não gosto de pensar, mas... Se o destino me puxar o tapete mais uma vez, se alguma força superior me tirar essa chance de ser feliz... Eu sinceramente não sei o quanto isso vai me machucar, o quanto isso vai me deixar deprimido e desanimado com a vida, possivelmente a ponto de desistir de muitas coisas...

Não sei... Não quis aqui ser dramático... Mas sinto que minha vida chegou a um ponto de definição. Chegou a um ponto onde vou ter que escolher sobre o que eu vou querer para a minha vida. Melhor dizendo, o que eu quero para a minha vida eu já sei. O que eu quero para a minha vida tem nome e sobrenome, e não quero, não preciso de mais nada para ser feliz. Tenho a certeza de que é o que falta em minha vida, tenho a certeza de que ela é quem me completa e que me fará feliz.

Mas... não depende só de mim. Não basta só eu querer, eu lutar e acreditar. Essa é uma definição de minha vida que depende de muito mais, de fatores e decisões que fogem da minha alçada. Por mais que eu lute por isso, por mais que eu não desista... Tudo está nas mãos do destino, em me dar a oportunidade de ser feliz... ou de tirá-la de mim para sempre...

Enfim... se você chegou até aqui, obrigado pela consideração. Realmente as coisas casaram de tal forma que essa postagem de número 500 veio a ocorrer exatamente neste momento importante de minha vida, onde tanta coisa está acontecendo. Como disse, tem coisas na minha vida profissional, mas que aparentemente no momento desse post ir pro ar já estão se resolvendo, coisas associadas à minha saúde, que embora não sejam graves estão sem dúvida incomodando (e custando caro). Mas o que importa mesmo é a minha vida pessoal, que começa a tomar rumos que espero que sejam mais positivos, que me tornem uma pessoa mais feliz e realizada.

Se você chegou até aqui, obrigado mais uma vez, e vamos voltando na medida do possível à programação normal. E na esperança de que no post 1000 eu possa voltar aqui atrás e dizer que sou um texugo realizado.

Comentários

Anônimo disse…
cara, já passei pela mesma situação que você, eu tinha a mesma visão que você tem quanto as garotas e os caras qu elas namoravam, as mesma idéias, parecia que eu tava lendo um relato meu hehehe. Porém eu consegui, há 4 anso eu achei uma garota que deu certo e estamos juntos até hj, ela é até mais que perfeita pra mim. Tenha fé e não perca as espeanças pq vai dar certo. Palavra de uma pessoa que esteve na mesma situação que vc há pouco tempo. Araços
Texugo disse…
Valeu pela força! É, desistir nunca, esse é meu lema, vamos ver se em breve minha sorte muda.. Obrigado pela visita
Ciro disse…
Meu amigo, conheci esse seu espaço tem um certo tempo e esta postagem chamou minha atenção. Li, e sei exatamente como é isso, existem muitas coisas em minha vida que não logrei êxito apesar da minha idade, apesar de todos os meus esforços. Recentemente eu conheci uma garota e consequentemente despertei um sentimento por ela como não tinha sentido há muito tempo. Saiamos de vez em quando, trocavamos filmes, fazia-a rir, ouvia-a, dava conselhos a ela. Enfim, tudo isso alimentava esperança que podia dar certo, porém, veio a insegurança e fiquei com receio de contar meus sentimentos que tinha para com ela. Ela é uma mulher linda, muito mesmo, e inteligente. Certas vezes eu achava que ela era muita areia pro meu caminhãozinho, e indagando por que aquela garota tão linda estava ali comigo, me dando atenção, saindo comigo, rindo das bobagens que eu falava. E eu ficava nessa ambivalência, realmente querer investir e inseguro. Até que a insegurança venceu e ela conheceu outro cara e agora ela está com ele. Fico feliz por ela, mas triste comigo. Temo que terei que afastar dela aos poucos, não sei se essa é a melhor idéia, não quero falar o motivo e fazer com que ela se sinta mal. Enfim, meu amigo, apesar dos pesares eu desejo o melhor para mim e para você também, afinal uma hora teremos de merecer. Se bem que eu estou em uma fase da minha vida que estou somente esperando as coisas acontecerem.
Texugo disse…
Valeu por mais um comentário, Ciro.

Realmente, a vida é complicada, insegurança é algo que me acompanha faz muito tempo... Por mais que digam que é importante tentar, se arriscar, muitas vezes é difícil. Sei lá, às vezes pode ser um pessimismo que ganha força por conta de experiências passadas negativas, e gera aquela voz que fica dizendo "não vai dar certo".

Enfim, desistir é algo que não se pode fazer. O importante acima de tudo é ser honesto com todos e consigo mesmo, é o que penso. E desejo também todo de melhor par você, uma hora a sorte muda.